Meu Recomeço escrita por Sakuu-chan


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, espero que gostem. Leiam ouvindo: Sam Smith - I'm Not The Only One.



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“MEU RECOMEÇO”

Escrito por: Sakuu-chan

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Capítulo Um (Único)

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Encarava a silhueta de seu marido ir em direção ao carro estacionado na garagem e acenou com um grande sorriso desenhando seus lábios pintados de carmim. O aceno de Sasori foi contido, logo sumindo dentro do veiculo, ficou parada na porta com o sorriso até o carro sumir de seu campo de visão.

Seu sorriso desmanchou no momento que não o via mais, ela não era burra, ela o conhecia melhor do que ele mesmo. Deu meia volta e voltou para casa, onde em passos lentos, subiu os pequenos lances de escada e adentrou o quarto que dividia com Sasori. O perfume do ruivo invadiu suas narinas e sentiu-se enojada com o cheiro.

Arrastou as portas do guarda-roupa e viu ali, arrumados perfeitamente por ordem e textura os ternos, camisas e gravatas do esposo, sem pensar duas vezes os arrancou dali jogando-os no chão restando apenas os cabides. Já estava farta daquela farsa.

Não aguentava mais, Sakura estava sufocada dentro daquela casa, dentro daquele quarto, dentro daquela vida medíocre, daquele casamento com um marido infiel. Sasori e Sakura Akasuna era um casal “recém-casados”, por assim dizer, já que com quatro anos de casamento, era para eles estarem no auge da paixão, pelo menos, era isso que todos diziam.

Mas o que poucos sabiam era das infidelidades do ruivo, tais infidelidades que Sakura estava mais do que ciente, até porque, Sasori nunca soube fazer as coisas com sutileza, e atender a amante e depois sair para encontrá-la no dia do aniversario de casamento havia sido a gota d'água para Sakura, que agora estava mais do que decidida em pedir o divórcio, já havia aturado coisas demais.

Encarou-se no espelho e odiou o que viu, a maquiagem escorria pelo rosto claro e cansado, os cabelos presos em um coque perfeitamente feito e preso, o corpo coberto por um vestido rosa sem corte, a garota espontânea e animada que Sakura era há cinco anos, desde o início do namoro com Sasori, já não existia mais.

Limpou as lágrimas do rosto, pegou a pequena bolsa sobre a cama e foi em direção à rua, mais precisamente, a uma farmácia na esquina. Rapidamente já se encontrava em frente ao espelho da suíte, lentamente soltou o coque bem-feito, pegou a tesoura e segurou firmemente os cabelos ruivos juntos em um rabo de cavalo enrolado.

Os cabelos que antes eram no meio nas costas, agora estavam na altura dos ombros, jogando a tesoura e os fios na pia e pegou o produto pastoso sobre a mesma, colocou as luvas de látex e começou a passar nos fios, mecha por mecha.

Depois de longos vinte e cinco minutos, Sakura secava os cabelos agora cor-de-rosa em frente ao espelho, encarou-se e deixou um riso satisfeito escapar. Deixou o secador de lado e entrou no quarto, onde encontrou as roupas de seu marido, espalhadas pelo piso coberto de carpete.

Mordeu o canto dos lábios, pegou o telefone ao lado da cabeceira e discou os números com cautela, precisava daquilo, por ela. A cada toque de chamada, seu coração se apertava, estava insegura, mas sabia que precisa fazer isso.

— Alô. – A voz grave e sonolenta do outro lado se fez presente, fazendo com que Sakura soltasse o ar que nem ao menos havia percebido que prendia.

— Preciso de você em minha casa, agora. – Pediu de uma vez, sem ter tempo de respirar.

O silêncio se fez presente na ligação, podia-se ouvir a respiração pesada de seu grande amigo do outro lado da linha, mas não sabia se o mesmo ainda estava ali, ou se teria desmaiado ou algo parecido.

— Em trinta minutos estarei ai. – Respondeu.

— Obrigada. – Agradeceu antes de encerrar a ligação.

Colocou o telefone sem fio sobre o conjunto de cama e encarou os ternos, gravatas, camisas de Sasori sobre o chão, precisava dar um jeito naquilo, e o faria agora.

***

— É isso mesmo que você quer? – Kakashi questionou guardando os papéis em sua pasta. – Tem certeza?

Encarou o homem de cabelos tingidos de grisalhos e sorriu-lhe, se tinha algo que ela tinha naquele momento, era certeza, confirmou com a cabeça antes de responder, ela estava mais do que preparada para colocar um fim naquilo.

— Sim.

— Devo me preocupar? – Kakashi perguntou levantando-se e encarando a garota, de olhos verdes e agora tinha os cabelos cor de rosa ao em vez de ruivos.

Quando chegou a casa do casal Akasuna, jamais pensou em encontrar a garota ruiva que conhecerá desde pequena com os cabelos tingidos de rosa, nem mesmo estava preparado para o que a mesma fosse lhe pedir nos próximos minutos.

Mas o Hatake sabia a quão saturada a garota estava, até porque, todos sabiam que Sasori Akasuna não era flor que se cheire, mas infelizmente, pensou que o ruivo pudesse mudar, entretanto, não foi possível e agora lá estava, a garota que ele conheceu a muitos anos, estava de volta, querendo retomar a sua vida, pois os dois sabiam que ainda havia tempo para isso.

— Não.

Sakura riu e levantou-se indo em direção a porta, Kakashi tinha muito que fazer e ela também. Encararam-se sorrindo. Sempre tão amigos, confidentes e fiel um ao outro, verdadeiros amigos.

Sem pensar duas vezes, abraçaram-se, Sakura podia sentir o sentimento de conforto que Kakashi lhe passava durante aquele contato, e ela agradecia por isso, já que não queria que ninguém soubesse o que estava por vir, para não intervir, principalmente os seus pais e avos de seu esposo.

— Mandarei o restante por e-mail. – Kakashi falou afastando-se da rosada. – Cuide-se, tudo bem?

Apenas sorriu confirmando com a cabeça, estava com medo de abrir a boca e desatar a chorar e isso era algo que ela não queria, não agora, não naquela vida, não por Sasori.

— Obrigada. – Agradeceu.

Ficou ali até ver o amigo desaparecer de suas vistas, suspirou e adentrou a casa encarando cada canto, cada pedaço, cada mobília e detalhe, guardando em sua memória o aconchego que aquele lugar era para ela. Subiu os lances de escada lentamente, correndo a mão pelo corrimão de madeira com detalhes encrustados. Ao chegar ao quarto às roupas e pertences de Sasori estavam arrumados perfeitamente sobre a cama. Era hora de passar para aquilo.

***

Pegou a taça de vinho e tomou o último gole da garrafa, as roupas de Sasori estavam devidamente arrumadas dentro do closet e organizadas, como se nada tivesse acontecido, assim como o resto da casa, colocou a taça sobre a borda da banheira e levantou-se. Pegou a toalha, secou-se e vestiu o roupão, parou em frente à cama de casal e começou a se vestir, estava na hora de dar um rumo para a sua vida.

Vestiu as peças íntimas e a calça jeans rara que havia encontrado em seu closet, uma camiseta branca e um casaco por cima, vestiu a bota e foi ao espelho, onde escovou os cabelos e retocou o rímel dos cílios.

Após esta devidamente pronta, sentou-se na cama, e começou a escrever sobre o papel, após escrever tudo o que queria, guardou no envelope e colocou sobre os papéis no meio da cama, deu uma última olhada no quarto e seguiu a diante.

Desceu as escadas lentamente, gravando cada detalhe da casa que um dia ela chamou de sua, suspirou e sorriu, fechou a porta e entrou no táxi que já a aguardava.

— Para onde senhora?

— Aeroporto, por favor.

E de longe ela deu adeus a aquela casa e a aquele casamento.

***

Quando estacionou em frente à garagem arrumou os cabelos e procurou no pescoço e no colarinho algum vestígio de batom, sorriu ao não encontrar. Saiu do veículo e foi em direção à porta, onde destrancou e entrou, retirou o casaco e estranhou a casa silenciosa e sem o cheiro da comida de Sakura.

— Sakura? – Chamou e não obteve resposta, afrouxou a gravata e foi em direção do quarto. – Querida?

Chamou abrindo a porta do mesmo e encontrando ali, apenas os abajures da cabeceira ligada e um maço grande de papéis no centro da cama, em passos lentos parou em frente à mesma e pegou o envelope e o maço de papéis, no envelope seu nome era marcado com a caligrafia de Sakura, sua esposa.

“Querido Sasori…”

“Ainda pergunto-me como chegamos até aqui em nosso casamento, infelizmente, não tenho essa resposta, mas é impossível tê-la, não achas? Não lhe desejo mal, apenas felicidades, por isso, eu decidi, por nos dois, que você merece ser feliz e eu mais ainda.”

“Eu quero o divórcio.”

Encarou os papéis em sua mão e leu as grandes letras em negrito: Petição de pedido de divórcio.

Droga… Esse foi seu pensamento.

***

Onze meses depois.

Estava aliviada e comemorando, finalmente Sasori havia assinado o pedido de divórcio e ela estava livre daquele casamento, era novamente Sakura Haruno.

Sorriu e sentou-se sobre o banco em frente à bancada do restaurante onde jantaria com os amigos para comemorar sua vitória, pediu um Martíni ao garçom e logo o recebeu. A felicidade que sentia naquele momento não cabia em si.

— Posso sentar aqui? – Uma voz grossa perguntou ao seu lado, atraindo sua atenção.

Encarou-o e viu ali, ao seu lado, o cara mais bonito que já havia visto em sua vida, os olhos era negros assim como seus cabelos, o corpo era esguio e podia notar-se que era definido, mas tinha algo mais ali, naquele olhar.

— Claro… – Sorriu-lhe sentindo as bochechas arderem um pouco, desviou o olhar e mirou as bebidas nas prateleiras. – Fique à vontade.

— Obrigado. – O homem respondeu sentando-se ao seu lado e pedindo ao garçom uma bebida. – Desculpe o incomodo…

Encarou-o novamente e esperou que ele continuasse.

— Mas estou curioso.

— Com o que? – Questionou arqueando a sobrancelha.

— Seu cabelo. – O riso pequeno dele, a fez abrir um sorriso.

— É uma longa história… – Sakura comentou sorrindo, os cabelos continuavam na mesma tonalidade, pois ela havia decidido manter a cor.

— Acho que temos tempo… – O homem de olhos negros falou como se perguntasse seu nome.

— Sakura. – A rosada falou estendendo a mão para o estranho.

— Sasuke. – O rapaz respondeu apertando a mão da rosada.

Sorriu para Sasuke antes de começar a contar a sua história.


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Notas finais do capítulo

Boa tarde, mais um surto de imaginação, mas infelizmente, desta vez foi bem fraquinho, essa história é bem dramática hahaha. Espero que gostem.



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