Katrina voltava pra casa após se animar, e se culpava por não ter pensado em perguntar o nome da pequena e bela garota que a encontrou e a animou, mas agora não adiantaria procurá-la, com toda certeza ela já teria voltado pra casa também. Ela observou a casa onde sempre viveu, uma casa de dois andares com paredes amarelo claro, bem a sua frente havia um portão centralizado no muro que cercava a casa, passando pelo portão dava pra ver um pequeno corredor que levava ate a porta da casa, e ao redor do corredor um mato curto. Havia 1 janela na sala, e no andar de cima era possível se ver mais duas janelas. Ao entrar na casa, a sala emitia uma sensação de vazio por estar escura, uma porta a direita levava a cozinha, e logo a frente havia uma escada que levava ao andar superior onde ficava os quartos.

Katrina subia as escadas evitando fazer barulhos, não queria que a mãe acordasse, ao terminar, passava pela primeira porta a direita que era o quarto de seu irmão, e entrava na primeira porta a esquerda, que era seu quarto, mas antes olhava para o fim do corredor, ainda havia uma porta a esquerda que era o banheiro e no fim do corredor a porta que levava para o quarto de sua mãe, porém ambas as portas estavam abertas. "Aonde será que ela foi?", pensou consigo mesma, "espero que ela não tenha notado minha fuga".

Katrina fechava a porta atrás de si ainda um pouco apreensiva, mas em seguida se jogava na cama esperando o sono chegar, o que não demorou muito a ocorrer, ela fechou seus olhos lentamente.

A manhã chegou e com ela o anuncio do mais importante desafio de Katrina, se ela iria enfrentar a floresta, teria que conseguir toda a comida possível, só para o caso de demorar mais do que o previsto. Ela se levantou e notou que ainda usava as mesmas roupas, no guarda roupa ela pegou um vestido branco sem manga, uma sutiã e uma calcinha, ela estava para sair do quarto quando resolveu voltar até o guarda roupa, abrindo–o novamente, pegou um short preto e a toalha vermelha, com isso ela enfim saiu de seu quarto para ir até o banheiro tomar banho.

––X––

Minerva penteava seus longos cabelos, sabia que era linda e que todos a admiravam, seu único defeito era a ignorância e a ganância que havia em seu coração, mas ela não se importava, se os seres imundos, era assim como ela se referia as pessoas ao sei redor, quisessem toca–la ou ao menos ter a bênção de sua presencia teriam que aceitar isso.

Após terminar sua sessão de beleza, Minerva saia de seu quarto, aquele seria o dia em que ela partiria para a floresta, olhou para trás, nunca mais precisaria entrar naquela espelunca de novo. Ela descia as escadas planejando quais seriam suas primeiras ações como rainha, ate que algo interrompeu sua linha de raciocínio.

"Aquela pirralha", pensou, "sempre me atrapalhando, em breve nunca mais a verei".

Ceci estava sentada perto da janela observando as pessoas caminharem quando Minerva passou reto saindo pela porta da casa.

Ceci ficou observando sua irmã mais velha sair de casa com um de seus mais belos vestidos, um lilás com as extremidades na cor preto. De fato, a beleza da irmã era estonteante, pena que o mesmo não podia ser dito de seu coração.

Minerva dava uma volta pela cidade, aquela seria a última vez que ela veria aquela cidade terrível. Ela estava se preparando pra partir quando viu uma bela garota em frente ao mercado principal. "Bonitinha...", pensou, "mas não chega aos meus pés".

Minerva dava uma última olhada na jovem, até notar que ela também estava respondendo o olhar, então deixou de encará-la e seguiu em direção da floresta.

––X––

Katrina estava no mercado principal quando notou uma bela jovem a olhando, ficou encantada com a beleza a jovem, mas não demorou até ela ir embora, katrina ficou olhando para o nada se perguntando quem seria ela. Uma forte rajada de vento passou a tirando de sua distração. Ela entrou no mercado pegando tudo que poderia com o dinheiro que havia em mãos e que pudesse carregar.

No fim Katrina estava segurando 3 sacolas, nelas havia bolachas, salgadinhos, caixinhas de suco de laranja, pois eram seus favoritos, e água. Ela voltou pra casa e notou que sua mãe ainda não havia voltado, mas isso não a impediria, ela colocou tudo que havia comprado e pôs em uma bolsa, e antes de sair passou no quarto do irmão.

Katrina bateu na porta duas vezes mas não houve resposta, então ela abriu a porta cuidadosamente e entrou no quarto, estava vazio.

"Desculpa maninho... eu realmente queria me despedir direito".

A jovem pegou uma folha em branco e escrevia para o irmão a seguinte mensagem: "Maninho, eu decidi mesmo enfrentar a floresta. Me desculpa por te deixar sozinho nessa casa, até porque sei que será você que acabará ouvindo as reclamações de mamãe. Mas me deseje sorte, porque eu vou fazer de tudo pra levar um sorriso pra face de cada criança que existe ou que existirá.... Até logo".

Katrina deixava a carta dobrada em cima da cama do irmão e ao sair do quarto fechava a porta. Em seguida saia pela porta da frente da casa, não demorou muito até ela estar em frente a floresta. Por uma última vez ela olhou para a cidade atrás de si em pleno meio-dia, e virando-se novamente, deu seu primeiro passo para dentro da floresta desafiadora.