Waking Up - Aprendendo a Viver escrita por Soll, GrasiT


Capítulo 12
Capítulo 8 - REALIDADE ESCOLAR - PARTE 1


Notas iniciais do capítulo

LEMONS.



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Narração: Bella Swan.

 

            Ainda nos beijando entramos casa a dentro. Era perfeito o ter comigo. Ele me ensinava pequenas lições diárias. Era fácil me sentir bem perto dele. Era fácil como respirar. A nossa noite tinha sido maravilhosa. Tudo perfeito, exatamente como uma garota sempre deseja. Carinho, atenção, romance, calor. Mas a atitude dele pela manhã, sobre uma possível gravidez, me deixou mais insegura do que já sou. Será que seria tão ruim ter um bebê comigo?! Na hora quis gritar com ele. Mas ele tinha razão em se preocupar. Até certo ponto. Ficar desesperado daquele jeito quase me quebrou por dentro. Ele estava preocupado, se eu não tomasse meus comprimidos diariamente também ficaria. Lhe contei a verdade. Mas não quis acrescentar que possívelmente eu nunca teria filhos devido ao meu problema no início da adolescência. Mesmo com seus lábios nos meus não pude deixar de me sentir um pouco nervosa. Parecia que havia algum tipo de tensão dentro da casa. Nos largamos e ficamos um instante nos fitando. Entrelaçamos nossas mãos sentindo aquela corrente elétrica percorrer meu corpo eu corei e Edward congelou no mesmo lugar em que estava assim que mirou a sala. Meus olhos o seguiram. Um rapaz de pele morena, cabelos arrepiados, musculoso e com feições infantis estava parado de braços cruzados no meio da sala. Era um homem bonito.

 

            “O que você faz aqui?” A voz do meu Ediota saiu ríspida.

 

            “Vejo que a noite foi boa Edward”. O garoto ignorou a pergunta e falou cinicamente. Pela raiva que via no rosto de Edward só podia ser… “Me desculpe a falta de educação… Sou Jacob… Mas para as gostosas, como você, pode ser só Jake!” Idiota. Quem ele pensava que era para me tratar de forma tão escrota?! Eu abria minha boca para responder mais Edward me interrompeu.

 

            “Você é um sacana mesmo… Saia já da minha casa e deixe a MINHA namorada em paz!” Ele frisou a palavra minha. O clima estava tenso ali.

 

            “Oh, a sua namorada?! HAHAHA, você sempre me fez rir… Agora, não trate mal os convidados! Aposto que Esme não gostaria de uma atitude assim!”

 

            “Ela aceitaria se fosse dirigida a você… AGORA SUMA DAQUI JACOB!” Ele apontou um dedo em direção a porta.

 

            “Não… e aliás…” Falou debochado vindo em minha direção. Eu estava agarrada ao braço de Edward. “A namorada do Edward tem nome?”

 

            “Pra você nã…”

 

            “BELLA! QUE LINDA!” Alice descia as escadas gritando meu nome. Eu fiquei vermelha de raiva!

 

            “Ah oi Allie”. Falei sem jeito. Ela me abraçou e cochichou em meu ouvido “Quero que me conte tudo!”

 

            “Nossa que clima é esse?” Ela falou olhando para Edward que apontou para o infame à nossa frente. “Ah… Emmet que o chamou. Mas Edward…” O garoto assistia tudo de braços cruzados com cara de paspalho.

 

            “Mas nada Alice! EU QUERO VOCÊ FORA JAKE BLACK! E AGORA!”

 

            “E EU JÁ DISSE QUE NÃO SAIO!” Gritou com o meu Edward. “E obrigada Alice, agora a gostosa aí tem um nome pra mim… e faz juz a beleza dela!” Ele inclinou a cabeça para mim. Eu arregalei meus olhos com aquilo. Me sentia ultrajada com os adjetivos vindos dele!

 

            “AGORA CHEGA! SAIA AGORA! VOCÊ ESTÁ ME OFENDENDO DENTRO DA MINHA CASA JACOB! E ESTÁ OFENDENDO BELLA!”

 

            “RÁRÁ! NÃO ME FAÇA RIR EDWARD! Que mulher não gosta de ouvir que é gostosa?” Eu apertei o braço do Ediota com força, cravando minhas unhas em sua pele. Edward tremia. Ele olhou para mim como quem pede desculpa. E sussurrou:

 

            “Você não precisa ouvir isso! Se quiser subir, pode ir… não gostaria que você visse o que eu vou fazer.” Ele continha a voz para não berrar de tamanha fúria que sentia.

 

            “Eu quero assistir de camarote” Falei olhando o otário que ria estúpidamente para mim. Soltei do braço de Edward e puxei Alice para longe. Do jeito que o meu Edward tremia sabia que alguém acabaria apanhando.

 

            “O que? O que foi?” Allie perguntou baixinho.

 

            “Fica quieta Alice!”

 

            “OLHA, JACOB, VOCÊ NÃO PRECISA DIZER ISSO A MINHA NAMORADA! EU JÁ FAÇO ISSO!” Edward falou seco.

 

            “Ele te chamou de que Bella?” Alice sussurrou surpresa. Eu ignorei a pergunta.

 

Guns n Roses - Double Talkin' Jive

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            “Ah! Eu vejo Edward! Pelo jeito que ela está descabelada deve ter falado isso a noite interira para ela!” Eu quis voar no pescoço dele, mas Edward o fez primeiro. O meu Ediota se jogou com força em cima do tal Jacob. Chocaram-se contra o chão e a pancadaria começou. Alice começou a gritar e eu só cruzei meus braços assistindo a cena. Ele merecia receber uns bons socos. Edward lhe deu um soco no nariz e o infame chutou a barriga dele, rolaram pelo chão se socando e chutando, destruindo alguns vasos por ali. Edward se levantou rápido e puxou o garoto para cima pelo casaco e o prensou contra a parede.

 

            “Você… abusa… da minha… paciência!” Fiquei de boca aberta com a força de Edward. Jacob me parecia maior que ele, mais musculoso pelo menos.

 

            “O QUE ESSA TEM DE TÃO DIFERENTE DAS OUTRAS PRA VOCÊ REAGIR ASSIM AMIGO? ELA DEVE FAZER GOSTOSO!” O ogro cuspiu as palavras na cara de Edward. Queria que fosse eu a estar segurando aquele garoto contra a parede. Ele iria conhecer o significado da palavra dor. Edward o empurrou mais contra a parede. Alice ainda gritava desesperada quando Emm e Jazz chegaram apavorados na sala seguidos de Rosalie.

 

            “Edward, mano solta ele cara!” Jazz falou tentando por alguma ordem.

 

            “NÃO! Ele tem que apanhar! QUEM SABE APRENDA ALGO DE ÚTIL!”

 

            “EDWARD! CARA É O JACOB! ESQUECE O QUE PASSOU!” Agora Emmet gritava com o irmão!

 

            “ELE NÃO TAVA FALANDO DE PASSADO! ELE TAVA CHAMANDO A MONSTRENGA DE GOSTOSA! NA MINHA CARA!”

 

            “E DAÍ IRMAO?! TU NEM CURTE A GAROTA MESMO!” Eu olhei para Emmet, era um desavisado mesmo.

 

            “CALA BOCA EMMET! DEIXA EU BATER PORQUE ELE MERECE!” O Ediota ainda mantinha as mãos agarradas as roupas de Jacob, ele por sua vez segurava os pulsos do meu amor.

 

            “CARA A GAROTA É GOSTOSA MESMO! TÁ NA HORA DE ADMITIR ISSO! NÃO PRECISA FICAR TÃO INDIGNADO ASSIM QUE ALGUÉM CHAMOU ELA DE BOA!”

 

            “EMMET!” Incrivelmente eu, Alice e Rose gritamos na mesma hora. Edward tremia mais ainda.

 

            “O que?!” O abelhudo ainda pergunta. Aquilo tava virando uma comédia.

 

            “ELA É MINHA NAMORADA OTÁRIO!” Edward rosnou entredentes para o irmão.

 

            “O QUE?” Ele tinha uma cara de bobalhão. Olhou para mim que dava risada e para Edward puto da vida com o ignorante preso contra a parede. Analisou a minha roupa, chegou mais perto e declarou. “Ahhhh eu entendi!” Piscou pra mim “JAKE, véio! Não se chama a namorada do cara de gostosa na frente dele!” O abelhudo tentava pacificar. Um cara do tamanho de Emm não me parecia o tipo certo de pacificador.

 

            “Ah, mas que ela é gostosa ela é!” Jacob falou olhando para Edward. O que meu idiota fez? Jogou o infeliz no chão e bateu mais ainda. A cena estava ficando agoniante de ver. Se Edward não parasse logo o garoto iria cair desmaiado. Jasper e Emmet tentavam tirá-lo a todo custo de cima de Jacob, ele não se movia. As garotas gritavam para Edward parar com aquela selvageria. Eu só olhava pasma com aquilo. Primeiro eu queria ver o garoto apanhando e agora já estava passando dos limites. Em um piscar de olhos o quadro se inverteu. Quem estava apanhando era Edward. Jacob batia com força no seu rosto e dava socos em seu estomago. Foi a minha hora de começar a gritar. Meu Ediota começava a gritar e sobrou soco para Jasper que tentou arrancar o imbecil de cima do Ediota. Aquilo estava um caos. Eu precisava fazer uma coisa para aquele garoto parar de bater em Edward.

 

            “Eu … estou… a meses…querendo… fazer…isso!” Jacob falava com raiva enquanto batia no MEU namorado. Não gostei de ouvir aquilo. Sem pensar parei de gritar um pouco e agi. Tomada pela raiva me joguei em cima do otário Black. Agarrei sua cabeça e puxei aqueles cabelos negros.

 

            “E eu te conheço há 10 minutos e já to querendo te esfolar vivo garoto! SAÍ DE CIMA DO EDWARD!” Eu gritei no ouvido dele e joguei meu corpo para o lado com toda a força. Tombei de lado agarrada nas costas dele. Não sei da onde vinha tamanha força.Vi Emmet ajundando Edward a se levantar. Soltei o imbecil e levantei rápido indo para o lado de Edward que tinhas sangue nos lábios. Eu tinha sangue nos olhos. Passei a mão no rosto de Edward com cautela e carinho. Emmet estava segurando Jacob que falava um monte de merda que fiz questão de bloquear. Ele não cansava de ser tão arrogante?!

 

            “CARA OLHA SÓ A BUNDA DESSA MENINA?!” Não, ele não cansava. Virei-me para ele para ver de quem ele estava falando. Nisso Allie passou correndo por mim e puxou meu vestido para baixo no mesmo instante que Edward. PUTA QUE PARIU! SÓ COMIGO MESMO. Provavelmente tinha subido quando tinha pulado no garoto. Eu estreitei meus olhos em uma fenda. Aquilo tinha chegado ao seu limite. Minha paciência tinha evaporado. Senti o sangue ferver dentro de mim. Fechei minhas mãos com força. Marchei até o garoto. Ele podia ter quase dois metros de altura, mas ele não metia medo.

 

            “O que você disse?” Disse controlando minha raiva.

 

            “Que você é BOA” Ele sussurrou cínico. Não pensei duas vezes dei uma tapa em sua cara. Com força, muita força. Senti alguém chegar em um átimo ao meu lado tentando me tirar da frente dele.

 

            “Saí! Me solta! Eu vou falar.” Me balancei para afastar as mãos que me tocavam. Jacob tinha uma cara de psicopata, seu olho esquerdo estava levemente mais fechado do que o direito. Emmet estava do lado do cara, pronto pra segurar ele caso quisesse me bater. Vindo dele esperava qualquer coisa.

 

            “Ih… ela vai falar!” Edward disse baixinho. Ele conhecia a minha fúria. 

           

            “Jacob Black”. Apontei um dedo no fucinho dele. “Você não sabe com quem está mechendo! Você entra aqui, me humilha, humilha meu namorado, não me conhece, diz que eu sou boa! Me trata como uma mercadoria qualquer… você acha que eu ficaria quieta para isso? não né?! QUEM VOCE PENSA QUE É?” Era bom ser filha de um General, com o tempo você aprende o tom certo para falar com as pessoas. “O MAIORAL DE FORKS? AH MEU BEM LARGUE DE SER TAO RÍDICULO! VOCÊ NÃO É BEM VINDO AQUI! SUMA E NÃO VOLTE. VOCÊ ESTÁ ME ENTENDENDO? VOCÊ É UM TROUXA!” Empurrei seu peito com a mao. “QUER ATENÇÃO, MAS ESCOLHE A PIOR MANEIRA DE CONSEGUI-LÁ! UM BEBÊ QUE SÓ FAZ BARULHO. NUNCA MAIS OUSE OLHAR PARA MIM! NUNCA MAIS OUSE FALAR COMIGO OU DE MIM. NUNCA MAIS TENTE ENCOSTAR UM DEDO EM QUALQUER UMA DESSAS PESSOAS AQUI! PRINCIPALMENTE EM EDWARD! ENTENDEU?! SE NÃO ENTENDEU E TENTAR REPETIR ESSA CENA PATÉTICA QUE CAUSOU AQUI HOJE, VOCÊ VAI SABER O QUE É UMA MULHER FURIOSA! ESTÁ CLARO?” Ele não se moveu um centímetro. Fiquei esperando por uma resposta, que com toda certeza não viria. Cruzei meus braços o fitei.

 

            “Agora saia daqui.” Apontei com a cabeça para a porta. Era engraçado como esses caras se calavam para mim. Ele hesitou por um instante, mas logo se dirigiu a porta, pegando sua mochila em cima do sofá.

 

            “Isso não vai ficar assim” Foram suas últimas palavras antes de fechar a porta.

 

            Todos nos olhamos atônitos. Analisei com cuidado Edward, aqueles machucados iam ficar feios. Ele sorria torto para mim, como se sentisse orgulho de minha atitude. Eu me encolhi e lhe abracei com força.

 

            “Desculpa Bella.” Sussurrou em meu ouvido.

 

            “Não se desculpe, não há por que.”

 

            “EDWARD E ISABELLA, vocês podem me contar o que está acontencendo aqui?” Alice falou nos puxando para a realidade.

 

            “Não está acontecendo nada de mais maninha..."

 

            “Nada mais do que o óbvio.” Emendei a frase do Ediota.

 

            “Ok, é óbvio, mas porque vocês não me ligaram contando que estavam namorando? Isso era claro que iria acontecer, mas me sinto um pouco excluída. Rose você desconfiava que fosse tão cedo?”

 

            “Aham… Na verdade eu já sabia.”

 

            “AHHH! Bella sua baranga! Porque contou a Rose primeiro e não a mim?!”

 

            “Bom, se você tivesse com seu celular ligado ontem possivelmente você saberia primeiro!”

 

            “Como assim Bella?” Ok eu não queria contar nada na frente de Edward, já tinha sido muito ofendida por Jacob, não precisava passar pela humilhação de contar meu desespero por ajuda na tarde anterior.

 

            “Alice, depois eu e Rose te contamos… agora eu preciso cuidar de Edward… Vem Ediota.” Allie me olhou boba. Eu mandei um beijinho para ela. Ela sorriu abertamente. O puxei pelo braço correndo para fora da sala e levando ele para a cozinha.

 

            “Onde estão os primeiros socorros Edward?”

 

            “Na segunda gaveta, no armário da esquerda… Mas Bella, não precisa fazer isso.”

 

            “Fica quieto Cullen, é claro que precisa! Você está com um corte no lábio! Temos que curar isso logo, se não como eu vou te beijar direito?!”

 

            “Ahahahah… ai. Tá doendo mesmo.”

 

            “Então só respira.” Olhei de canto para ele. Tirei os sapatos de salto. Aquilo era tortura. Só pra mulher masoquista. Meus pés estavam doendo. Assim como meus braços, minhas pernas, meu corpo inteiro. Estava tensa.

 

            “Você fez mal em bater na cara de Jacob.”

 

            “E por quê? Ele mereceu.”

 

            “Claro que sim, não estou falando o contrário. Mas ele é vingativo Bella.”

 

            “Ele é um cachorrinho que colocou o rabo entre as pernas comigo, isso sim! Quem ele pensa que é Edward? Nos humilha, nos ofende… Isso foi muito pior do que todos os anos de humilhação que eu passei em New Orleans”  Falei enquanto pegava os materiais para fazer curativos nele. “E além do mais, que cara grosseiro Edward? Porque ele é assim?”

 

            “Ah Bella, ele também teve seus problemas. É um cara bem fechado… mas vigantivo, vamos ter que ficar de olhos bem abertos com ele.”

 

            “Eu não tenho medo dele Ediota. Ele que faça o que quiser contra mim. Não vai conseguir me humilhar de novo. E não vou o deixar encostar um dedo em você!” Falei com raiva.

 

            “Nossa!”

 

            “O que?” Estava em pé na sua frente pronta pra começar a limpar aquela coisa de seu rosto. Ele olhava para cima.

 

            “Os papéis estão invertidos!”

 

            “Como assim Edward?”

 

            “Eu que deveria estar falando isso não?”

 

            “Mas não precisa dizer… eu sei que você faria isso também”.

 

            “Faria mesmo… Ai Bella!” Eu limpava um de seus cortes com álcool.

 

            “Shiii, já passa!” E assoprei calmamente. Ele fechou os olhos.

 

            “Como você consegue?”

 

            “Consigo o que?”

 

            “Ficar tão calma depois daquilo na sala?”

 

            “Edward eu não estou calma. Eu estou possuída de raiva dele, mas aliviada que ele tenha ido embora… Não gostei dele mesmo… Agora vai arder” Passei mais álcool no ferimento. Assoprando logo em seguida.

 

            “Uhmm… Se você continuar assoprando assim eu não respondo por meus atos.” Eu parei imediatamente. Pensei e o provoquei assoprando curto em seu rosto. Ele abriu os olhos. Aqueles olhos verdes queimando em mim. Me pegou pelos pulsos e rapidamente me sentou em seu colo. Jogou meus cabelos para o lado e soprou suavemente em meu pescoço me despertando arrepios e desejos. Beijou minha pele e colocou sua mão grande em uma de minhas coxas e apertou com força.

           

            “Eu vou começar a te torturar assim como você me tortura.” Suspirou em meu ouvido. Como assim? Eu o torturava? Ele não conhece direito o significado dessa palavra. Virei meu rosto para olhá-lo melhor.

 

            “Você não sabe o que é tortura” E cheguei próximo a seus lábios suspirando e mal encostando minha boca na sua. Roçando suavemente nossas peles, sentindo o calor irradiar entre nós. Ele tentou morder e beijar minha boca, porém me levantei rapidinho. Sorri bem sacana para ele, que cerrou os olhos em uma fenda.

 

            “Isso não se faz Monstrenga.”

 

            “Rá. Não se faz mesmo… você está com a boca machucada! Eu poderia machucá-la mais… se é que você me entende namorado…” Falei arquenado uma sobrancelha. Inclinei meu corpo e me apoiei em uma de suas pernas. O olhei dentro dos olhos. “Se eu começar eu não resisto a você… Agora Ediota, fica quietinho pra eu cuidar de você!” Sussurei com a voz rouca.

 

 

Segunda-feira 07h00min da manhã.

 

 

            “Monstrenga! Acorda!” Edward me balançava pra frente e pra trás. Eu já estava acordada, só não queria levantar.

 

            “Nããão. Me deixa aqui! Tô doente ediota!” Falei puxando o edredom pra cima da cabeça.

 

            “Sério?! O que você ta sentindo Bella?!” Empurrei o edredom pra baixo pra olhar pra ele.

 

            “Preguiça. Tchau… boa noite” Me virei de costas para ele tampando meu rosto mais uma vez. Eu parecia aquelas crianças birrentas. Ele se jogou na cama do meu lado e me destapou.

 

            “Preguiça Bella? E desde quando isso é doença? Esme diz que preguiça é coisa de gente safada!”

 

            “Pois bem, hoje eu sou uma safada. Agora me deixa dormir! Olha que horas é Edward!”

 

            “É hora de acordar, se vestir, tomar um café, pegar uma carona com o gostoso do seu namorado e ir para a escola!”

 

            “É isso aí!” Pulei me sentando na cama e apontando o dedo pra ele. Como se eu tivesse descoberto um novo planeta no sistema solar. Na real eu estava desesperada. “ESCOLA! EU NÃO QUERO IR PARA A ESCOLA!”

 

            “Realmente você tá safada hoje… Bella é seu primeiro dia! Não pode faltar! Você vai nem que eu tenha que carregar.”

 

            “Não vou.”

 

            “Vai sim”

 

            “Não!”

 

            “Sim!”

 

            “NÃO, NÃO, NÃO”!

 

            “SIM, SIM, SIM!”

 

            “PÁRA EDWARD! EU NÃO VOU!”

 

            “VAI SIM E ESSA BOBAGEM ACABA AQUI!” Ele pulou por cima de mim e me jogou em seus ombros.

 

            “EU ODEIO QUANDO VOCÊ FAZ ISSO!”

 

            “EU ADORO FAZER ISSO!” E o Ediota me deu uma mordida na bunda!

 

            “Aiiiiiii EDWARD!”

 

            Ele me levou para o banheiro me entregou a escova de dentes com creme e colocou na minha boca. Ele já estava vestido, calça jeans clara, camiseta azul, jaqueta de couro preta. Ele me deixava tonta. Gostoso, acho que era pouco pra ele. Ainda não entendia bem como ele estava comigo. Lindo daquele jeito e eu, tão, tão… tão simples. E a briga do dia anterior? Aquele infeliz me chamando de gostosa? Esses garotos eram cegos? Gostosa era a Rosalie! Eu não era nada demais. Escovava meus dentes com preguiça olhando para ele que estava encostado na parede pacientemente me esperando. Ele tinha uns esfolados no rosto e sua boca ainda estava um pouco dilatada. Bom, talvez eu também não tivesse colaborado durante a noite para ela melhorar.

 

            “Eu vou demorar aqui” Falei fazendo uma careta e com a escova ainda na boca.

 

            “Não tem problema. Se for preciso eu mesmo arranco a escova da sua boca e enxáguo!”

 

            “Não precisa tanto!”

 

            “Do jeito que você tá manhosa precisa sim Monstrenga!”

 

            “Uhm…” Enxagüei a espuma de minha boca e virei pra ele e me sentei no balcão do banheiro. “Você é um chato sabia?” Edward deu um passo em minha direção sorrindo torto, com a sua melhor cara de sacana. Eu o puxei pela camiseta unindo nossas bocas ferozmente. Fui sendo levada por seus lábios. Ele afastou minhas pernas e se colocou entre elas, aproximando nossos corpos. Quando vi já estava dominada e arrancando a jaqueta de Edward e ele tirando a calça de meu pijama. Nos beijávamos incessantemente. Eu não cansava de seu gosto, de seu cheiro, de sua pele. Puxei a camiseta dele para cima, a tirando com vontade por sua cabeça, quando ele estava prestes a fazer o mesmo comigo uma vozinha nos interrompeu.

 

            “Hey, vocês dois!” Eu e Edward nos separamos em um pulo. Era Alice. “Vocês poderiam ao menos fechar a porta!”

 

            “Tudo bem” O Ediota respondeu para Alice, e fechou a porta na cara dela. Eu olhei espantada para ele. Ele colocou um dedo nos lábios pedindo para eu não falar. Ele ria.

 

            “Edward! Mal educado!” Allie gritou do outro lado. “Abra já essa porta!”

 

            “Não! Estou seguindo seu conselho maninha! Só fechei a porta! Agora vem aqui vem Bella!” Ele falou a provocando, porque nem se moveu de onde estava. “Você tem noção como a Alice é carente?” Ele sussurrou para mim. Só balancei a cabeça em um não. “Escuta.”

 

            “Edward, larga a Bella! Ela é minha amiga primeiro.” Allie batia na porta com força. “Não faça nada com ela! Deixa eu entrar! Abre! Eu vou arrombar! Larga a Bella Edward! Divide comigo, isso é injusto! Eu vou ficar aqui até vocês saírem! Não vou deixar vocês fazerem NADA!” Eu estava me segurando para não rir de Alice mas foi impossível. “EDWARD CULLEN ME DÁ A MINHA AMIGA!” Eu caí na risada junto com o Ediota que já abria a porta. Eu ainda estava só com a blusa do pijama e Edward só de calças e sapatos. Eu já estava quase sem ar de tanto rir, Alice tinha os olhos úmidos.

 

            “SEU IMBECIL! Deixa a Bella um pouco para mim!” Alice me puxou em um abraço forte.

 

            “Só se você me devolver rápido nanica!” Vi ele bagunçando os cabelos de Alice. Ele sorria feliz. Alice me soltou e começou a caminhar atrás do irmão que colocava as roupas novamente.

 

            “Hey! E o que eu quero?!” Perguntei em vão.

 

            “Ah qual é Edward, você ficou uma semana sozinho com ela! Te devolvo ela no fim do dia!”

 

            “Não, isso é muito tempo para mim Alice, vamos negociar.” O que? Estavam negociando com quem eu iria passar o dia?

 

            “Alguém quer me ouvir…” Tentei.

 

            “É podemos negociar.” Alice se sentava na cama bagunçada. Edward logo em seguida. Eu fiquei na porta do banheiro assistindo aquela cena sobre o meu dia. “Você pode levá-la para o colégio.”

 

            “Ainda é pouco. Eu quero mais.”

 

            “É muito! Ela é minha amiga Edward! Preciso dela!”

 

            “É pouco! Ela é minha namorada Allie!”

 

            “Eu quero falar uma coisinha…” Mais uma vez tentei me fazer ouvir.

 

            “O que você quer então? A carona para o colégio e…”

 

            “A hora do intervalo e a volta para casa!”

 

            “Você quer todos os horários disponíveis dela! INJUSTO! A Bells é minha hoje!”

 

            “Não. Não é injusto. E porque você quer tanto a Bella assim?”

 

            “Cheguei primeiro na vida dela!”

 

            “AGORA CHEGA OS DOIS!” Falei mais alto do que o necessário.  Eles me olharam. “Obrigada pela atenção. Vocês querem parar, por favor?! Eu não quero ir pra escola, e com vocês reivindicando a minha “posse” está ficando pior ainda… Nós não vamos para o mesmo lugar? Com as mesmas pessoas? SIM, então eu fico com os dois o tempo que for possível, quando voltarmos da escola, Alice, você terá seu tempo comigo e vai me contar o porquê de estar tão esquisita assim! E Ediota, colabora vai! Deixa eu fofocar um pouco com minha amiga!” Eles ficaram parados como duas estátuas me olhando. “Podem piscar agora e sair, que eu quero um minuto de privacidade pra me vestir!” Alice sorriu pra mim e Edward fez uma careta feia.

 

            “Viu Ed, ela vai passar o dia comigo! HAHAHA” Eu ri baixinho. Ela saia saltitante do quarto. Ele hesitou ainda na porta com aquela cara estranha. Esperei Alice desaparecer na escada e o chamei para dentro com dois dedos. Ele parou em minha frente.

 

            “Por que essa cara Edward?” Peguei na sua jaqueta com as duas mãos e o trouxe mais perto. Ele tirou uma mecha de cabelo para trás de minha orelha.

 

            “Por que eu não gosto de estar longe de você!”

 

            “Eu também não. Mas não gosto de estar longe da Allie também.”

 

            “Não deixe ela fazer uma lavagem cerebral em você!”

 

            “Eu prometo não deixar.” Ele me deu um beijo suave nos lábios.

 

            “Se vista amor.” O que? Do que ele tinha me chamado? Amor? Ai meu coração pulou ao ouvir essa palavra. “Te espero lá embaixo com uma tigela de cereais!” Se virou e saiu.

 

            “Edward.” Chamei enquanto ele fechava a porta. Ele me olhou. “A noite é sua. Sempre. Não esqueça.” Ele sorriu amplamente.

 

            07h55min.

 

            Minhas mãos suavam. Estávamos entrando no estacionamento da Forks High School. Tudo que eu menos queria era que as coisas não fossem como em New Orleans. Acho que não suportaria mais meio semestre de chacotas, deboches e brincadeirinhas infames comigo. Edward a cada pouco me olhava, eu estava nitidamente nervosa. Ele estacionou o carro e ali eu continuei imóvel. Alice e Jasper desceram pela porta de Edward. Eu não queria sair dali. Vi o Ediota abrindo dando a volta no carro e abrindo a porta para mim. Eu o fitei aflita balançando a cabeça devagar, de um lado para outro. Como se eu dissesse “Eu não vou sair daqui”.

 

            “Bella… o que foi? Por que tanto medo?”

 

            “Eu não vou. Eu não vou.”

 

            “E por que não?”

 

            “Por que vai ser igual. Não quero que as pessoas fiquem rindo da minha cara Edward.”

 

            “Ninguém vai rir de você aqui! Não existe um motivo para isso!”

 

            “Claro que existe e ele se chama: ISABELLA! Sou eu. Isso está comigo, não importa aonde eu vá isso não vai mudar!”

 

            “Bella, não tem porque você estar assim. Dê uma chance a Forks. Dê uma chance a si mesma! Ninguém vai rir. Ninguém vai fazer absolutamente nada! Eu não deixo. Vem comigo.” Ele me estendeu a mão, perdida em seus olhos eu nem hesitei e sai do carro. Ele me deu um beijo leve e pegou na minha mão entrelaçando nossos dedos. Dei uma olhada ao redor. Um colégio nada de mais. Realmente bem diferente de minha antiga cidade. A maioria dos carros eram mais antigos e as garotas não exibiam seus decotes, também nem conseguiriam devido ao tempo. Mas ainda podia ver alguma em cima de botas com saltos finos, casacos justos, cabelos perfeitamente feitos e muita maquiagem. Definitivamente futilidade e gente mesquinha existe em qualquer lugar. Algumas meninas me olhavam, sem dúvida pensando quem era a nova garota com os Cullens. Eu apertava mais a mão de Edward a cada passo que ficávamos mais próximos da entrada para as salas da escola.

 

            Andando pelos corredores ouvia pessoas cochichos, sobre quem eu era e de onde eu tinha vindo, mas o que mais se ouvia pelos cantos era: “É a nova garota de Edward?” ou “Nossa quem é essa que está com ele?” Ok. Era fato que Edward era muita areia para o meu caminhãozinho. Mas essas garotas estavam me estressando mais do que eu já estava. Todos me olhavam, sentia que estava cada vez mais vermelha, todos pareciam conhecer todos, principalmente os Cullens. Aquilo era muito diferente para mim, ter aquele tipo de olhar não era normal, eu era acostumada com olhos dizendo “nossa como ela é estranha” e não com“quem é ela”.

 

            Minha respiração estava começando a ficar presa na garganta quando Edward para em frente à porta da secretaria. Eu agarrava a sua mão cada vez mais forte.

 

            “Bom dia crianças… em que posso ajudá-los?” Uma senhora de cabelos claros e cacheados nos falava de trás do balcão.

 

            “Bom dia, essa é Isabella Swan.” Edward respondeu me puxando um passo a frente. “É a aluna nova que Carslile matriculou antes das férias.”

 

            “Ah sim! Seja bem vinda Isabella…”

 

            “Obrigada…” Respondi tímida.

 

            “Aqui estão seus horários e um mapa da escola para você se localizar melhor! Tenha um bom dia.”

 

            “Ah, igualmente.”

 

            “Se comportem crianças!” Ela falou dirigindo um olhar para mim e Edward que ainda tínhamos as mãos entrelaçadas. Saímos dali e fomos em silêncio pelo corredor. Eu estava mega tensa, não gostava de me apresentar, provavelmente acabaria falando alguma merda e todos iriam rir de mim. Mas eu teria que agüentar. Não importava se minhas roupas tivessem mudado, eu continuava a mesmíssima CDF e desentrosada. Do nada Edward arranca o papel de minha mão.

 

            “Vejamos Senhorita Swan, primeiro horário língua inglesa, essa você vai fazer com a Alice, segundo horário trigonometria, terceiro história, depois teremos nosso almoço e logo após isso 55 minutos de puro divertimento na aula de biologia! E adivinha só, quem te acompanha nessa, é nada mais nada menos do que EU!” Ele falou tudo de uma vez só. Ri com a cara de palhaço que ele tinha.

 

            “Você me diverte Edward!” Consegui lhe responder unicamente.

 

            “Bella, presta atenção… aqui não vai ser igual em New Orleans, eu te garanto. Você está totalmente tensa. Suas mãos estão suando Monstrenga, não precisa ficar assim… é só o colégio Bella.” Agora estávamos parados no meio do corredor nos olhando, Alice e Jazz estavam nos analisando. As palavras de Edward me deixaram um pouco mais segura de mim mesma. Respirei fundo.

 

            “Você tem razão, mas como pode ter tanta certeza disso?”

 

            “Ah… Bella eu tenho um segredo” Meu coração saltou no peito, o que seria seu segredo? “Eu não sou santo, a sala de castigo me conhece bem… Eles não vão nem pensar em mexer com você! Não com um de nós por perto.”

 

            “Então, quer dizer que se eu estiver sozinha eles vão me incomodar?”

 

            “Bella! Pára! É claro que não amiga! Eles vão te amar!” Alice falou me abraçando.

 

            “Ah tá bom Alice! Menos não é?” O sinal tocou nesse momento me trazendo o choque de que meu tempo fugindo tinha acabado.

 

            “Não Bells, mais. Sempre mais… Agora vamos, as aulas de língua inglesa são muito divetidas!” Ela me puxou por uma mão e Edward pela outra. Fiquei entre eles sendo puxada. Alice cedeu primeiro, deixando Edward me abraçar e me dar um beijo rápido nos lábios.

 

            “Boa sorte minha Bella, aguente firme. Eu estou com você!” Falou ao pé de meu ouvido. O abracei mais uma vez apertado e Alice voltou a me puxar. Saí dali ainda olhando para trás e vendo seu rosto confiante sorrindo pra mim.

 

            Os minutos passaram lentos naquela manhã conheci os professores, e todos me fizeram passar vergonhosamente pela tão temida apresentação. Eu gaguejei diversas vezes e tropecei no degrau quando professor de trigonometria me fez ir até a frente da sala falar, eu já detestava a matéria, agora seria pior ainda. Na terceira aula descobri que minha vida não seria de fato fácil, Jacob Black era meu colega. Fiquei totalmente paralisada quando o professor Wayne me fez sentar na mesa ao lado dele. O garoto me olhava furioso, obviamente ele não tinha esquecido o merecido tapa na cara, eu também não esqueceria. Estava ficando cada vez mais ansiosa naquela sala, eu podia ver pelo canto de meus olhos que o garoto não tirava os olhos de mim. Aquilo ia ser terrível! Quando o sinal tocou corri para fora da sala como um torpedo. Corri para qualquer lado até que avistei Alice vindo sorridente em minha direção.

 

            “Bells o que foi? Você está pálida!” Ela falou quando cheguei bem perto dela.

 

            “Alice, aquele estúpido é meu colega em história! É uma desgraça!!!”

 

            “Quem Bella?”

 

            “Como quem? JACOB BLACK!” Eu quase gritei.

 

            “Shiii, fala baixo Bells!” Alice me pegou pelo braço e me puxou. “Eu também não gosto dele, mas as paredes dessa escola têm ouvidos Bella… Edward te contou o que aconteceu?”

 

            “Sim… não sei se tudo mas contou, ele falou sobre uma tal Jane. Ela ainda estuda aqui?”

 

            “Não nesse último semestre… Mas eu tenho ouvido rumores de que ela voltou.”

 

            “Onde ela estava?”

 

            “Não se sabe, alguns dizem que ela nunca saiu de Forks, outros dizem que foi a Seattle, já tem gente que diz que ela tinha sido internada.”

 

            “Nossa, mas ela é tão louca assim Allie?” Estávamos caminhando em direção ao refeitório.

 

            “Na verdade eu acho que é pura malandragem! Agora, não se preocupe com Jacob, ele é um idiota mesmo.” Meu coração estava apertado, precisava de meu Ediota logo. Chegamos ao refeitório e meus olhos varrerão o local em busca de Edward. No canto direito do local estava ele e Jasper sentados nos esperando.

 

            “Allie, Edward sabe de você e Jazz?”

 

            “Não, mas não gostaria que ele soubesse, tenho medo de que ele não goste… sei lá… parece que ele nos vê como irmãos de sangue mesmo.”

 

            “Já tentaram falar com ele alguma vez?”

 

            “Não, mas eu não quero, Jazz diz que sou muito medrosa e que ele aceitaria. Mas não sei não Bells.” Nós falávamos baixinhos e logo chegamos à mesa e nos sentamos, Alice logicamente sentou-se ao lado de Jazz, mas diferente de mim não podia ficar abraçada nele como eu e Edward estávamos. Fiquei com certa pena de minha amiga, eu tentaria dar um jeito em sua situação, Edward não poderia ser tão cabeça dura com eles.

            Mesmo com o Ediota ao meu lado eu ainda me sentia nervosa, na verdade, não era bem nervosismo, era uma sensação estranha que parecia esmagar meus pulmões dentro de mim. Meus sentidos estavam mais aguçados do que o normal, ou eu estava ficando louca e tendo alucinações, a cada pouco eu ouvia alguém dizer meu nome. Aquilo estava me irritando.

 

            “Ainda tensa Bella? Você nem comeu nada!” Edward me pediu enquanto Allie e Jasper conversando qualquer coisa.

 

            “Não sei… eu to estranha, estou com um tipo de pressentimento, sei lá… parece que hoje meu dia vai ser péssimo! Pra começar o Jacob é meu colega em história! Ele estava me fuzilando com os olhos!”

 

            “Bella, não se preocupe! Ninguém vai te fazer nada! Não se convenceu ainda disso?”

 

            “Sim Edward! Sim! O que eu to sentindo não tem nada a ver com rejeição nem nada disso. Só escuto as garotas se perguntando quem sou eu e o que estou fazendo com Edward Cullen! Hahaha chega ser cômico!”

 

            “Elas só estão curiosas!”

 

            “Elas estão de olho em você isso sim!”

 

            “Você está com ciúme Isabella?” Senti ficar vermelha de vergonha.

 

            “NÃO, imagina!” Falei olhando para as mãos com vergonha.

 

            “MERDA!” Olhei para o Cullen. Ele estava branco como gelo.

 

            “O que?” Eu perguntei confusa.

 

            “Merda mesmo Edward!” Jasper falou tenso. Fitei na direção em que seus olhos estavam, uma garota loira, de olhos azuis, com um corpo bonito e vestida como uma Barbie, estava parada nos olhando de braços cruzados, ao seu lado estava Jacob Black. Uma voz soprou um nome em meu ouvido: Jane. Ela começou a andar em nossa direção deixando o imbecil para trás. Meu coração saltou na garganta e senti meu sangue correndo forte nas veias, eu sabia o que viria a seguir. Teria que controlar a cólera que me tentava me dominar. A garota parecia estar enfurecida. Sinceramente ela que não tentasse mexer comigo ou com Edward. Eu voaria no pescoço dela.

 

            “Edward Cullen! Como você está amorzinho?” Do que essa garota chamou ele?

 

            “Não sou seu amorzinho e não te quero perto de mim, VAZA JANE!” Meus instintos não me enganavam. Fato.

 

            “Ohn querido! Isso tudo é saudade? Amor recolhido? Eu sei que você ainda não me esqueceu né? Oh meu bem eu posso esquecer o passado!” A vaca loira passou a mão no rosto de Edward. Eu me levantei levemente da cadeira, mas a mão de Alice me trouxe para baixo com força. O Ediota segurou a mão dela.

 

            “Nunca mais me toca! Nunca mais!” Edward falou secamente.

 

            “Ohm amor, eu posso te tocar de diversas maneiras, podemos nos encontrar depois da aula para eu te mostrar Edizinho!” Edizinho? Depois da aula? Tocar no meu Cullen?

 

            “Vai sonhando Jane! Agora saia da minha frente. Não me incomode mais, ME ESQUECE!”

 

            “Ah Edward, não tem como esquecer um homem como você!”

 

            “Ok, pra mim chega dessa merda! Garota se manca! Saí daqui!” Falei enquanto me levantava furiosa e me apoiava na mesa.

 

            “E quem é você doentinha?” Ela me olhou com desprezo.

 

            “QUEM SOU EU? HAHAHA Sou a NAMORADA de Edward! Entendeu? NA-MO-RA-DA. AGORA SOME! VAZA! VAI EMBORA! O IDIOTA TÁ TE ESPERANDO LÁ ATRÁS OH!” Apontei para Jacob que nos olhava de longe.

 

            “HAHAHA coitada! Com essa carinha de doente, e essas roupas? Me poupe filhinha! ELE NUNCA NEM SEQUER TE PEGARIA!” Ela cuspiu as palavras na minha cara!

 

            “HAHAHA me poupe você! Eu não tenho tempo a perder… então saia daqui!

 

            “Jane quem você pensa que é? BELLA É SIM MINHA NAMORADA! E É MUITO, MUITO, MUITO MESMO, MELHOR DO QUE VOCÊ!”  A máscara de ódio que Jane usava, desmoronou um pouco, essa garota iria me dar trabalho. Ela perdeu um pouco o foco e seus olhos ficaram melancólicos.

 

            “Você está falando sério Edward?”

 

            “Nunca fui tão sério em minha vida!” Ele me puxou pela cintura “O que você quer de mim? Porque voltou? PRA ME ATORMENTAR? FAZER DE MINHA VIDA UM INFERNO DENOVO? Desculpa, mas você não vai conseguir.”

 

            “Eu voltei por que… por que achei que eu e você…”

 

            “Achou errado Jane.” Ela estava com seu rosto totalmente destruído. Cheguei a sentir um pouco de piedade por ela. Mas logo seu rosto de desolado passou a uma careta de raiva pura. Ela queria pular em mim, podia apostar!

 

            “Você não sabe do que eu sou capaz garota! Fique longe de Edward! É meu único aviso!”

 

            Ficamos parados olhando pasmos para o showzinho que aquela garota tinha acabado de fazer, quando me dei conta o refeitório estava quieto. Acho que tínhamos gritados demais. Alguns começavam a cochichar. Até que uma garota ruiva falou alto o suficiente para eu ouvir.

 

            “Rá, o que Edward Cullen viu nessa tal de Bella?!”

 

            “CERTAMENTE O QUE ELE NÃO VIU EM VOCÊ SEU PROJETO DE MULHER! ALIÁS, O QUE ELE NÃO VIU EM NENHUMA DE VOCÊS!” Gritei para todas as garotas que sussurravam pelos cantos. Eu enxergava vermelho nas bordas de minha visão peguei Edward pela mão e minha bolsa e me arranquei dali. Estava possuída de raiva. Sentia que logo começaria a chorar. Isso só podia acontecer comigo mesmo, no meu primeiro dia de aula, ser colega do cara que eu tinha batido um dia antes, encontrar a ex do meu namorado, e ainda ter que ouvir que não havia motivos para ele estar comigo!  Eu começava a me sentir o mesmo lixo de sempre, eu ainda tinha esperança de que as coisas seriam diferentes, mas sempre havia algo pra se por no meu caminho. Alguém para me humilhar. Eu tinha raiva de Jane, Jacob, raiva de mim. Agarrada ao braço de Edward parei abruptamente e o empurrei contra a parede e apontei um dedo na sua cara. Eu estava furiosa.

 

            “Edward” Falei dura. Seus olhos verdes me fitavam atenciosos, cheios de carinho, mesmo com a face coberta de nervosismo, podia ver em seus olhos que ele estava comigo e de que não havia motivos para ter dúvidas, me perdi naquelas esmeraldas. Tinha me esquecido do que ia falar para ele, somente o abracei e chorei em seu peito. Ele me abraçou apertado.

 

            “Desculpa Bella, eu não… não sabia…”

 

            “Só…não me deixe… agora.”

 

            “Eu nunca vou te deixar, vou morrer ao seu lado.” Ele falou me tranqüilizando.

 

            “Não saia do meu lado. Não saia de minha vida. Me ajude a lutar pela minha vida! Eu sinto…Eu to caindo… mais uma vez…”

 

            “Você não vai cair. Eu estou aqui te segurando firme.”

 

            Naquela semana a depressão tomou conta de mim. Eu sentia falta de Charlie e o seu silêncio me incomodava. Não tentaria ligar novamente em casa, não para ter que ouvir Renée gritar comigo de novo. Faltavam poucos dias para o aniversário de Joshua e seria a primeira vez que passaria longe de suas coisas. O único objeto dele era a foto que eu carregava onde quer que eu fosse. Na escola ninguém, além dos Cullens, falava comigo. Eu não me importava, quem merecia a minha atenção eram as pessoas que estavam dividindo o mesmo teto que eu. Jacob e Jane se sentavam com um grupo grande, e sempre ficavam me fitando durante os almoços. Edward me pediu para ignorá-los, eu tentei fazer isso, mas é quase impossível ignorar as pessoas que mais lhe odeiam.

Esme e Carslile iriam voltar para a casa alguns dias antes. Minha cabeça girava a mil por hora pensando se eu e Edward iríamos contar ou não sobre nosso relacionamento, me martirizei até o momento em que não pude mais adiar: uma hora antes da chegada de meus padrinhos na sexta feira.

 

            “Ediota, preciso te perguntar uma coisa…”

           

            “O que você quiser saber eu te digo.”

 

            “Ótimo então… nós vamos contar a seus pais que estamos juntos?”

 

            “Bella, eu não sei… Estava pensando nisso ontem ainda, com Esme não será problema. Ela gosta de você e te acha perfeita, o que não é mentira. Mas Carslile… não sei. Sabe ele não é um conservador severo, mas acho que gostaria que contássemos a seu pai. E ai que eu não sei se vai dar certo.”

                                                    

            “Meu pai que se exploda!”

 

            “Bella!” Quase gritou me repreendendo.

 

            “O que? É verdade Ediota! Olhe a quanto tempo ele não manda uma notícia sequer! Acho que não precisamos nos preocupar com Charlie, ele não esta preocupado comigo!”

 

            “Discordo totalmente de você, acho sim que você deve se preocupar com o que ele acha, e tenho certeza de que ele está preocupado com você. Bella, ele deve estar envolvido em alguma coisas no trabalho, você melhor que ninguém deveria saber. Nós podemos resolver isso… sabe vamos tentar outras maneiras de contato.”

 

            “Tá…mas e quanto a nós… vamos contar ou não?” Eu não queria falar mais de Charlie, isso me deixava completamente triste.

 

            “Você quem sabe então, seu quarto logo estará pronto… Esme deve voltar com alguma solução da viagem, e se contarmos, provavelmente, eu vou ter que sair do quarto e daí… bom, as minhas noites vão ser frias!”

 

            “Uhm… pensando por esse lado… acho que vamos continuar assim!” Não queria ter que passar uma noite sequer longe de seus braços, de seu corpo, longe do toque de veludo de sua pele.

 

            Quando Esme e Carslile chegaram foi uma festa, parecia que os filhos não viam os pais a milhões de anos, e vice-versa. De fato, conversando com Esme, ela contou que visitara algumas lojas especializadas e que logo eu teria meu quarto somente para mim. Fingi algum entusiasmo com a declaração.

 

            Naquela noite estava tendo chuvas torrenciais, que pareciam varrer a floresta atrás da mansão. Eu gostava de ver a chuva forte cair, era intenso, era vivo. Eu ainda me sentia tentando emergir do buraco em que eu estava. Só conseguia pensar em Joshua na verdade. Ele faria 22 anos. E eu não o tinha mais.

 

            “BELLA! VOCÊ TÁ ME OUVINDO?” Edward gritou comigo me puxando de lembranças que revivia mentalmente.

                    

            “Ah, desculpa… eu estava meio que sonhando acordada… Do que você falava?”

 

            “Não Bella, não é nada.” Ele respondeu com uma careta. E se virou com as costas da cadeira giratória para mim. Eu estava encolhida no sofá do quarto agarrada aos meus joelhos. Eu tinha magoado ele.

 

            “Não, pode falar Edward! Por favor?”

 

            “Monstrenga, realmente não era nada importante, pode sonhar tranqüila… não vou te incomodar mais!”

 

            “De onde você tirou essa idéia de que você me incomoda?”

 

            “Não faço isso? Pois parece que sim! Você me pede pra eu ficar ao seu lado Bella, mas você não está ao meu lado! Sua mente sempre te leva pra outras pessoas, e isso me deixa frustrado!”

 

            “Eu estou sempre de seu lado! Como você me diz uma coisa dessas Edward?”

 

            “Então traga sua mente junto, por que ela expira às vezes… e eu não to conseguindo ficar só com esse pouco de consciência que sobra para mim. Você não vê o quanto eu te quero ao meu lado? E essa semana tudo o que você menos fez foi ficar ao meu lado!”

 

            “Edward, se você não consegue entender meus motivos, eu sinceramente não sei como agir com você! Escute bem o que você fala! Você queria que eu ficasse feliz com o aniversário do meu irmão morto? Ou quem sabe com o sumiço se Charlie?”

 

            “Não, eu não quero que você fique feliz com isso! Mas eu quero que você fique feliz ao meu lado! E não definhando como um vegetal com as suas lembranças!”

 

            Eu me calei, não queria discutir com ele. Eu estava cansada de confusões. Naquela noite não vi à hora em que ele foi dormir. Nós não tínhamos trocado mais nenhuma palavra depois de nossa pequena discussão. Ele me deixara sozinha no quarto, aquilo me deixou atormentada. Só me lembro de estar ali sozinha chorando com as palavras de Edward ecoando em minha cabeça quando adormeci. Ele tinha razão. Só que não sabia como me desculpar com ele. Ele estava ali me apoiando e me estendendo a mão e a corda para eu sair do fundo do poço. Mas eu estava preferindo escalar as pedras lisas que me faziam cair a cada instante. Nessa noite tive medo de perdê-lo.

 

            Eu estava completamente sozinha naquela praia, meus dedos estavam gelados e o vento soprava forte em meus cabelos. As árvores se agitavam rapidamente nas encostas que rodeavam o mar. O vazio dentro de mim era gritante. Tinha uma sensação de Dejavu, já vira aquela praia em minha mente antes. A cor do mar era cinza exatamente como o céu estava. Me vi chorando compulsivamente. Eu me sentia sozinha. Uma mão pousou em meu ombro. Era Edward. Ele tinha feições torturadas. Meu coração se apertou mais em meu peito.

 

            “Eles vão me levar para longe de você!” Sua voz distorcida pela dor sussurrou para mim. E instantaneamente ele desapareceu.

 

Uma explosão de dor me fez despertar gritando por Edward.

          Sentando-me rapidamente na cama p procurei ao meu lado e lá estava ele. Olhando-me sonolento. A chuva batia contra a parede de vidro. Eu senti minhas lágrimas correrem por minha face.

 

            “Você está aqui…” Declarei chorando.

 

            “Eu disse que sempre estarei.”

 

            “Me desculpa?”

 

            “Você não tem que ser desculpada. Eu sou um estúpido.”

 

            “Você ainda é o meu Ediota.”

 

            “E você ainda é minha Monstrenga.”

 

INXS - I NEED YOU TONIGHT

http://www.youtube.com/watch?v=gkLL7JdnIk0 

 

Ele me puxou com força e me beijou ferozmente. Eu tinha saudade de seus lábios. Nunca imaginei sentir tanta saudade de um gosto como sentia do gosto dele. Ele posou a mão em minha cintura e foi descendo calmamente apertando minha carne com vontade, passou por meu quadril e deslizou para minhas coxas indo parar com a mão atrás de meu joelho. Ainda nos beijávamos. Nossas bocas eram possessivas. Buscávamos um ao outro cada vez mais. Ele sugava a minha língua, mordia meus lábios, brincava com o céu da minha boca me fazendo querer mais de Edward. Em um movimento rápido trouxe minha perna para cima se colocando em cima de meu corpo já tomado pela vontade de ter Edward dentro de mim. Ele subiu a blusa fina de meu pijama e eu logo tratei de empurrar as suas calças para baixo. Ele se focou em meus seios os chupando e lambendo com vontade. Pressionava seu corpo contra o meu me fazendo sentir seu membro já vivo entre meus quadris. Sua boca em minha pele me despertava uma vontade alucinante de lhe dar prazer, sem ter noção do que eu estava fazendo coloquei uma de minhas mãos em seu membro ainda coberto pela cueca. Ouvi o gemer de Edward sair abafado em contra minha pele. Apertei delicadamente o volume em minhas mãos e Edward me empurrou mais contra o colchão gemendo meu nome, aquilo era música para os meus ouvidos. Enfiei meus dedos para dentro de sua cueca.

 

“Ah Bella!” Uma corrente elétrica forte percorreu meu corpo e quando senti o seu sexo em minhas mãos. Comecei a fazer movimentos de vai e vem e Edward respirava com dificuldade contra minha pele. A cada segundo “ele” parecia crescer mais e mais em minhas mãos. Conforme aumentava o ritmo em seu sexo, mais ele chupava meus peitos. Eu estava completamente molhada, ele abocanhava meus seios com fúria. Não havia uma só parte do meu corpo que não estivesse arrepiada e queimando. Ele tirou a boca de mim e me fez largar dele e com força arrancou a calça do meu pijama, e abruptamente se jogou em direção a minha barriga, me beijando violentamente ali. Segurei sua cabeça com as duas mãos brincando com seus cabelos enquanto sentia meus nervos relaxarem cada vez mais com o prazer que Edward me fazia sentir. Sua mão direita estava em minha coxa, nunca o senti tão possessivo, ele brincava com minha carne usando de força. Seus dedos espremiam a minha pele me fazendo querer mais de sua força. Senti seus dedos deslizarem para cima, ele parou alisando a minha virilha, eu levantei sua cabeça. NÃO ERA HORA DE PARAR. Olhei em seus olhos e quando vi, com apenas um puxão, ele tinha rasgado minha calcinha. Isso me fez gemer e rir sacana. Senti sua mão abandonar a minha virilha e sem hesitar ele passou um dedo em meu sexo. Arqueei meu corpo com seu toque.

 

“Bem molhadinha!”

 

“Edward” Sussurrei. Ele deu início a uma serie de caricias violentas em meu sexo, aquilo estava me deixando completamente louca. Ele fazia movimentos circulares e quando menos esperava ele enfiou um dedo em mim, entrando e saindo com rapidez. Eu estava quase tendo o meu orgasmo. Aquilo era muito bom! Ele tirou seu dedo de dentro de mim quando já começava a sentir os espasmos. Brincou mais um pouco em minha entrada, me fazendo sorrir e gemer por ele. Levantou-se ficando de joelhos em minha frente, por mais que eu quisesse ele em mim, não consegui evitar de empurrar seu corpo para trás e me deitar em cima dele. Era a minha vez de brincar com ele. Comecei tirando a sua cueca.

 

“Ah Edward, isso deve te incomodar.” Falei e puxei o pano para baixo. Ele sorriu. Nossa! Aquele homem era todo meu mesmo? Perfeito daquele jeito? Ah! Era sim! Seu membro estava completamente duro, esperando por mim. Bem que eu quis de imediato sentar ali, mas não, eu iria lhe dar todo o prazer possível. Coloquei uma perna de cada lado de seu corpo e fiquei apoiada com as mãos. Nas poucas partes que nossos corpos se tocavam as correntes elétricas se estendiam rapidamente dentro de mim. O beijei compulsivamente desde seu queixo, o lambendo com a ponta da língua, o mordendo. Ele tentou me abraçar, mas impedi seus braços, os estendo para os lados de seu corpo os segurando com força. Subi um pouco meu corpo para sentar em sua cintura. Ao fazer isso fiz questão de roçar o meu sexo no seu.

 

“Be – Bella…”

 

“O que Edward?”

 

“Eu quero você, agora!” Sua voz era rouca e baixa.

 

“Não… Não ainda… ISSO se chama tortura.” Falei no pé de seu ouvido.

 

Continuei lhe beijando e lhe mordendo. Ele gemia meu nome. Liberei uma de suas mãos que foi direto pra meu sexo. Eu já não agüentava mais nem um segundo só com aquele contato de nossos corpos. Eu queria mais. Sempre mais. Como se soubesse o que eu estava pensando ele me jogou para o lado se colocando em cima de mim e puxando minhas pernas para o alto, deixando meus joelhos flexionados e bem afastados.

 

“Agora eu sou toda, toda sua!”

 

“Não… não ainda…” Ele me deixou ali e foi para a mesinha de cabeceira, abriu uma gaveta e me balançou um pequeno pacote quadrado. Camisinha.

 

“Ah… ótimo Edward. Agora vem… vem logo, vem!” Ele colocou a habilidosamente e não hesitou em se colocar em cima de mim.

 

“Hoje vai ser diferente Bella.” Mordeu meu pescoço e sem esperar por mais penetrou violentamente em mim. Senti um pouco de dor, mas quem se importava com qualquer dorzinha, se logo iria passar? O prazer era muito, muito maior! Ele estocava com força indo bem fundo dentro de mim. Me fazendo gemer alto. Eu gritava por mais.

 

“MAIS EDWARD MAIS! MAIS AHH… AHH MAA-AIS”

 

“QUER… MAIS? VOCÊ VAI… TER… MAIS!” E começou a entrar em mim com mais força ainda. Meu corpo estava arqueado para trás, ele apertava seu corpo contra o meu. Uma de suas mãos pegou em meus cabelos os puxando com violência.

 

“AHHH” Ele relaxou a mão em minha cabeça. Era muito bom para deixá-lo parar. Edward era um animal dentro de mim. “Continua! Me pega com força!” Os puxou novamente e chupou meu pescoço. Uma de suas mãos desceu por meu corpo e ergueu mais minha perna esquerda. Parecia que ele conseguia entrar mais em mim ainda. Eu gritava. Não tinha mais controle de mim. Nunca pensei que violência pudesse ser algo tão delicioso. Cravei minhas unhas em suas costas e arranhava com força de baixo para cima. Ele gemia muito meu nome e algumas sacanagens em meu ouvido.

 

“Gostosa… uhm… mexe mais… ahh… Bella…” Falava enquanto me movimentava junto com ele. Edward beijava meu pescoço e logo lambia minha orelha. Estava completamente perdida nos movimentos violentos de suas estocadas quando senti os espasmos do orgasmo me atingindo. Gemíamos furiosamente. Nossas bocas se encontraram em um ritmo descompassado devido à brutalidade do atrito de nossos corpos suados, mas nem por isso deixamos de nos beijar, eu necessitava estar em contato com cada parte do seu corpo quando chegasse ao céu. Como se ouvisse meu pedido mudo entrelaçou nossos dedos e apertou forte minha mão, penetrou mais rápido e fundo. Eu era completa. Violentamente completa.

 

“Chama… ahh… me chama… de seu…” Falou com dificuldade.

 

“Você é… me-eu… Ahhh… uhhh… Eu sou… SUA…” Gritei e nesse momento senti meu gozo explodir dentro de mim, escorrendo por entre minhas pernas e o meu Edward gemer alto em meu ouvido no mesmo instante.

 

“Eu sou seu.” E deu uma última estocada dentro de mim.

 

Não sei quanto tempo passou depois disso, mas apenas ficamos ali, ouvindo a chuva bater forte contra o vidro do quarto, sentindo nossas peles em contato, brincando com nossas mãos, inalando o cheiro um do outro até adormecermos.

 

 ***

 

“Nossa isso vai ficar marcado!” Ele falou tocando em meu pescoço enquanto me vestia para mais um sábado chuvoso em Forks. E logo depois depositou um beijo suave em meu ombro. Eu estava só de sutiã e com uma calça de malha quente.

 

“O que vai ficar marcado?”

 

“Seu pescoço Monstrenga! Tá ficando roxo!”

 

“Você tá brincando comigo?!” Me desesperei pegando no meu pescoço e tentando em vão olhar do que ele estava falando.

 

“Não to não, vem olha aqui…” Me pegou pela mão e me arrastou para o banheiro. Me colocou na frente do espelho e me apontou o hematoma que nascia em minha pele. Ele estava atrás de mim me segurando pela cintura. O corpo colado ao meu.

 

“Isso é um chupão? Você me deu um chupão seu safado!” Me virei e dei um tapa em seu peito, fingindo estar braba. Não me importava de ter um chupão ou dois, até porque se esse fosse o preço que pagaria por noites de sexo como a que eu tinha passado, passaria por isso agradecida!

 

“Aiii! Um não! Olha bem…” Colocou os polegares por debaixo das alças do meu sutiã e o puxou pra baixo. Olhei meus peitos. Minha boca se abriu levemente. Como não tinha visto aquilo? Eu estava cheia de pequenas manchas roxas nos seios. Mesmo assim não me importava nadinha. 

 

“EDWARD! Seu selvagem!” Olhei com olhos brincalhões para ele.

 

“ISABELLA! Sua tarada! Você não é a única pessoa com marcas aqui! Haha!” O Ediota riu e largou de minha cintura. Eu puxei meu sutiã para cima. “Quer ver o que você me fez? E depois o selvagem sou eu ainda…”

 

“Me mostra , me mostra!” Falei batendo palminhas.

 

“Você está feliz com isso?” Se virou de costas para mim e apoiou uma mão na parede. Suas costas estavam com as marcas vermelhas de arranhões feitos pelas minhas unhas durante a noite. Inclinei meu rosto para o lado e olhar a sua expressão, já que ele olhava para baixo, vi que ele mordia o lábio inferior. Achei que quem sabe ele poderia não ter gostado, mas sua cara linda denunciava que não.

 

“Ah! Se o senhor quer saber, estou bem orgulhosa de mim mesma!” Falei passando a ponta dos meus dedos delicadamente em suas costas, a pele dele se arrepiou ao meu toque.

 

“Você está orgulhosa de si mesma? Mas minha namorada não tem escrúpulos mesmo!” Edward declarou, já se pondo a minha frente e me prensando contra o balcão. Coloquei minhas mãos em seu abdômen.

 

“HAHAHA, aprendi com você Edward! Tudo com você…” Ele sorriu amplamente.

 

“Você já nasceu sabendo muita coisa Monstrenga! Coisas que seria um absurdo se eu falasse que fui eu que te ensinei!” Esse seu comentário me fez corar. “Agora falando sério Bella, eu não te machuquei não é?” Eu podia estar toda roxa, dolorida entre as pernas e com o couro cabeludo doendo, mas não, ele não tinha me machucado.

 

“Agora você tá brincando não é? Edward, escuta… se eu achasse que você estivesse me machucando em algum momento eu tinha dito…” Me calei por um momento.

 

“EUREALMENTEGOSTEIONTEMÀNOITE!” Falei tudo de uma vez só. Ele pegou meu rosto com as duas mãos para eu olhar em seus olhos. Sentia minhas bochechas arderem de vergonha.

 

“Oh minha Bella, não fique com vergonha… essa noite foi realmente muito, muito, muito boa… você ainda me surpreende!” Ele falou sério. “Sexo, não é só carinho e delicadeza… Mas nunca podemos esquecer o que sentimos”. Me pegou rapidamente e me beijou. Era um beijo calmo, sem pressa, sem exigências. Um beijo apaixonado. Como ele disse, tinha muito sentimento ali. Toda vez que nossos lábios se encontravam dessa maneira, meu coração despertava em batidas fortes e rápidas. Meus ouvidos ouviam alguma canção desconhecida para mim. E eu sabia que era Edward. Que era ele quem me faria feliz, que me faria viver. Sabia que era ele quem eu amaria para sempre e cada dia mais.

 

***

 

            “BELLA! Você poderia deixar de ser tão insegura não acha? Isso facilitaria e muito o meu trabalho da Rose aqui! AGORA FICA QUIETA E DEIXA EU POR ISSO!”

 

            “Não mesmo! Você não vai por essa merda em mim!”

 

            “Bells fica parada não dói nada!” Rosalie tentava me acalmar.

 

            “Vocês são masoquistas! Eu não vou grudar isso em mim! Não mesmo!”

 

            “BELLA! Chega de dar showzinho! São só cílios postiços!” Rosalie gritou perdendo a paciência. Colocou uma mão em minha testa e empurrou minha cabeça para trás, a apoiando contra a cadeira em que eu estava.

 

            “Vocês são psicóticas maníacas depressivas! Eu já tenho cílios! Não preciso de mais!” Eu tentava me livrar delas, a mão de Rose ainda estava me segurando contra a cadeira.

 

            “Precisa sim! Sossega agora ISABELLA SWAN!” Alice gritou mais uma vez. Não tinha o que fazer, ou eu parava, ou saia dali parecida com uma palhaça. Elas ficaram trabalhando em mim meia hora. Aquilo era tudo muito desnecessário.

 

            “Pronto Bella… agora qual roupa Rose?”

 

            “Hey hey hey! Podem parar! Vocês não vão me vestir também suas doidas!” Falei me levantando da cadeira bem rápido.

 

            “PÁRA!”

 

            “PÁRA!” As duas gritaram uma seguida da outra.

           

            “O que?” Eu parei imediatamente.

 

            “Seu cabelo!” Alice me empurrou pra cadeira de novo. “Bella vê se entende… a gente quer te deixar mais linda do que você já é! E a noite em Seattle é maravilhosa! Você vai amar!”

 

            “Mas Alice precisa de tanta produção assim? Eu não me sinto bem com toda essa coisa na minha cara! Vocês me transformaram no que?” Allie girou a cadeira e olhei a garota morena no espelho. Tinha os cabelos presos no alto da cabeça que caiam ondulados em um rabo de cavalo, usava uma maquiagem escura nos olhos e tinha os cílios volumosos, as maçãs do rosto estavam em um tom pêssego e os lábios estavam tingidos de um rosa claro com um leve brilho. Não acreditava que aquela era eu. A palavra que tinha para definir a mim mesma era: deslumbrante. Deixei meu queixo cair.

 

            “Hahaha tá vendo Alice, a gente é demais!”

 

            “É mesmo Rose, agora me responde que roupa nós vamos colocar nela?” Eu ainda estava me olhando boba no espelho a conversa delas já não era mais do que um borrão em meus ouvidos.

 

            Narração: Alice Cullen.

 

            A Bella estava ficando deslumbrante, ela parecia a cada dia mais bonita, meu irmão estava operando milagres, ela já nem tinha mais olheiras e seus olhos brilhavam. Ela não quis tirar a blusa para a maquiarmos. Achei super estranho já que o ar condicionado estava ligado e o quarto quente.

            Ela se olhava no espelho, admirada. Também pudera, ela já era dona de uma beleza diferente da maioria das mulheres, tão pura em seus traços.

 

            “Hahaha tá vendo Alice, a gente é demais!” Rosalie me puxou de meu pequeno devaneio.

 

            “É mesmo Rose, agora me responde que roupa nós vamos colocar nela?” Olhei rapidamente para Bells pra ver o motivo pelo qual ela não se manifestou. Ainda se olhava no espelho do meu quarto. Parece uma bobinha! Nunca acreditou na própria beleza! Ela tinha sofrido muito, eu precisava colocar um pouco de diversão na vida dela. Não que ela não estivesse tendo o bastante com Edward, pelo que ela me contava, as noites eram intermináveis. Ela não entrava em detalhes, mas eu bem que sabia do que Edward consegue! Diversas amigas minhas já caíram em seus braços. Coitadinhas. Mas elas bem que gostavam!

 

            “Ah Allie, o que você acha do vestido?”

 

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            “Não sei não Rose, não consigo pensar em uma jaquetinha para por nela! Acho que aquele jeans ali vai ficar ótimo com essa blusinha aqui!” Apontei um jeans escuro na cama e detonado e peguei uma regatinha cheia de lantejoulas pretas. O resultado seria incrível!

 

            “Eu quero o vestido!” Bella falou decidindo por nós.

 

            “Ok espertona, mas com o que você vai vestir? Tipo, o casaco?”

 

            “Ah sabichona! Temos ar condicionado no carro, e eu o calor humano de Edward!” Me lançou um olhar pervertido, ela estava me saindo melhor do que a encomenda! “Pode ter certeza que não vou passar frio!”

 

            “Tá tá ótimo!” Odiava ser contrariada! Mas se ela queria por o vestido tudo bem! Era dela mesmo!

 

            “Ah eu tenho os sapatos perfeitos pra Bella usar!” Rose falou toda alegre batendo palminhas. Se Rose não tivesse gostado do vestido eu iria pedir para ela persuadir minha amiga para ela usar o jeans!  

            Nós terminamos de nos arrumar feito três papagaias, Bella não quis vestir-se na nossa frente. Foi até o quarto e buscou um dos lingeries que eu e Rosalie tínhamos a obrigado a comprar nessa última semana. Quando voltou, depois de longos 30 minutos, chegou vermelha e bufando.

           

            “Desse jeito vou ter que comprar mais dessas!” Falou baixinho mostrando as peças íntimas apertadas entre os dedos. Eu e Rose nos olhamos e rimos. Podia imaginar perfeitamente o que ela e Edward estavam fazendo nessa meia hora.

 

            “Ela e o Ed estão se acertando bem você não acha Rose?” Perguntei enquanto passava o rímel.

 

            “Estão sim. Mas só tenho medo que Jacob Black faça alguma coisa contra, sabe, eu não gosto dele! E você sabe quando eu não gosto… boa coisa a pessoa não é!”

 

            “Eu também não gosto, mas meu medo é Jane, precisava ver ela no colégio!”

 

            “Como assim no colégio Alice?” Desde que Emm e Rose se formaram nunca mais tiveram notícias do colégio. Eles não tinham ido para a faculdade, estavam montando um negócio juntos. Algo com carros. Mas não tinham nada definido ainda.

 

            “Não te falei? A louca loira voltou! E mais louca ainda!”

 

            “Haha aquilo lá é cão que ladra, mas não morde! Ela me irrita, mas Jake Black vence!”

 

            “E aí como estou?” Bella saiu dando uma voltinha e perdendo um pouco o equilíbrio quando terminou. “Aiii, ainda tenho que me acostumar com essas coisas altas!”

 

            “CADE A MINHA AMIGA?” Corri e abracei-a. Nossa ela ia arrasar o coração do meu irmão. Pensar em ela e Edward, Rose e Emm me dava um aperto no coração. Eu não conseguiria ficar junto do meu Jazzudo na frente de todos, principalmente do Ediota. Parecia que todos naquela casa poderiam viver sua felicidade livremente, mas eu não. Eu seria condenada por isso! Poderia ser covardia pensar e agir assim, mas eu não queria mesmo magoar ninguém.

 

            Narração: Edward Cullen.

 

            Nossa, eu não estava nem um pouco a fim de sair. Seattle tinha as melhores baladas, mas tínhamos um longo caminho para percorrer até lá, queria ver quem seria a pessoa a dirigir de volta. Eu não, já que era pra sair eu iria me perder! Eu e a minha Monstrenga. Cada vez eu estava mais envolto em meus sentimentos por ela. Ela era simplesmente deliciosa. Perfeita para mim. Era minha. Em seus braços eu sempre queria mais, nunca estava satisfeito. Não gostava de brigar com ela. Mas se todas as nossas brigas, por menores que fossem, acabassem sendo resolvidas como a última, eu até que gostaria de me estranhar com ela mais vezes.

 

            Eu já estava agoniado de ficar naquele quarto sozinho, acho que a presença dela ali era meio que obrigatória agora. Tinha acabado de sair do banho e me vestia tranquilamente quando ela entra no quarto, espalhando seu aroma pelo local. NOSSA. Meu ar faltou ao vê-la. Mesmo com aquela calça de pijama e a blusa alta no pescoço e um pouco larga ela estava divina. Somente seu rosto me despertava pensamentos totalmente sacanas. Ela me olhou de cima a baixo, eu estava somente de cueca e passando a toalha nos cabelos úmidos.

 

            “Nossa, isso não vai dar certo!” ela falou andando em minha direção determinada e sorrindo com o canto dos olhos.

 

            “Não mesmo!” Encurtei nossa distância e dancei com ela pelo quarto até conseguir trancar a porta.  A beijei e a coloquei contra a parede. Louco por ela, louco por seu corpo. Sem pensar muito tirei sua roupa e rasguei sua calcinha e transamos naquele fim de tarde. Possuí seu corpo, toquei delicadamente sua pele e beijei suavemente seus lábios. Não nos afobamos, não gritamos, apenas fizemos sexo nos olhando firme nos olhos. Entrando com calma dentro dela, aproveitei o calor de seu corpo junto ao meu por alguns minutos contra a parede, fechando suas pernas envolta de minha cintura. Fui para cama e a mantive sentada em meu colo comigo dentro dela. Nossos olhos não se largavam, nós nem sequer nos beijávamos, dizíamos tudo com nossos movimentos calmos e ritmados e com o brilho de desejo que existia no olhar. Ela rebolava em mim, sorrindo satisfeita. Eu sorria para ela. Não houve selvageria, não houve sacanagem, não houve somente desejo. Nós simplesmente nos amamos.

 

            Ela saiu do quarto com as bochechas vermelhas e me xingando por ter mais rasgado mais uma de suas calcinhas. Mas aquilo era uma reação involuntária a ela! Sabia que ela não tinha ficado braba. Só com vergonha porque teria que encarar as garotas segundos depois.

 

            “Eu te mato Edward Ediota Cullen” Me falou ao fechar a porta. Eu só consegui rir.

 

            Terminei de me arrumar, coloquei um jeans claro bem destruído, e uma camiseta vermelha escura e a jaqueta de couro que Bella adorava arrancar do meu corpo. Ela dizia que era linda, mas que eu ficava melhor sem ela, e sempre corava logo a seguir.

 

            Estava na sala, pronto, sentado, começando a ficar entediado e esperando, esperando por todos. Quando meu tédio estava começando a se tornar stress Jazz chegou à sala para salvar minha sanidade mental e logo atrás veio o abelhudo. Jasper parecia sério. Tenso na verdade. Tinha uma ruga de preocupação entre os olhos e esfregava as mãos com freqüência. Se bem o conhecia ele queria perguntar ou contar algo a alguém. Emm tagarelava sem parar, mas o lesado nem sequer o respondia. Era incrível a capacidade que o abelhudo tinha de falar sozinho. Ele ficava divagando sobre qualquer coisa como se houvesse três pessoas falando com ele.

            Ultimamente chamava Jazz de lesado porque ele estava muito parado com as mulheres. Havia várias garotas aos seus pés, mas ele não queria nenhuma. Isso já fazia quase um ano. Eu me preocupava. Meu irmão merecia uma garota descente, alguém a sua altura. Depois de Maria, aquela insuportável e interesseira, ele não tinha encontrado mais ninguém que o “interessasse”, assim como ele mesmo me dizia. Allie tinha se aproximado muito do lesado depois do rompimento de Jasper com Maria. Eles eram muito engraçados juntos. Poderia dizer que fariam um belo casal se não fossem irmãos. Acho que Carslile enfartaria se pegasse um de nós com Alice. Certa vez ele chamou a nós três: eu, o abelhudo e o lesado para uma conversa. Ele abriu seu coração e disse que Alice era a menina de seus olhos, que desde que ela tinha chego a sua casa sua vida tinha se iluminado mais ainda e que nós éramos irmãos, mesmo que não tivéssemos o mesmo sangue éramos irmãos, ou seja, nada de romance entre a família. Até aquele momento aquela regra funcionava perfeitamente. Mas não havia motivos mesmo para ficar preocupado com Jasper, não ainda. Bella me preocupava e o desaparecimento de Charlie também. Há alguns dias eu vinha tentando falar com o General Swan e no início daquela semana eu havia recebido uma mensagem de um número desconhecido para mim.

 

[ COMO ELA ESTÁ? ]

 

            Dizia isso e nada mais. Eu sabia que era dele. Mas porque diabos ele não enviava aquilo diretamente para ela? Isso a machucava. E muito! Havia quase um mês que ela estava em Forks e todo esse tempo ela não tinha notícias dele. Tentei incontáveis vezes falar com esse número, mas sempre estava indisponível ou desligado, as mensagens voltavam, eu estava ficando louco com isso. Eu teria que conseguir contato com ele. E isso era urgente. Provavelmente quando a semana começasse iria até a Base Militar da Península Olympic, os comandantes de lá conheciam Carslile e Charlie Swan, já que ele tinha passado alguns anos ali trabalhando. Teriam que me ajudar.

            Quando dei por mim as garotas já estavam na sala, procurei pela Monstrenga e a vi descendo a escada cautelosa e MEU DEUS! Nunca tinha visto Bella tão, tão… tão gostosa! Ela estava usando um vestido preto justíssimo e curto que tinha um decote ousado. Seus cabelos estavam soltos agora e um pouco altos no topo da cabeça. Ela era a visão de uma Deusa. Carregava pulseiras pesadas nos pulsos e usava um pequeno brinco de uma pedra preta que brilhava. Definitivamente uma Deusa, a minha Deusa. Bella me fazia tremer só de olhar para ela, eu sabia que se eu não cuidasse bem dela algum otário tentaria tirá-la de mim. Não queria perdê-la, ao olhar ela tão linda, tão divina, pela primeira vez na minha vida eu soube o significado da palavra insegurança.

            Ela parou na ponta da escada sorrindo para mim, jogou uma mecha de cabelo para trás deixando seu pescoço a mostra e junto com ele um dos pequenos hematomas em sua pele que eu tinha lhe dado na noite anterior. Como se percebesse isso tão rápido quanto eu, puxou em um movimento brusco novamente a mecha de cabelo cobrindo a marca e virando os olhos para cima, eu ri e estendi a mão para a minha Bella, ela tentou vir correndo em minha direção e perdeu o equilíbrio quando estava a um passo de mim. Eu a segurei em meus braços.

 

            “AH MERDA! Não consigo me acostumar com esses saltos!” Ela falou enquanto se ajeitava em meus braços. Lançou um olhar para Allie e Rosalie. “Eu não posso colocar meu All Star não?”

 

            “NÃO!” As duas gritaram juntas para Bella.

 

            “Tá! Que saco vocês… eu estou pronta, vamos?” Eu prontamente ia pegar a mão de Bella e Esme aparece na sala. Imediatamente eu e ela afastamos as mãos e nossos corpos. Bella cruzou os braços firmemente.

            Esme me olhou estranho. EU SABIA. Ela logo descobriria, se é que já não desconfiava sobre mim e Bella. Não que isso fosse problema, mas eu não sabia quais seriam as reações de Carslile.

 

            “NOSSA! Como meus filhos estão maravilhosos! E Bella você também está nessa garota!” Minha mãe piscou para a Monstrenga.

 

            “Obrigada! Por me considerar uma filha e pelo elogio!”

 

            “Hahah querida, não agradeça… Mas vocês já estão indo? Está tão cedo! E vocês nem jantaram crianças!”

 

            “É mãe de fato está cedo, mas estamos indo a Seattle, então… você sabe.” Jazz se declarou.

           

            “SEATTLE? Não temos diversão aqui em Forks também?” Ela só podia estar brincando com a gente. Nos olhamos e caímos na risada. “O que? O que eu disse filhotes?” Eu amava demais Esme.

 

            “Nada demais mãe. Mas aqui é impossível alguma diversão. E Port Angeles hoje não tem nada de bom, e Alice quer porque quer ir a Seattle!”

 

            “Tudo bem então, mas eu tenho uma coisa para vocês!” Ela foi até a bolsa que estava na mesa de centro e retirou o cartão dourado que Alice tanto amava. Isso era a mesma coisa que dizer: gastem a fortuna de seu pai! “Bella, fica com você” Alice fez um biquinho e bufou. Eu não entendia o porque de ela dar o cartão para a Monstrenga.

 

            “Ahm… Esme eu acho melhor não.” Bella ficou totalmente constrangida e balançou a mão recusando o cartão.

 

            “Ora, por favor! Eu sei que todos esses garotos vão beber! E não quero ter o mesmo susto que tive a meses atrás. Então aceite! Eu não vou deixar o cartão com eles porque os conheço como a palma da minha mão. Edward não aceitaria gastar, Alice esbanjaria, Emmet perderia, Rosalie iria ficar braba e não aceitaria, e Jasper provavelmente o esqueceria aqui!”

 

            “Bom, tudo bem…” Ela disse encolhendo os ombros e pegando o cartão na mão.

 

            “Eu não quero que vocês voltem para casa hoje! Não com álcool no corpo! Deus me livre isso! Vocês são minhas maiores riquezas!” Esme estava muito emocional.

 

            “Mãe, não acho que isso seja necessário…” Tentei amenizar.

 

            “EDWARD CULLEN. Isso é necessário sim! Vocês vão e fiquem em algum hotel, amanhã quando vocês acordarem, venham para casa! Assim vocês aproveitam a noite e eu durmo tranqüila!”

 

            “Mas manhê!!! O Edward não vai beber!” O abelhudo declarou. Essa era boa!

 

            “Quem disse isso? Vou sim! Fica você sem beber brutamontes!”

 

            “Ah! Olha só, não importa quem não vai beber, de qualquer forma cada um vai com seu carro não é mesmo?” Concordamos com a cabeça. “Ótimo então! Bella não deixe eles abusarem ok?!” Esme se aproximou de Bella e pude a ouvirela cochichando algo como Se divirta com o Edward. Bella ficou vermelha. Definitivamente Esme já desconfiava!

 

           Continua...

  


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Notas finais do capítulo



Hoje ainda postarei o restante do capítulo entao... fiquem atentas POR FAVOR COMENTEM EM TODOS. FOI DIVIDIDO EM TRES PARTES! NAO CUSTA NADINHA COMENTAR NEH MENINES LINDAS? husahs AGRADEÇO A TODOS QUE COMENTAM AQUI E SABEM QUE ISSO NOS MOTIVA MAIS E MAIS A ESCREVER! A CADA NOVO REVIEW RECEBIDO EU PULO DE ALEGRIA. E ESPERO QUE OS LEITORES FANTASMAS DEEM AS CARAS POR AQUI, É MUITA GENTE LENDO... GOSTARIA DE SABER AS OPINIOES! Quero agradecer também a quem tem ajudado a fic e votado nas enquetes do orkut... pra quem nao votou ainda, está em tempo de votar. Basta ir no aviso postado antes deste capitulo e entrar nos links, deixando sempre um comentário em cada voto e seu voto visivel a todos!


Milhoes de beijos!

Grasi Ribas.



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