Waking Up - Aprendendo a Viver escrita por Soll, GrasiT


Capítulo 25
Capítulo 18 - Jogo Aberto


Notas iniciais do capítulo

Algumas surpresinhas para vocês… Se vocês lerem esse capítulo com um prato de brigadeiro, suco de laranja ou uma modesta pêra ele ficará muito mais gostoso. Enjoy



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Narração: Amber Moore.

           

Eu acho que estava ficando louca, e sem falar que com insônia também. Eu passei a madrugada pensando se deveria ou não falar com o Black. Edward me dizia que era mais que necessário. Bella me fazia acreditar que ele já tinha dado provas suficientes de que estava realmente gostando de mim. Mas o que eu iria fazer? Eu vejo em filmes, livros, histórias, na vida real, mulheres sendo iludidas por garotos idiotas e homens inúteis. Eu tinha medo. Medo de que não fosse isso que ele sentia. Medo de que ele não gostasse de mim e quando eu dissesse que talvez eu estivesse apaixonada por ele – sim, talvez, nunca admitiria assim tão fácil – ele risse na minha cara. Eu estaria fazendo papel de estúpida. Tudo o que eu menos queria.

           

Em contra partida, ficava boba com e por ele quando ele me conferia carinhos. Meu coração se derretia e os medos desapareciam. Era excelente estar com ele, porém Jacob tinha uma personalidade confusa, e pendia constantemente para atitudes erradas. Acho que ele precisava de algum caminho… uma direção mais precisa. Algo mais concreto para seguir.

 

Já tinha tentado de toda forma dormir. Li um livro entediante, escutei músicas tranqüilas, tomei um banho quente extra, bebi dois copos de leite morno com açúcar, mas nada adiantou, até que desisti. Fiquei pelo meu quarto fazendo coisas interessantes, como conversar e me aconselhar com Teressa. Admito que a gata não me deu conselhos muito produtivos, mas era bom desabafar sem receber perguntas ou dizeres em troca. É bom apenas falar. Eu me sentia um tanto sufocada com a dúvida. Ligar ou não ligar… eis a questão! Ah, eu iria enlouquecer. Decidi que ligaria.

 

Peguei o telefone, e ele era intimidador com aqueles botõezinhos. Parecia um pouco errado acordá-lo àquela hora da noite, porém eu tinha tanta vontade de falar com ele, e saber o porquê ele tinha reagido daquela forma ao beijo que ele mesmo dera. Eu tinha que saber. Tomei coragem e comecei a discar… na metade desisti. Provavelmente ele iria querer me matar por eu estar ligando tão tarde.

 

Fiquei naquele “liga não liga” por um bom tempo. E meu Deus! Nem Teressa conseguia me confortar em minha indecisão. Quando me senti sufocada demais, resolvi que um pouco do ar frio da madrugada de Forks me faria bem. Abri a minha janela, erguendo o vidro até o topo. Respirei a brisa gélida da noite e aquilo pareceu me encher de razão. Apoiei-me com as mãos na madeira e olhei para a rua. Completamente vazio. Acho que Forks era o lugar mais calmo do mundo, nunca se via uma alma viva na rua depois das nove e meia da noite. Um nevoeiro baixo e não muito espesso estava rente ao asfalto, a rua um tanto escura.

 

Pensei em sentar na janela, mas provavelmente com meu pouco equilíbrio e o cansaço, eu piscaria meus olhos e estaria esparramada no gramado de minha casa, com alguns ossos quebrados. Olhei ao redor, acho que não teria problema se eu saísse um pouco de casa e ficasse em minha varanda respirando aquele frio noturno. Desci o pequeno lance de escadas e fui à cozinha primeiramente. Preparei um chocolate quente e peguei o casaco de lã tricotado por minha avó que estava no sofá. Teressa andava a meus pés, a peguei no colo e abri a porta da frente, deixando todas as luzes apagadas para não chamar a atenção, seja de quem fosse.

 

Sentei-me na cadeira de madeira antiga e aproveitei meu chocolate com a gata em meu colo, me ajudando a espantar o frio. Fiquei pensando se deveria ou não ligar para Jacob. Talvez ele não se importasse que eu o incomodasse naquela hora. Era três e quinze da madrugada, eu só podia estar perdendo o juízo. Eu queria que ele tomasse jeito, que se tornasse alguém melhor. Queria ajudá-lo. Entretanto a questão era: ele aceitaria a minha ajuda? Possivelmente não, se tratando de Jacob Black.

 

E agora eu tinha em minhas mãos outro problema. Tinha prometido a Bella que seria eu quem mostraria a Jake a gravação que ela fez da conversa de Jane com Edward. Ele não faria porque estava “brigados”, ela porque não tinha intimidade. E eu que intimidade tinha? Eu apenas dava monitorias a ele. Se bem que ele sempre conversava sobre tudo comigo. Admiti para mim mesma que eu era a melhor opção naquele momento para mostrar a Jake o que a vaca loura louca falava dele. Suspirei.

 

Os minutos passavam e eu não me decidia. Estava insegura e não gostava disso. Sempre soube muito bem quem eu era e o que eu queria, mesmo quando estava em uma cama de hospital. Mas com ele… nada. Eu estava, simplesmente, perdida. Deixei me guiar pelos pensamentos. Teressa se acomodou ao meu lado, eu me encolhi agarrando os joelhos. Terminei meu chocolate, já frio, e fiquei olhando para um canto da minha varanda, como se eu fosse decorar as impressões na madeira velha. Eu me sentia melancólica esperando por alguma luz em minha própria cabeça. Fechei meus olhos para tentar pensar melhor.

 

(***)

 

Calor.

 

Eu estava em um lugar quente e macio. Bem confortável por sinal. Meu corpo estava aquecido e minhas mãos seguravam firmemente algo fofo. Custei um momento para abrir meus olhos. Quando foquei a minha frente, vi que não estava em nenhum lugar que não era meu conhecido. Era apenas meu quarto. A claridade entrando pela janela indicava que já era dia. Estava atirada em minha cama, agarrada ao travesseiro, sentindo minhas bochechas quentes. Pelo calor que estava ali, podia jurar que o aquecedor estava ligado. Mas como? Eu não me lembro de nada… não me lembro de ter subido, fechado a porta, de ter me posto embaixo das cobertas quentes e muito menos de ter ligado o aquecedor da casa. Deus! Será que eu havia sonhado que tinha ido para fora de casa durante a madrugada?

 

Passei minhas mãos pelo rosto e atirei os cabelos que estavam em minha face para trás. Olhei para o relógio digital que ficava em meu criado mudo e me assustei um pouco, eram 09hs57min. Que ótimo. Tinha perdido à hora e não iria à escola. Não adiantava correr, não me deixariam entrar de qualquer jeito. Espreguicei-me rolando na cama preguiçosa. Eu acho que perdi o ritmo de minha respiração quando vi aquilo. Ok. Algo muito estranho estava acontecendo ali. Eu só podia estar delirando.

 

Sentado mal acomodado em minha poltrona, Jacob dormia enrolado em uma manta cor de rosa fina. É, rosa não era uma cor que lhe conferia muita beleza, mas as bochechas rosadas eram incríveis, ele parecia uma criança dormindo. Sentei na cama o olhando, puxei a coberta sobre minha cabeça. Ele estava de meias e os sapatos não estavam ao redor, vestia um moletom fino e estava com a cabeça apoiada em uma de minhas almofadas. Era inacreditável como o cheiro dele invadia e preenchia meu espaço. O que afinal de contas ele estava fazendo ali?

 

Levantei e dei dois passos até onde ele estava. Toquei sua mão com a ponta dos dedos e ele nem sequer se moveu. Como era lindo. Lábios cheios, olhos puxadinhos, cabelos negros, pele avermelhada. Ah! Aquela era a visão que eu queria ter para sempre quando acordasse. Me perdi um pouco no meu momento de sonho, porém Teressa roçou entre minhas pernas e me puxou para a realidade.

 

“Jake?” Pedi baixinho, nenhum sinal. Apoiei-me nos joelhos ficando rosto a rosto. “Jacob acorda?” Ele tinha um sono de pedra. Me aproximei de seu ouvido. Respirei fundo. UM TAPA NA CARA DE AMBER MOORE. O cheiro dele me deixou tonta de tão magnífico que era. Tentei me concentrar.

 

“Jake… acorda?” Pedi o mais suavemente possível, na base de seu ouvido. Um sussurro. Sem pensar, nem medir meus atos, lhe dei um beijo leve na bochecha, e ele se mexeu. Imediatamente guiei meu corpo para onde eu estava antes, parada e reta na sua frente. Ele abriu os olhos e procurou ao redor. Juro que o vi ficar envergonhado quando me encontrou o olhando.

 

“O que você faz aqui?!” Ainda falando baixo, me abaixei e me apoiei em seu joelho. Ele sorriu.

 

“Você estava dormindo… lá fora. E eu… estava lá… sou um bobo.” Ele falou sonolento. Parecia trôpego. Não estava conseguindo acordar direito. “E você… parecia que tinha… frio. Você está quentinha agora?” Oh. E meu coração, que já é derretido, evaporou.

 

“Sim, estou bem quentinha agora.” Me agarrei a sua mão e estava gelada. “Vem, você precisa se aquecer agora… deite na minha cama.” O puxei para cima. Ele era grande e acabei me desequilibrando tentando colocá-lo de pé. Suas mãos agarraram a minha cintura me segurando firme, agora totalmente desperto. Apenas nos olhamos.

 

“Eu não… quero… ahm… abusar Amm…” Ele falou com a voz rouca de recém acordado.

 

“Não é abuso… apenas deite. Eu vou tomar um café.” Disse me afastando dele, e ele indo para o lado oposto ao meu. Nossas mãos se encontraram no meio do caminho. Ele me puxou de volta.

 

“Deita… aqui?” Nunca antes ele havia sido tão doce. Duas pequenas palavras, e toda suavidade que ele poderia ter ao falar foram expressas nelas. E então, eu apenas me deitei, dividindo meu travesseiro e meu edredom. Ele envolveu meu corpo em seus braços e manteve uma distância razoável, ainda assim, sentia sua respiração bater quente em minha nuca. Suspirei totalmente absorta em não atacar Jacob Black naquela manhã.

 

“Você me faz bem.” Ele disse baixinho. Acho que parei de respirar. Não consegui pensar no que dizer. Eu apenas escutava meu coração batendo enlouquecido no peito. Ele soltou um riso curto e não disse mais nada. Esperei os minutos passarem. Eeu estava tensa com a proximidade. Na verdade, eu estava elétrica. Meus pés não paravam de se mexer, até que os dele se encostaram aos meus, me fazendo parar imediatamente. Custei a relaxar ao seu lado. Acho que só consegui isso quando sua respiração começou ficar espaçada em meu pescoço. Ele dormia. Logo o segui, adormecendo com seu cheiro em minhas narinas.

 

Narração: Bella Swan.

 

Que maravilha! Amber não tinha aparecido na aula. Nem ela, nem Jacob. Eu pedira a ela para contar a ele sobre Jane. Se ela não fizesse, eu faria, mas eu sabia que ela contaria. O que me deixava curiosa era o porquê ela não tinha aparecido na escola.

 

Pedi a Edward para passar em sua casa antes de irmos para a nossa. Estava tudo extremamente quieto, o que me assustou um pouco, já que Amm sempre ficava pela frente de casa lendo alguma coisa, ou apenas na sala assistindo televisão. Da rua sempre era possível vê-la por ali, mas não havia nem sinal. Edward estava um tanto inquieto. Podia jurar que era testosterona, já que fazia dias que nós não tínhamos um momento só nosso. Mesmo tendo dormido em seu quarto na noite anterior, quando nós pensamos em fazer alguma coisa, eu consegui me apoiar na mão machucada na cama. Não foi algo muito agradável. A dor venceu.

 

“Pára aqui Ediota. Vou ver se ela está em casa…” Pedi para ele assim que íamos passando na frente de sua casa. Ele parou. “Me espera aqui… eu já volto.”

 

“Não demora.” Concordei. Ainda queria conversar com Emmet, e Edward queria participar. Saí do carro e caminhei tranqüila pelo caminho de cimento até a varanda. Quando subia a pequena escada da frente, a mão de Edward me segurou.

 

“O que foi amor?”

 

“Acho melhor você nem bater na porta, olha ali.” Ele apontou com a cabeça; na rua, mais a frente e do outro lado onde estávamos, o carro de Jacob estava parado e vazio.

 

“Você acha que eles…”

 

“Eu acho que NÓS não devemos nos preocupar com Amber… não hoje.” Ele estendeu a mão para mim. Eu a segurei enlaçando nossos dedos.

 

“Será que ele está ai mesmo?” Perguntei enquanto voltávamos para o carro.

 

“Está. Tenho certeza.”

 

“Você tem certeza de muitas coisas… de onde vem tanta confiança?!” Eu gostaria de ser tão segura quanto ele é sempre. Me evitaria muito sofrimento prematuro. Entramos no carro e ele agarrou a direção e me respondeu sério.

 

“Não sei. Acho que só sou assim com as pessoas que conheço bem… você, por exemplo, quando eu te conheci, eu te odiei… eu fui um animal. Eu não tinha nenhuma certeza de quem você era e o que pretendia… Agora eu sei, te conheço em cada centímetro e em cada expressão. E tenho certeza que você só veio para Forks para se aproveitar de mim!” Olhei nos olhos dele, e continuavam sérios, mas por trás da seriedade, um brilho histérico de quem estava doido para rir. Minha sobrancelha se arqueou.

 

“Eu? Me aproveitar de você? Não querido! Eu quero… bom, vamos para casa e ai eu te mostro.” E assim ele voou no asfalto.

 

No caminho pensei em quem estaria em casa. Era meio da tarde e Esme deveria estar cuidando do jardim dela. Alice tinha ficado com Jasper na escola para montarem os cartazes da sua promoção para Rainha do Baile de Formatura. Rose comentou comigo que iria ao galpão dar uma olhada em suas peças e “coisas” para a oficina.  Sobrava Carlisle que estava no hospital e Emmet que não deveria estar em casa – como sempre. Acho que estaríamos livres para ninguém nos incomodar.

                           

Quando chegamos em casa, eu saí correndo do carro e o puxei comigo. Ele me encarou curioso. Eu só sorri safada para ele, que parecia não entender nada. Pela garagem eu entrei afobada na cozinha e o puxei para meus lábios o querendo inteiro para mim. O bom com Edward era que sempre que eu quisesse algo – principalmente sexo – ele não negaria, não importava à hora e local, ele me daria. Ele me recebeu com fúria. Me agarrei em suas mexas de cabelo macios e ele envolveu seus braços em minha cintura, me levando a ponta dos pés. Entre os movimentos de nossas bocas coladas se ouvia os sons abafados de prazer surgindo. Sua língua dançava pela minha com vontade e o seu jeans devia estar ficando apertado, já que ele me segurava o mais firme possível junto de seu corpo. Nossos quadris eram imãs. Edward deslizou a mão para minha bunda e apertou com vontade.

 

“Vocês poderiam ao menos respeitar o horário de refeição dos outros?!”

 

Emmet nos chamou a atenção com a boca cheia de um sanduíche que parecia bom. Eu saltei um pouco longe de Edward com o susto, e tão rápido quanto eu me afastei, ele me puxou de volta, deixando minha bunda grudada em suas coxas, me segurando por trás.

 

“Não saia daqui agora.” Ele sussurrou em meu ouvido. Eu certamente não sairia. O bom de ser mulher é isso, você pode ficar excitada e ninguém vai reparar. Estava de escudo para Edward naquele instante.

 

“Oi Emm! Desculpe! Não vimos que estava ai…”

 

“Tudo bem Bella. Eu só estou comendo um pouco, vocês querem?” Ele apontou o sanduíche para nós totalmente desanimado.

 

“Não mano, valeu! Eu e Bella estávamos em um… uhm… momento de estudo, vamos voltar a fazer isso.”

 

“Momento de estudo?!” O Abelhudo e eu questionamos juntos. Ele embasbacado, eu achando graça. Desde quando tinha que se ter meias palavras com Emmet para se falar sobre sexo e pegas frenéticos, como ele mesmo dizia?

 

“Ah! Não, não, não! Isso pode esperar um pouco, Ediota… Emm, você não está legal, não é?”

 

            “Não, eu não estou nada bem…” Ele admitiu sincero balançando os ombros, como se dissesse: quem se importa afinal?

           

            “Que tal uma conversa?!”

 

            “Não acredito que isso irá me animar.”

 

            “Mas eu não quero te animar, eu quero te ajudar.”

 

            “Ah Bella, ajude o Edward, ele está bem interessado em você!”

 

            “Emmet! Qual é? Eu e Bella estamos querendo entender o que passa com você e Rose! Vocês se davam tão bem antes! O que tem mudado?” Edward foi incisivo em suas palavras que não eram mais do que a verdade, nós queríamos entender para poder ajudar. Ambos estavam mal com essa história. Emmet deu uma mordida com raiva no pão.

 

            “Sabe o que é? Por que ela não pergunta diretamente o que eu faço? Talvez ela tivesse uma resposta direta. Rose só sabe acusar Jacob e me acusar, como se o que eu estivesse fazendo fosse um crime! Não é!”

 

            “E por que você não conta então?” Não entendia essa relação que ele fazia. Se não era nada errado, não havia problemas.

 

            “Porque era para ser algo que a surpreenderia, e a faria sentir orgulho de mim. Todos vocês tem uma visão um tanto errada de mim… só porque eu gosto de brincar e me divertir um pouco! Qual de vocês não pensa que eu sou um palhaço? Quem não pensa que eu só sou um bobalhão, sem vontade de fazer nada?”

 

            “Ah irmão! Eu não penso isso de você, cara! Você é muito divertido e um pouco desligado! Mas eu sei que você quer um futuro e que pensa em trabalhar…”

 

            “Sério que você pensa isso Edward? Porque é engraçado, você é o primeiro a me falar que eu tenho que acordar para a vida e fazer algo de útil!”

 

            “E não é verdade? Eu disse que sei que você pensa em um futuro, mas por enquanto não faz nada para ele acontecer!” Vi Emmet se enfurecer um pouco.

 

            “Ah está certo então, senhor certinho! Não é porque eu não faço uma faculdade que eu não estou fazendo nada por um futuro! Ah Deus! É tão difícil vocês entenderem que existem outros caminhos?”

 

            “Não! Não é!” Edward alterou um pouco seu tom de voz. Aquele início de discussão já tinha ido longe demais.

 

            “Ok. Chega disso! Chega mesmo! Vocês estão começando a ficar alterados! Vocês não eram assim! Edward e Emmet: qual é o problema de vocês?” Eles ficaram quietos olhando para os lados. “Vocês são duas crianças birrentas! Edward acho bom você colaborar e entender o seu irmão um pouco. Se ele diz que está fazendo algo, temos que acreditar! É o Emmet! Ele não mente!”

 

            “Então por que ele não conta?”

 

            “Porque quem tem que ficar sabendo disso primeiro é a Rose, só que ainda não é a hora… Eu a amo, mas acho que ela está desistindo de mim!”

 

            “Está mesmo, Emmet!” Joguei a realidade.

 

            “Você sabe de algo, Bella?!”

 

            “Claro, eu e Rose temos nossas diferenças, mas no fim somos boas amigas… ontem à noite ela queria ir embora daqui. Eu e Esme não deixamos e convencemos ela a ficar, mas você vai ter que mudar de atitude com ela.”

 

            “Ela queria ir… embora?!” Ele pareceu um tanto triste. Concordei com a cabeça. “O que eu posso fazer para ela ficar?!”

 

            “Cresça… sabe o que eu digo? Mostre que você está preparado para responsabilidades, ela sente falta de carinho e atenção dentro de casa. Ela disse que você tem sido bastante omisso com ela quando está conosco e que apenas age como namorado fora daqui… ela não se sente acolhida aqui dentro.”

 

            “Rose tem algum problema! Faz um ano e meio que ela mora aqui! Como não se sente acolhida aqui em casa?!” Edward perguntou indignado.

 

            “Não por nós, Edward! Por ele!”

 

            “Eu vou conversar com ela. Tentar esclarecer que eu ainda estou aqui à disposição dela!”

 

            “Aproveite e diga o que você tanto faz com o Black.”

 

            “Isso não vai dar Edward… não ainda.”

 

            “E por que não, mano?”

 

            “Porque o que eu estou fazendo é algo que vai ser útil, no futuro, mas não sei se Rose gostaria, tenho que sondar antes… Ahm, alguém sabe onde ela foi? Ela saiu antes de eu acordar, não me deixou recado e nem respondeu a minha mensagem.”

 

            “Ela disse que iria ao galpão onde vocês guardam os materiais para a oficina. Acho que ela iria organizar as coisas… Seria uma boa idéia você aparecer lá e dar uma ajuda.” Sugeri para ele, que sorriu para mim.

 

            “É por isso que eu gosto de você, Bella! Sempre me dá um animo!” Encolhi os ombros. Eu só não gostava de ver eles brigados, eu sei o quanto são ruins mal entendidos, isso pode destruir com uma pessoa.

 

            Emmet saiu dali como um jato. Eu e Edward ficamos ali, abraçados e pensando. Não trocamos uma palavra por alguns minutos. Olhei para os pães e para o restante das coisas que Emmet tinha deixado ali e suspirei.

 

            “Faz um suco de laranja, Edward?!”

 

            “Você faz os sanduíches?!” Nós rimos. Era quase uma transmissão de pensamentos. Em dez minutos estávamos comendo e rindo um com o outro por eu ter sido um pouco distraída e colocado açúcar demais no suco quando ele me pediu. Ficou uma meleca doce e nojenta. Um xarope de laranja, para ser mais exata.

 

            Esme chegou do jardim enquanto ainda estávamos comendo. Ela conversou conosco sobre Emmet e o que realmente achava dessa situação. Não a agradava em nada ver que quase ninguém depositava fé em seu filho mais velho, principalmente Rosalie, que estava há tantos anos com ele, porém ela não tirava a razão da nora. Assim como eu, Esme apoiava uma mudança no comportamento de Emmet e estava disposta a fazê-lo contar o que ele andava fazendo com Jacob quando não estava em casa.

 

            Edward e eu subimos para nossos quartos. Ele tomou um banho, depois se juntou a mim e fizemos as poucas tarefas escolares juntos, e brigamos um pouco porque eu queria ligar para Amber. Ele dizia que se ela quisesse falar comigo e contar o que tinha acontecido, ela ligaria. Eu estava ansiosa. Queria saber logo se ela tinha contado a Jacob, o que eles estavam fazendo, como ele reagiu a verdade sobre Jane, se ele topava um plano maquiavélico contra ela… enfim, queria que as coisas terminassem de uma vez. Mas eu queria saber, acima de tudo, como estava o coração de minha amiga. No dia anterior ela parecia tão confusa e indecisa sobre Black que me deixou angustiada.

 

            “Bella, não fica assim! Você vai ver… ela vai se sair muito bem com ele.”

 

            “Você tem certeza disso?”

 

            “Não, mas temos que confiar nela. E você deve concordar que Amber não é nenhuma perdida quando o assunto é Jake. Ela conduz ele muito bem.”

 

            “Isso é verdade, meu Ediotinha…” Lhe abracei, beijando seu peito. Nós estávamos sentados no parapeito da sacada de meu quarto. O vento era um pouco frio e não chovia. O céu estava apenas nublado, as nuvens estavam pesadas e negras. Podia apostar que durante a noite cairia uma tempestade memorável.

 

            “Monstrenga, você acha que, se Jacob deixar de lado o orgulho e as burradas que ele costuma fazer e criar algum juízo, ele e Amm podem dar certo?”

 

            “Eu acredito nisso. Amber tem algo nela que incentiva as pessoas… pelo o que você diz, o Black já está dando sinais de que tem algum coração. Ele já deu um grande passo acabando com a Jane.”

 

            “Eu tenho medo do que ela pode fazer a ele.”

 

            “Medo do que ela possa fazer com ele, Edward?!” Eu tinha ouvido direito? Ele estava se importando com Jacob? Acho que não era apenas Jacob que estava mudando os conceitos.

 

            “É medo, receio, temor, desconfiança… o nome que quiser dar!”

 

            “Você está se importando com o Jacob? É isso, Edward?”

 

            “Bella, eu nunca deixei de me importar com ele! Desde que eu cheguei em Forks ele foi meu amigo… Você sabe que eu gostaria que as coisas não fossem como são. Não queria que tivessem sido dessa forma.”

 

            “Você não o odeia mais?”

 

            “Não pelo o que ele fez com Jane. Isso passou, e estaria dando valor demais para ela se me importasse com as traições descabidas dela!” Ah isso ai! Gostei de ouvir isso! Queria que a vadia ouvisse também.

 

            “Ah querido! Ela foi uma burra… o que me beneficiou, e muito! Agradeço a Deus por um dia você ter sido corno!”

 

            “Bella!” Ele me repreendeu pelo comentário, mas era verdade!

 

            “O que sol?!” Edward me fitava com os olhos verdes arregalados. Passei a mão alisando seu rosto. Ele tinha feito a barba e sua pele lisa estava quente. Falei da forma mais suave que pude. “Edward, foi só uma brincadeira, me desculpa? Por favor?!”

 

            “Uhm…” Ele fingiu pensar um momento. Como se me enganasse. “Tudo bem, vai. Eu também agradeço… às vezes!”

 

            “HAHAHAH qual é? Vamos e convenhamos. Se não fosse uma traição, acho que você nunca daria um basta naquilo.”

 

            “Possivelmente sim, mas mais certo que ela não me deixaria em paz nunca! Jane já não colabora em nada tendo sido pega, imagina se eu não tivesse pegos os dois aquela tarde!”

 

            “Não gostaria nem de pensar! Isso seria o inferno!” Ele me abraçou mais forte. Eu detestava Jane, mas no fundo eu tinha muita pena da garota vazia. “Você disse que não tem raiva de Black pelas coisas que ele compactuou Jane, isso significa…?”

 

            “Significa que eu não tenho ressentimentos sobre isso, MAS não me esqueci do que ele fez no dia em que te conheceu! Aquilo foi ridículo, infantil, mesquinho, provocativo, irritante, baixo, sem falar em ofensivo! Ele não tinha o direito de fazer aquilo, ficar te chamando de gostosinha… ah eu ainda gostaria de matar ele pelas olhadas sacanas que ele te deu!” Acho que eu estava de boca aberta.

 

            “Bom… se é por isso…” Tentei achar as palavras certas. “Não guarde mágoas. Isso também já devia estar no seu museu de recordações infelizes. Eu nem sequer me lembrava mais disso, Edward. Você já deu uns bons socos na cara dele, e além do mais, você mesmo acha que ele tem olhos para uma garota só… Amber!”

 

            “É, você pode estar certa…” Parecia que ele não cederia nunca. Era notável que ele gostaria de ter a amizade com Black restaurada. Eu acreditava, agora, que isso era possível, por que ele não enxergava?

 

            “Posso não… eu ESTOU, e você sabe!” Ele riu. O peguei pela jaqueta quentinha e o trouxe mais perto. “Não pensa que essa história de como a vaca loura vê Jacob, seria um bom motivo para vocês se acertarem?”

 

            “Vou pensar no seu caso, Monstrenga.”

 

            “Hahahaha, amor não é o meu caso! E sim o seu… eu detesto ver que você estaria bem melhor se tivesse a amizade dele.”

 

            “Mas não fui eu quem errei… não sou eu que devo pedir desculpas.”

 

            “Não estou falando isso, Edward… Bom, eu ainda acho que quem sabe vocês deviam conversar e por os pingos nos is, como diria Charlie…”

 

            “Prometo que vou pensar nisso.” Quando ele falava assim, olhando para o nada, era porque não queria mais conversar sobre o assunto. Para espantar a pequena tensão, lhe beijei o pescoço, dando uma leve mordidinha com os lábios.

 

            “Certo. Vamos entrar, está ficando frio aqui.” Ele concordou. O puxei pela mão para dentro do quarto, e o calor dali fez meus músculos agradecerem e relaxarem um pouco. Me sentei na cama um pouco cansada, ele seguiu.

 

            “Vou levar minhas coisas para o quarto… você sabe se Rose vai ficar aqui está noite?” Ele estava parado na soleira da porta com sua mochila presa em um ombro.

 

            “Não. Temos que esperar ela e Emmet voltarem. Por quê?”

 

            “Por nada… só que seu quarto às vezes é muito convidativo. Principalmente quando você está nele.”

 

            “Seu bobo!” Joguei uma almofada em sua direção. “A princípio eu ficarei aqui. Você está com aquele passe livre que te dei de entrada nesse quarto?”

 

            “Uhm… Eu acho que perdi. Que droga!” Ele balançou a cabeça negativamente. Eu sorri que nem uma panaca. “Como faço para conseguir mais um?”

 

            “Bom, vejamos…” Me levantei e caminhei até ele. “Digamos que aqui você é vip… seu nome está gravado como alguém de preferência… então, eu não vejo problemas futuros para você entrar aqui. No entanto…” Me coloquei nas pontas dos pés, beijei seu queixo e enfiei minha mão boa dentro de sua camiseta, arrastando minhas unhas por suas costas.

 

            “Ahm…?”

 

            “Você terá uma multa.” Invadi o jeans apertando a sua bunda. Ele riu baixinho.

 

            “Eu pago.” Não hesitou em responder. A voz já um pouco retorcida. Me soltei dele.

 

            “Então você tem cinco minutos. Ou melhor, me dê cinco minutos. Vá e volte aqui.” E assim eu fiquei sozinha.

 

            Assim que ele saiu, eu pensei rápido. Nessa noite eu não iria apoiar minha mão em nenhum lugar para estragar os planos repentinos. Peguei os livros e cadernos que estavam em cima da cama e joguei de qualquer forma em minha mesa, derrubando o porta-retrato de Charlie e eu. O levantei de imediato, um pouco afobada. Olhei para mim e eu tinha muitas peças de roupa. Tirei a jaqueta, uma blusa e os tênis. Na verdade eu precisava de um banho antes de tudo. Isso me deu uma idéia.

 

            Saí do quarto correndo, a porta de Edward ainda estava fechada. O que ele estava fazendo com os cinco minutos dele eu não sabia, mas os meus seriam corridos. Pulei os degraus de dois em dois e dei de cara com Alice e Rose conversando na cozinha. Allie preparava o jantar.

 

            “Bells, avise Edward que daqui dez minutos a janta vai estar pronta!”

 

            “Desculpa Allie, não vai dar!” Abri a geladeira e parecia ter um milhão de coisas a mais da hora que usamos à tarde. “Esme foi ao mercado? Cadê?”

 

            “Por que não vai dar, Isabella?” Olhei para a nanica que estava com as mãos na cintura. “Sim, e mamãe foi no mercado!” Voltei minha atenção de volta para a geladeira buscando o meu objeto de desejo.

 

            “Rose, hoje você não vai precisar de meu quarto, não é?!” Tirei um pote com frios e depositei em cima do balcão.

 

            “Não, hoje eu e Emmet vamos conversar…”

 

            “Ótimo! Cadê aquela meleca?!” Foi a vez de um vidro de macarrão sair de dentro.

 

            “Bella, por que vocês não vão jantar? Estou fazendo Nachos!” Allie parecia sentida.

 

            “Ok. Com vocês eu posso ser sincera…” Coloquei as mãos na cintura, e olhei o mais séria possível. Elas ficaram ansiosas. Rose estava atracada em uma colher de brigadeiro. “Sexo… faz dias que eu não faço sexo! Não posso mais adiar. Satisfeitas?”

 

            “Ah papai! Morri!” Allie exclamou.

 

            “Ainda bem que Esme não está aqui para ouvir isso! Arrasa ele, Bella!” Rose disse rindo, e Alice não demorou a começar a rir também.

 

            “Certo, agora que vocês sabem o porquê não vou jantar, alguém pode me dizer que fim levou um suco de laranja, mais doce que mel puro daqui?” Apontei para a geladeira.  

 

            “Tá falando desse aqui Bells?” Allie balançou a jarra para mim.

 

            “Sim! Esse mesmo! Me dá!” Fui até ela e tentei pegar, mas ela fugiu.

 

            “Não sem antes você contar o que quer com ele!”

 

            “Queremos os seus planos e os detalhes de como vai começar…” Rose complementou.

 

            “Qual é?” Elas deviam estar tirando um sarro de minha cara.

 

            “Bella, você nunca conta essas coisas para nós! Isso é injusto! Nós contamos tudo! Precisamos de idéias às vezes também!” Allie pediu enquanto ameaçava jogar o suco pelo ralo.

 

            “Certo! Eu preciso que Edward tome um banho… É simples!”

 

            “Ai que nojinho! Ele não toma banho não, Bella?” Rose parecia espantada de verdade.

 

            “Não Rose, preciso que ele tome outro banho… ele não vai querer, já tomou antes! Ainda é capaz de brigar comigo!”

 

            “E o suco entra aonde?”

 

            “Vou jogar na cara dele… Sabe? Vou obrigá-lo. Gente dá licença, mas amanhã eu conto tudo como o irmão e cunhado de vocês se saiu essa noite! Meus cinco minutos estão acabando.”

 

            “Vai logo Bella!” Alice falou impaciente. Peguei a jarra de vidro e pude ver o açúcar no fundo do recipiente. No caminho roubei um copo, o prato e a colher de brigadeiro de Rosalie, e corri.

 

            “Ei Bella! Esse é meu!”

 

            “Amanhã te faço uma receita dupla!” Gritei já da ponta da escada. Elas riram alto e cochicharam algo incompreensível. Subi o mais rápido que podia sem derrubar nada. Entrei no quarto a mil e ofegante. Como se ele não fosse esperar se eu passasse dos cinco minutos. Mas, para mim, fazia parte do jogo. Preliminares são tudo. Deixei o suco e o brigadeiro no closet junto comigo. Comecei a tirar o resto da roupa com calma. Primeiro as meias, depois a blusa quente de linha vermelho sangue, cheguei a abrir os botões de meu jeans, porém ouvi Edward entrar no quarto.

 

            “Bella?” Chamou me procurando.

 

            “Aqui no closet! Tranca a porta!” Fingi que procurava alguma roupa.

 

            “Nossa, já estamos assim?” Ele se apoiou na porta, me olhando desejoso, já que estava apenas de sutiã e com os botões da calça abertos. Lindo. Estava com a camiseta que usei na minha primeira noite desastrosa em Forks e um jeans surrado e rasgado nas pernas.

 

            “Eu tenho que tomar um banho… quer vir junto comigo?”

 

            “Não, eu te espero.”

 

            “Não… vem junto?”

 

            “Bella, eu não vou fugir! Pode ir lá descansada. Quando sair, eu vou estar aqui, amor. Tome todo o tempo necessário.” Olhei para ele um pouco impaciente. Edward prezava a tal da privacidade, mas não era burro. Ele não estava entendendo onde eu queria chegar, pelo visto. Pensei em uma desculpa antes de ter que atirar algo nele.

 

            “Me ajude a abrir o sutiã? Minha mão ainda não está ajudando.” Me virei de costas para ele e puxei os cabelos para frente. Ele deu um passo e seu corpo roçou no meu. Com destreza ele abriu o sutiã e o tirou por meus braços, beijando minha pele nua nas costas.

 

            “Vamos para o banho comigo?” Pedi mais uma vez manhosa.

 

            “Para mim você não precisa de um banho.” Ele me puxou com força pela cintura, sua palma se espalhou em meu ventre. Foi difícil de pensar com seus lábios correndo em mim.

 

            “Ah eu preciso sim…” Fiz questão de soltar seus braços de minha cintura, fingindo estar irritada. Peguei a jarra e enchi o copo. Fiquei de frente para ele. “E você também!” Joguei na cara dele o líquido doce.

 

            “Bella… o que é… que é isso?”

 

            “Eu disse que queria você no banho.”

 

            “Agora funciona assim? Na chantagem?” Podia ver que ele estava se divertindo. Ele lambia onde a língua conseguia alcançar.

 

            “Você vai ceder?”

 

            “Não… é só suco, vou fazer você me lamber até isso sumir.”

 

            “Não mesmo…” Peguei uma colher cheia de brigadeiro e espalhei na sua cara.

 

            “Bella!” Agora ele falou um pouco impaciente. Dei uma lambida em seu rosto da base do queixo até as têmporas. Ele estava de todas as formas… doce.

 

            “Tá com raiva? Vem me pegar!” Corri quando seus braços tentaram me segurar. Entrei no banheiro, escorreguei no tapete e quase caí.

 

            “Te peguei!” Edward segurou no cós de minha calça, me virando para ele em seguida. Ele me olhava sério.

 

            “Oi?” Disse sentindo minhas bochechas arderem. Ele estava engraçado; pingava suco ainda e o brigadeiro se espalhava por diversos pontos de seu rosto. Eu comecei a mexer meus lábios tentando segurar o riso. Eu estava meio fora de mim, eufórica demais para o meu normal. Ele apenas me olhava sem me dar resposta ao oi que tinha lhe dado. Depois de alguns segundos de silêncio, minha vontade de rir começou a sumir. Os olhos dele queimavam. Achei que tinha passado dos limites então.

 

            “Desculpe… sou uma boba mesmo. Que idéia estúpida. Deixa eu pegar uma toalha para limpar a sujeira que eu fiz.” Me abaixei na frente do armário no banheiro e abri uma portinha, e peguei uma toalha de rosto. Iria molhá-la e limpar ele daquela idiotice que eu tinha feito. Ao me erguer, não me virei para ele, somente liguei a torneira e coloquei o pano embaixo. Eu não conseguiria torcer. Um chute na portinha que ainda estava aberta me fez saltar.

 

            “Olha para mim Bella!” Ele pediu rouco. Me virei e ele já estava sem a camisa. Não tive muito tempo de processar muita coisa, só sei que suas mãos pegaram em meus quadris e então eu já estava sentada na pia de mármore. Fitei fundo em seus olhos desvendando o fogo neles. Não era fúria por fim.

 

            “O que você quer de mim?” Ele falou sussurrado no meu ouvido.

 

            “Eu queria que você tomasse banho comigo…” Aleguei com a voz fraca.

 

            “Queria? Não quer mais?”

 

            “Você quer?”

 

            “Você me obriga desse jeito!” Em um movimento ligeiro ele arrancou meu jeans. Apesar de eu ter gostado que estivesse fazendo progressos – com algo que eu pensei que não teria que fazer esforços para conseguir – não queria o obrigar a nada.

 

            “Não… Edward, tudo bem. Deixa pra lá… vou limpar seu rosto e depois tomar banho. Aí vou pro quarto e a gente faz alguma coisa… sei lá, assiste a um filme.” Afastei seu corpo com a mão e desci do balcão.

 

            “Bella não é isso…” Apertei a toalha contra a pia deixando o excesso de água cair.

 

            “Edward, não precisa fazer as coisas do jeito que eu quero. Vem cá…” Peguei em seu rosto e com delicadeza tirei aquela meleca que tinha feito. “Pronto. Ainda bem que não sujou o cabelo.” Eu estava chateada. Comigo mesma na verdade. Eu parecia uma criança arteira fazendo bobagens. Era só Edward, não era para ter mistérios. Ele sorriu sem graça para mim. Por que ele não estava entrando no jogo, se cinco minutos atrás ele estava?

 

            “Bella não entenda erra…” Ele iria se desculpar, eu sabia que sim. Não era culpa dele a minha imbecilidade.

 

            “Shiii amor. Tudo bem! Vá e escolha algum filme… Vou demorar um pouco.” Tentei parecer mais animada. Ele fez uma cara de derrotado. Mas quem estava derrotada era eu. Edward saiu e encostou a porta.

 

            Será que eu era como Jane dizia? Tão ruim que ele não queria se divertir de outras formas, além das “tradicionais”? Me repreendi por esse pensamento. ERA EDWARD, SANTO DEUS! Gritei na minha cabeça. Liguei o chuveiro e coloquei pra tocar uma música no porquinho rosa – que agora me pertencia – e tentei me convencer de que ele só queria me dar a privacidade de um banho, já que ultimamente nós fazíamos tudo juntos. Suspirei. Talvez depois do filme nós nos acertássemos desse pequeno incidente.

 

            Narração: Edward Cullen.

 

            Saí do banheiro sem entender nada. Ela não me deixou falar, mas com razão. Porque eu não tinha ido tomar aquele bendito banho com ela? Seria divertido e prazeroso, muito prazeroso. Eu gostava de dar alguma privacidade a ela, assim como ela gostava de dar para mim. Desde que tínhamos reatado, nós estávamos sempre juntos. Era quase enlouquecedor ficar longe dela. Pensava que ela precisava de momentos só dela, e eu precisava dos meus… para pensar nela.

 

            Me apoiei na porta do banheiro fechada, com a cabeça contra a madeira. Ela ligou uma música no porquinho. Ela o achava tão fofo e ficava olhando para ele toda boba, tive que dar a ela. Pensei em todas as coisas que tínhamos trocado, e até o momento, as que contavam mais eram os sentimentos. Por que então eu tinha negado algo tão simples como fazer amor com ela, do jeito que ela propunha? Eu tinha a resposta, e era simples: sou acostumado a fazer as coisas do meu jeito.

 

Era estranho para mim a ver assumindo o controle e seus desejos. Não que ela os negasse antes, mas o sexo entre nós sempre foi como tem de ser: eu a envolvendo e a fazendo minha, criando os “joguinhos” e vendo os desejos dela aumentarem. De uma forma totalmente tola, aquilo me incomodou e fui ignorante demais para não entender a tempo que queria aquilo também, e agora ela estava magoada. Eu vi isso em seus olhos. Tinha aquela certeza pertinente de que ela estava se sentindo culpada, e certamente imaginando que eu estava irritado pelo fato de ela ter me atirado um copo de suco na cara e esfregado uma colher de brigadeiro. Isso eu achei engraçado, era o jeitinho dela de menina travessa falando mais alto para conseguir o que queria. Acho que se pudesse ler seus pensamentos, eles estariam se expandindo em sua mente, dizendo: Isabella Swan, você é um desastre.

 

Em resposta a minha imaginação de sua imaginação, vi um Ediota caindo em uma vala de cemitério, com as mãos juntas no peito. Isso que eu tinha vontade de fazer, me matar, se não corrigisse a merda que tinha feito.

 

            Hesitei pensando no que fazer. A ouvi entrar no chuveiro, e eu podia imaginar a água derrapar por suas curvas perfeitas e seus olhos de tristeza. Uma coisa que Esme sempre me ensinou é que sempre há tempo e maneiras de reparar nossos erros. Talvez esperasse ela sair e a faria mulher da maneira que ela mais gostava, ou quem sabe a deixaria brincar de gato e sapato comigo pelo tempo que quisesse. Mas nada disso me parecia justo para ela.

 

            “Te amo tanto…” Falei contra a porta. Eu faria qualquer coisa por ela, daria o mundo a ela se ela me pedisse. Eu apenas tinha que… dar a ela o que ela queria. Eu estava sendo mais infantil do que crianças no jardim de infância. Era tão óbvio.

 

            Abri a porta com calma, e uma camada de vapor dominava o pequeno espaço, acalorando tudo. Olhei pra ela nua e todos os instintos se apoderaram de mim. Bella estava com a mão boa apoiada nos azulejos frios, sua cabeça abaixada, a água batia forte deixando seus cabelos caírem lisos pelas costas, seus olhos fechados com força, lábios abertos, era a visão mais maravilhosa. Eu tinha sido burro de negar aquilo a Bella. Ela não se moveu um centímetro com a minha entrada, a música e o barulho da água certamente não a deixaram me ouvir entrando. O mais rápido que pude me despi, apaguei a luz central do banheiro, restando apenas a meia luz do espaço do chuveiro acesa. Abri silenciosamente uma fresta da porta do box para eu poder entrar ali. Por um segundo fiquei perdido na visão de seu corpo. Pernas, cintura, pescoço, tudo me chamava, mas a sua bunda… ah! Ela parecia gritar para mim.

 

            “Tudo errado Isabella… tudo errado.” Ela sussurrou consigo mesma. Ergueu a cabeça e a água passou a bater em seu rosto. Eu poderia pegá-la por trás e faze-la minha sem hesitar. Eu já estava com o meu pau latejando e alto. Naquele momento a idéia dela no controle da sedução me pareceu bastante certa. Eu era um otário, por ser tão… tão… machista com relação a isso.

 

Afinal, que homem em sã consciência nega quando a mulher de sua vida quer o satisfazer? Eu digo: nenhum. Estava decidido, naquela noite, e em todas as outras que ela quisesse, ela poderia fazer as coisas do jeito que desejasse. Eu era todo dela.

 

Narração: Bella Swan.

 

The Killers - Romeo and Juliet.

http://www.youtube.com/watch?v=87cLyBR1JTo&feature=fvst

 

Eu era um desastre natural. O que me consolava era que provavelmente não era a única no mundo. Depois de poucos minutos debaixo da água quente, parecia que meus pensamentos tinham se ampliado. Edward também poderia colaborar… não poderia? De qualquer forma fiz uma nota mental pra da próxima vez não atirar um copo de suco em sua cara.

 

“Tudo errado Isabella… tudo errado.” Sorri apesar de minha inutilidade. Ergui meu rosto para a água, deixando minha imaginação fantasiar que Edward estava ali comigo. Talvez eu perdesse a paciência e gritasse para ele que tinha caído no chuveiro – e isso era algo muito possível – e ele viria me socorrer e ai…

 

“Não há nada errado. Você é maravilhosa.” Assustei-me com a voz suave na base de meu pescoço, braços envoltos em mim, uma mão sobre meu seio, outra em minha cintura.

 

“Ah…” Murmurei quando senti boa parte de seu corpo tocar ao meu. Todos os pensamentos que tivera antes evaporavam junto com a água. Podia sentir a ereção dele tocando a minha bunda. Edward começou, daquela maneira mais tentadora, a me dar beijos sugados pelo pescoço e nuca.

 

“Então… você… uhm… veio.” Dizia um pouco perdida.

 

“Como poderia não vir?!” Ele me girou rápido e grudou meu corpo nos azulejos frios, se pressionando em mim. Afastei minhas pernas involuntariamente.

 

“Você me negou isso antes.” Olhei fundo em seus olhos ao falar. A sua mão andou por minhas ondulações até as coxas, onde a apertou e dobrou minha perna direita, a posicionando ao lado de seu corpo. A cada toque eu ficava mais quente. Mesmo molhada, eu podia me sentir umedecendo entre as pernas.

 

“Nunca mais te negarei nada… o que você quer que eu faça?” Edward deslizava os dedos calmamente por meu pescoço. Com a voz rouca, baixa e grossa ele falava a milímetros de minha boca. A água batia em suas costas largas e os pingos refletiam em mim. Roubei-lhe uma mordida, puxando a carne de seus lábios com os meus. Rolei uma mão por suas costas e a deixei sobre a base de sua coluna, o puxando para mim e empurrando meu quadril para ele. Nossos sexos se tocaram. Minha respiração falhou, a dele pesou em meu rosto.

 

“Apenas… me ame.” Lhe dei um sorriso cheio de significados. Os seus lábios se contorceram no canto de sua boca. Uma breve troca de olhares, e nossas línguas já estavam se entrosando furiosamente. Ele me segurou pela cintura quando sentiu minha perna ceder, enrolei meu braço que tinha a mão acidentada em seu pescoço, e com a ponta dos dedos segurei em seus cabelos molhados. Edward apertava contra mim e eu o sentia roçar em meu centro. E ah Deus, isso era excitante demais! Meu sexo parecia que iria se dilacerar de tanto que latejava só com o pequeno e delicioso toque.

 

Enquanto nossos beijos não cessavam, as nossas mãos deslizavam pelo corpo um do outro, nos apalpando e motivando. A dele parou em um de meus seios juntamente com seus lábios e língua espertos. Eu não resistia quando ele me sugava os bicos com fervor. Ele não sabia como aquilo me deixava perdida. Queria lhe deixar tão louco como eu estava. Desviei meus dedos de suas costas, entrando com ela no pouco espaço entre nós. Edward emitiu um som prazeroso ao sentir meus dedos ao redor de seu pênis. Seu prazer aumentou o meu. Conforme conduzia o ritmo, ele o seguia em meus peitos. Eu abocanhava sua pele onde conseguia, o beijava e o sugava na região de seu pescoço, enquanto o mantinha firme em minhas mãos, indo e vindo com dedicação.

 

Ele largou minha perna sem forças ou concentração para continuar. Fiquei por um segundo desanimada de não o sentir mais tão próximo de meu sexo, mas fui muito bem compensada quando seus dedos não pediram licença e se meteram em minhas partes mais ardentes. As nossas respirações eram falhas. Agora ele já não conseguia mais manter a concentração em meus peitos, estava mais interessado em retribuir as caricias em meu instinto. Ele mantinha os movimentos circulares e brincava comigo entrando com um ou dois dedos. Eu fazia força para pensar como continuar a bater para ele. Nos encarávamos arfando pesadamente. Acho que o brilho de tesão que via em seus olhos me fez acelerar os movimentos.

 

“Bella… ahhh… oh! Eu… vou… uhnn… vai”

 

“A-ah Edwa-rd. Sim… uhmm… vem, pode… vir” Nossas vozes não eram mais que baixos murmúrios. Confidências de cúmplices. Eu queria o ver gozar em minha mão. Forcei um pouco mais, o olhando totalmente perdida em suas expressões de deleite. Ele sorria de olhos fechados. Apertei com um pouco mais de vontade e ele projetou o quadril para frente, sua respiração ficou frenética. Por entre os dentes ele soltou um ruído arranhado e onde a água não estava batendo, senti o líquido quente em minha mão.

 

“Ahhh que delícia…” Ele falou em meu ombro, sua mão apenas parada em meu sexo. E eu precisava de algo para aplacar o fogo que só se proliferava em mim.

 

“Edward?”

 

“Que?!” Ele já se dedicava a novos beijos por meu colo.

 

“Demora muito pra você… ahm… ficar de… ai… bom, para você ficar em pé logo?” Ele riu contra minha pele. “Sabe o que é? Eu preciso que você continue… ou eu vou entrar em combustão, homem.” Ele parou e levantou a cabeça para me olhar. Já tinha perdido a conta dos minutos que estávamos naquele chuveiro. Ele me pegou pelos cabelos.

 

“Não demora nada… mas você tem que fazer uma coisa…” Ele me girou, tomando minha posição na parede.

 

“Qualquer coisa! É só dizer…”

 

“Me beija…”

 

“Isso é fácil!” Sorri indo pegar seu rosto.

 

“Não na boca…” Uma sobrancelha dele se arqueou, e seus olhos correram para baixo velozmente.

 

“Oh!” Será que ele pensava que eu não gostava? “Com prazer… Edward Cullen.” Sorri, descendo com beijos e mordidas por seu pescoço, peito, abdômen, por suas entradas definidas… conforme descia, minhas mãos arranhavam seu corpo. Não me surpreendi quando cheguei ao seu pau e ele já estava em pé. Oh meu Deus! Eu ainda pensava como aquilo tudo podia ser meu! Sem pensar muito, o chupei. Comecei com mordidas de lábios até colocá-lo em minha boca, o fazendo ir até onde eu agüentava. Na verdade, chupei até o talo. Eu sentia a pressão aumentando, nele e em mim. É incrível como dar prazer a ele me deixava mais excitada. Edward não deixou que eu continuasse.

 

“Vem… ahhh… Bella… sua vez… sobe, vem ser minha.” Ele me puxou da minha pequena diversão, me pegando no colo e me segurando pela bunda em poucos segundos. Senti mais uma vez a ponta dele apertando-se em meu instinto molhado e latejante. Seus olhos intensos chamuscando de um fogo pecaminoso e divino. Segurei seu rosto.

 

“Meu homem.” Falei com propriedade. “Só e para sempre meu.” Ele mordeu meu queixo. Estávamos os dois sob a água quente. Ele apertou em meus quadris, os levando para si.

 

“Aaaah!” Suspirei com a sensação maravilhosa de tê-lo dentro de meu corpo. 

 

“Minha… Bella. Minha e de mais… uhm… ninguém.” Eu sorri para ele, já um pouco perdendo a noção com as socadas que ele dava. Me calei o sentindo em meus cantos e perdendo o ar certas vezes que ele ia com mais força. Fui apoiada para termos um pouco mais de segurança. E ai começou a ficar bom. Não me importava em nada de estar servindo de esponja para a parede. Ele entrava e me dominava com brutalidade, me fazendo soltar gritinhos de delírios. Eu arranhava suas costas e me entregava às estocadas fundas que ele dava. Edward segurava firme em minha bunda me apertando e me fazendo gemer.

 

“Ahhh… vai… Oh… Edwa-rd. Ahhh.”

 

“Uhm… como é gostosa… Ah Deus…! Ohnn mexe pra mim…”

 

“Como? Assim?” Tentei da melhor forma rebolar em seu membro grosso dentro de mim. Tinha medo de não me sair bem sucedida naquela tarefa.

 

“AHHHHH isso… delíc-ia… continua…”

 

“Uhm… é bom assim, não é? Ahhh… isso homem, fundo… bem fundo. Uhm” Ele seguia rompendo em mim sem dó nem piedade. Deus abençoe esse homem e sua força! Ah eu só implorava por mais. Seus movimentos se mantiveram frenéticos entre meus rins. Isso me fazia ficar mais aberta e disposta para ele. Ele sussurrava aquelas sacanagens que toda a mulher gostava de ouvir, ou cantava uma parte da música que tocava no porquinho. Com suas investidas até meu útero, não demorou que eu começasse a tremer em seus braços. Fiquei tão quente que a água que caia sob mim parecia gelada. Nos momentos seguintes aos tremores não senti mais meu corpo, e parecia que um milhão de Bellas queria sair de mim. Em um grito que foi abafado por um beijo avassalador, deixei minha tara se espalhar por minhas pernas. Edward continuou até alcançar o mesmo êxtase que eu, segundos depois.

 

Relaxei em seu colo e ele ainda me sustentou. Abraçamos-nos quietos. Eu começava a recolocar meus pensamentos em ordem. Ele me balançava carinhosamente na água, para lá e para cá.

 

“Ediota, desculpe ter te jogado suco. Sei que não gostou.”

 

“Eu achei engraçado! Gosto desse seu jeito de conseguir as coisas… apesar de que o seu drama me convence mais…” Ele me deu um beijo na bochecha.

 

“Rá, muito engraçado, vou anotar isso para poder usar nas próximas chantagens.” Falei soltando minhas pernas, e ele me deu o apoio até me estabilizar. Peguei o sabonete líquido e despejei uma quantidade na esponja macia, molhei um pouco e comecei a passar nele.

 

“Não terão próximas vezes. Eu já decidi e agora você já fica sabendo, não te nego mais nada… não se eu ver a magoa que vi em seus olhos… Se você continuar me ensaboando assim, você sabe onde isso vai acabar, não sabe?”

 

“Na cama! Porque se ficarmos mais cinco minutos embaixo desse chuveiro, provavelmente acabaremos com a água quente!” Edward riu, mas concordou. Assim como eu, ele me deu banho. Me ensaboou com felicidade, e como se eu fosse uma criança, lavou meus cabelos.

 

Fomos para o quarto e nos colocamos na cama. Ele vestiu-se e foi buscar os materiais necessários para me ajudar a cuidar da mão machucada, fazendo outro enfaixe, já que o anterior eu havia molhado. Quando ele estava fora, me enfiei em um pijama confortável. Tomei um analgésico para a dor – que ainda persistia – e antes que pudesse pensar em dormir, já estava quente e aconchegada nos braços dele. Seus dedos deslizavam por meus cabelos molhados e me faziam ter preguiça de permanecer acordada. Eu me sentia a salvo de qualquer coisa ao seu lado. Se ele estivesse comigo, eu estaria bem.

 

Narração: Emmet Cullen.

 

Sim. Não. Talvez. Eu só conseguia pensar nisso. Depois da conversa com Bella e o cabeçudo do Edward, eu decidi que seria uma boa conversar com Rose um pouco mais de perto. Eu não queria que ela fosse embora. A gente namorava há tanto tempo. Ela que não saiba, mas eu não sei ao certo quantos anos a gente estava junto. Para que se importar com o tempo… isso não tem nada a ver comigo!

 

            Sim, eu conversaria mais com ela e daria mais atenção ao que ela queria. Não, eu não seria mais um ediota – esse era o Edward – e nem a esconderia mais para onde eu estava indo ou com quem estaria. E talvez… só talvez mesmo, eu contaria a ela o que eu tanto andava fazendo com o Black.

 

            Eu não estava tão disperso assim das coisas que aconteciam com ela. Eu sabia que tinha vendido o carro, e isso acabou com ela. Ah! Por que ela queria o dinheiro? Eu estava atento, mas andava tão distante dela, que tinha medo de perguntar algo e ser linchado por ela achar que estava invadindo a sua privacidade. Se eu não era fácil, Rose era menos ainda. Uma pimenta ardida… que eu adorava morder.

 

            No caminho para o galpão eu pensei nas coisas que tínhamos pra oficina, e meu, não era pouca coisa. Ela, muito mais que eu, tinha investido quase todo o dinheiro que os pais mandavam, e não era pouco. Rosalie era filha única e tratada como uma princesa, talvez eu nunca conseguisse dar a vida que ela era acostumada… ela não merecia ter as mãos sujas de graxa e óleo de carro. Isso era coisa para homens. Era por isso que eu estava fazendo aquelas aulas com o Black, sabe, para tentar deixar a vida dela mais fácil.

 

            Não entrava na minha cabeça oca como a anja tinha escolhido essa vida para ela. Os pais nunca a obrigaram a nada, sempre teve as melhores roupas, viagens, melhores calçados… o melhor de tudo, e mesmo assim ela tinha decidido ficar aqui comigo e abrir uma oficina mecânica para preparar carros no fim do mundo. Deus! Aqui as pessoas nem sabiam o que era um raxa! Imagine se saberiam o que era um carro tunado?! Talvez, os metidos a gostosões soubessem – sim só metidos, porque gostosão mesmo, só eu.

 

Ela era boa com números, o que facilitava muito a minha vida, e sabia mexer nos motores e fazer o carro mais lento ir de zero a cem em um piscar de olhos. E eu? Só sabia fazer uns desenhinhos bobos que ela achava incríveis. Me fez fazer alguns cursos no início do ano. Eu achava legal aprender, mas eles não me ensinaram mais do que eu já sabia. No fundo eu não queria sair de Forks, mas eu sabia que morreríamos de fome se fizéssemos aquilo ali. Quem sabe em Seattle isso renderia alguma coisa, mas sempre me disseram (e andei pesquisando também) que no Texas seria o lugar ideal para ganhar dinheiro com isso.

 

Cheguei ao depósito e o carro da mãe estava ali parado. Provavelmente Rose tinha ido com ele, já que seu Mercedes estava em outro lugar. Me lembrei do vermelho cintilante da lataria. Ela morreria se soubesse onde estava o carro agora. Empurrei a grande porta de madeira velha e fez barulho. Tudo em silêncio. Onde ela estava? O lugar estava iluminado e não era nada grande. Não tinha muito por onde procurar. Dei uma vista ao redor, pneus, macacos, sprays, tintas, óleos profissionais, peças, correias… de tudo um pouco. Eu estava perdendo tempo. Andei por entre as caixas e entulhos e ali dentro Rosalie não estava. No fundo do celeiro tinha uma portinha que ela me pedira um milhão de vezes pra dar um jeito no trinco e o fazer funcionar direito. Agora ele estava arrombado, a madeira quebrada ao redor de onde, uma vez, houve uma fechadura. Uma fresta de luz passava ali, Rose devia estar lá atrás.   

 

Ao abrir a portinha, a vi sentada em dois pneus empilhados. Mãos apoiadas na borracha, ela olhava para o grande nada que era a estrada que se entendia em curvas atrás do galpão. Parei atrás dela.

 

“Rose…”

 

“Sabe, eu estou pensando em ir embora.” Ela falou como quem não se importa. Me senti um pouco inquieto. “Sair daqui, viver outro tipo de vida… não sei, não me importar tanto com coisas que eu não posso mudar. Ir atrás de meus sonhos…”

 

“Mas Rosalie, você está atrás de seu sonho aqui…” Ela ainda não olhava para a minha cara. Parecia mais fácil conversar assim. “Não está?!” Ela riu baixo em um som impaciente. Seus cabelos presos em uma trança voaram pelo ar, seus olhos impiedosos se fixaram em mim. Ah Rosinha! Não faz assim que me mata! Amava vê-la braba.

 

“Estou… Mas esse sonho não era só meu! Ou você se esqueceu disso como anda esquecendo de todo o resto?”

 

“Rose, não é isso! O que eu tenho esquecido?”

 

“De mim.” Ela se levantou tentando ir embora. Segurei em seu braço.

 

“Eu estou aqui. E não quero que você vá embora. Olhe para tudo o que compramos juntos, falta pouco agora Rose.”

 

“Falta pouco? Não Emmet! Falta muito ainda! Falta muito de você. Me solta!” Larguei seu braço. “E quer saber? Eu não me importo mais, para mim deu o que tinha que dar. Talvez eu tenha forçado você a fazer as minhas vontades e agora você está vendo que não precisa disso. Você está certo Emmet, se não lhe interessa, não precisa fazer!”

 

“Eu não me interesso?! Rosalie! Estou com você há tanto tempo, você deveria me conhecer o suficiente pra saber que não prolongo as coisas que não me interessam! O que falta de mim? Me diz que eu te dou! Eu quero conversar e te entender, saber o que você está pensando… eu não quero… não quero mais me distanciar.”

 

“Emmet, eu não queria ficar longe, mas você me obriga! Estamos juntos por quê? Existe amor ainda? Ou o mínimo de carinho e respeito? Eu amaria saber o que passa NA SUA cabeça. Você se tornou tão estranho para mim ultimamente, que tenho medo de quando formos conversar direito, eu vá falar com uma cópia de Jacob Black!”

 

“Rosalie! Eu não sou ele! E nem tento copiá-lo! Por que você tem mania de comparar? Você sabe que ainda sou eu aqui!”

 

“Ótimo! Agora me prove isso… porque todo esse desleixo e falta de animo, rumo ou visão me irrita, Emmet!” Ela soltou nervosa. Certamente ela queria um Emmet mais firme. Decidido. Se ela queria provas, eu as daria. Iria ter que pensar rápido e agir mais ligeiro ainda. 

 

“Rose, hoje à noite, no nosso quarto. Eu vou te mostrar que não estou tão perdido assim.” Pedi sincero um voto de confiança. Ela se aproximou de mim.

 

“Eu espero Emmet, que você não esteja me enganando. Isso acabaria comigo. Você sabe.” Sim, eu sabia. Rose tinha um forte senso de verdade e honestidade. Nunca a vi sendo falsa ou forçando um sorriso para agradar.

 

“Eu não estou.” Não hesitei nem um segundo em lhe responder.

 

“Eu espero… bom, tenho que ir.”

 

“Vamos, eu vou logo atrás de você…”

 

“Não, fique aqui e pense. Pense bem nas suas atitudes. Pense que eu cansei de brigar e estou com o fio que me prende a você estourando. Pense no que fizemos juntos e no que podemos conseguir… E pense principalmente Emmet, mais que qualquer coisa, o quanto você sente de carinho por mim. Porque eu sei o tamanho do meu por você.” Ela passou por mim e me deu dois tapinhas no braço. Eu fiquei ali parado, tão parado quanto uma estátua, apenas pensando.

 

E então eu tinha algumas horas.

 

 

Narração: Jacob Black.

 

“Bom, você pode ir embora se quiser, acho que já tivemos demais um do outro hoje. Você deve estar enjoado de ficar aqui em casa…” Amber dizia um pouco envergonhada depois de termos adiantado algumas lições que ela tinha para me passar da semana.

 

“Não estou! Acredite…” Ela suspirou, fechando o livro de história. Seus olhos ficaram vagando de um lado para outro, enquanto a mão direita se esfregava no pescoço, ela parecia desconfortável. Desejei que fossem minhas mãos ali.

 

“Ok, eu entendi… estou indo. Acho que eu abusei demais da sua boa hospitalidade!”

 

“Hahaha, faço tudo para não pegar uma pneumonia…” Ela fez piada. “A propósito, obrigada por isso.”

 

“Pelo o que mesmo?”

 

“Por ter me trazido para dentro de casa… não esperava isso de você.”

 

“Nossa! Tudo bem que eu não sou a melhor pessoa do mundo, mas você me ajuda… e é muito mais sincera que a maioria. Seria hipócrita de minha parte se não fizesse isso.” Amber sorriu tímida. Eu adoraria dar um beijo em sua bochecha levemente rosada.

 

“Isso te irrita? Sabe… a minha sinceridade?” Ela perguntou receosa.

 

“Sinceridade?” Ela concordou com a cabeça. “Não é que me irrite… mas me fere um pouco.”

 

“Ótimo! Sendo assim, vou continuar.”

 

“Deus! Por que você gosta de me tratar assim?” Olhei fundo em seus olhos azuis, querendo desvendar o que tinha em seus pensamentos. Ela possivelmente já sabia de minha vida inteira, mas o que eu sabia da dela? Nada.

 

“Porque são nossos machucados que nos fazem aprender…” Calado, me perdi por um segundo com nossa troca de olhares. Mais um ponto para Amber. Ela sabia das coisas. “Então, vai ficar para o jantar?!” Ela falou bruscamente e levantou.

 

“Você acabou de me mandar embora!”

 

“Estou convidando para ficar.” Me levantei e dobrei as folhas que ela tinha me emprestado, já que estava sem os livros.

 

“Agradeço, mas não, muito obrigada! Tenho que ver se Billy está vivo e provavelmente ouvir aquele um milhão de sermões sobre ter desaparecido na madrugada…”

 

“Madrugada? Você não disse que…” Merda! Caí na minha própria mentira. Pensa rápido. Pensa rápido.

 

“Sim. Eu disse que te trouxe para dentro de manhã. Mas eu saí de casa antes. Ficar lá me sufoca na maior parte do tempo. Fiquei rodando por aí.” Eu não admitiria a ela que estava a espionando durante algum tempo, quando a levei para dentro às quatro da manhã, e não as sete como dizia a versão oficial.

 

“Eu te entendo… sei bem o que é se sentir presa e sufocada. Acredite! Bom… você vai ou fica então? Pensei em fazer macarrão com almôndegas. Você gosta?”

 

“Ah eu adoro, mas não… eu vou ir mesmo.” Me aproximei dela e beijei-lhe a bochecha rapidamente. Mudos, fomos até a porta onde ela abriu para eu sair. Só saí, não disse uma palavra. 

 

“Jake!” Ela me chamou quando já estava na estradinha que levava a calçada. Me virei para ela que vinha correndo. “Olhe, hoje foi estranho… intenso na verdade. Não quero que afete isso que temos, seja o que for!” Como assim seja o que for? Para mim era algo concreto, acho que o sentimento mais certo que já tive em minha vida.

 

“Amber! Seja o que for? Você não sabe o que sente?” Indaguei um pouco irritado.

 

“Você me deixa… confusa! Como você quer que eu saiba?!” Eu tive vontade de correr e beijá-la, como em um filme onde os problemas se dissolvem com um simples e apaixonado beijo, só para mostrar o que era aquilo, afinal. Mas aquela era a vida real. Suspirei.

 

“Não é só você que fica confusa… Mas isso vai afetar o que temos, é impossível que não mude seu pensamento.”

 

“Meu pensamento?!” Voltei alguns passos até ela. Parei rente ao seu corpo. Lembrei dele em minhas mãos pela manhã enquanto dormíamos. Era tão confortável.

 

“Veja onde eu estou agora e como foi nosso dia. Eu estou de mãos atadas… eu não posso fazer nada enquanto eu não tiver certeza. E a minha certeza só vem junto com a sua, por favor, Amber! Eu estou quase implorando para que você abra seus olhos para o que acontece com a gente!” Ela parecia atordoada.

 

Ah Deus! Eu estava enlouquecendo. Eu podia sentir meus olhos gritando para ela: Ei, eu estou babando por você, é só você dizer que gosta de mim! Só nos olhamos por longos segundos. Parecia que ela queria fazer algo, mas não se mexeu. Apenas me encarava com olhos confusos. Sem forças para falar mais nada, gravei seu olhar para analisá-lo com calma em minha mente, lhe toquei a mão e virei para meu caminho de volta. Andei com passos firmes até o carro com minha cabeça virando um nó. Hoje Amber tinha sido aberta aos meus toques, e não tocou uma vez sequer no nome de Jane. Isso me deixou contente. E os olhares e o carinho em minhas mãos enquanto pensava que dormia. Talvez ela também gostasse de mim.

 

Entrei no carro e fiz questão de não olhar mais para a sua casa. Se fosse preciso, daria ré até o final da rua só para não ter que passar na frente dela. Abaixei minha cabeça no volante tentando relaxar. Era final da tarde, quase virava a noite, e minha vida parecia não melhorar. Eu não podia pisar na bola com ela, só eu sabia o quanto ela me fazia bem. A paz que eu sentia não era pouca. Eu tinha que conquistá-la.

 

Merda! Gritei em minha cabeça. Era tão difícil assim a fazer gostar de mim? Porque às vezes parecia impossível. A porta do meu carro bateu e ele balançou um pouco. Eu me assustei, virei minha cabeça e lá estava ela. Os cabelos mexidos do vento, os olhos com um brilho inquieto e a respiração descompassada nitidamente.

 

“Seja sincero assim como eu sou com você. Responda as minhas perguntas, e eu te dou as respostas. Você não vai me esconder nada?” Ela disse decidida.

 

“Serei mais claro que água.”

 

Narração: Amber Moore.

 

“Jacob, o que você sente pela Jane?” Disse incisiva. Eu precisava saber.

 

“Nada.”

 

“Ninguém e nada não existem aqui.”

 

“Eu não gosto dela. Acabei com ela definitivamente, não quero mais pessoas do tipo destrutivo como ela é ao meu redor.”

 

“Certo. O que você sente por si próprio?”

 

“Nojo e pena.” Ah! Ele precisava de um animo. Olhou para a rua, fitou o nada.

 

“Me explique o beijo e a reação que você me deu depois do baile no sábado.”

 

“Eu a beijei porque… porque não consegui resistir a você! E a reação foi para a sua ação que, me desculpe, foi um tanto idiota de perguntar o que significava aquilo!” Ele disse um pouco mais alterado.

 

“E o que significava aquele beijo?! E eu quero saber também o que significa você em minha casa o dia inteiro, e na minha varanda de madrugada, como desejo saber mais ainda o que significa nós dois dormindo juntos e trocando carinhos pela manhã! E quero que me diga o que significa quando diz que eu te faço bem. Você pode, por favor, me dizer Jake? Porque eu não agüento mais negar nada, pensando no que você está sentindo. Assim como você, eu não posso ter uma atitude enquanto você não tomar uma posição!” Soltei tudo de uma vez. Ele estava calado, de boca ligeiramente aberta. Eu estava quase soltando lágrimas quando parei de falar.

 

Ótimo. Ele não iria falar, desisti depois de alguns segundos. Então isso era em vão de qualquer forma? Abri a porta do carro, e sua mão me impediu de sair.

 

“Amber… isso tudo significa que eu estou resistindo.”

 

“Como… como assim resistindo?” Ele estava com os olhos arregalados, e neles aquele mesmo olhar com algo mais que eu evitei pensar antes.

 

“Resistindo a tudo que me faz ser essa coisa que eu sou hoje. E significa que eu estou cedendo… cedendo a quem vai trazer o melhor de mim.”

 

“Qu-quem?”

Joss Stone - Spoiled

http://www.youtube.com/watch?v=jSjX9R-gxtU&feature=av2e

 

“Você.” A minha postura ereta e tensa evaporou. Apoiei minha cabeça nas mãos, tentando encontrar a minha sanidade. “Amber…” Eu não olhei. “Não faz isso comigo… O que mais você quer ouvir?” Eu deixei uma lágrima cair. Eu estava disposta a ajudar, mas ele teria que aceitar. Lhe fitei. Os olhos negros eram tristes.

 

“Você sabe que precisa de ajuda, não sabe? Eu sei que existe algo bom em você. Se não, não estaria aqui!”

 

“Eu sei disso… e sei que você está lutando, mesmo que não oficialmente, por mim…” Ele disse se encolhendo.

 

“Não, eu ainda não estou lutando, mas eu posso começar.”

 

“O que falta?”

 

“O que sente por mim? Sem meias palavras.”

 

“Você sabe o que leva um homem a casa de uma mulher às três horas da manhã?” Respondi com a cabeça negativa. “Eu estou…” ele hesitou relutando. “Digamos que perdido por você. Não posso ficar longe e tudo que eu mais desejo agora é pegar em seu rosto, separar mais seus lábios com os meus…” Coloquei um dedo na sua boca, e me aproximei de seu rosto.

 

“Shiii. Eu não sei o que estou fazendo, mas sei que palavras agora poderiam estragar isso… então, shiii”. Inclinei-me chegando mais próximo ainda. Ele molhou os lábios, e eu sorri. Jacob respirava um pouco diferente do normal. Antes de chegar até seus lábios, nos olhamos por um breve instante. Ele era o cara que eu sempre imaginei para mim, em todos os traços e todas as formas. Jake segurou minha cabeça com as duas mãos, as pontas dos dedos entrando em meus cabelos. Eu avancei mais um pouco e o toquei nos lábios com os meus. Pequenos choques de espalharam por mim. Ele retribuiu o pequeno beijo, eu lhe dei outro um pouco mais longo, que veio seguido de outro um pouco mais ousado. Então diversos outros vieram, até que nossas bocas se colidiram uma na outra, buscando algo a mais, não somente lábios.

 

Nossas línguas enroscaram-se, prenderam-se uma a outra e desejavam-se intensamente. Em reação, minhas mãos também correram para sua cabeça, sentindo os fios espessos e ainda assim macios de seus cabelos curtos entrando entre meus dedos. Nossas bocas dançavam voluntariosas de um lado e para outro, se intensificando e melhorando. Elas se encaixavam, era perfeito, sincronizadas, era acima de tudo, delicioso. Seu gosto era leve e adocicado, me lembrava pêra. Sua boca quente e agradável. Os lábios macios me envolviam e me aqueciam. Jacob acalmou aos poucos o beijo, com diversos selinhos roubados, e buscávamos o ar novamente.

 

“Fique para o jantar?” Pedi depois de alguns segundos. Nossas testas estavam juntas e os dedos polegares dele deslizavam pela lateral de meu rosto. Ele riu.

 

“Vamos, o caminho é longo até sua casa.” Ele fez piada dando partida no carro e em míseros segundos estávamos na entrada de carros.

 

“Você vai ficar?”

 

“Já estou aqui, só sairei se pedir.”

 

Continua…

 

 

N/a: Bom, bom, bom. Eu avisei que vocês teriam surpresas não avisei? Gostaram do capítulo? EU simplesmente amei! Sem tirar nem por. Foi mais um que foi super gostoso de escrever… O q   ue vocês podem esperar daqui para frente? Mais desfechos a tudo que tem ficado oculto. Talvez uma vingança para Jane. Talvez uma visita surpresa para Rose. Talvez um acerto de contas… eu ainda não tenho muita idéia do que será daqui para frente, apenas posso pedir que confiem em mim, ninguém sairá ferido, morto ou qualquer coisa assim!

 

Agora eu vou ali, pegar meu suco de laranja, uma pêra e meu prato de brigadeiro. Vou ter minha festinha particular… COM O EDWARD! Uadaosfgs u.u

Que sonho! Uhsaufhas

 

BEIJOS A TODAS!

 

Quero pedir seus comentários! Se batermos o Record de comentários que já tive até agora prometo lemons nos próximos dois capítulos! E não venham me dizer que não querem pq eu sei que vocês querem! Tudo perva!

 

Beijos. Grasi! Até o próximo!

 

Certo, certo... todas vivase animadas! depois da lemon né?!

 

Antes de comentar qualquer coisa, eu preciso dizer que pra minha humilde pessoa suco de laranja, brigadeiro e pêra nunca mais serão vistos da mesma forma! A partir do capítulo de hoje, eles passaram a ser MUITO mais gostosos do que eram anteriormente!

 

Agora falando mesmo do capítulo... Que coisa mais linda a Amber e o Jake! Incrível como um é um “apoio” do outro! A gente fica muito naquela de que a Amber ta ajudando o Jake a se tornar uma pessoa melhor e tal, mas temos que admitir que ele influencia, e muito, ela! Mesmo que de uma forma indireta, ele deu altas injeções de auto estima nela! De forma alguma ela é aquela menina fragilizada, reclusa no seu mundo... Ela começou a se permitir com a amizade da Bella e o “Clã Cullen” e continuou se permitindo cada vez mais com o Jake! Enfim... uma fofa tb!

 

E por falar em Bella... SANTO DEUS! Eu ainda to num conflito pra descobrir se prefiro qdo o Edward toma a iniciativa, ou se quando ele simplesmente se deixa levar pelos desejos da Bella! Ahhh! Banho também nunca mais será o mesmo! Hahahaha mente perva! OÊ! Essa lemon me deixou sem fôlego, ok?! Sorte que meu coraçãozinho é forte demais, uai! hahahaha

 

Mas tenho que admitir que a maior e melhor surpresa pra mim nesse capítulo foi o Emmet! Eu imaginei que ele pudesse estar fazendo qualquer outra coisa, que fosse sem maldade, mas que acabaria magoando a Rose, sem ele querer... Mas nunca pensei que a proximidade dele com o Jake fosse pro Emmet ter aulas sobre mecânica pra “poupar” ela! Isso é tão Emmet! Ficou perfeito isso! Uma surpresa mesmo, não tenho outra palavra pra usar!

 

Enfim, achei lindo como nesse capítulo as coisas foram meio que se acertando! A Bella e o Edward a mesma delícia de sempre! Aquele casal que inspira e arranca suspiros de todos! A Amber e o Jake se ajudando e se acertando! O Jake, independente de qq coisa ou pessoa, buscando um rumo na vida! Como eu já disse pra Grasi, virando homenzinho! Hahahaha

E o Emmet mostrando que tem uma visão muito boa do que quer da vida! É brincalhão e tudo mais, mas tem uma cabeça pensante! HAHAHA

 

Bom amores... é isso! Amei o capítulo! E continuo dizendo que vocês não perdem por esperar e ler os próximos capítulos!

AMO VOCÊS!


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