Waking Up - Aprendendo a Viver escrita por Soll, GrasiT


Capítulo 44
Epílogo.




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EPÍLOGO.

            Apoiei meus cotovelos na barra de madeira que servia de proteção no antigo píer e olhei o Mississipi ao entardecer. Amava voltar a New Orleans, principalmente no inverno, me fazia recordar de uma vida inteira de erros e acertos, lembrar de minhas vitórias e derrotas. Sofria com as memórias? Sim, as piores continuavam ardendo, porém tinha bons motivos para revivê-las. Andava saudosista, talvez por ser final de ano, mas não tinha certeza, o mais provável era que eu gostava de ver o quanto a vida pode ser grande, mesmo sendo tão pequenina.

Respirei fundo e enchi meus pulmões com o vento frio. Há uns sete metros Edward brincava com Joshua, que agora com dois anos corria enlouquecido. Vê-los tão contentes e despreocupados me enchia de um sentimento estranho, bom e enobrecedor. Uma forma diferente e muito maior de felicidade e era assistindo momentos como aquele que percebia o porquê gostava tanto das lembranças.

            Se tivesse que passar cada segundo de dor, perda e dúvida novamente, eu passaria sem pestanejar só para estar onde estou hoje.

Fazia 14 anos que meu irmão havia morrido levando uma parte vital de mim. A morte de Josh serviu para que eu visse que a vida pode ser muito injusta, mas pode nos trazer coisas maravilhosas também. Fazia 12 anos que Edward entrou em minha vida trazendo consigo algo precioso e raro: a real vontade de viver. E foi na vontade dele que encontrei a minha. Edward foi uma dessas maravilhas que a vida me trouxe de recompensa. O amor que nos uniu, foi o que me curou, me trouxe fé, me deu felicidade, me fez crescer.

Todos esses anos com ele e nossos amigos fizeram de mim alguém melhor. Essas pessoas tão distintas e tão dispostas a amar sem se importar com suas falhas medíocres de caráter ou defeitos absurdos, me ensinaram pequenas lições que à medida que as dificuldades se apresentavam se mostraram como grandes ensinamentos. Cada um a sua maneira tinha um espaço gigantesco ocupando meu coração, e as palavras que disseram me ajudaram a entender uma parte da vida, elas permaneciam desenhadas diante de meus olhos. Sempre as enxergaria, sempre as compreenderia.

Não tivemos destinos tão diferentes assim, fizemos nossas vidas seguindo nossos sonhos e, conforme a maré nos levava, deixávamos as coisas acontecerem. Enquanto eu era médica de um dos melhores hospitais do país, dando inúmeras horas de mim pela vida de outro ser humano, e Edward um Coronel respeitado por seus subordinados e que aos poucos, com muito grito e treinamento, caía nas graças dos poderosos, nossos amigos lutavam assim como nós buscando seus lugares ao sol.

Alice e Jasper se davam muito bem na cidade dos sonhos de qualquer pessoa, em Nova York ela já alcançava algum sucesso como designer e vivia com Esme ao seu redor para conseguir dar conta de todos os projetos que tocava, do casamento e de Anthony, o filho serelepe deles! Jasper era o retrato da realização profissional e pessoal, ele amava as crianças que cuidava em sua clínica especializada em tratamento do câncer infantil, o que fez de Amber presença muito constante na vida dos dois.

Ela se dividia entre São Francisco e Nova York, gostava de ser voluntaria na clínica de meu cunhado, doando amor, dinheiro e tempo àquelas crianças. Amm sabia o que era estar naquele lugar e jamais as abandonaria, assim como Jacob que seguia os passos da docinha. Este foi outro que encontrou em Amber a resposta para muitas perguntas, o amor e o conserto para o que costumava ser, atualmente ele tem um escritório de arquitetura moderna que abriu com Amm e mais dois colegas da faculdade, se dedica ao trabalho assim como se dedica a família. Eles tiveram uma menina linda, Rebecca. Edward planejava o casamento de Joshua e Rebecca, para o desespero de Jacob.

E falando em família, impossível não pensar em Rose e Emm que logo na primeira gravidez tiveram trigêmeos. A barriga dela era enorme e mesmo assim, não parou de trabalhar um dia sequer. Emmet odiava isso, ele pensava que as crianças já nasceriam surdas por causa dos roncos dos motores nas corridas, e a preocupação de Rose com a segurança de Emmet nas mesmas a levou a inventar um sistema de segurança muito mais eficaz do que o anterior. E sim, eles continuavam a ser celebridades no ramo, agora com um slogan um pouco maior: Família Nascar – O verdadeiro amor pela velocidade. Então nos outdoors de hoje víamos a imagem dos cinco: Emmet, Rose, Bonnie, Spencer e Emma. Isso mesmo, para felicidade e loucura de Emm, eram três meninas.

            Nossas reuniões mensais duraram até os bebês chegarem quase todos na mesma semana, mas em compensação agora quando nos unimos, sem dúvida é muito mais divertido e bem exaustivo também. Aprendíamos um com os outros a sermos pais e mães de primeira viagem, nos ajudávamos a sermos bons naquilo, porque quando uma vidinha tão pequena e indefesa depende de você para tudo, você tem que se doar por completo.

Pássaros anunciaram alto que ainda naquele dia teríamos chuva. Olhei o Ediota e ambos olhavam para o céu. Edward explicava alguns dos pássaros que cantavam incansáveis ao pequeno. O vento começava a ficar mais forte e a tarde virava noite aos poucos, no horizonte ainda restava uma pequena faixa de sol. Fitei meus garotos mais uma vez e em um momento de distração de Joshua com seu ursinho, Edward perdeu seus olhos nos meus e sorriu com aquele ar pretensioso de adolescente que quer e pode ganhar o mundo e a garota de seus sonhos, e seu sorriso me lembrava que eu era sua garota.

Sussurrou com o vento “eu te amo” e meu coração perdeu aquela batida, meus joelhos cederem aquele centímetro, as bochechas queimaram de calor… como era desde o começo. Treze anos juntos e isso nunca tinha mudado. Toda paixão, toda devoção e todo amor de um com o outro permanecia intacta. As noites continuavam sendo quentes, as manhãs doces e os dias intermináveis até estarmos juntos novamente.

            Provei com Edward o gosto doce do amor e o amargo da saudade. Revivi a dor da perda eminente e alegria da volta. Fomos amigos, parceiros, namorados, mas, acima de tudo, fomos desde o princípio UM só coração que não suportava ficar longe do som oco da batida no peito do outro. Firme como rocha, puro como o sorriso de nosso filho e devastador como a natureza. Essa era a melhor forma para definir o amor que sentíamos. Sufocava-me ao lembrar quanto nossos caminhos se distanciaram durante tantos anos, o tempo em que estivemos separados, as vezes que brigamos feio, quando tememos perder o outro para a vida.

            Edward continuava me fitando, sua expressão um tanto preocupada, olhei ao redor e não havia nada de errado, então senti a lágrima escorrendo por meu rosto e entendi. Limpei-me e sorri, mas não adiantou, ele vinha com Joshua no colo em minha direção.

            “Você está bem querida?” Sorri tentando o convencer.

            “Estou sim! Mas sabe como sou… vocês são incríveis.”     

“Você que é incrível.” Edward me beijou suavemente nos lábios.

            “Eca mamãezinha!” Joshua exclamou colocando a mão gordinha na cintura, nos arrancando risadas.

            “Eca eca eca seu menininho sapequinha, vou te encher de coceguinhas!” Ele gritou se divertindo quando comecei a brincar em sua barriga fazendo cócegas por todos os lugares e mais e mais até das cócegas começar a enchê-lo de beijos e os beijos dele foram parar em seu pai. Nós riamos como bobos nos divertindo.

            “Vamos embora? Renée deve estar louca para mimar mais um pouco Josh.” Disse Edward. Quando Renée viu pela primeira vez Joshua, seus olhos se encheram de vida e seu coração se inflou de amor por nosso bebê. Minha mãe naquele dia se abriu deixando as cicatrizes e amarguras expostas para que a felicidade de ter aquela criança em seus braços a dominasse e trouxesse o amor de volta. Depois disso meu pai e ela voltaram a ser um casal e hoje sua razão de sorrir verdadeiramente é estar com Joshua ao seu redor.

            “Sem dúvida ela mal pode esperar… e minhas pernas estão doendo também.”

            “Ficou muito tempo em pé hoje, Joshep pediu repouso Bella.”

“Edward! Me poupe, estou bem! É normal sentir minhas pernas doerem.” Edward olhou para o motivo da preocupação.

            “MANINHA!” Josh se jogou, fazendo o pai se virar para segurá-lo, abraçou minha barriga de seis meses a beijando e fazendo carinho com suas mãozinhas.

            “Isso mesmo meu amor, sua maninha.” Acariciei seus cabelos idênticos aos do Ediota. Aliás Joshua todo era a cópia de seu pai. Os olhos verdes, cabelos castanhos dourados, o sorriso tortinho tímido.

            “Eu amo você Isabella.” Meu Ediotinha beijou-me mais uma vez. “E amo tudo que você me deu e me dá.” Abraçou-me e falou com Josh. “Vamos garotão, largue sua mãe porque estamos indo para casa do vovô General!” Colocamos ele no carrinho e andamos.

Florence + The Machine - Shake It Out

            Não poderia ser mais feliz. Tenho uma família incrível, amigos maravilhosos, uma profissão que me realiza e uma vida inteira pela frente. Espero meu segundo bebê, dessa vez uma menina, seu nome está decidido desde sempre, será Jane. Exatamente como a de Forks, pois uma das lições mais valiosas que carrego é que a vida não é bela só pelas pessoas que nos amam, mas sua beleza está em quem nos faz evoluir de qualquer maneira.

            Acredito que todos têm algum tipo de missão. Comigo não é diferente, e ainda estou trabalhando nela. Uns nascem para serem bons, outros nascem para espalhar terror, outros são dotados de força, enquanto tem aqueles que se escondem por medo do escuro. O universo é feito de opostos e assim como existem aqueles que foram criados para ensinar, eu estou aqui para aprender e de tudo que vi, passei e saboreei, sei que ainda há muito que aprender, mas posso com propriedade lhes passar um pequeno aprendizado:

            Ame. É no amor que encontramos a nós mesmos, é esse sentimento que nos salva, nos nutre a alma, nos destrói e nos faz renascer. É ele quem nos faz evoluir e ficarmos nobres. Você receberá amor, na medida em que o der. Ame sem pudor algum, porque acredito que é amando que encontramos a fé, a esperança e alimentamos o que há de bom em nós mesmos. Foi por amor que quis morrer e por amor que me mantenho viva. E se há algo que dói mais que ver a pessoa que você ama dar as costas para nunca mais voltar, esse algo é perder o amor que tem dentro de si.

            Fitei Edward enquanto caminhávamos. De todo o amor que tive na vida, foi o dele que me rendeu por completo. Foi ele quem despertou o que há de melhor em mim, quem me deu as mais incríveis alegrias e mais indescritíveis preocupações, mas acima de tudo, foi Edward quem me salvou e que me ensinou a realmente amar.

            “O que foi Bella? Qual a intenção desse sorriso bobo para mim?”

            “Não posso admirar meu marido?” Ri baixinho.

            “Pode, mas você tem algo em sua mente.”

            “Tem.” Ele esperou. “É que sempre fico extasiada quando realizo o quanto crescemos juntos, o quanto aprendemos.” Edward sorriu pacífico.

            “E o que é a vida se não o eterno ato de aprender Monstrenga?” Parei um instante e o fitei. “O que?”

            “Eu amo você Ediota.” Ele riu me puxando em um abraço.

            “Vem, vamos para casa criança. Ainda temos muito que viver.”

Caminhamos em silêncio todo o percurso, vendo a noite descer e deixando o passado para trás junto com o crepúsculo. Continuaríamos nosso caminho juntos, de mãos dadas, nos amando cada dia mais que o anterior, sabendo que sempre há escuridão antes do amanhecer e que quando despertarmos para um novo dia estaremos aprendendo a viver.

(***)

Lembro-me que no auge de meus 17 anos eu estava decidida a morrer… e que belo desfecho isso teria.

FIM.

Nota da Beta:

Eu pensei em tanta coisa pra escrever! Comecei e apaguei umas 15 vezes, sem brincadeira!

Eu não sabia se falava do capítulo, do fim da fic, dos dois...

Então... Acabei me decidindo por deixar a coisa fluir... Ou tentar, porque com tanta lágrima fica bem difícil, minha gente!

O capítulo foi... Deus! Sem palavras! Perfeito acho que é pouco! O final de cada um deles, as coisas que todos alcançaram... Tudo tão lindo, mas ao mesmo tempo tão real..

Porque eu não sei vocês, mas eu sempre vi muita realidade em cada capítulo! São situações, acontecimentos, emoções e sentimentos reais, que qualquer pessoa está sujeita a passar, sentir..

Sem dúvida alguma WU me ensinou a viver... Mexeu comigo de uma forma irracional e me fez perceber e melhorar coisas na minha vida que eu imaginava não conseguir mudar...

Obrigada Grasi por escrever uma história tão querida... Obrigada por me mostrar que não é errado ter medos, sonhos... Que eu posso sim ser essa boba romântica, que de boba não tem nada... Obrigada por me mostrar que a vida é realmente perfeita nas pequenas coisas... Por me fazer perceber que nessa vida é preciso amor... É preciso se doar e se entregar..

Obrigada por me permitir fazer parte dessa história junto com você. Eu vou sentir uma falta tão absurda de betar os capítulos... de ficar na expectativa pelo que virá... Deus! Me pergunto como vou viver sem nossos encontros, nossas conversas pervas! Hahaha

Como vou viver sem passar dias chorando pela Bella, babando pelo Edward, lamentando pelo Joshua, torcendo pelo amor da Monstrenga e do Ediota!?

Saiba que a fic vai fazer uma falta absurda! Mas saiba também que sua história certamente gerou mudanças enormes em quem leu e acompanhou com você cada etapa da fic!

Ediota e Monstrenga ficarão pra sempre em nossas memórias.. em nossos corações!

Sinto que falei, falei, falei e não falei nada! Mas a emoção e a choradeira tá grande demais!

Foi um prazer imenso fazer parte disso! Obrigada pela confiança! Eu amo essa história e cada pessoa que conheci por meio dela! Vocês todas, assim como o nosso casal Delicinha, estarão pra sempre na minha memória e no meu coração! AMO, AMO, AMO!

Notas FINAIS da Autora:

Sou sincera, nunca pensei que essa estória seria de tanta importância em minha vida. Escrever a palavra FIM foi mais doloroso que poderia imaginar e mais recompensador do que poderia esperar. Saber que ao escrever essas linhas toquei no coração de vocês de alguma maneira me faz chorar… bem, estou chorando nesse momento.

Waking Up para mim não foi apenas mais uma fanfiction, foi um filho, um crescimento e um aprendizado. Todas as linhas que escrevi foram resultado de momentos de reflexão sobre o que perdemos, o que ganhamos e o que mantemos em nossa vida. E tudo foi verdade. É bobo, é infantil, é romântico e surrealista, mas sou uma daquelas pessoas que acredita que o amor cura, que salva e que é supremo acima de tudo e não, já falei a muitas de vocês, meu mundo não é cor de rosa.

Sei que muitas vezes a espera foi exaustiva, os capítulos enormes, as surpresas não muito agradáveis e o drama beirando o exagero, porém não foram apenas vocês que sofreram as dores da perda, as alegrias da amizade, a glória desse amor. Cada palavra escrita foi palavra sentida. Foram inúmeras noites de sono perdidas, horas divagando sobre os caminhos que a história seguiria para não cair no “nada de novo”, muito tempo gasto escrevendo e reescrevendo porque “não essa droga não é para ser assim.”

E agora no final não consigo expressar o quanto eu aprendi, não só com Waking Up, mas com vocês. Cada comentário foi um incentivo e teve sim os grandes preferidos, aqueles que me fizeram chorar, rir, pensar… e ao escrever essa nota recém batemos os 1000 comentários no NYAH. Uma vez eu me perguntava: porque a história da fulana tem quase 1500 comentários e a minha não tem nem 600? Histórias que – sendo sincera – não exerciam nenhum tipo de conteúdo, o que é uma pena, porém eu não ligo mais. O motivo disso é que quando leio os comentários que VOCÊS (minhas leitoras) me deixam não são simples “eu quero mais” ou “não acredito que aconteceu tal coisa”… não, são textos lindos, detalhados, grandes e muito, muito verdadeiros. Não há como comparar a magnitude disso com quantidade. Por isso amo vocês.

Agora chega de blábláblá, só quero dizer a vocês um MUITO OBRIGADO. Obrigado por estarem comigo, por lerem o que escrevi com tanto carinho, por esperarem, por se preocuparem, obrigado por tudo o que vocês representam para mim. Foi com WU que conheci algumas das melhores pessoas de minha vida, em que encontrei força para tomar decisões difíceis, com essa história que mudei minha vida. Um exemplo: hoje uma das minhas primeiras leitoras é minha chefe, mas acima de tudo uma grande amiga que devo grandes coisas. Como ela diz quando reclamo que não tava conseguindo acabar este capítulo: Grasi você não entende que era para a gente estar na vida uma da outra? Nathalia, muito obrigada.

E existem mais umas quatro milhões de pessoas que queria agradecer, porém já me estendi demais, e vou apenas agradecer a mais uma que representa mais umas 13… Mariana Nogueira, além de você ser minha escravinha, você é a pessoa mais doce e mais gentil que Waking Up me trouxe. Uma grande amiga que me ouviu, não deixou a peteca cair quando precisava de um colo e acima de tudo é a pessoa que mais tem fé no amor que pode existir. Obrigada por ser tão leal nesses meses. E para quem não sabe a Mariana Nogueira, é a minha beta.

Antes do fim terminar (?) tenho algo para dizer para umas gurias aí… PERVAS vocês são as meninas mais maravilhosas, sonhadoras, loucas e incríveis que eu tenho a honra de conhecer. Nunca deixarei de amar cada uma de vocês em suas particularidades e excentricidades. Por todos esses 22 meses juntas, MUITO OBRIGADA, sem vocês nada disso teria acontecido. Um brinde eterno a nossa amizade.

            Fico por aqui, com tristeza e dor me despeço de vocês, de Waking Up, do Ediota e da nossa Monstrenga. Possivelmente não voltarei a escrever daqui para frente, porque chega um momento em que precisamos crescer, e foi isso que eu fiz. Hoje existem prioridades muito maiores, responsabilidades que não posso deixar de lado, mas principalmente há uma coisa que não posso deixar passar: a vida.

            Por isso vivam.

            Um beijo com muito carinho,

Grasi.


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