Reino Esquecido escrita por Beato


Capítulo 4
Capítulo 4 – União




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Katrina acordou com os primeiros raios do sol tocando sua face, pensou em levantar, mas a visão de Minerva deitada grudada a ela a impediu. Ela não se lembrava de terem dormido tão próximas.

Minerva estava o mais confortável possível aninhada ao calor do corpo de Katrina. A beleza que Minerva possuía era notável pra todos, mas só agora katrina realmente a observava detalhadamente. Minerva possuía cabelos castanhos escuro com algumas mexas prateadas, eles eram longos, porém não como os de Katrina, os dela so iam até metade das costas. Sua pele branca, quase albina, dava um perfeito contraste com os cabelos escuros. Ao pouco Minerva abriu os olhos ao ser acordada também pela presença do sol, Katrina pôde ver os olhos cor de mel de Minerva, mas quando seus olhares de encontram, ela se sentiu constrangida e desviou logo seu olhar pra outra direção. Minerva via aquela estranha fuga sem entender muito bem, pois ainda estava sonolenta, mas isso não a impediu de pôr seu plano em ação: Ela precisava da confiança e dedicação de Katrina e faria de tudo pra conseguir, até já sabia o que fazer.

Minerva levantou–se se espreguiçando, e virou para oferecer a mão pra Katrina levantar. As duas tomaram um café da manhã improvisado e logo estavam prontas para partir.

– Naquele lugar onde estávamos havia dois caminhos, deveríamos voltar? – Minerva dizia.

–Han? Não... – Katrina respondia pensativa olhando para a posição do sol. – A floresta faz com que muitos nunca voltem porque ela vive, ela é mágica e brinca com nossos sentidos. Lembre–se que da nossa cidade podíamos ver o começo e o fim da floresta, o caminho é uma linha reta, ou o mais próximo disso, o sol trilha o mesmo caminho.

– Sim, eu lembro, mas não entendo. – Minerva respondia.

Bom, estamos na trilha do sol agora. Por qualquer um daqueles caminhos teríamos nos perdido, o sol nos acompanhar agora significa que estamos no caminho certo.

Minerva não respondia, mas ficava boquiaberta com a inteligência de Katrina.

– Uau! Você é um gênio! – Minerva disse sorrindo e logo pensou "Agora quero mais ainda te superar", mas ela se pôs a caminho, parando para oferecer a mão para a Katrina. – Bem, vamos então.

Minerva e Katrina caminharam o que parece uma eternidade de mãos dadas. O silêncio começava a perturbar Minerva, mas Katrina foi a primeira a puxar assunto.

– Então, han... – Katrina falava desajeitadamente. – Minha mãe é bem rude, mas fez o que pôde para nos criar. Pra ser franca eu não sinto sua falta, mas sinto do meu irmão mais novo, Loki. Eu amo aquele pestinha. Sabe, ele tem cabelos vermelhos igual o meu, mas seus olhos são castanhos. – Em seguida ela perguntava desajeitadamente. – Quem é você exatamente? Di–digo, como é sua vida?

– Huum... Eu morava com a minha mãe e minha irmã mais nova. Minha mãe fazia pequenos bicos como cozinheira e faxineira para nos criar, era uma vida bem simples. Ela é uma mulher dedicada, esforçada, que fez de tudo pelas filhas. – Minerva pensava no que falar a seguir, ela odiava aquela vida, mas contaria a menor quantidade de mentiras possíveis – Eu não gostava e ainda não gosto da minha irmã, ela é uma garotinha de 6 anos intrometida, vivia pegando minhas coisas, mas é linda. Ceci tem cabelos prateados e olhos verdes.

– AHH! – Katrina gritava ao ouvir a descrição de Ceci dando um susto em Minerva. – Era ela! Eu a encontrei uma vez, ela foi legal comigo.

– Que bom.

As meninas continuaram andando distraídas, não viram quando um buraco enorme apareceu no caminho, nessa hora Katrina estava na frente, ela deu um passou e só não caiu para a escuridão pois ainda estava de mãos dadas com Minerva, e esta a segurou.

Minerva se sentia estranha, queria ver aquela garota sofrendo a seus pés, mas não queria a ver morta. Afastou o pensamento da cabeça fazendo força pra puxar Katrina, ao mesmo tempo Katrina fazia força com as pernas pra tentar subir, assim que conseguiram Katrina caiu por cima de Minerva.

– O–obrigada. – Katrina dizia tremula ainda.

Minerva não disse nada, a ideia de ficar sozinha novamente a assustou, não queria estar só, queria a companhia de Katrina, ela a queria. Minerva não resistiu proximidade de Katrina, levou os braços até a parte de trás da cabeça de Katrina a puxando para si. Com um selinho o começo e o fim de algo foi marcado, Katrina fazia o selinho evoluir para um beijo mais envolvente, Minerva não relutou. Ao término Katrina desviava o olhar envergonhada, mas Minerva não deixou que fosse por muito tempo, colocou uma mão em cada lado do rosto de Katrina e a fez olhar para si.

– Não precisa se envergonhar. – Minerva dizia amavelmente. – Estamos juntas nisso, vamos cuidar uma da outra até o fim, tudo bem?

– Si–sim.. – Katrina dizia sentindo o rosto queimar.

Elas se levantaram novamente dando as mãos, dessa vez prosseguiriam com mais cuidado, esperando que nada mais acontecesse. Elas conseguiram passar de lado pelo buraco por uma lateral estreita, e a cada passo que davam, o fim se tornava inevitável. Minerva já se via apaixonada, mas não desistiria de seu trono, aproveitaria cada minuto com Katrina, mas assim que saíssem iria matá-la, tinha que fazer isso, pois amor é fraqueza e Katrina havia se tornado sua fraqueza.


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