The second I looked at her escrita por MylleC


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Eaeeee gente. Eu aparecendo com uma One nova kkkk uma amiga minha que terminou Arrow recentemente me pediu para fazer uma fic assim e confesso que não iria postá-la. Mas, alguém (vulgo pessoa que fez a capa) soube ser bem convincente. Então, espero que gostem. Boa leitura!



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Amor é um verbo

Não é uma coisa

Não é algo que você possui

Não é algo que você grita

Quando você me mostra amor

Eu não preciso das suas palavras

Yeah, amor não é uma coisa

Amor é um verbo

Amor não é uma coisa

Amor é um verbo

Amor não é uma paixonite

Então você tem que me mostrar, mostrar, mostrar

Que amor é um verbo

Amor não é uma coisa

Amor é um verbo

(Love is a verb - John Mayer)

-Oliver! – grito animada, correndo para fora do quarto, erguendo novamente a barra da minha blusa até um pouco a baixo dos seios, correndo pelo corredor e descendo as escadas. O cheio de café da manhã me atingiu e eu soube que o encontraria ali fazendo nosso café.

Corri até a cozinha e parei em frente à entrada, Oliver me olhou confuso por eu ter repetido seu nome por todo o caminho ate ali. Mas porque ele não compartilhava da minha animação?

-Hmm, sim? – um sorriso hesitante se fez em seu rosto, não tendo certeza qual era a reação que eu esperava.

-Oliver! Olha! Já da para notar! – digo, dando mais um mini pulinho no lugar a fim de que agora ele entendesse o que eu queria dizer.

Oliver ri alto e mais uma vez não entendo sua reação, ele se aproxima e toca meu abdômen com as mãos, beijando rapidamente meus lábios.

-Felicity, não da para se notar nada ainda. – seu tom é divertido enquanto os dedos fazem leves movimentos sobre minha pele.

-É claro que dá. – insisto. Olhando novamente para minha barriga, havia sim o leve indicio da minha gestação, como ele não via? –Você tem que olhar direito. – pego sua mão e volto a correr em direção ás escadas, o puxando comigo.

-Felicity... – ignoro seu iniciativa de argumentar contra.

Chegamos ao quarto e paro em frente ao espelho que eu estava antes de descer até la em baixo. Sim! Eu não estava vendo coisa, havia sim uma protuberância em minha barriga e Oliver tinha que ver!

-Olha só! Como você não vê?

Ele ri mais uma vez e se aproxima por minhas costas, passando os braços ao meu redor e levando o nariz até meu pescoço, respirando fundo ali e depois olhando para o espelho. As mãos vão novamente para minha barriga ainda descoberta. Seu toque é suave e bem vindo, sinto seu coração bater rápido em minhas costas e sorrio olhando para a imagem no espelho, as lagrimas emocionadas vieram aos meus olhos.

-Talvez, bem aqui... – diz, tocando bem no local onde eu havia visto, sorrio uma vez mais, satisfeita com sua observação final. – Mas logo, logo vai estar bem maior, assim... – segura minhas duas mãos nas suas, entrelaçando superficialmente nossos dedos e faz uma grande barriga imaginaria e rimos da cena. –São apenas dois meses, amor. –concluiu, deixando um beijo estalado em meu pescoço, voltando a repousar as mãos em minha barriga, agora por cima das minhas.

-Dois e meio.

-Tudo bem, dois e meio. Logo, vai aparecer mais e você vai ser a grávida mais linda. Melhor, a noiva mais linda.

Sorrio com a imagem que se formou em minha mente e deitei a cabeça em seu ombro, sem sairmos da posição. Apenas nos olhando no espelho.

Oliver havia me pedido em casamento e apenas duas semanas depois eu descobri estar grávida. Claro que foi bem assustador quando descobri, uma vez que estávamos nos acostumando ter uma vida juntos e conciliá-la com o arqueiro. Mas, parece que aos poucos esta tudo se ajeitando, Oliver ficou assustado e eufórico quando soube, mas depois foi exatamente como eu esperava que ele fosse. Maravilhoso.

Ficamos simplesmente quatro dias discutindo qual seria a melhor data para o casamento. Depois do nascimento ou antes. Decidimos por antes, depois de Oliver me relatar com detalhes a imagem que ele havia criado de eu entrar vestida de noiva com uma enorme barriga. Novamente sinto as lagrimas em meus olhos, ah esses hormônios.

(...)

OLIVER

Mês Cinco

Minhas mãos suavam e meu coração batia tão forte e desesperado em meu peito que eu realmente estava me contendo muito para não andar de um lado para o outro. Observei as câmeras que filmavam no afastamento estipulado, não as câmeras contratadas, mas as de televisão e jornais que claro, registrariam o casamento de Oliver Queen, agora o prefeito de Star City.

Não sei como me agüentei de pé observando os padrinhos entrarem calmamente, Sara que foi nossa pequena florista.

Prestei atenção em todos que entravam, esperando ansiosamente pelo momento em que ela entraria, e ele chegou. As pessoas se levantaram, a musica começou a tocar e então ela entrou, absurdamente linda como eu nunca a vira antes, o braço dado com Dig, o vestido branco e delicado, a barriga destacava e o sorriso era o mais lindo, mais brilhante que ela já exibiu. O cabelo tinha um penteado bem feito e eu pude notar o quanto ela segurava as lagrimas, os olhos estavam cheio delas e eu por um momento me perguntei se ela podia me enxergar através delas.

Os passos até mim eram de vagares, as pessoas a nossa volta sumiram e eu apenas conseguia me concentrar nela, na bela mulher que se tornaria minha esposa, quem eu amava, quem estava carregando o fruto de nosso mais belo amor. Deus, como eu a amo.

Nunca experimentei tal felicidade, mas ao lado de Felicity cada dia parecia uma felicidade diferente, mesmo quando brigávamos, é claro que havia a reconciliação então continuava sendo algo que eu nunca havia experimentado. Cada mínima experiência que eu tinha com ela... Eu finalmente estava vivendo, Felicity havia me ensinado como viver de verdade. Nunca trocaria tudo isso por nada, por nenhuma outra coisa no mundo. Jamais. E agora... Seria para sempre, no momento em que disséssemos “Sim” um ao outro, seria para sempre.

E então ela enfim chegou até mim, Dig beijou sua testa, me abraçou sussurrando a típica frase de eu ter de cuidar muito bem dela e eu o prometi de coração. Jamais deixaria qualquer coisa ruim acontecer a ela, seja algo físico ou emocional, eu a protegeria com a minha vida assim como havia dito a Dig quando ela entrou para o Team, que podíamos protegê-la, eu refazia essa promessa e ela seria cumprida melhor do que da primeira vez.

Segurei sua mão na minha e levei a outra para a lateral de sua barriga, fazendo um leve movimento ali, ainda não sabíamos se era menina ou menino, não conseguimos ver no ultrasom, mas não importa o que fosse, nós o amaríamos muito. Nesse momento sinto algo em minha mão que estava em sua barriga, me assusto um pouco e Felicity arregala os olhos.

Novamente eu sinto, o leve, mas evidente toque em minha mão, era um chute... O bebê estava chutando pela primeira vez, em minha mão, no dia de nosso casamento. Ele estava... Deus, seria possível esse dia melhorar? Sinto meus olhos úmidos e não me importo com as lagrimas que percebo escorrer por meu rosto.

-Felicity... E-Ele chutou... – sussurro.

Todos os convidados parecem ter parado de respirar no momento em que ouviram minhas palavras, que na verdade só foi possível ser ouvido devido ao pequeno microfone em mim. Novamente sinto o chute e Felicity também deixa que suas lágrimas caiam. Era como se tivéssemos entrado em uma enorme bolha que nos isolada de qualquer outra coisa que não fossemos nós três. Três.

Queria que meus pais estivessem aqui, queria que vissem o quanto conquistei em minha vida, o quanto estou feliz e realizado. Tenho um bom emprego, tenho a mulher que mais amo ao meu lado e logo terei um filho ou filha, e ainda por cima salvava a cidade todas as noites. Procuro Thea com o olhar, a única família que havia me sobrado, pelo menos até algum tempo atrás, uma vez que Felicity se tornara tanto minha família quanto Thea. Ela era meu lar e eu era o dela, era simples assim. Sempre nos encontraríamos um no outro e aquele dia definitivamente seria o mais Feliz da minha vida, compartilhando lugar na lista com o dia que meu bebê viria ao mundo.

Mês nove

-Marcos? – Felicity sugere e faço careta com a sugestão.

-Não. Hmm, Larissa?

Felicity estava sugerindo os nomes de meninos enquanto eu de meninas. Depois de muita insistência do bebê em não nos mostrar o que era decidimos por não tentar mais descobrir. Estávamos deitados na cama enquanto eu fazia suaves movimentos em círculos sobre sua barriga. De vez em quando sentíamos o bebê mexer.

Felicity também faz careta com minha sugestão. Então um sorriso brota em seus lábios e ela me olha, os olhos brilham e eu a observo com curiosidade.

-Thomas.

A olho surpreso. Eu já havia pensado nessa sugestão, mas não o fiz por receio de Felicity não querer e não quiser dizer não para mim e ver que ela o estava sugerindo era ótimo. Sorrio e a beijo urgentemente, mostrando minha gratidão pela sugestão.

-Eu gostei.

-Certo, então... voltamos para as meninas. – sua voz era embargada, coisa que já não me preocupava muito já que Felicity andava chorando por tantas coisas nos últimos meses, fossem tristes ou felizes.

-Brenda.

-Hmm, talvez. – respondo, vendo que era a melhor opção que ela havia dado.

-Melanie.

-Muito comum.

Felicity ri e sinto seus dedos encontrarem os meus da mão em cima de sua barriga.

-Não quer que sua filha tenha um nome comum então?

-Hm, não. Se for menina, seria minha princesa, então um nome comum não se encaixa.

-Então não será Britney.

-Oh, de jeito nenhum.

Ela ri uma vez mais e passa a língua levemente nos lábios, fazendo um leve barulho com a garganta. Eu havia aprendido a identificar tudo isso como um sinal de desejo de grávida. Resmungo pedindo a Deus que não fosse nada muito estranho.

-Acho que quero apenas um grande pote de doce de leite.

Apesar de aliviado por ser algo normal, faço careta.

-Essa hora? – já passava das onze da noite.

Felicity faz bico e passa a mão na barriga enquanto me olha.

-Você não pode deixar que seu filho nasça com cara de doce de leite.

Rio alto de sua fala.

-E como seria uma cara de doce de leite, Felicity?

Ela parece pensar, observo a elevação que se faz em sua barriga. Um chute.

-Tudo bem, alguém está apresado. – beijo seus lábios rapidamente e visto um shorts, me levantando para ir buscar o seu doce.

(...)

Pote de geléia, pote de pasta com manteiga de amendoim, pode te queijo. Mas nada de pote de doce de leite.

-Oliver! – escuto Felicity me chamar do andar de cima.

-Só um minuto! Não estou achando! – respondo. Abrindo a outra porta do armário onde enfim acho o que queria.

Pego uma colher e corro de volta pelas escadas.

Okay, cinco anos em uma ilha infernal, mais quatro – quase cinco – de Arqueiro. Passei por liga dos assassinos, Slade Wilson, Conde, Damien Darhk, entre outros, mas absolutamente nenhum deles me preparou para: ´Cama molhada e Felicity com uma expressão de dor segurando a barriga. Definitivamente, nenhum deles pensou em me preparar para algo assim. O que só podia resultar em: Desespero.

-Ah, meu Deus.

Felicity me olha e toma uma profunda respiração.

-Oliver! Hospital, agora!

-Certo, hospital. – olho para o pote em minhas mãos e para Felicity, eu tinha que largar o pote, pegar as malas e correr para o carro em direção ao hospital. Espera, eu tinha que pegar Felicity também, não só as malas.

Felicity grita e eu faço o mesmo.

-Oliver, larga isso e se meche!

-Claro!

Enfim, deixo o vidro em cima da estante, corro e visto uma camisa, as malas estavam no lugar delas na sala, em um ponto estratégico. Ligar, ligar para os outros avisando era bom também. Volto para cama e ajudo Felicity a se levantar.

-Okay, calma. Respira. – peço, respirando fundo para que ela me imite e ela o faz.

Descemos as escadas devagar e ao chegar na sala pego as malas. Felicity tem o celular na mão, discando algo nele.

-Eu devia fazer isso. – digo, abrindo a porta de casa.

-Você só vai apavorá-los desse jeito. – responde, continua respirando enquanto liga para algum deles.

Entramos no carro, confiro se esta tudo no carro e o ligo. Felicity geme novamente, respirando quando alguém enfim atende sua chamada.

-Dig! Sim, sou eu. Olha, Oliver e eu estamos indo ao... – fecha os olhos com força e novamente o grunhido de dor rompe de seus lábios. –Hospital! Sim, ele... Oliver o semáforo! – grita, voltando a respirar.

Eu não estava nem ai com o semáforo.

-Estou pouco me importando com o semáforo, Felicity!

-Sim, John, agora! – desliga o celular e volta a respirar como antes.

Os próximos minutos foram bem agitados, pelo jeito alguém realmente tinha muita pressa de vir ao mundo e o tempo das contrações foram cada vez menores e dentro de pouco tempo Felicity estava na mesa de parto e eu estava ao seu lado segurando sua mão.

-Empurra! – instruiu a médica e Felicity o fez e parecia que cada vez em que fazia isso apertava ainda mais forte minha mão. Deus, que os anos de tortura em Lian Yu ajudassem minha mão a sobreviver depois.

E então tudo ficou no mais absoluto silencio aos meus ouvidos, eu não ouvia mais nada a não ser o doce e alto som que rompeu a sala de parto. O choro. Ainda não tinha desviado os olhos de Felicity que enfim tinha relaxado o aperto em minha mão e chorava ao ouvir o choro do bebê. E enrolada em uma manta rosa eles nos entregaram. De fato, era minha princesa.

Felicity a pegou nos braços e eu estava atônito, olhando para um ser tão pequeno. Minha filha. Me aproximei mais e beijei a testa de Felicity, a bebê diminuiu o choro e toquei sua pequena cabecinha cheio de fios dourados,mal havia percebido minhas lagrimas, meu coração batia forte e de repente eu tinha mais um de muitos outros grande motivos para continuar vivendo. Era simples assim, olhei para ela e agora simplesmente entendo o que Dig quis dizer no dia em que Felicity e eu fomos visitar Sara. Eu o entendia porque agora, no segundo em que olhei para minha filha, todo o mundo mudou, todo o universo havia mudado.

Sorrio e me aproximo mais de Felicity.

-O que acha de Emily? – sugiro em um sussurro.

Felicity sorri ainda mais para mim e me aproximo beijando calidamente seus lábios. Eu era tão grato a ela, havia feito e continuava fazendo tanto por mim que a cada dia eu tinha certeza que nem em mil anos faria o suficiente para agradecer a ela.

-Eu te amo. – sussurra quando nos separamos.

-Eu também. – novamente observo o rostinho de nossa filha. –As duas.


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Notas finais do capítulo

Eaeeee gostaram? Espero que sim. Comentem dizendo o que acharam.
Alias, ainda tenho que responder os comentários de "All the day of our lives" farei isso assim que possível, desculpem a demora.
Até a próxima! Bjsss.



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