A garota da Floresta escrita por Isaps11


Capítulo 1
I wish that I could wake up with amnesia


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fanfic, espero que gostem e comentem, ficarei muito feliz ♥
Tradução do capítulo é "Queria que eu pudesse acordar com amnésia" por algumas coisinhas que acontece no capítulo. Boa leitura.



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O dia estava nublado, frio e gélido. Porém, isso não me impediria de ir até a floresta. Para mim esse era o lugar mais agradável do nosso pequeno vilarejo. Tinha um pequeno riacho que cortava bem ao meio da floresta e árvores de todo porte possível, pequenas, médias e bem altas.

Levantei da cama que eu dividia com minha irmã Elizabeth e peguei um casaco. Atravessei a pequena sala e sai da nossa humilde casa, que estava mais para cabana. Nosso vilarejo sempre ficava movimentado nas tardes de verão, mas hoje o dia estava nublado e todos preferiam ficar dentro de suas casas. Nosso mercado onde havia trocas e vendas estava aberto, com suas lamparinas acesas e poucas pessoas conversando sobre o tempo. Passei rapidamente em frente da pequena loja de minha mãe, onde ela e minha irmã vendiam tecidos e corri para o portão de madeira estreito da entrada do vilarejo. Nossa segurança nunca foi das melhores, afinal quem roubaria um vilarejo minúsculo e sem graça? Isso mesmo, ninguém!

Fechei o portãozinho de madeira e comecei a andar pelos caminhos no qual eu já tinha decorado. Senti o vento soprando forte e fazendo meus cabelos loiros balançarem no ar e decidi colocar meu casaco de um tecido grosso que mamãe tinha feito para mim. A pequena trilha era estreita e cercada por árvores e plantas menores. Vários pássaros cantarolavam uma melodia prazerosa e esquilos corriam pelas árvores na medida que eu ia me aproximando do riacho. Já havia se passado 5 minutos desde o começo de minha caminhada e já pude ouvir o barulho calmo e relaxante das águas batendo contra as pedras.

Subi até a pequena ponte que atravessava até o outro lado da floresta e apoiei meus cotovelos em sua madeira que já estava bem desgastada. Fechei meus olhos e respirei bem fundo, tentando decifrar todos os cheiros possíveis, o cheiro da natureza. E foi aí que eu ouvi um barulho de algo se mexendo na água e me virei rapidamente. Levei um susto ao encontrar um homem, ou melhor, um garoto apontando um arco e flecha para mim.

- Ei, o que esta fazendo aqui a essa ora na floresta? – O garoto perguntou desconfiado.

- A pergunta é o que você esta fazendo aqui? Nunca te vi por aqui – Desafiei-o.

Ele abaixou seu arco e olhou bem para os meus olhos.

- Bonitos olhos. – Disse antes de se virar e começar a andar.

Corri atrás dele e comecei a andar de seu lado. Ele parou e me olhou bufando.

- Olha, não sei de onde você é, mas acho que deveria voltar, já esta anoitecendo – Apontou para o céu, me encarou e continuou a caminhar.

- Me chamo Melanie, Melanie Becker. Prazer em conhecê-lo. Qual seu nome? – Parei em sua frente e estendi meu braço para fazer “um aperto de mão”.

Ele deu um sorriso, colocou a mão na testa e parou me olhando fixamente. Ele tinha cabelos castanhos e olhos azuis bem penetrantes.

- Sua mãe não te ensinou a não falar com estranhos Melanie?! Eu poderia muito bem te matar ou fazer coisas piores com você. Meu nome é Max. – Deu um sorriso sarcástico e apertou minha mão.

- Não achei que faria isso comigo, e para onde esta indo? Moro no Vilarejo próximo daqui e nunca te vi pelas redondezas – Lhe perguntei coçando a palma de minha mão.

- Sou de um lugar distante. – Deu um sorriso.- Enfim, já esta anoitecendo melhor ir embora Melanie. Sua mãe deve estar preocupada com você.

Concordei com a cabeça e continuei andando de volta pelo caminho que fiz.

- Te espero amanhã aqui. – Disse por último caminhando por entre a floresta.

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Cheguei já ao anoitecer em casa. As lamparinas que ficavam ao lado da pequena porta de madeira de minha casa já estavam acesas. A estrada estava bem iluminada por todas as casas já estarem com suas luzes acesas.

Entrei e pendurei o casaco e fui até a cozinha. Mamãe estava cozinhando sua típica sopa de legumes e minha irmã estava brincando com nosso gato em cima da mesa.

- Elizabeth, quantas vezes já disse que o gato não pode ficar na mesa onde comemos? – Disse dando um beijo em mamãe.

Minha irmã sempre fora teimosa e engraçada. Nós nos parecíamos muito, seja na personalidade quanto na aparência.

- Olá para você também Melanie! – Disse revirando os olhos e pegando o gato.

Minha mãe se chamava Esther e sua aparência era muito jovial, mesmo já tendo muita idade. Tinha cabelos castanhos ao contrário dos meus e de Elizabeth, mas tinha os mesmo olhos verdes e lábios finos.

- Mel, você ainda continua indo a floresta sozinha? Você sabe que é perigoso e não sabe o que rodeia essa floresta. Há muitos perigos escondidos por entre as árvores. – Mamãe falou colocando a sopa nos pratos.

Dei um sorriso em direção a ela e ela retribuiu. Ela sabia que havia apenas animais de pequeno porte na floresta, mas como posso dizer hum... Mãe é mãe.

Limpei a pequena mesa de madeira com um pano úmido e me sentei onde papai costumava sentar antes de falecer. Comemos em silêncio como todas as noites. Mamãe considerava a ora das refeições sagradas, então sem papo.

Terminamos de comer e minha irmã recolheu os pratos e os lavou já que era o dia dela lavar a louça. A noite estava fria então sem banhos para não pegar resfriados de acordo com Dona Esther. Fui até a porta de casa e apaguei uma das lamparinas e trouxe uma para dentro de casa e coloquei na sala, onde iluminava a casa toda. Escovei os dentes e me aconcheguei na cama que dividia com minha irmã e seu gato irritante. Fiquei olhando para o teto por alguns minutos até pegar no sono, amanhã o dia seria cheio.

Acordei com o sol da manhã penetrando no nosso quarto. Levantei e bocejei me espreguiçando. A cama de mamãe já estava arrumada e minha irmã estava dormindo com o gato em um sono profundo. Fui até o banheiro e tomei um banho rápido de água morna. Coloquei um vestido de manga longa que ia até os joelhos, uma bota e uma touca. Fui até a cozinha onde tinha dois pães preparados e maçãs. Comi tudo rapidamente e sai para mais um dia longo de trabalho.

Apaguei as lamparinas que ainda estavam acesas e sai de casa. O ar soprou meus cabelos e eu estremeci, isso aconteceu no mesmo dia em que meu pai morreu. O dia estava bom, mas eu continuava com frio. Sempre tive medo disso acontecer novamente, mas expulsei essa idéia maluca da minha cabeça e comecei a andar. Pelo caminho encontrei minha melhor amiga Emma, que tinha minha altura e tinha cabelos ruivos. Ela começou a falar do garoto que ela estava “paquerando” e não parava de rir nem um segundo. Ela tinha olhos castanhos cor de mel e morava um pouco afastada de minha casa.

- Mel, ele é tão lindo e anda me paquerando também! Hoje depois das 18:00 vamos nos encontrar perto de minha casa, estou tão animada. – Ela dizia dando pulinhos de alegria.

- Boa sorte Emma, já eu não acredito mais no amor. Há tanto tempo não me apaixono que nem sei o que é isso.

Trocamos risadas até chegar perto da loja de mamãe, mas algo me interrompeu de chegar até lá. Um grito. Dois gritos. Silêncio. Sai correndo de volta para minha casa, pois eu conhecia muito bem essa voz. Quando virei a esquina para minha casa havia um amontoada de pessoas em um círculo em volta de uma criança. Abri espaço por rostos conhecidos e desconhecidos e vi a pior cena de minha vida. Elizabeth não estava respirando. Elizabeth estava morta.


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Notas finais do capítulo

O gif é o Max! A história ja começa tensa uahshs. Enfim espero que curtam e comentem críticas construtivas ou elogios, adoro responder comentários! Beijos.



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