Royals escrita por baixinha


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

HEY!
Faz um bom tempo que não posto nada, tama me dedicando a essa fic porque tem um significado especial pra mim...
Essa fic é especial pq amanha faz um ano que eu conheci um dos meus melhores amigos, ainda não conheço ele, mas quem sabe um dia... E ele também sempre me pedia pra mim escrever alguma história sobre nós e taus... então...
Du meu amor, aí vai...
LEIA AS NOTAS FINAIS!



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Mais um dia passando no tedio, eu não tinha com quem conversar não que eu seja solitário, eu tenho a Bruna, ela é como uma irmã pra mim, ela que me aconselha, me tira do tedio, e é a única no reino todo que não tem medo de gritar comigo, tirando minha mãe é claro, mas hoje ela foi visitar a avó então estou só.

Perdoe meus maus modos, me chamo Eduardo Cobain, tenho 19 anos e sou príncipe da Inglaterra, meu pai, Leonardo se foi quando eu tinha 12 anos, ele morreu de Leucemia, eu e ele éramos muito ligados, a morte dele foi uma tragédia, digamos que ele era um rei muito querido, minha mãe, Linda, sofreu muito com a partida do papai, ela entrou em depressão que ela alega ter passado, mas ainda a escuto chorando em seu quarto ou qualquer outro lugar do palácio, bom foi logo quando papai morreu que a mãe da Bruna começou a trabalhar no palácio, ela sempre vinha com a mãe pra ajuda-la, mas acabou que nós viramos melhores amigos, a mãe dela entendeu, mas tentou afasta-la de mim por que tinha medo de perder o emprego, minha mãe quando descobriu ficou brava comigo, e ameaçou despedir a mãe dela, mas quando viu que minha sobrevivência estava em cima da Bruna apenas aceitou.

A Bruna é uma menina linda, ela tem cabelos na altura do ombro, a cor do cabelo dela é rosa, mas todo mês ela muda de cor então... Ele é tão liso quanto um chão que acabara de ser encerado, a sua estatura é baixa, ela tem um lindo sorriso e os olhos dela são os mais lindos que eu já vi, os seus dentes são tão brancos quanto uma perola e perfeitamente alinhados, seus olhos são castanhos, da cor de um chocolate, e quando estão no sol ganham a incrível cor de castanhos extremamente claros, seu sorriso é tão lindo quanto a mais bela pintura, ela tem algumas sardas espalhadas por suas bochechas e nariz, sua pele a mais perfeita que eu já vi. Se você perguntar sobre ela aqui em Londres todos vão saber quem é ela. Ela é uma youtuber de sucesso, o canal dela já passa de dois milhões e meio de inscritos, ela não me deixou participar de nenhum dos vídeos, ela sempre falou que se ela fosse ficar famosa com o youtube não queria que fosse por que eu havia participado de um de seus vídeos. No canal dela ela faz alguns covers, mas a maioria dos vídeos tem algum assunto aleatório. E ela faz fotos, mas só pra ela mesmo.

Bom, voltando aos dias de hoje, eu estava em completo tedio no meu quarto já tinha visto minhas redes sociais, lido, e assistido algumas series e filmes, coloquei qualquer canal que passasse musica e fiquei montando um quebra-cabeça que me levava ao tedio completo, até que ouço batidas na porta.

—Pode entrar.

—Vossa Alteza, a Rainha pediu pra que o senhor colocasse uma roupa apresentável e descesse no salão nobre.

—Meredith, já disse que não gosto de formalidades, me chame pelo nome esta bem?

—Perdão, Eduardo.

—Assim também não, parece minha mãe brava... Me chame de Edu pode ser?

—Como quiser... Edu. – Ela sorriu pra mim e eu sorri de volta mandando uma piscadela pra ela.

Como estava de pijamas coloquei uma calça jeans preta, sapatos sociais também pretos, uma blusa social branca de manga curta, um cardigan azul bic e uma gravata borboleta também azul, arrumei meu cabelo de lado com um leve topete, e espirrei meu melhor perfume e desci como minha mãe havia pedido. Chegando lá vejo minha mãe de costas, um rapaz lindo, seus olhos eram extremamente claros, era uma mistura de azul com verde, sua pele tão branca quando neve, seus lábios eram rosados e sua estatua era alta, afastei esses pensamentos e coloque a mão que não estava apoiada no corrimão no meu bolso, com ele havia uma mulher um tanto quanto baixa, seus cabelos estavam soltos e seus cachos eram os mais bonitos que já havia visto, ela usava um vestido vintage verde água com bolinhas pretas e um cinto largo feito de tecido também verde água marcava sua cintura e seus pés estavam com um escarpin de salto com bico arredondado e uma tira do sapato em seus tornozelos, seus olhos eram tão verdes quanto uma folha de uma arvore em plena primavera, sua boca estava coberta com um batom rosa meio puxado pro vermelho matte, seu cilho cobertos com rímel e claro que não eram verdadeiros e nas pálpebras apenas uma camada de delineador fina, junto com eles estava um homem igualmente alto ao menino, ele estava vestido com uniforme da guarda real de algum pais que não reconheci, os olhos dele eram tão azul quanto a água de uma piscina, ele estava abraçando a cintura da mulher com um dos braços.

—Me chamou mamãe? – Minha mãe se virou pra mim e abriu um sorriso.

—Olá meu filho, venha aqui. – Fui em direção a minha mãe e deixei um beijo em sua testa e passando um braço por seus ombros e ela logo passou um de seus braços pela minha cintura e apoiou a outra mão em meu peito. – Essa é a rainha Ammy, esse é o rei Charles, e o filho deles, o príncipe Guilherme, eles são da realeza da Holanda. – Apertei a mão do Charles e fiz uma breve reverencia, peguei uma das mãos da rainha e deixei um leve beijo em suas mãos enquanto me curvava, e apertei também a mão do tal príncipe.

—É um prazer conhecer a vossa majestade, vossa alteza.

—O prazer é nosso querido. – A rainha disse. – E, por favor, sem formalidades.

—Tudo bem, Ammy. – Sorrio.

—Filho, eles ficaram aqui até que o palácio da Holanda seja reconstruído. – Olhei de modo interrogativo pra minha mãe. - Parece que o palácio pegou fogo durante umas das festas, ainda não se sabe se foi acidental ou criminoso.

—Eu sinto muito.

—Não foi culpa sua. – Charles disse e abriu um sorriso.

—Bem vindos ao nosso humilde palácio.

—Obrigada. – A rainha me deu um sorriso.

—Querido, se importa de mostrar o castelo para o príncipe Guilherme?

—Mas é claro que não mamãe.

—Eu não quero incomodar, certamente o príncipe estava fazendo alguma coisa mais importante.

—Não me incomoda, e além do mais, eu só estava montado um quebra-cabeça. Vamos?

—Claro. – Ele abriu um sorriso tão lindo. Pare com isso Eduardo, ele deve ser hetero.

—Querido, o jantar sai às sete e meia.

—Tá bem. – Dei um beijo na testa da minha mãe. – Com licença. – Sorri e sai com Guilherme ao meu lado.

—Então, o que faz para passar o tempo?

—Normalmente jogo conversa fora com a Bruna e/ou entro na piscina com a Bruna, ou ajudo a minha mãe com assuntos do reino.

—A Bruna é sua namorada?

—Não, ela é como uma irmã mais velha pra mim, ela é a única que tem coragem de gritar comigo, tirando a minha mãe, é claro, a Bruna é a única que me trata como uma pessoa normal.

—A sim, e sua namorada não liga de ela passar menos tempo com você?

—Eu não namoro, embora minha mãe queira que eu case com a Bruna o mais rápido possível.

—E porque não casa?

—Eu não sinto nada além de amizade por ela. Mas e você? Não o vi com sua namorada aqui.

—Também não namoro, digamos que eu não gosto muito da fruta.

—Entendi. Você faz o que pra passar o tempo lá na Holanda?

—Eu fico fazendo exatamente nada, quer dizer, eu fico lendo, ouço musica, essas coisas...

—A sim, bom chegamos ao jardim, esse é o meu lugar preferido, sempre que posso ajudo a cuidar das plantas.

—Uou, quer dizer, é lindo.

—Obrigado. Então, gostaria de conhecer um lugar em especial?

—Vocês têm algum tipo de biblioteca ou algo assim?

—Sim, me acompanhe, por favor.

—Sem formalidades, achei que você melhor do que ninguém como é querer ser tratado como uma pessoa normal.

—Eu sei...

—Bom, a biblioteca, é aqui no andar de baixo. – Seguimos o caminho até a biblioteca. – Chegamos.

—Nossa, é linda. Acho que vai demorar pra refazermos a biblioteca...

—Eu sinto muito.

—Não, tudo bem, não foi culpa sua.

—Guilherme...

—Me chame de Gui.

—Gui, seus pais sabem sobre você, digo, sobre você ser gay?

—Sim.

—Como foi à reação deles?

—Bom, minha mãe meio que sempre soube, nós somos muito ligados, e meu pai bom, precisou de um bom tempo para ele se acostumar, ele ainda não é 100% a favor, mas disse que eu preciso respeitar as regras dele e que era melhor eu não sai espalhando aos quatro ventos sobre mim, e que não queria me ver agarrado com algum possível namorado.

—A sim.

—Sua mãe sabe?

—O que?

—Sobre você.

—E-eu, não sou gay.

—Qual é, conheço um gay dentro do armário. E você não me faria essa pergunta assim do nada.

—Não, a única que sabe sobre mim é a Bruna. – Digo num suspiro.

—Vai contar pra sua mãe?

—Não sei. Quer dizer, vou, mas ainda não sei como.

—Se precisar, eu posso ir com você.

—Obrigado. – Dei um sorriso triste de lado. Olhei no meu relógio e já eram seis e meia. – Bom, temos que nos arrumar, são seis e meia, vou pedir que Meredith te leve ao seu quarto já que não sei em qual vai ficar.

—Tudo bem.

E assim fiz, chamei Meredith e ela o guiou para o seu quarto, eu fui para o meu e tomei um longo e relaxante banho, e não parava de pensar no Gui, deve ser só curiosidade, sai do banho e coloquei uma calça skinning mostarda, uma blusa polo preta e um casaco branco, coloquei um sapatenis preto e arrumei meu cabelo da mesma forma que sempre arrumo, desci e fiquei na sala assistindo televisão, logo vi o Gui se sentando do meu lado, ele estava com uma calça jeans escura, uma blusa gola v preta, e uma jaqueta de couro preta, e um coturno também preto dobrado nos pés. Ele estava lindo. Logo ouvimos que o jantar estava pronto e fomos até a grande mesa, mamãe se sentou na ponta fazendo um sinal pra que nós nos sentássemos, e assim fizemos, eu sentei na primeira cadeira, ao lado esquerdo de mamãe, o rei Charles na primeira cadeira do lado direito, seguido por sua esposa e seu filho. Assim que terminamos o jantar e todos saíram da mesa me retirei em silencio e fui para a parte do jardim onde ficava o tumulo do papai, eu gosto de pensar que eu estou conversando com ele.

—Oi papai, faz um tempo que eu não venho aqui, eu sei, mas está tudo bem com você? Eu estou mais ou menos, minha cabeça anda uma bagunça ultimamente, a mamãe está colocando pressão pra eu casar, mas ainda não achei a pessoa certa. E você sabe que meu negocio não é mulheres papai. Eu sinto sua falta, sinto falta dos seus concelhos, dos seus abraços, das histórias que você contava pra eu dormir. – Limpei uma lagrima que escorreu do meu olho e respirei fundo. – Porque o tempo só levam as melhores pessoas? E-eu queria estar no seu lugar, à dor de te perder foi muito grande, eu nunca vou superar essa dor, e-eu vou indo, não quero que o senhor me veja chorando, eu te amo papai.

Respirei fundo e limpei mais algumas lagrimas que caiam decidi subir pela escada da cozinha, o caminho era mais longo, mas assim ninguém me via chorar. Assim que cheguei ao meu quarto eu coloquei meu pijama e me joguei na cama e peguei meu celular e liguei pra Bruna.

~LIGAÇÃO ON~

—Bru?

—Oi Du, está chorando?

—Sim, pode vir aqui, por favor?

—Claro, chego aí o mais rápido possível.

—Obrigado.

—Disponha.

~LIGAÇÃO OFF~

Fiquei na minha cama chorando e não sei dizer ao certo quanto tempo, mas depois de um bom tempo vi a Bru entrar no meu quarto fechar a porta e vir correndo até minha cama ela subiu na mesma e colocou minha cabeça sobre suas pernas e começou a acariciar meus cabelos.

—Pode chorar meu amor, eu estou aqui. – E então desabei molhando sua calça jeans depois de um tempo me acalmei, eu virei meu rosto olhando para o dela. – Quer me contar o que aconteceu? – Ela me perguntou doce e eu apenas acenei com a cabeça. – Quando quiser, sem pressa.

—Me deu saudades do meu pai, minha mãe está me pressionando por que ela quer que eu me case logo, e eu ainda nem me assumi pra ela... E-eu só queria que a vida fosse mais fácil.

—Se ela quer tanto que você case eu caso com você e trago um cara pra você se divertir. Eu não me importo, só quero sua felicidade.

—E-eu não posso fazer isso com você, não seria justo.

—Ei, esta tudo bem eu realmente não me importo.

—Obrigada de verdade.

—Você sabe que é como um irmão pra mim.

—Eu sei.

—Agora se deite e durma, amanha vou te levar pro meu mundo.

—Obrigada, prometo que vamos ficar noivos apenas o tempo pra eu contar pra minha mãe.

—Leve o tempo que quiser. – Eu sorri torto.

—Vem se deite aqui, está frio e eu quero assistir filme contigo.

—Está bem.

Nós nos deitamos e colocamos Os Incríveis pra ser sincero, nós dormirmos na metade do filme, quando acordei vi a Bruna dormindo tranquilamente e fui para o banheiro fazer minhas higienes matinais, assim que sai do banheiro caminhei até a minha cama e agachei no lado da Bruna e comecei a acariciar seus cabelos.

—Princesa? Bru? Bruna acorda maninha, ei, já está de manha. – Eu a vi abrir os olhos e piscar pra se acostumar com a luz do quarto.

—Bom dia. – Ela disse com a voz rouca de sono.

—Bom dia, que tal ir fazer suas higienes pra tomarmos café. Minha noiva. – Ela riu e sentou na cama se espreguiçou e se levantou.

—Tá bem, noivo.

Caímos na gargalhada ela foi até o banheiro e escutei o chuveiro abrir, sai do meu quarto ainda de pijamas e fui ao quarto da minha mãe e assim que cheguei bati na porta e ouvi minha mãe me chamando pra entrar.

—Bom dia mamãe. – disse dando um beijo em sua testa.

—Bom dia meu querido.

—Mamãe, teria como emprestar uma roupa pra Bru?

—Por quê?

—Digamos que eu quero minha noiva apresentável e as únicas roupas que ela tem são as que ela veio ontem e dormiu com as mesmas.

Vi o rosto da minha mãe se iluminar, seus olhos brilharam e seu sorriso poderia curar uma doença terminal, ela se levantou da penteadeira que estava se arrumando e me abraçou, logo começando a chorar, depois de um tempo assim eu disse.

—Mamãe, a roupa.

—Ai meu Deus, claro. Só um minuto, eu já venho. - E então ela sumiu dentro do closet dela, eu me deitei na cama dela e fiquei olhando o teto. Mamãe voltou com uma blusa branca, um blazer cinturado vermelho, uma calça jeans preta skinny e sapatilha vermelha, ela me deu algumas maquiagens e um par de brincos. – Toma isso deve servir.

—Obrigada mamãe.

—Não precisa agradecer meu amor, agora vai, o café é daqui a pouco.

—Mamãe, será que tem como à senhora não falar nada pra ninguém, porque eu e a Bruna queremos contar pra todos na nossa hora e com todos eu quero dizer a mídia.

—Claro meu doce.

Sorri pra ela e voltei para o meu quarto, coloquei as coisas sobre a cama e entrei no meu closet peguei uma calça jeans azul, uma blusa branca, uma gravata borboleta cinza, um cardigan também cinza e um par de sapatos pretos. Esperei ela sair do banheiro e assim que vi a porta se abrindo peguei minhas coisas e me levantei.

—Peguei essa roupa com a minha mãe, eu vou trocar no banheiro e você se troca aqui esta bem? – Ela assentiu sorrindo. – Assim que acabar bate na porta e eu saio.

Tranquei a porta do banheiro e tomei um banho, sai me sequei e coloquei minha roupa, sentei no vaso e fiquei mexendo nas minhas redes sociais até que ouço uma batida na porta eu me levanto dou uma ultima olhada no espelho e saio, e me deparo com a Bruna vestida e pronta. Sorrio pra ela.

—Pronta?

—Nervosa, mas sim, pronta. - Estendi meu braço pra ela, ela sorriu e aceitou.

—Você disse que me levaria para o seu mundo hoje.

—Sim, quero te levar pra fora do castelo, e tenho certeza que sua mãe não vai negar um pedido para a norinha dela.

Nós rimos e descemos as escadas, assim que chegamos à sala de jantar nos sentamos à mesa já que todos já estavam sentados. Eu vi os olhos da minha mãe brilhando ao ver nossos braços juntos. Sorri em direção a ela. Puxei a cadeira ao lado da minha para Bruna se sentar, ela se sentou e eu me sentei na primeira cadeira ao lado da mamãe.

—Charles, Ammy, Gui, eu gostaria de apresenta-la a vocês, essa é Bruna, minha noiva. – Vi o Gui arregalar os olhos de leve. – Querida, esses são Ammy e Charles, reis da Holanda, e esse é Guilherme o filho deles, príncipe da Holanda.

—É um prazer conhecer a vossa majestade e a vossa alteza.

—É um prazer conhece-la querida, e, por favor, nos chame pelo nome.

—Tá bem. – Ela sorriu.

—Vai querer café certo? – A vi assentir com a cabeça me mandando um sorriso. Peguei sua xicara e servi a ela. – E pra comer meu doce? Bolo de chocolate? – A vi assentir novamente.

—Obrigada.

Ela sorriu corada logo dando a primeira garfada, logo eu me servi e comecei a comer também. Logo que acabamos pedi licença e sai de braços dados com a Bruna. E fomos para a biblioteca e ficamos conversando sentados no chão até que escuto alguém abrindo a porta e vi o Gui entrando.

—Bruna, será que me empresta o seu noivo só um minuto? – Ele disse dando ênfase na palavra noivo.

—Claro. – Ela sorriu doce.

—Não, ela fica.

—Não meu amor, eu ainda tenho que falar com a sua mãe.

—Tá bem. – eu sorri para ela, e a vi partindo para fora e fechando a porta. – O que deseja?

—Porque está fazendo isso?

—Isso o que?

—Você vai se casar com alguém que não ama. Por quê?

—Olha, quando você pegar sua mãe chorando pelos cantos com saudades do marido e com medo de o reino ficar sem ninguém pra tomar conta, e o filho sem ninguém ao seu lado você vai entender os meus motivos.

—Então se case com alguém que você realmente ame.

—Você sabe que não posso a única pessoa que esta disposta a seguir com isso é a Bruna, e é com ela que eu vou me casar.

—Você está jogando sua vida e sua felicidade no lixo.

—Desculpe, mas é assim que eu quero deixar minha felicidade para ficar com a felicidade de quem eu amo. Se escolher a felicidade da pessoa que você mais ama no mundo é jogar a felicidade no lixo, então sim, eu estou jogando a minha felicidade no lixo, mas é assim que eu escolhi.

{P.O. V Bruna}

Sai da biblioteca fui atrás de Linda, a encontrando em seu escritório assim que fui anunciada eu entrei.

—Vossa alteza?

—Oi minha querida, entre. – Eu entre e fiquei próxima a sua mesa. – Por favor, me chame de Linda ou sogra, e sente-se, por favor.

Caminhei até a cadeira e me sentei.

—Sogra, tudo bem se eu e o Du sairmos do castelo, pra aproveitarmos o nosso primeiro dia como noivos.

—Claro que não querida. Eu queria tanto que o Leonardo pudesse ver esse momento.

—Não se preocupe, ele está vendo, e esta tendo uma visão privilegiada.

—Eu sei, mas eu tenho saudades dele.

—Eu entendo. – Me levantei dei a volta na mesa e a abracei. – Não só irei me casar com o seu filho como também irei me tornar sua nora, sempre fui ótima em dar concelho para o Du, se precisar estarei aqui.

—Obrigada querida.

—Disponha.

—Bom, vou pedir que prepare o carro.

—Não será necessário, estou com o meu carro.

—Tudo bem então, bom passeio. - Nós saímos do abraço.

—Sogra, porque não se casa de novo? Eu tenho certeza que isso lhe fara bem.

—Eu não sei minha querida, eu sinto como se isso fosse errado. E eu não tenho mais idade minha querida.

—Isso não é errado, não é como se você estivesse traindo o rei Leonardo, e sobre a idade, você ainda está na flor da idade. Eu preciso ir.

—Tudo bem e obrigada minha querida.

—Disponha.

Eu saio de seu escritório e fui caminhando até a biblioteca que estava vazia, fui em direção ao jardim, ele não estava lá, então só podia estar com o seu pai. Estava seguindo para lá quando alguém segura meu braço, quando eu vejo percebo que é Guilherme.

—Me solta. – Eu disse um tanto quanto rude.

—Não antes de você me ouvir.

—Vou repetir apenas mais uma vez, me solta.

—Nossa, onde esta toda a sua educação. – Ele sorriu irônico.

—Onde sua masculinidade está. – Eu o olhei de modo desafiador e o vi engolir em seco.

—O que você pensa que está fazendo? Você sabe muito bem que sou um príncipe.

—E fique sabendo que eu não tenho educação com quem não tem educação. – Sorri de lado. – Não precisa ficar me segurando, era só ter me falado que queria falar comigo. Agora desembucha que eu tenho mais o que fazer. – Ele soltou meu braço.

—Você não passa de uma interesseira, já conheci varias mulheres como você. - Ele disse como se estivesse cuspindo as palavras em mim, olhei pra ele e deu um sorriso irônico.

—Não, você nunca conheceu alguém como eu. Se eu realmente fosse interesseira teria feito um vídeo com o Du a muito tampo. – Dei um sorriso vitorioso.

—Porque esta obrigando o Eduardo a casar contigo?

—Não estou obrigando ele a nada, antes de qualquer coisa eu quero a felicidade dele, eu estou abrindo mão de talvez conhecer o amor da minha vida pra que ele seja feliz, e se a felicidade dele é a felicidade da mãe dele, essa também é minha felicidade, agora se não se importa, eu realmente preciso ir. Vossa alteza.

Eu me curvei em reverencia e quando voltei dei uma boa encarada nele e voltei meu caminho para o tumulo do Rei Leonardo. Quando eu estava chegando ouvi o Du falar com o pai dele, cheguei mais perto e apenas o suficiente pra poder o ouvir falar.

—Eu a amo, mas como amiga, ela sabe disso, mas o pior é que eu acho que estou apaixonado papai, e sinto muito, mas não é por uma mulher, ele é doce, ele é um príncipe, o príncipe da Holanda. A mamãe ainda não sabe sobre mim, isso é o pior, mas eu realmente preciso agradecer a Bru, ela esta abrindo mão da felicidade dela pra fazer a felicidade da minha mãe, eu nem sei como agradecer ela. E-eu preciso ir, eu prometi a Bru que sairia com ela, mas amanha eu volto, eu prometo.

Quando ele saiu do recinto onde o tumulo ficava fingi que estava procurando ele, e quando ele me viu eu vi que ele estava chorando, abri os braços e ele me abraçou e começou a chorar, sentei com ele em um banco do jardim e fiquei afagando seus cabelos até que ele parasse de chorar. Quando ele parou de chorar ele enxugou as lagrimas e se levantou.

—Vamos? – Ele disse estendendo o braço pra mim.

—Vamos. –Me levantei e entrelacei meu braço no seu.

Seguimos para a garagem e eu segui para meu carro ele me olhou divertido e entrou no banco do carona enquanto eu entrei no do motorista, coloquei meus óculos escuros – por mais que Londres estivesse fria, ainda tinha um sol no céu. - e o cinto, não que meu carro seja um conversível, mas quando fiz 16 ganhei um Mercedes-Benz ML63 AMG W164, branco. Era um carro grande e eu amo carros grandes, então minha mamis me deu um. Liguei o carro e sai da garagem do castelo e logo indo em direção ao shopping, fomos cantarolando musicas da One Direction, Demi Lovato, Madonna, quando nós chegamos ao shopping eu segui em direção ao estacionamento VIP, parei de qualquer jeito e abriram a porta pra mim e para o Du, quando virão que era ele fizeram uma revência, eu dei a volta no carro e entrelacei meu braço no seu. Caminhamos no shopping, fomos no cinema, comemos fast food e damos muitas risadas. Depois de um bom tempo no shopping fomos para a London Eye não precisamos pegar fila por causa do Du e fomos com mais algumas pessoas na cabine em quando chegamos lá em cima à roda parou, eu olhei para o Du e ele me olhou de volta então nos abraçamos, e ficamos apreciando a vista, eu aproveitei e tirei uma selfie e postei no meu instagram com a seguinte legenda “Aproveitando o dia com alguém que é mais que meu melhor amigo, e é alguém muito especial pra mim.” Ele sorriu e deu um beijo na minha testa, algumas pessoas pediram pra tirar foto com ele e assim ele fez, tinham alguns adolescentes na cabine e pediram pra tirar foto comigo também e assim fiz, quando saímos fomos andando para um Starbucks, meio do caminho ele pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos, chegamos lá e fizemos nossos pedidos e sentamos em uma mesa mais no fundo, ficamos conversando e rindo que nem duas hienas. Eram mais ou menos seis horas quando nós passamos na minha casa eu peguei algumas roupas e avisei que passaria a noite no castelo, voltamos para o castelo quando era mais ou menos umas seis e meia, minha sogra me indicou um quarto para que eu pudesse me trocar e me arrumar para o jantar e disse que era pra eu ligar pra minha mãe a convidando para o jantar, e assim fiz, o jantar sairia as oito então fiquei no meu celular até dar sete horas. Quando deu o horário tomei banho, coloquei minha calça preta, minha blusa branca de manga cumprida, um quimono rendado bege e uma bota preta quase nos joelhos. Sequei meu cabelo e prendi minha franja com um topete pequeno com uma presilhinha, de lacinho com strass, passei um blush clarinho, uma sombra cinza clara, passei um batom rosa quase transparente, passei lápis, delineador e rímel, coloquei minhas lentes e arrumei minhas coisas que eu tinha bagunçado, sai do quarto e fui em direção a sala de tv e fiquei lá mexendo nas minhas redes sociais e como o esperado, já estavam todos comentando sobre minha foto e nosso passeio eu revirei os olhos e fui jogar candy crush.

[P.O.V. EDUARDO]

Acabei de tomar meu banho, eu tive a certeza que eu estou completamente apaixonado pelo Gui, eu não consegui parar de pensar nele, eu me enxuguei e coloquei uma calça azul escuro, uma blusa branca e uma jaqueta estilo de universidade azul, coloquei meus tênis e fiquei enrolando na cama mexendo nas minhas redes sociais e vi uma matéria dizendo que era possível que e a Bru estivéssemos namorando, eu bloquei meu celular e desci, eu vi a Bruna na sala de tv mexendo no celular me sentei ao seu lado.

—Acho que estão começando a desconfiar de nós.

—Eu também estou... Que tal acabar com as desconfianças? – Ela disse.

—Contanto que eu não tenha que te beijar...

—Não. – Ela gargalhou.

—Então ótimo. O que eu tenho que fazer?

—Me beije na bochecha.

—Tá bem. – Eu me aproximei do seu rosto, mas antes que ela pudesse tirar a foto ouvimos minha mãe me chamando.

—Querido?

—Sim? – Eu disse me afastando de Bruna.

—Será que posso falar com você a sós?

—Claro. Eu já venho baby. – Eu deixei um beijo em sua bochecha e segui minha mãe até a biblioteca, ela entrou depois de mim e fechou a porta.

—Querido eu quero te dar uma coisa.

—O que mamãe?

—Toma, era da sua bisa vó, seu bisa vô deu quando pediu sua bisa em casamento, o vovô deu de presente pra vovó e... Seu pai deu pra mim... – Ela limpou uma lagrima que caiu solitária, eu a abracei e deixei um beijo em sua testa peguei a caixinha que tinha em uma de suas mãos, eu peguei sua mão esquerda e deixei um beijo em sua mão próxima a aliança de casamento que ainda usa.

—Sabe mamãe, eu acho que você deveria arrumar um marido, não estou dizendo que você deve substituir o papai, mas sim que você tem que se permitir novamente. Você mais do que ninguém merece a felicidade.

—Obrigada meu anjo.

—Disponha mamãe.

—O jantar sai às oito e meia.

—Tá bem. Mamãe? – a chamei quando ela já estava quase saindo da biblioteca.

—Sim?

—Será que a senhora e a senhora Rodriguez poderiam planejar o jantar de noivado?

—É claro meu amor.

—Mas a gente não quer nada extravagante.

—Tá bem.

—Mamãe...

—Qual é você é meu único filho.

—Mãe.

—Vou me esforçar.

—Obrigada. – Sorri e abri as portas de correr pra minha mãe e fiz uma leve revência enquanto ela passava por mim.

Voltei para a sala e coloquei o anel no dedo da Bru e ficamos rindo do nada e pra nada, coisa que apenas nós entendemos, resolvemos confirmar para a mídia nosso “noivado”, decidimos por tirar uma foto eu pressionei meus lábios em sua bochecha enquanto ela colocou a mão na frente da sua boca como se estivesse espantada e mostrando o anel, e então publicamos no meu instagram com a legenda “para aqueles que tinham duvidas, sim, estamos noivos, eu não poderia estar mais feliz.” Tiramos outra foto nessa eu deixava um beijinho na ponta do seu nariz enquanto nós dois estávamos de olhos fechados, a foto foi tirada de perfil (N/A: com o rosto de lado :v) e então ela colocou a legenda “para o desespero de todos aqueles que já pisaram em mim, sim, eu serei sua futura rainha e você será meu escravo muahahaha. Mas enfim, sim, sai da friendzone, não é um máximo?! ♥ ” essa foi publicada no instagram dela e logo ouvimos o jantar sendo anunciado e então nos levantamos e sentando na posição de sempre, o Gui não parava de nos encarar com a cara fechada, olhei para a Bruna e como nos conhecemos desde sempre tivemos uma breve conversa sobre o quanto aquilo é estranho, apenas olhando nos olhos um do outro. O jantar ocorreu normalmente os pais dela não ficaram acanhados ou deslocados em nenhum momento e foram convidados a dormir no palácio por já estar muito tarde pra irem para a casa. Assim que terminamos a janta fomos para a sala de jogos e ficamos jogando just dance, era irritante o modo como ela nunca me deixava ganhar. Após o jantar nossas mães e a rainha Ammy ficaram conversando sobre nosso jantar de noivado enquanto nos divertíamos, o Gui estava conosco também, mas ficou emburrado no sofá. Quando ela finalmente cansou fomos tomar banho, ela em dos milhares de banheiro do palácio e eu no meu, me troquei no banheiro e coloquei um pijama qualquer e me deitei esperado ela pra começar a maratona de Arrow e flash, logo escutei duas batidas na porta e como tinhas uma espécie de código eu gritei sabendo que era ela na porta assim que ela entrou se jogou na cama e começamos a maratona, mais ou menos no terceiro episódio de flash ela dormiu, não a julguei já tínhamos assistido Arrow, desliguei a tv e me aconcheguei a puxando para o meu peito e assim dormi.

Quando acordei no outro dia não vi a Bruna na cama e vi a porta do banheiro fechada, deduzi que fosse ela. Me espreguicei e comecei a caçar meu celular na cama e achei ele no meio das cobertas assim que abri meu Face book me deparo com a seguinte noticia: “É oficial, o nosso querido príncipe Eduardo acaba de assumir seu noivado com a youtuber Bruna, através do instagram dos dois temos a confirmação, o que podemos desejar para esse casal que shippamos ‘pakas além de felicidades e muitos babys da realeza? O casal não disse mais nada além das legendas das fotos, quem sabe no próximo vídeo não vemos os dois juntinhos? Logo mais voltaremos com mais noticias, fiquem ligados.” Comecei a gargalhar da noticia e logo vi a Bru sair do banheiro com uma calça rosa, uma blusa branca, um sobretudo preto e uma botinha preta e cabelo preso em um coque bagunçado.

—Do que ri tanto? – Estendi meu celular na direção dela e ela viu logo me entregando. – A sim, eu já havia visto. – Ela sorriu de lado. – Agora tome um banho enquanto eu escolho sua roupa porque você tem que estar no Chatt Man daqui duas horas. CORRE.

Me levantei em um pulo e fui para o banheiro tomei um banho, durante todo o tempo eu não parava de pensar no Gui, será que eu estou apaixonado por ele? Eu realmente preciso conversar com a Bru, vou no carro dela, assim podemos conversar, eu afastei – ou tentei – afastar aqueles pensamentos e continuei meu banho, lavei meu cabelo e me depilei, detesto ter pelo no peito, desliguei o chuveiro, fiz minha barba e sai com a toalha enrolada na cintura, quando cheguei no quarto e vi a Bru saindo do meu closet, ela carregava um blazer preto, em cima da cama vi uma calça que era conjunto com o blazer e uma blusa branca, e meu sapatos sociais extremamente brilhosos chamavam minha atenção no chão.

—Vista isso e me encontre na sala de TV, estamos atrasados, não demore, eu vou pedir pra arrumarem o carro.

—Não, eu preciso conversar, vamos no seu carro, você vai dirigir, não quero mais ninguém no carro.

—Tá bem, agora, vai logo.

—Tá bem. - Ela veio até mim me beijou na bochecha.

—Você sabe que não sou interesseira né?

—Eu sei princesa.

—Também sabe que a gente pode acabar com isso quando você quiser né?

—Eu sei, mas, porque isso tudo agora?

—Nada, você sabe que eu me preocupo com a sua felicidade.

—Eu sei baby, agora preciso me trocar.

—Tudo bem, e arruma essa juba o mais rápido que puder!

—Tá bem.

Vi ela sair do quarto e arrumei meu cabelo com secador e gel, me troquei passei meu perfume favorito que é o 212 man, peguei meu celular e minha carteira coloquei no bolso, dei uma ultima olhada no espelho e sai no quarto acabei não encontrando o Gui no corredor, desci as escadas um tanto quanto apressado e quando cheguei na sala de teve vi a Bruna conversando com o Gui, pigarreei e os dois olharam pra mim.

—Pronto? – A Bru me perguntou.

—Sim, vamos? – Perguntei estendendo meu braço para a Bruna.

—Vamos. Tchau Gui.

—Tchau. – Ele respondeu, a Bru segurou seu braço no meu e caminhamos para fora onde o carro dela estava estacionado, nós entramos e seguimos para fora do palácio.

—Vai, desembucha. – Ela disse ligando o radio e colocando uma playlist dos Beatles pra tocar.

—Eu estou amando. – disse sem rodeios e encostei minha cabeça no banco fechando os meus olhos.

—AI MEU DEUS É SERIO? – Ela perguntou animada e eu apenas assenti com a cabeça. – Quem? – Vi um sorriso rasgar seu rosto.

—Guilherme.

—E ele é gay?

—Sim.

—Comprometido?

—Não.

—O que está esperando para agarrar esse boy? – Olhei pra ela como se perguntasse se aquela pergunta era seria ela desviou seus olhos pra mim por um segundo logo voltando à atenção na estrada, quando paramos em um sinal vermelho ela olhou pra mim. – Olha, eu sei que você teme pela sua mãe, mas ela ficaria feliz com a sua felicidade.

—Não tenho medo só por ela, tenho medo pelo o que a sociedade vai pensar.

—Você sabe muito bem pra onde a opinião da sociedade tem que ir.

—Não é tão simples.

—Eu sei cupcake. Mas eu só quero que você seja feliz.

—Eu sei. – eu virei minha cabeça pra janela pra que ela não visse minhas lagrimas, ela acelerou o carro.

—Du, você está chorando? – Neguei com a cabeça. – Eduardo, olha pra mim. – Eu olhei pra ela e ela deu um sorriso de lado triste. – Você sabe que eu só quero a sua felicidade não sabe?

—Eu sei pequena, obrigada, por tudo, de verdade.

—Não precisa agradecer, as únicas lagrimas que quero ver são de felicidade e emoção.

—Tá bem.

Ela estacionou o carro e descemos, entrelaçamos nossos dedos já que tinham alguns paparazzi e entramos, fomos recepcionados por uma menina de estatura media, ela nos levou até o camarim, enquanto estávamos no caminho ela disse.

—Parabéns, eu sempre shippei vocês dois juntos, felicidades pra vocês. – Olhei para a Bruna.

—Obrigada querida, nós não sabíamos que éramos shippados.

—Vocês não fazem ideia do quanto, vocês são simplesmente perfeito um para o outro.

—Obrigada. – Dissemos juntos.

Entramos no camarim e a Bruna já foi tirando da sua bolsa uma nécessaire com maquiagem e passou corretivo nas minhas olheiras por termos ido dormir tarde, e passou pó, assim que ela acabou ela deu uma ajeitada melhor no meu cabelo e depois eu me joguei no sofá e ela se sentou colocando minhas pernas em cima das suas, começamos a fazer piadinhas e rir de tudo até que batem na porta nos chamando para o estúdio, a Bruna vai se sentar na primeira fileira e eu fico nos bastidores esperando ser chamado, assim que o programa começa e sou anunciado recebo a instrução de entrar e assim faço, me sento no sofá ao lado da mesa do Alan.

—Vossa alteza, é uma honra recebe-lo no meu programa.

—É um imenso prazer estar aqui, mas, por favor, sem formalidades.

—Como quiser. – Ficamos conversando sobre assuntos variados, até que chegamos a um que seria inevitável. – Mas quem diria que alguém iria conquistar esse coração da realeza.

—Pois é. – Vi algumas fotos nossas passando no telão e a plateia formando um coro que se resumia em: awn. Vi a Bru pelo canto do olho e ela estava coradinha. – Sou realmente muito grato por ter ela na minha vida.

—Ela veio? – Ele perguntou.

—Sim. – Sorrio de lado.

—Onde ela está?

—Ali. – Digo apontando para a Bruna.

—Vem aqui. – Ele a convidou e ela recusou com um aceno escondendo o rosto nas mãos por vergonha. – Acho que terá que buscar sua princesa. – Ele diz sorrindo.

—Pois é, ela é super envergonhada, por mais incrível e inacreditável que pareça ser. – Me levanto e vou até a cadeira dela e me abaixo falando no seu ouvido pra que só ela ouvisse. – Se vier te dou todos os chocolates do mundo com direito a cappuccino extragrande com o triplo de creme em cima, e claro, do Starbucks. – Quando me afastei ela me olhou incrédula, estendi uma mão pra ela e ela logo aceitou, eu entrelacei nossos dedos e a puxei para o sofá que tinha lá. Ela se sentou ao meu lado e apertava minha mão com seus dedos.

—Olá futura princesa. – Ele a cumprimentou sorrindo.

—Olá. – Ela disse sorrindo. – Por favor, sem formalidades.

—Esta bem. Bruna, você é youtuber certo?

—Sim.

—Quantos inscritos têm no seu canal?

—Um pouco mais de dois milhões e meio.

—Uou, isso é muito.

—Sim, quando comecei com o canal não achei que passaria dos dez inscritos.

—Pessoal pra quem não conhece essa linda jovem, com todo respeito. – Ele disse olhando pra mim eu sorri. – Essa é Bruna Rodriguez, uma das maiores youtubers do Reino Unido, o canal dela é tão famoso que é conhecido até mesmo fora do país. – Eu olho para Bruna e ela está muito corada e se encostando no meu ombro tentando se esconder, a plateia aplaude a Bruna e assovia um pouco. – Mas então, como se conheceram? – A Bru me olhou e eu assenti.

—Nos conhecemos desde pequenos, logo depois que o papai morreu eu não saia mais do jardim dos fundos, até que um dia eu vi uma menina brincando de boneca na entrada dos funcionários e eu perguntei se eu poderia brincar e então viramos melhores amigos e hoje estou noivo. Alias se não fosse essa pequena pessoa eu muito provavelmente teria entrado em depressão. E além de minha noiva é melhor amiga, e minha empresaria.

—Awn que bonitinhos. – Sorrimos em resposta.

—Obrigada. – eu disse.

—E o casamento pra quando é?

—Ainda não marcamos, queremos aproveitar essa faze noivos.

—A sim, e pra encerrar podemos ver um beijo dos dois? – Me tencionei no mesmo momento.

—Infelizmente não. Fizemos uma promessa de que nosso primeiro beijo seria no altar, depois de casados. – Ela disse sorrindo, soltei um suspiro e assenti com a cabeça.

—Uou, que bonitinhos, mas por quê?

—Eu levo muito a serio minha fé e os mandamentos que Deus nos deixou, e Ele diz que nós nos devemos guardar para nossos maridos, e eu também quero seguir o exemplo dos meus avos.

—A sim, que bacana, bom, parece que o beijo real vai demorar um pouco, mas pelo menos teremos mais momentos fofos no instagram dos dois. Bruna, pra quem quiser conhecer o seu canal faz como?

—É só acessar youtube.com/canalpequeno.

—Bom, eu conversei com o príncipe Eduardo e a futura princesa Bruna.

Ele falou mais algumas coisas e o programa acabou e tiramos uma selfie pra postar no instagram dele, tiramos uma pra postar no meu e fomos para o camarim, pegamos nossas coisas e fomos para o carro dela.

—Qual o próximo compromisso?

—Entrevista na radio para o programa Live Lounge. – Ela disse checando a agenda no celular.

—Você sabe que você é a melhor amiga ever né?!

—Sim, você vive falando isso. Você que é me deu emprego, salvou o emprego da mamãe, eu realmente não sei como agradecer. – Ela sorri olhando pra mim. – Agora põe o cinto.

—Tá bem.

—Du?

—hm.

—Aquele dia na biblioteca, o que o Gui falou pra ti?

—Que eu estou jogando minha felicidade no lixo, que se eu continuar assim vou morrer infeliz. – Eu disse com lagrimas nos olhos.

—Olha, esse cara é um babaca, não liga para o que ele fala, já tive a oportunidade e o desprazer de conversar com ele.

—Como assim? O que ele te falou?

—Nada de mais, ele só falou o quanto eu era interesseira e blá blá blá.

—Você sabe que eu sei que você não é interesseira né?

—Eu sei gatinho, eu só quero sua felicidade, e se eu fosse realmente interesseira teria feito vídeo contigo logo no começo do canal, mas se lembra do que eu falava o motivo de não querer gravar contigo?

—Sim. Você não me deixava gravar porque não queria montar sua fama em cima de mim.

—Exatamente.

—Bru?

—Sim?

—A entrevista é pra mim ou pra você?

—Pra mim, mas com toda certeza vão te colocar no meio, igual ao Alan.

—Sem duvidas. – Rio. – Daqui a pouco estaremos mais badalados que as kardashians.

—Imagina a cara da Kim ao saber que estamos mais falados que ela. – Gargalho junto com a Bruna.

—A onde vai? – Eu perguntei vendo a Bru parar o carro.

—A) sai de casa sem café da manhã. B) Você me prometeu um cappuccino.

—Verdade... – Descemos do carro e demos as mãos, e entramos na Starbucks e compramos um Latte médio, um cappuccino com creme e duas rosquinhas de chocolate, voltamos para o carro e seguimos rumo a radio, assim que chegamos descemos do carro e o deixamos com o motorista, entramos na radio de mãos dadas e fomos para a cabine onde o programa ia ser gravado, assim que entramos os DJS conversaram um pouco com a gente e pediu pra que a Bru se sentasse pra começar o programa.

—Bom dia pessoal! Aqui é a sua DJ Camilla.

—E aqui é o seu DJ Scott. Como vai Cami?

—Bem e você?

—Vou bem.

—Gente, vocês sabem quem é a convidada de hoje? Ainda não? Bom, vou dar algumas dicas. Ela é famosa, é sortuda, é linda, com todo respeito – Disse rindo. – É noiva, é nossa futura rainha...

—Nossa Scott... Eram só algumas dicas não pra falar quem é ela... – Cami disse rindo. – Bom galera, a nossa convidada de hoje é a youtuber e nossa futura princesa Bruna. Bem vinda Bruna.

—Obrigada. – Ela sorri. – É um imenso prazer estar aqui.

—O prazer é nosso em recebê-la aqui. Bruna, você é brasileira certo?

—Sim.

—Como veio parar tão longe de casa?

—Bom, minha mãe é inglesa e meu pai brasileiro, ela foi passar o carnaval lá e papo vem, papo vai, fui gerada, ela ficou lá durante a gestação, mas quando eu nasci ela voltou porque ela já estava enrolada com um cara aqui, e me deixou com o meu pai, meu pai não quis ficar comigo então quando fiz um ano ele me trouxe pra ficar com a minha mãe, que a essa altura já tinha se casado, então meu padrasto me assumiu como sua filha e assim ganhei um pai de verdade.

—Uou, é uma história em tanto. – Scott diz e ela concordou com a cabeça. - Bruna como surgiu a ideia de fazer vídeos pro YouTube?

—Bom, eu sempre assisti, sempre fui fã de vários youtubers, aí eu decidi tentar a sorte.

—Poxa que bacana. Mas porque nunca gravou vídeos com seu noivo?

—Eu não queria crescer em cima dele.

—Ah sim... Falando em realeza, senhoras e senhores, temos a ilustre presença da Vossa alteza, o Príncipe Eduardo. Por favor, sente-se e pegue um fone. – Ela disse ligando o meu microfone e fazendo joinha com a mão.

—Olá! Por favor, sem formalidades.

—Como quiser. –Ele sorriu. – Ah quanto tempo vocês estão juntos?

—Gostamos de dizer que sempre estivemos juntos.

—Porque nunca assumiram?

—Eu tinha medo de que minha mãe não fosse aprovar. – Eu disse.

—Pois é... – A Bru concordou.

Eles colocaram uma musica então nossos microfones estavam desligados, ela aproveitou pra fazer uma selfie e postar no instagram dela, depois da radio não tínhamos mais nenhum compromisso até a noite ficamos de bobeira pela cidade, quando eram umas cinco horas voltamos para o castelo, a Bruna tinha que se arrumar porque tínhamos um casamento do filho de um conde. A Bruna foi pra casa dela, e eu passaria pra pegar ela mais tarde.

[P.O.V. GRILHERME]

—Mamãe? – Digo a encontrando na biblioteca.

—Oi meu querido, tá tudo bem? – Rio pelo nariz e fecho a porta da biblioteca. – Suponho que não veio me pedir indicação de livro. – Nego com a cabeça. – Conselho? – Aceno com a cabeça afirmando, vou até o sofá que ela tá sentada e me deito colocando minha cabeça no colo dela. – O que foi bebe?

—Acho que estou apaixonado.

—Quem é ele? Eu conheço? Quer que eu mande traze-lo?

—Sim, você conhece e não, não precisa pedir pra trazê-lo. Mamãe eu estou apaixonado pelo Edu.

—Meu filho ele esta noivo.

—Não mamãe, ele só esta fazendo isso pela mãe dele.

—Filho, ele é...

—Sim mamãe.

—Eu estou tão feliz por você meu amor.

—Obrigado mamãe. Como será que o papai vai reagir?

—Você sabe que ele não é cem por cento a favor da sua sexualidade não é?

—Eu sei... Mas como você acha que vai ser a reação dele?

—Provavelmente igual quando você se assumiu.

—Pois é... Você já sabe como vai ao casamento desse tal conde?

—A rainha Linda me emprestou um vestido dela. E você?

—Vou ver se o Edu me empresta um smoking dele. – Vejo minha mãe sorrir de lado. – Quem sabe não tenha o cheiro dele...

—Awn que bonitinho meu filhote esta crescendo... – Ela faz cocegas nas minhas costelas de leve. – Que horas é meu doce?

—Cinco. – disse olhando no meu celular.

—Vamos, levanta que eu tenho que começar a me arrumar.

—Tudo bem.

Me levanto e saio com a minha mãe, vou para o quarto do Edu e bato na porta.

—Quem é?

—Sou eu Edu, o Gui.

—Pode entrar Gui. – Abro a porta e me deparo com ele somente de boxer.

—Hm... Edu tem um smoking pra emprestar? Eu não sabia que iriamos ter um casamento.

—Claro, pode procurar no closet.

Vou para o closet do Edu e começo a procurar um smoking, acho um puxo uma camisa do Edu de uma gaveta qualquer e fico cheirando ela e sorrio bobo, a coloco no lugar de novo e saio do closet. O vejo deitado na cama.

—Edu, eu achei esse... Brigado.

—Disponha. – Ele sorri.

—Eu vou indo, posso ir com você no casamento?

—Claro, só que a gente vai ter que passar na casa da Bru pra pegar ela.

—Não tem problema.

Saio do quarto e vou para o meu, tomo um longo e relaxante banho, assim que saio arrumo meu cabelo pra cima como sempre, faço minha barba e coloco uma roupa qualquer, percebo que o cheiro do Edu ainda esta no paletó, eu fico cheirando por um bom tempo sentado na cama até que vejo minha mãe entrar no quarto.

—Pelo visto ele cheira muito bem.

—Você não faz ideia mamãe.

—Eu contei pro seu pai.

—O que ele disse?

—Disse que está feliz por você. – Abracei minha mãe.

—Mas ele tá de boa?

—Sim. E você tem total apoio nosso.

—Obrigado mamãe. Eu te amo tanto.

—Também te amo meu amor. Agora termine de se arrumar que eu só vou me vestir e vamos.

—Mamãe se não se importa eu vou com o Edu.

—Claro que não meu amor. – Sorrio e abraço minha mãe. – Agora vou indo, preciso soltar meu cabelo e me trocar.

—Claro.

Fico fazendo hora até que da o horário e vou até o quarto do Edu e quando chego bato na porta ele sai e vamos para a limusine que estava a nossa espera entramos e seguimos em direção à casa da Bru, quando chegamos eu e o Edu descemos e ele tocou a campainha.

—Olá queridos.

—Olá senhora Rodriguez, a Bru esta pronta?

—Entrem, ela deve estar terminando de se arrumar. – Entramos na casa. – Sentem-se, vou chama-la.

Nós nos sentamos e ficamos fazendo guerra de polegar à mãe dela avisou que ela já estava descendo, ficamos esperando ela, ouvimos os seus saltos no andar de cima e logo na escada, fomos para a ponta da escada esperar ela. Ela estava divina, ela usava um vestido vermelho sereia tomara que caia de decote coração, um sapato preto de bico redondo, sua boca estava coberta por um batom vermelho vivo, seus olhos estavam cobertos por uma sombra marrom, ela usava um delineador de gatinha, seus cilho estavam altos e volumosos, ela tinha um blush leve de modo que ficasse natural, seu cabelo estava com mega hair e preso para um lado só todo encaracolado, sua franja estava em um topete não tão alto, e ela usava um colar com pingente de coração, brincos pequenos, uma pulseira coberta por strass e usava uma bolsa envelope preta.

—Que foi está feio? – Ela perguntou preocupada.

—Não. Você esta linda. – O Edu disse.

—Uma verdadeira princesa. – Eu sorri sincero. – Você tem muita sorte Edu.

—Obrigado.

—Agradeço os elogios, mas precisamos ir, e pelo o que eu vi seus pais estão nos esperando aí fora.

—Claro, vamos.

—Se divirtam.

—Obrigada mamãe. Boa noite mãe, boa noite papai.

Ela deu um abraço em cada um e saímos, fomos rindo e brincando o caminho todo. Quando chegamos a catedral nossa limusine chegou primeiro, eu fui o primeiro a descer seguido pelo Edu que ajudou a Bru a descer e entrelaçou seu braço com o dela, nossa limusine deu lugar a limusine que meus pais e a rainha Linda estavam, assim que a porta abriu vi a rainha Linda, ela estava com um vestido rosa bebe rodado, a cinturado de mangas cumpridas rendadas assim como todo o vestido, um moicano com o resto do cabelo solto, nos pés um sapato alto branco fechado, e uma bolsa envelope um tom mais escuro que o vestido. Seus olhos claros estavam bem marcados com delineador e cilho carregado de rímel. Suas bochechas estavam com um tom claro de rosa, e seus lábios um batom rosa.

Eu a ajudei a sair do carro e ofereci meu braço para ela, ela aceitou e sorriu, esperei meus pais descerem, desceu primeiro o papai, com um smoking preto, depois desceu a mamãe, (1) tiramos algumas fotos para os paparazzi que estavam na porta da catedral de Londres e entramos sentamos bem na frente, ficando na ordem da esquerda para a direita: mamãe, papai, Linda, eu Edu e Bru. A cerimonia não poderia ser mais linda, e durante toda a cerimonia eu fiquei com vontade de pegar na mão do Edu, mas ele ainda não sabe dos meus sentimentos por ele e eu nem sei se ele sente o mesmo, depois da cerimonia fomos para a festa, seria no melhor Buffet de Londres. Seguimos para o salão do mesmo jeito que viemos pra catedral, antes de entrarmos eu a Bru e o Edu tiramos uma foto pra postar no insta da Bru, estávamos sentados na mesa eu olhei pro Edu e cochichei que precisava conversar com ele em particular.

—Edu, será que você poderia me mostrar o banheiro?

—Claro. Já venho. – Ele deu um beijo na bochecha da Bru e saiu comigo, antes de chegarmos ao banheiro eu o puxei para uma sala vazia e fechei a porta. – O que quer?

—Edu, eu sei que você não disse nada pra sua mãe e que você só esta com a Bru porque a sua mãe está com medo de morrer e não e ver você casar, mas a verdade é que você pode casar com uma pessoa que te satisfaça na cama, que seja um casamento de verdade e não apenas o casamento perfeito que a mídia quer.

—O que você quer dizer com isso?

—Eu sei que pode parecer cedo, mas eu nunca me senti assim antes, eu sei que isso quer dizer alguma coisa, minha mãe disse que isso é amor, e eu sei que ela esta certa, Edu, não se assuste ou saia correndo, mas eu gosto de você eu me apaixonei por você em tão pouco tempo que até eu me assusto.

—Gui, eu... Eu acho que também te amo, eu conversei com a Bru e ela me disse o mesmo, embora ela ache que você é um babaca. – Ele sorriu e eu acompanhei seu sorriso. – E hoje eu te vi cheirando minha camiseta. –Eu tenho certeza que estou pior do que um morango. Ele foi se aproximando de mim e passou os braços pelo meu pescoço. – Eu sei que o mundo vai ficar contra nós, mas eu não me importo desde que o nós seja eu e você.

—Você é perfeito. – O vi rir pelo nariz e encostar sua testa na minha, ficamos um curto tempo sentindo a respiração um do outro, coloquei minhas mãos na sua cintura. – Posso te beijar?

—Pode.

Encostei minha boca na dele e logo senti a língua dele pedindo passagem e eu cedi, iniciamos um beijo calmo e cheio de amor.

—O que significa isso? –Acho que meu coração falhou uma batida. Senti o Edu congelar nos meus braços. Droga, porque a Rainha linda tem que ser curiosa? – Andem, eu quero uma explicação.

—Mamãe... Não tem o que explicar você viu o que você viu.

—Não me chama de mamãe. – Ela disse entre dentes. – Em casa a gente conversa. – Ela saiu nos deixando a sós.

—Eu sinto muito, não queria te meter em confusão.

—Não tem problema. Você não tem culpa. Vamos voltar para a mesa.

—Esta bem.

Voltamos para a mesa e era nítido que o clima estava tenso.

[P.O.V. EDUARDO]

Droga, a única coisa que não poderia acontecer aconteceu, e agora? O que vai acontecer?

—Edu, tá tudo bem anjo? –Ouvi a Bruna me perguntar só pra que eu ouvisse. Eu neguei com a cabeça. – Quer ir embora? – Acenei com a cabeça, se eu falasse era capaz de desabar ali mesmo. – Gente, eu e o Edu estamos indo, não estou me sentindo muito bem.

—Eu vou junto, estou com dor de cabeça.

—Tudo bem. – Sorri pro Gui e me despedi dos nossos pais. Fomos o caminho todo em silencio, assim que chegamos ao palácio entramos sem dizer nada. – Os dois no quarto do Du agora. – Assim que nós chegamos eu fui me trocar e coloquei meu pijama que imitava um dragão e me sentei na cama. – Edu, o que aconteceu? E se você. – Ela apontou para o Gui. – Interromper, eu corto o que você tem no meio das pernas.

—O Gui me chamou pra ir ao banheiro e quando estávamos chegando ele me puxou pra uma salinha e fechou a porta e aí ele se declarou pra mim e a gente se beijou e minha mãe viu. – Eu derrubei algumas lagrimas.

—Posso abraçar ele? – Eu ouvi o Gui sussurrar pra Bruna.

—Aí credo, eu não sou tão má assim... Pode. Só que ó, eu não quero ficar segurando vela pra sempre! Você, senhor Guilherme, vai arrumar alguém pra mim.

—Tudo bem... Alguma exigência madame?

—Mais alto que eu.

—Tudo bem.

—Agora meus pombinhos a diva vai se retirar porque meus pés estão me matando e eu não estou conseguindo respirar nesse vestido. Aproposito, eu vou gravar com os dois amanha. Bons sonhos.

Assim que a Bruna sai eu olho pro Gui e sorrio.

—Dragão é?! – Ele me pergunta sorrindo.

—Sim, adoro dragões.

—Bom saber, assim sei o que te dar daqui um ano.

—Porque daqui um ano?

—Porque daqui um ano vamos fazer um ano de namoro.

—Como assim Guilherme?

—Eduardo, aceita ser meu namorado?

—Sim. Sim. Mil vezes sim. – Sorri e o abracei, iniciamos um beijo calmo e cheio de amor. – É muito cedo pra dizer que eu te amo?

—Não porque eu também te amo. – Ficamos deitados assistindo TV por um bom tempo. –Gui, eu estou com sono...

—Eu vou ao meu quarto me trocar e já venho tudo bem?

—Não, eu não quero que você vá embora.

—Tudo bem bebezão, tem algum pijama pra me emprestar?

—Sim procura no closet.

O vejo sair da cama e entrar no meu closet e voltar depois de um tempo com um blusão e uma samba canção. Ele me puxa pra mais perto e deito minha cabeça no seu peito ouvindo seu coração, ele começou a fazer carinho no meu cabelo e logo adormeço. Quando acordei no outro dia eu estava sozinho na cama, não é possível que tenha sido um sonho! Me viro e fecho meus olhos novamente. Sinto a cama afundar e penso ser a Bruna.

—Bom dia namorado. – Sorrio ainda de olhos fechados e me viro sorrindo.

—Bom dia namorado. – Ele sorri e me da um selinho. – Ai que nojo Gui, nem escovei os dentes ainda.

—Eu não ligo. – Ele me deu mais um selinho e me abraçou me puxando pra mais perto. Suspiro me lembrando da noite passada e abaixo minha cabeça. – Ei o que foi?

—Eu estou com medo.

—De que meu pequeno?

—A) não sou tão pequeno assim. B) do que minha mãe vai falar.

—Eu estou aqui com você.

—Promete?

—Prometo.

—Agora me solta que estou com muito mau hálito.

Me levanto dando um ultimo selinho nele e vou para o banheiro. Faço minhas higienes e tomo um banho rápido, vou para o closet e coloco a primeira roupa que eu vejo e saio vendo o Gui conversando com a Bru.

—Vamos? – Pergunto interrompendo os dois.

—Vamos. Meu Deus esse meu namorado é muito gato!

—Epa opa! Como assim namorado? Ninguém me pediu permissão. Eu estou brincando. Parabéns meninos, mas ó, se não me chamar pra madrinha não vai ter final feliz. – Ela disse saindo do quarto.

Sorri e olhei pro Gui, ele estendeu a mão pra mim e eu aceitei meio incerto e entrelacei nossos dedos, descemos para o café e quando chegamos até mesmo a Bru já estava na mesa, todos que estavam presentes pararam e olharam para nós, mas precisamente nossas mãos. Vi a rainha Ammy tentar esconder o sorriso, o rei Charles olhou e depois voltou a comer, mamãe só faltou soltar fumaça pelos ouvidos e a Bru, bem, a Bru é um caso a parte né... Ela só faltou soltar fogos de artificio. Sentamos um ao lado do outro na mesa.

—Então vocês estão namorando agora? – O rei Charles perguntou e vi a rainha Ammy dar um a cotovelada nele e eu reprimi um sorriso.

—Sim papai.

Vi minha mãe sai da mesa irritada, abaixei minha cabeça e senti o Gui acariciar minha mão.

—Falei alguma errada? – O rei Charles perguntou.

—Querido, eu te amo, mas cala a boca, por favor.

—Não tudo bem, eu já esperava essa reação dela.

—Eu sinto muito querido, eu vou conversar com ela. – A rainha Ammy disse.

—Obrigada Ammy.

—Você é bem vindo à família.

—brigado. Vocês se importam se eu me retirar? Quero ficar um pouco com o meu pai.

—Claro que não meu querido pode ir.

Me levantei e fui em direção ao tumulo do papai, cheguei lá já chorando.

—Papai ela descobriu, será que ela vai me deserdar e me negar como filho? Será que ela vai me expulsar de casa? Papai eu queria tanto um abraço seu. Ela sabe sobre o Gui, na verdade ela me pegou beijando ele, eu estou com tanto medo papai, eu queria que você estivesse aqui. Papai o que vai ser de mim quando o Gui voltar pra casa dele? Eu não quero ficar sem ele.

Me desabei de joelhos em frente a lapide do meu pai, e fiquei chorando até que sinto dois braços me abraçando e pelo perfume era a Bru.

—Vem meu amor, vamos pro meu quarto. – Ela me ajudou a levantar me dando apoio até chegar ao seu quarto, sentamos na cama e eu me desabei de novo. –Sh... Eu estou aqui, já passou, não chore meu amor.

—E-eu estou com tanto medo Bru...

—Eu sei meu amor, mas ela te ama, ela não vai fazer nada.

Fiquei um bom tempo chorando, nem almoçar nós tínhamos ido, o Gui apareceu no quarto e ajudou a Bru a me acalmar. Quando eram umas duas da tarde Meredith me chamou falando que era pra eu ir para o escritório da mamãe, agradeci a Meredith e quando cheguei lá entrei e me sentei no sofá.

—Queria falar comigo?

—Sim. O que foi aquilo ontem e como assim você está namorando o Guilherme?

—Não tem como explicar, eu só o beijei e ele me pediu em namoro e eu aceitei.

—E a Bruna? VOCÊ ESTAVA NOIVO DELA EDUARDO.

—Eu sei.

—COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COM ELA?

—Ela já sabia que eu estava com ela pra te fazer feliz.

—E VOCÊ ACHA QUE VER VOCÊ SE AGARRANDO COM UM HOMEM VAI ME FAZER FELIZ? COMO VOCÊ ACHA QUE SEU PAI ESTARIA AGORA?

—FELIZ COMIGO E ME APOIANDO DIFERENTE DE VOCÊ. ELE SABIA DE MIM E ME APOIAVA. AGORA VAI LÁ, ME BATE, ME CHINGA, ME EXPULSA DE CASA, TIRA MINHA COROA, MAS ISSO NÃO MUDA QUE EU SOU.

—E QUEM VOCÊ PENSA QUE É?

—EU SOU O EDUARDO, FILHO DO REI LEONARDO, MELHOR AMIGO DA BRUNA E NAMRADO DO GUI. Aceite vossa alteza, seu filho é gay. E não fala do meu pai, respeite pelo menos a morte dele. – Sinto um tapa na minha cara.

—Sai daqui, eu não quero te ver até a hora da janta.

—Não se preocupe, vou jantar na casa da Bru e talvez dormir lá. E aproposito, seu anel está aqui.


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Notas finais do capítulo

amor da minha vida! Viado lindo ♥ Que mais um ano venha e obrigado por me aguentar durante esse ano ♥
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