Waking Up - Aprendendo a Viver escrita por Soll, GrasiT


Capítulo 27
Capítulo 20 – Tudo Sobre Jane. - parte I


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas a quem recebeu as notificaçoes de att duas vezes... acontece que o nyah comeu metade de meus posts. Então postarei uma parte do cap agora e o restante está no próximo.



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Narração: Bella Swan.

 

            Todos os toques que Edward me deu aquela noite tinham um algo a mais. Eu não podia negar que estava tão quente quanto o fogo que queimava as pequenas toras de madeira. Quando eu já pensava que não tinha mais nada para acontecer ou para ser dito, alguém sempre puxava uma história para ser contada. Eu não me importei, estava me divertindo naquele momento, e me divertiria com Edward depois.

 

            Nós cantamos, bebemos e nem por um momento houve algum tipo de tensão. Até Rose estava conversando abertamente com Jacob. Esse que por sua vez falava e ria contente. Ele estava se sentindo bem de estar ali, com todos nós, com seus amigos. Era palpável a atmosfera que o jardim dos fundos tinha. Se você abrisse bem os olhos e analisasse um por um, possivelmente o tempo iria andar em slow motion. Era uma noite para se recordar.

 

            Parecendo que lia meus pensamentos, Amber pediu para ir embora quando eram 02h45min. Meu prazo para deixar todos para trás, e avançar em Edward como uma leoa a procura da caça, estava acabando, então não pedi para que ninguém ficasse um pouco mais. Eu pedi, na verdade, para que eles dormissem ali, já que meu quarto estaria livre. Não haveria problemas, desde que meus padrinhos não cuidavam mais quem saía do quarto de quem. Era inútil de qualquer forma. Quando suas respostas foram sonoros NÃO, eu apenas me certifiquei de que ambos estavam em um estado saudável pra dirigir. Obviamente, o carro foi conduzido por Amber. Jake não falou nada do contrário, apenas concordou. Ninguém estava bêbado, mas era Forks! Sempre havia um nevoeiro a sua espera durante a madrugada. Todos os reflexos eram necessários.

 

            Dei um beijo próximo à orelha de Edward e sussurrei, arrastando minha voz.

 

            “Eu vou subir. Você vem?” Senti ele sorrir.

 

            “Talvez eu fique para mais uma cerveja.”

 

            “Você está brincando comigo, não é?” Ele só podia estar me provocando.

 

            “Talvez.” Ele olhou para mim, o sorriso debochado largo em sua cara. “Você não quer mais uma cerveja… sabe? Só pra relaxar.” Sim. Ele estava me provocando. Soube com certeza quando ele apertou minha coxa falando.

 

            “Talvez eu já esteja bem relaxada. Quem sabe você deveria subir comigo e deixar que eu te mostre como eu estou… muito, muito, muito relaxada. Mas claro, eu não posso ter certeza. Você poderia me ajudar com isso?”

 

            “Essa é uma grande, grande, grande possibilidade mesmo.”

 

            “Então o que você está fazendo sentado ainda? Esperando uma cerveja ou que eu arranque suas roupas na frente de todos?” Ele riu alto chamando atenção de todos. Colocou-me em meus pés, pois estava sentada em seu colo, ficando em pé logo a seguir. Eu o segurei pela mão. Nos despedimos de todos, eles nos deram piadinhas de boa noite, e receberam palavrões de volta. Entramos em casa pela cozinha. Estava escuro ali, e enrosquei os pés em um banco que ficava frente à bancada central.

 

            “Ai!” Edward me segurou – como sempre – para que eu não destruísse comigo mesma ou com a cozinha.

 

            “Você está bem?” Eu comecei a rir e me virei para ele.

 

            “Eu posso ficar melhor…” Me aproximei bem dele, o empurrando com a mão em sua barriga, até os armários ao lado da geladeira. “Talvez uma cerveja ajude!” Deslizei para o lado raspando meu corpo ao dele, e peguei uma garrafa gelada que estava na porta da geladeira. “Quer abrir para mim?” Lhe passei a garrafa. Edward a abriu com apenas um movimento.

 

            “Pronto Senhorita Me-dê-uma-cerveja-que-você-vai-ver-do-que-sou-capaz.” Me devolveu. Tomei um gole olhando para ele. O pouco de luz que havia ali era do lado de fora da casa, onde a fogueira quase morria. Ainda nessa meia luz, via o brilho incandescente em seus olhos. Quando larguei o bico da garrafa, acidentalmente algumas gotas da bebida escorreram por meu queixo, e seguiram para o pescoço.

            “Ups! Acho que vou ter que secar isso. Onde será que temos um pano por aqui?!” Me afastei dele e dei apenas um passo. Foi o que eu consegui. Edward apertou meu punho e me puxou de volta, colando seus lábios em minha pele do queixo, e sugando todo líquido que havia me molhado até a base de meu pescoço, onde ele deu uma atenção especial com sua língua. “Mmm.”

 

            “Sabe o que mais?” Ele perguntou ainda com sua boca em meu pescoço.

 

            “O que?”

 

            “É melhor você correr garota, eu não quero deixar os restos de suas roupas pelo chão da cozinha. Você tem até o três. Um… Dois…” Corri dele.

 

            Eu ouvi os passos dele me seguindo firmes, mas não correndo. Subi degrau por degrau em pisadas curtas e velozes, ainda com a dita cerveja em minhas mãos. Entrei voando pelo seu quarto, escutei a batida da porta, parei na frente da cama e me virei para a porta. Dei de cara com Edward, quando seus braços envolveram-se autoritários em minha cintura, me puxando para ele. Suavemente ele tirou a garrafa de minha mão, a colocando no criado mudo. Seus dedos brincaram com a ponta fria dos meus por um pequeno momento.

 

            “Acho que não é uma cerveja que vá te fazer se sentir melhor.” Ele disse me olhando nos olhos.

 

            “Eu tenho essa leve impressão também.” Concordei. Ele empurrou seu corpo para frente, me levando junto e me derrubando no colchão. Edward se deitou em cima de mim, e com os joelhos afastou as minhas pernas. Se apoiava nas mãos. Seus malditos quadris forçavam nos meus. Ah! Eu pude sentir o incomodo que aquele jeans devia lhe proporcionar. Porque para mim ele estava incomodando demais. Era o inferno!

 

            “Como você queria que eu fizesse hoje? Eu não consigo me lembrar direito…” Suas palavras ecoaram baixas em meu ouvido.

 

            “Era algo relacionado com brutalidade… Sim! Forte, fundo e como um animal. Pode adicionar muitas mordidas se quiser.”

 

            “Oh sim… me lembro claramente agora… vamos começar com a parte da força.” Em um pulo ele se pôs sentado nos calcanhares e arrancou a minha camisa, espalhando os botões pelo quarto. Ele correu as mãos debaixo para cima em meu ventre, sem um pingo de delicadeza, até meus seios. Ele se abaixou e me beijou com desejo, enfiando sua língua quase até minha garganta. O beijo só serviu para esquentar mais o momento.

 

            “Eu acho que posso trabalhar com a questão da profundidade. Começando por sua boca.” Ele disse assim que nos deixamos. Eu imediatamente tirei a camiseta por sua cabeça e rolei meu corpo para ficar por cima. Joelhos nas laterais de seu corpo.

 

            “Você pode trabalhar com isso onde você bem entender.” Beijei seu pescoço raspando meus dentes pela pele, sem ser cuidadosa. As nossas marcas já não me incomodavam, principalmente as que ele deixaria em mim. Me aproveitei dele o mordendo e beijando, enquanto meus quadris dançavam por cima do seu jeans. Seus dedos abriram o fecho de meu sutiã, que foi tirado por meus braços, enquanto minha boca ainda lhe conferia indelicadezas.

 

            “Minha vez.” Ele tombou meu corpo apenas com um braço. “Eu estava autorizado a acrescentar mordidas no seu pedido para noite…” Ele pegou um de meus mamilos com os dentes o puxando. Meu corpo arqueou sob o seu. “Que tal começarmos com eles?” Ele puxou o outro.

 

            “Oh!” Gemi baixinho. “Sim! Comece por eles!”

 

            Sua língua me provocou. Rodeou por eles, os incentivaram. Os deixaram mais espertos, causando em mim um desespero por Edward. Sua boca era urgente em meus seios. Os mordiscava e beijava, desenhando círculos com sua língua neles. As mãos, nada delicadas, abriram o meu jeans e eu as queria dentro de minhas calças, apenas para me aliviar um pouco. Ele pareceu escutar minhas idéias sujas. Eu adorava o que ele fazia com aqueles dedos.

 

Sua boca parou enquanto ele deslizava seus dedos por mim. Não foi suave quando ele enfiou dois para dentro. Não foi suave, mas foi delicioso. Sua boca voltou a funcionar em meus peitos. Por minutos ele me manteve em sua boca, e as mãos, incentivando, invadindo, persistindo em me trazer mais prazer. Meus quadris empurravam contra ele precisando de algo mais consistente que seus dedos hábeis. Eu quase arranquei alguns fios de seus cabelos no momento em que ele mordeu e puxou com força meu mamilo direito, e acrescentou um terceiro dedo em mim.

 

            “Porra!” Eu disse rouca. Ele parou. “Não! Continua Edward! Vai!” Ele voltou a se meter em mim. Mas por pouco tempo, entrando e saindo sem respeito no pouco espaço que tinha. Ah! E eu adorava que ele não tivesse qualquer tipo de respeito. Resmungou algo muito baixo em minha pele e saiu todo de mim, dedos e boca. Colocou-se de joelhos em minha frente e puxou o meu jeans para baixo, levando a calcinha e fazendo meu corpo, já meio mole, pular mais próximo do seu. Mas ele se afastou. Me coloquei nos cotovelos e o olhei. Edward tirou rápido o jeans que adorava me atrapalhar. E merda! Eu ainda ficava abobalhada vendo o seu tamanho.

           

            “Você está muito longe de mim…” Edward se colocou mais uma vez a minha frente, apoiado nos calcanhares. Deslizei meu corpo um pouco mais para baixo.
“Não consigo sentir toda sua pele.” Ele passou as mãos debaixo para cima em minhas pernas, as deixando atrás de meus joelhos. Seus olhos vagavam por mim. Em um movimento rápido e forte, puxou por meus joelhos, deixando meu quadril levantado rente a seu pênis. Minhas pernas envolveram sua cintura.

 

“Não consigo sentir a sua respiração pesando em meu ouvido, garota…” Ele me pegou pelos pulsos e me impulsionou para cima, me fazendo sentar sobre ele. Tortura. Só bastava relaxar um pouco meu corpo e estaria… Ele segurou em minha bunda por baixo, me mantendo a um toque de deslizar por ele. Seus olhos grudaram nos meus.

 

“Não consigo sentir quando você treme…” Ele me soltou um pouquinho. O senti em mim. Minhas pernas tremeram de antecipação. Eu deixei um gemido curto e abafado sair. Ele se mexeu um pouquinho abaixo de mim. “Bem assim…” Eu sorri sacana para ele. Recebi uma mordida em minha orelha “Agora eu posso tocar sua pele, ouvir sua respiração pesar e sentir todos os seus tremores… Mas o que mais me deixa louco…” Ele deslizou as mãos para as minhas coxas, minha bunda involuntariamente abaixou. “É quando você…” Ele forçou para dentro de mim, entrando devagar.

 

“Mmm Edward…” Mordi meus lábios de prazer.

 

“Geme meu nome quando eu entro em você.” Me deixei cair o sentindo preencher meus espaços. Suas mãos ajudavam meus quadris a se moverem junto com os seus. Ele se erguia, eu me abaixava. Meu corpo subia e descia. Mas estava lento demais. Eu precisava de mais. Estava faminta. Eu queria aquilo forte. E ele sabia fazer. Eu tinha fogo correndo por baixo de minha pele e queria que ele sentisse a minha necessidade. Ele estava apenas começando. Seu pau batia em mim no fundo, mas não tão fundo quanto ele poderia ir. Meu corpo o reconhecia e sabia do que Edward era capaz. Puxei sem sutileza sua cabeça para trás, pelos seus cabelos, e cravei meus dentes em seu ombro. Ele aumentou um pouco o ritmo. Tomava seu tempo, mas eu queria um, dois, três… seis orgasmos naquela noite. Se meu corpo agüentasse, eu os teria.

 

“Ahn… Edward.” Eu sussurrei enquanto me movia com ele e o beijava com desejo. “Mais… uh… forte…” Ele estocou mais profundo dentro de mim. E continuou realmente mais forte. Eu deixei um gemido sair contra a pele de seu pescoço.

 

“Assim?” Ele perguntou em um murmúrio rouco.

 

“Mais… mais… muito mais.”

 

“O que você fez com a minha Bella?” Ele disse brincalhão, mas ainda assim aumentou a força e a velocidade.

 

“Ela está queimando embaixo da minha pele! Eu estou em brasas!”

 

“Eu não quero apagar isso…” Ele empurrou nossos corpos para baixo, nos deitando. O senti em alguns espaços que ele ainda não havia chego naquela noite. “Só quero alimentar esse fogo.” Ele me invadiu com uma ferocidade incrível. Minhas unhas se cravaram nos músculos de suas costas suadas.

 

“Ahhh… Por ai. Uhm” Me movia no sentido contrário de seus quadris. Eu queria cada parte de mim sendo explorada. Ele estocou, brincou comigo, me fez delírios e me chamou de depravada. Na verdade eu estava mais que depravada. Eu estava me sentindo pervertida, amoral, viciada em sexo e querendo que ele me tratasse com os instintos mais grotescos que tinha. Como isso era possível? Eu pedi por mais, um milhão de vezes.

 

Mais fundo. Mais forte. Vamos Edward. Violência. Eu estava incansável. Ele também.

 

“Você está impossível hoje, Isabella!” Ele disse rosto a rosto comigo.

 

“Você ama me ter assim!”

 

“Eu amo você, porra!” Ele saiu todo de mim. Eu estava como uma boneca de pano em suas mãos. Edward me virou de costas com brutalidade. Correu sua mão por minhas costas e enfiou os dedos por meus cabelos, os puxando sem dó. Sua voz bateu quente em meu ouvido por trás, e seu membro duro na base das minhas costas. “Por isso eu vou dar o que você quer Bella.” Ele disse sacana. “De quatro, mulher. Você vai ver o que é força.” Imediatamente me coloquei apoiada nas mãos e de joelhos na cama. Ele passou os dedos em meu sexo encharcado, e agora mais necessitado do que antes. Eu precisava de um orgasmo. “Tão molhada.”

 

“Toda sua.” E ele se enfiou tão violento em mim, que meus olhos reviraram e ficaram fechados. Uma de suas mãos segurou em minha cintura, e a outra serpenteou ao redor de mim, e se colocou no vão de meu sexo. Seus dedos acharam meu clitóris, no mesmo instante em que ele encontrou um novo ponto em mim. Gritei abafado mordendo o lábio. Meu corpo se movia para trás, batendo contra suas investidas. Ah! Ele batia tão no fundo que os reflexos iam até meu estômago! Era difícil até de respirar. Aos poucos ele aumentou a velocidade, debochou de meu clitóris, beliscou meus mamilos, puxou mais meus cabelos, me deu alguns tapas na bunda e me conduziu por mais tempo com selvageria.

 

 Quando eu achava que não havia mais nada para ser esticado dentro de mim, ele se debruçou sobre meu corpo, saindo por um instante completamente, mordeu meu ombro, e sem qualquer medo entrou todo em mim, me levando a um nível entre o céu e a terra, onde eu só conseguia ver luzes piscando a minha frente. Eu me apertei em volta dele e meu corpo tremeu com os espasmos. Ele me segurou pela cintura, e eu me joguei sobre os cotovelos. Ele ainda empurrava em mim, e na posição que eu estava, seu sexo achou outro lugar. Aquilo bateu forte em mim e me senti encolher novamente. Senti tudo explodir a minha volta mais uma vez, e ele veio junto comigo com o gemido arrastado e animal.

 

Eu caí sob os travesseiros.

 

Ficamos nos acalmando por longos minutos. Ele beijava minha pele e eu podia sentir seu coração batendo em minhas costas. Edward me segurava em seus braços, me dando o tempo necessário para me restabelecer. Eu brinquei com seus dedos que repousavam em minha barriga, e ele com algumas mechas de cabelo. Era tudo tão perfeito quando nos encaixávamos daquele jeito. Entre toda a brutalidade que eu precisei e exigi, ainda sentia o amor dele. Tão suave. Tão violento. Tão… Edward.

 

Eu andava trabalhando algumas idéias. Nesse tempo em que nós estávamos juntos, depois do nosso breve e dolorido rompimento, eu me sentia um pouco mais livre para pensar e falar com ele algumas de minhas vontades e preferências. Eu adorava quando fazíamos amor, por exemplo, com ternura e devoção. Foi assim que tudo começou. Mas quando era sexo, violento e profundo, eu simplesmente podia ver as estrelas caindo diante de meus olhos e ainda assim, eu diria que estaríamos fazendo amor. Nunca era uma foda. Nunca era SÓ sexo. Sempre tinha o amor. Por mais sujo que ele estivesse.

 

“Edward?”

 

“Sim Monstrenga?”

 

“Sabe? Eu estive pensando… que nós poderíamos brincar mais.” Falei um pouco insegura e olhando para o nada.

 

“Como assim, brincar mais?”

 

“Ah! Você sabe, casais usam ‘brinquedinhos’, incentivos…”

 

“Tipo… ahm… vibradores?” Ele disse certamente estranhando o meu assunto.

 

“Sim… mas isso não tinha passado por mim cabeça… eu tenho você, não preciso de um consolo!”

 

“Definitivamente, minha namorada foi abduzida!” Ele riu, e eu o acompanhei. “Mas ok. Nada de vibradores. E o que seria amor?”

 

“Bom…” Dei graças a Deus por ele não poder ver a minha pele ficando vermelha como uma pimenta. “Eu gosto quando você me trata com força, eu tenho minhas preferências… você não as tem?”

 

“Tenho, claro que tenho… Bella, o que você tem em mente? Se abra comigo.” Suspirei. Ele apertou minha mão sob a barriga. “Você sabe que não precisa ter medo de me dizer.”

 

“Algemas, talvez algo que envolva vendas… chicotes.” Disse baixinho. Edward pareceu não respirar.

 

“Oh!” Ele disse simplesmente esperando alguns segundos. “Bem, você sabe que eu não gosto de te machucar…” Ele deu uma breve pausa. “Bella?”

 

“O que Ediota?”

 

“Vamos a Seattle ainda essa semana.” Meu cérebro demorou dois segundos. “Vamos atrás de suas algemas, vendas e seus… chicotes.” Me virei para ele, feliz. Ele era o melhor homem do mundo.

 

“A cabana vai ser muito freqüentada a partir de hoje, Edward.”

 

“Sem dúvida será!” Ele me beijou animado.

 

Enlacei minhas pernas em sua volta. Ele levou uma mão na minha bunda apertando com vontade. Round 2.

 

(***)

 

Quarta-feira.

 

Dia de jardinagem com Esme. Estávamos todos prontos quando ela passou nos chamando para a garagem. Todos, exceto Emmet. Rose não tinha uma cara de muitos amigos. Ela e Alice cochichavam no fundo da garagem enquanto os meninos pegavam algumas ferramentas. Eles que fizessem força! Eu peguei uma pá de mão e fui até elas.

 

“Posso participar da conversa?!”

 

“Claro Bells.” Rose disse. “É muito melhor ouvir algo que não seja da irmã de Emm!” Alice mostrou a língua brincando.

 

“Ah Rose, estou no meu papel de defender o Abelhudo, você deve entender! Bella, o que acontece é que Rose está preocupada.”

 

“E com o que especificamente, Rosalie?”

 

“Bom, com o Emmet e seu desaparecimento hoje… você sabe, hoje é o prazo para ele me contar tudo. Só que ele saiu de manhã cedo. Tão cedo que não tenho nem idéia de que horas eram! Eu acho que vou subir antes de estragar minhas unhas e arrumar minhas malas!” Ela tinha lágrimas nos olhos.

 

“Não! Não! Não! Não chora Rose!” Eu disse baixinho e desesperada.

 

“Nem pensar!” Allie segurou nos braços dela. “O dia não acabou ainda! Eu sei que ele vai aparecer e te contar tudo, Rose!”

 

“Meninas… eu amo tanto ele, mas é difícil! Eu dei uma chance. E ele estava avisado das conseqüências, caso ele quebrasse de novo a minha confiança. Ele não vai fazer isso comigo… ou vai?”

 

“Não querida, ele não vai.” A voz de Esme soou suave em nossas costas. Olhamos para ela meio receosas. “O que?” Ela pôs as mãos na cintura e brincou. “Vocês estão tendo uma reunião do Clube da Luluzinha e eu não posso participar? Ainda sou uma menina!” Nós rimos.

 

“Tá certo mãe!” Allie disse a abraçando. Esme recebeu o abraço de olhos fechados. Logo os abrindo e fitando a mim e Rose de maneira maternal.

 

“Qual é, garotas?! Vocês também são minhas meninas! Me dêem um abraço!” Eu e Rosalie nos olhamos e encaramos Esme, que sorria e abria os braços para nós. A abraçamos junto de Allie. “Ah! Eu vou sentir tanta falta quando vocês deixarem Forks!”

 

Ficamos envolvidas naquele nosso momento por alguns segundos, apenas as meninas de Esme. Até que ouvimos os gritos de Edward e Jasper, e antes que pudéssemos fazer qualquer coisa a respeito, eles já tinham pulado sobre nós, nos abraçando também! Todos nós rimos como uns idiotas felizes. Eu me sentia amada de todos os lados. Era bom viver com todos. Concordei mentalmente com Esme. Eu sentiria muita falta de todos quando deixássemos Forks.

 

Fomos ao jardim dos fundos. O dia estava bonito e com as nuvens altas e espaçadas. Uma brisa suave batia em minha nuca, e ouvia-se uma sinfonia de pássaros dentro da floresta, que se estendia atrás da casa. Esme nos delegou as funções. Seria divertido e diferente. Nunca tive um dia de jardinagem com meus pais. Parecia que Renée fazia questão de não ter flores para cultivar ou qualquer outro tipo de planta para cuidar. Enquanto eu cavava buracos na terra e Alice ia plantando as mudinhas de begônias corais, eu me deixei levar por pensamentos de como Renée estaria agora na tal casa de repouso.

 

Sem dúvida ela teria um jardim bem grande e florido pra ajudar a cuidar. Ou não teria? Era isso que as pessoas faziam em lugares assim. Ela devia estar fazendo terapia também. Por algumas vezes pensei em fazer também. Depois de uma tentativa de suicídio falha, e uma recuperação surpreendente coordenada por Edward, eu realmente cheguei a pensar que estava fora de meu juízo perfeito; mas então eu convivia com toda a família Cullen. Não, não precisava de terapia. Eles eram a minha terapia.

 

Todos conversávamos alegres, e comentávamos sobre o que faríamos dentro de cinco anos. Edward queria ter seu restaurante. Eu podia visualizar como seria seu restaurante. Sendo algo vindo dele, eu só pensava no perfeito. Eu comentei que estaria começando meus anos de residência em algum hospital, e completei em pensamento que seria no mesmo lugar onde Edward estaria com seu restaurante, e de preferência em algum hospital próximo a nossa casa. Nossa casa. Me apeguei nisso por um segundo. Será que estaríamos para sempre juntos, como eu desejava, para termos a nossa casa? Eu lutaria por isso. Com unhas e dentes.

 

O som de uma buzina constante nos assustou. Era algo desesperado e contínuo, e vinha da entrada da frente de casa. Nos encaramos intrigados. Rose pareceu confusa. Mais confusa que todos nós juntos.

 

Narração: Rosalie Hale.

 

Eu corri quando reconheci o som. Claro, poderia ser de qualquer outro carro Sport, mas eu sabia que era da minha BMW! Eu sentia. Larguei a pequena pá e no caminho fui tirando as luvas de jardinagem. Dei a volta na casa pelo seu lado direito. Eu não entendia o porquê, mas parecia que meu coração crescia no peito. Se inflamava e estava decidido a explodir se eu não chegasse logo de onde vinha o som. Quando fiz o contorno, avistei na entrada o carro de Jacob Black e ele de braços cruzados olhando para mim. Eu tinha esperança de que fosse Emmet. De que fosse ele com o meu carro. O Black tinha um carro Sport. Era obviamente a buzina dele.

 

“O que você faz aqui?” Como tinha sido tola. Já estava pensando em subir e jogar minhas roupas na mala.

 

“Emmet me disse que você tem alguns métodos mecânicos e que poderia me dar alguma ajuda com o motor do meu carro, sabe… ele anda afogando com freqüência.” Ele disse sem qualquer vontade.

 

“Até onde eu saiba Black, você não precisa da minha ajuda, apenas de meu namorado como amigo inseparável! Então, sério, eu não vou te ajudar.”

 

“Ah! O que é Rosalie? Emmet não te disse que eu não tenho mais estado com ele? Na verdade boa parte do tempo eu estou com a Amber estudando. Tem dias que eu nem vejo ele!”

 

“Você está brincando comigo, não está?” Eu iria matar Emmet! Ele estava mais do que mentindo para mim! Eu iria acabar com a raça dele! Se duvidar, arrancaria a sua cabeça com o alicate de minhas cutículas!

 

“Não estou não. Pode perguntar para Amber… ela vai te confirmar.” Ele deu uma pausa. Olhei bem para a expressão dele. Ele parecia estar se divertindo, desgraçado. “Já que você não irá me ajudar, você poderia apenas me emprestar a maleta de chapeador? Alguém fez uma arte do carro de Billy, e Emmet disse que me emprestava a de vocês…”

 

“Ah ele disse?!” Meu sangue fervia nas veias. Ele confirmou com a cabeça. Amber que me desculpasse, mas hoje eu ia matar o Black e meu namorado! “Espere só um minuto, Black.” Disse sínica. “Vou pegar para você.” Virei minhas costas para ele. Quando vi, todos estavam ali na frente.

 

“Você é louco de fazer isso, Jacob? Você sabe que Rosalie não te suporta…” Ouvi Edward começar a conversar sério com o inútil. Ignorei. Eu iria atirar aquela maldita maleta na cabeça dele! Caminhei até a garagem com passos firmes e raivosos. Quem Emmet pensava que era? Ele estava me enrolando desde o começo! Ele devia ter outra, isso sim! Nunca na minha vida pensei que seria trocada! Ainda mais que isso viria de Emmet! Ah! Eu mataria e depois iria embora. Sentia meu corpo pegar fogo da raiva que eu sentia. Por que as coisas estavam tão difíceis para mim ultimamente?

 

            A porta da garagem estava abaixada. Estranhei. Tinhamos a deixado aberta. Tentei puxá-la para cima, mas parecia travada. Que inferno!  Esme sempre perdia os controles para abrir a porta, então os deixamos sempre no manual! Forcei o trinco da porta menor. Trancada. Mas que merda! Eu estava perdendo o pouco de paciência que eu tinha, se é que isso era possível, depois das coisas que Jacob Black tinha me dito. Girei o trinco mais algumas vezes, bufando. Vendo que não consegui, dei um chute. Minha diversão de matar o Black talvez ficasse pra outro dia. Me virei para mandar o amiguinho de Emmet embora. Maldito!

 

            O barulho da porta subindo atrás de mim me paralisou. Isso era alguma pegadinha?

 

            Me virei pensando que era coisa da minha cabeça, mas não. A porta realmente estava sendo elevada e aos poucos a luz acesa do ambiente ia se misturando com a claridade natural da tarde de Forks. Um frio percorreu minha espinha quando ela estava completamente aberta. Demorei dois segundos para reconhecer e não acreditei.

 

            Ali estava ele. Meu carro. Lindo. Muito mais lindo. Vermelho sangue metalizado. Como se minúsculas pedras de brilhantes o cravejassem, ele brilhava na luz branca da garagem. A esperança que havia sumido a minutos atrás renasceu quando caminhei ao seu redor. Um dos meus desenhos preferidos de Emmet estampava a lataria lateral. Extremamente bem feito e acabado. Olhei para dentro do carro e vi que havia bordado, no couro preto do apoio de cabeça nos bancos, a letra R, e uma porção de novos velocímetros aplicados ao painel. Quais eram as cores das luzes? Eu gostava de luzes vermelhas. Olhei mais detalhadamente. Algo me dizia que…

 

            “Ele é turbo agora.” Saltei com sua voz. Macia e suave. Deliciosa.

 

            “Emmet!”

 

            “Gostou Rose?”

 

            “Foi… foi você?”

 

            “Não foi fácil conseguir esse tom de vermelho, mas Jacob tem seus contatos.” Ele disse encolhendo os ombros. Eu comecei a me sentir mal e mau. Como eu poderia ter pensado tão errado sobre Emmet?

 

            “Então? Era isso… o tempo todo?” Minha voz saía fina de emoção.

 

            “Não, só depois que você vendeu o carro.” Ele se aproximou de mim e apoiou-se com as costas no carro, cruzando os braços. Olhou-me. “Então eu liguei os pontinhos… Jacob é um excelente instrutor, mas acho que quem poderá dizer isso com verdade será você. Não sei se meu trabalho ficou tão bom quanto você merece, Rose…” Ele só podia estar brincando.

 

            “Enlouqueceu? Olhe essas linhas!” Disse, me abaixando e passando os dedos pelo desenho. “Estão perfeitas e em harmonia! As cores estão incríveis! Sempre disse que você tem talento para desenho, Emmet! Está lindo! Está perfeito!” Emm me segurou pelos braços, me trazendo para cima, me deixando frente a frente com ele.

 

            “Rose, eu não estou falando do desenho. Estou falando do motor.” Pisquei.

 

            “Como… como assim?” Ele me olhou como se tentasse me fazer ver o óbvio. E eu vi. “Oh! Foi você quem o ajeitou? Emmet! Como isso? Quando? Quem?”

 

            “Rose, eu estava tendo lições de mecânica com o Black. Só por isso minha ausência nos últimos meses. Eu não queria te contar, queria fazer uma surpresa, e isso teria tomado menos tempo se você não tivesse vendido o carro… Eu não fiz tudo sozinho, mas fiz boa parte!” Eu me sentia a pior criatura na face da terra. Comecei a chorar. “Rose? Não! Não! Não chora anja! Eu não gosto de te ver triste! Achei que ficaria feliz de ter o car…”

 

            “Por que Emmet? Por que você fez isso?” Eu o interrompi.

 

            “Porque eu queria te poupar… Quero dar a vida que você merece, e nela não inclui roupas e unhas sujas de graxa!”

 

            “Oh meu Deus!” Eu disse me encolhendo com as mãos nos olhos. “Eu fui tão ruim com você! Tão injusta! E você estava pensando em mim… todo esse tempo!”

 

            “Shhh, não chora não! Eu poderia ter te contado, não precisava ter mentido para você…”

 

            “Não precisava mesmo, Emmet! Você sabe que não me importo com isso, eu poderia mexer com carros e ainda ter a vida que eu mereço! Eu preciso de você para isso, grandão! Você não vê?”

 

            “Eu vejo você.” Ele disse me fazendo um carinho no rosto.

 

            “Ei!” Segurei sua mão e disse suave. “Eu amo você.”

 

            “Ei garota! Eu sei que você me ama, afinal eu sou o gostosão de Forks!” Eu ri alto. “Vem, quero que você me diga se gosta de seu novo-antigo-carro-agora-turbo ou não!” Ele me balançou as chaves. O metal reluziu me chamando. As arranquei de sua mão e entrei imediatamente no carro. Ele ficou de braços cruzados me olhando pela janela.

 

            “Emmet! Vem! Entra logo!” Ele sorriu largo e correu para o banco do carona. Eu ronquei o motor. Estava poderoso. Deslizei a ré. Eu precisaria de uma via limpa, sem carros, onde fosse apenas, eu, Emm e a máquina. Olhei para Emmet sentindo a vibração abaixo de mim. Urgente. “Você está desculpado.”

 

            “Eu sei que estou.” Disse ele convencido e animado, como só ele conseguia ser. “Agora vamos Rose! Vamos mostrar para Forks com quantos segundos se faz cem quilômetros por hora!” Eu sorria para ele como uma criança assistindo seu desenho favorito por horas. “E põe o cinto!” Ele pediu. Eu o obedeci enquanto ele fazia o mesmo.

 

            Acelerei.

 

            Narração: Bella Swan.

 

            Depois que vimos Rose e Emmet passarem como dois loucos por nós pelo caminho de pedras na entrada da garagem, nós ficamos paralisados absorvendo. Esme chorava, mas eu não entendia se era pelo susto das buzinas ou por vê-los agindo como deviam agir. Eu apoiava os dois por sustentarem esse sonho de ter seu próprio negócio, mas eles eram tão novos quanto eu, e isso me parecia estranho. Quem sabe deveriam aproveitar mais a vida… bom, quem era eu para falar qualquer coisa desse tipo? Em alguns meses estaria dentro de uma faculdade de medicina, fazendo malabarismos com o pouco tempo que me sobraria.

 

            Jacob nos contou tudo o que ele e Emm fizeram nos últimos meses. E isso foi surpreendente para todos. Eu esperava que Emmet estivesse fazendo qualquer outra coisa com o Black, menos tomando aulas de mecânica e trabalhando no carro antigo de Rosalie. Sorte que Emmet apareceu antes de Rose explodir, porque do jeito que ela estava tratando as flores e a grama de Esme, anteriormente, ela logo explodiria. Eu imaginava a cena de um pavio queimando preso em sua boca. Eu ri com esse pensamento. Nós voltamos ao jardim de trás com Jacob a tira colo, e ele entrou na lida também. Não havia muito mais trabalho a fazer, mas ainda tínhamos que terminar o que estava começado.

 

            Nos envolvemos por mais uma hora até que Esme decidiu que era hora de parar. Na verdade, em pouco tempo Carlisle estaria em casa, e se eu bem conhecia a vaidade de minha sogra, ela queria estar limpa e perfumada para receber o marido. Sempre sendo a esposa ideal. Bom… para mim ela era o modelo de esposa, mãe e mulher ideal. Não que eu quisesse seguir a linha que Esme fazia, mas para quem gostaria de ter filhos e família e viver para eles, ela seria um bom exemplo a seguir. Entramos para casa quando o crepúsculo já tingia o céu de duas cores. Convidamos Jacob para jantar conosco e que trouxesse Amber. Nos últimos dias eles estavam estudando muito. Jake parecia realmente gostar da idéia de ir para uma faculdade agora.

 

            Tomei um banho demorado. Aproveitei a água quente escorrendo por minhas costas, me relaxando. Perdi a linha do tempo pensando em Edward, como sempre. Ele era uma droga instaurada permanentemente em meu cérebro. Eu não reclamava. Ou eram os pensamentos nele, ou seriam os sobre Renée, Josh, Charlie, guerras… Enfim, era um milhão de vezes preferível passar 24 horas por dia, e sete dias da semana, pensando no Ediota, do que me torturar com coisas que estavam no passado. Só evitava um pensamento sobre Edward. Apenas um. Que era desesperador e irritantemente constante.

 

            E se um dia eu perdesse Edward? Se ele partisse… para sempre? O que eu faria? Minha mente só processava uma única resposta. Uma que eu demorei dois anos para processar no caso de Joshua. Mas eu não conseguia me imaginar longe de Edward. Uma vez que já havia provado do amor que ele me ofereceu, eu tinha certeza que ninguém jamais poderia fazer o que ele faz por mim. Sem ele ao meu redor, sem ele… vivo, eu tentaria de novo. E mais uma vez. E novamente até conseguir.

 

            E era por isso que eu evitava pensar nisso. Lá vinham os malditos pensamentos de auto destruição de uma verdadeira suicida declarada. Eu não queria pensar que ainda tinha sentimentos assim. Eu estava me sentido tão viva que esses pensamentos às vezes pareciam não serem meus. É como se pertencesse a uma segunda Isabella. Uma Bella solitária e sem forças para buscar vida. Pertenciam a uma Bella miserável. E eu me odiava por sentir que essa Bella ainda existia. Três batidas na porta me fizeram saltar.

 

            “Bella? Você está bem? Está demorando…” Edward perguntou sem entrar no banheiro.

 

            “Sim!” Desliguei o chuveiro. “Já estou saindo Ediota!” Ele respondeu Ok e deixou a porta. Sequei-me rapidamente, deixando minha pele ainda um pouco úmida, enrolei a toalha na cabeça e apenas vesti a lingerie que tinha levado para o banheiro. Saí para o quarto. Edward estava sentado em suas pernas no centro da cama, com as mãos atrás da cabeça e corpo apoiado na cabeceira da cama. Eu senti o calor invadir minhas bochechas, dessa vez não era por estar com vergonha, mas sim pelos pensamentos abusados que eu tinha com ele. Ele me olhou dos pés a cabeça enquanto eu passeava pelo quarto até o closet.

 

             “Uhm, fazia tempo que não via essas calcinhas.” Ele se referia a eu estar com uma calcinha mais larga nas laterais… e não era de renda. Preta, lisa e de malha. Apenas com um trançado de fitas de cetim em meus quadris.

 

            “É, essas são mais resistentes. As outras você destrói com os dentes! Isso não é justo! Eu cheguei a pensar em assaltar uma loja de lingeries! Você é um assassino de lingeries de renda! O que você tem contra as calcinhas de renda?” Peguei uma blusa púrpura e uma calça justa, e fui me vestir perto dele.

 

            “Ah! A questão é o que elas escondem, não o que eu tenho contra elas! Eu não tenho nada contra suas rendas, na verdade elas são muito práticas… para tirar!” Ele disse rindo.

 

            “Então sinto em te dizer que agora você vai ter um pouco mais de trabalho. Eu gosto dessas, queira você ou não, amorzinho.” Coloquei o jeans e tirei a toalha de minha cabeça.

 

            “Garota má.” Ele alcançou minha cintura com sua mão e apertou com posse.

 

            “Demais.” Vesti minha blusa.

 

            “Você deveria tentar não usá-las. Tem garotas que gostam.” Olhei para ele séria e irritada.

 

            “Que garotas, Edward Cullen?”

 

            “Bella! Nenhuma garota em específico… ok, na verdade eu estou sugerindo isso! É muito mais divertido você descobrir que sua garota está sem calcinha.”

 

            “AH SIM! E é muito mais divertido ir direto a sobremesa, certo?” Ele riu. “Não sei se eu me sentiria confortável, Edward. Sabe? Nossas calças apertam até a alma… as suas não! A não ser que você queira voltar a usar calças de couro!”

 

            “AHAHAHAHAH tudo bem! Não quero que você se sinta desconfortável… e sem calças de couro. Isso é meu passado negro, Bella.”

 

            “Isso será enterrado no seu passado então. Todos nós temos nossos pequenos segredinhos!” Inclinei-me e o beijei docemente, rolando minha língua na sua com calma e amor.

 

            “Mmm… como pode?” Ele perguntou quando parei de beijá-lo.

 

            “Como pode o que?” Falei a centímetros de seu rosto.

 

            “Como pode você ser tão perfeita e saborosa, mesmo com esse cabelo que parece um ninho de pássaro?!” Estreitei os olhos.

 

            “Ediota!” Levantei saindo da cama. Fui puxada de volta.

 

            “Monstrenga! Senta aqui. Deixa pra mim que eu vou dar um jeito nesse seu cabelo!”

 

            “Você precisa de uma escova para isso!” Disse emburrada e cruzando os braços.

 

            “Faço com os dedos! Vai dizer que não gosta mais dos meus carinhos nessa sua cabeça cheia de vontades?” É. Pensando por aquele lado…

 

            “Ahn. Isso parece bom.” Sorri para ele e balancei os ombros.

 

            “Ótimo. Vem mais perto?” Ele pediu e eu me aconcheguei em seu peito.

 

            “Vou molhar sua camiseta.”

 

            “Eu tenho outras.” Edward passou as pontas dos dedos em meus cabelos. Eu suspirei e qualquer pensamento sobre perdê-lo sumiu.

 

            Ficamos apenas no silêncio. Eu ouvia seu coração batendo forte no peito, e ele não parava de acariciar meus cabelos, deliciosamente. Era um gesto tão simples… eu sentia falta daqueles nossos pequenos momentos. Foi isso no início, não poderia deixar isso de lado agora. Não queria perder essas pequenas coisas que tínhamos. Era o que nos definia.  

 

            Alguns minutos depois ouvimos um carro passar pelas pedras. Não demorou muito para Alice bater na minha porta, para avisar que era Jake e Amber. Então eu realmente dei um jeito em meu cabelo. Os escovei e dei uma leve amassada para dar um pouco de volume, os contive com um arco de metal. Calcei uma sapatilha e esperei Edward trocar a camiseta molhada.

 

            “Como você se sente com Jacob por perto novamente?” Perguntei apoiada na porta de seu quarto.

 

            “Eu me sinto bem. Realmente bem… só queria que ele fosse um pouco mais rápido na questão do seu diário. Seria ótimo deixarmos essa fase para trás.”

 

            “Eu disse, não quero fazer pressão no garoto. Ela já sabe tudo mesmo… o que eu poderia fazer a respeito depois disso? Nada. Só o quero de volta pelas memórias que compartilhei com aquelas páginas. Eu posso viver sem ele.”         

 

            “Eu sei que pode, mas ela não pode viver com ele… vamos?” Balancei a cabeça. Desci os degraus, animada. Era sempre bom ter todos por perto. Corri até Amm e lhe dei um longo abraço. As conversas começaram ao nosso redor.

 

(***)

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

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