The Ravenclaw Girl escrita por Nightshade


Capítulo 4
Primeira Aula de Poções do Ano


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, como eu disse antes, esse é um Universo Alternativo em que Voldemort não existe. Mas alguns eventos do livro eu irei deixar, como a mudança dos professores de DCAT a cada ano letivo.



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Uma tal de Dolores Umbridge seria nossa nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. Me lembro que meu pai já a mencionou uma o duas vezes em casa, e não era de maneira elogiosa. Ela era a Subsecretária Sênior do Ministro da Magia. Papai a detestava e agora vejo o por que.

Umbridge parecia com a tia solteirona de alguém, sendo atarracada, com os cabelos curtos castanho-acinzentados e se vestindo toda de rosa. E o jeito que interrompera o professor Dumbledore para falar com aquela voz tola e enjoada me fez desgostar dela fervorosamente. E o discurso que fez sobre "o progresso pelo progresso não deve ser estimulado, pois as nossas tradições comprovadas raramente exigem remendos"? O que aquela mulher queria dizer com isso? Por Merlin!

A essa altura, Cho Chang, uma garota também da Corvinal, já conversava novamente com as amigas. Até mesmo Luna, já pegara sua revista O Pasquim para ler. Claire, uma das garotas com as quais eu divido o dormitório, deitou a cabeça na mesa e fechou os olhos.

Eu gostaria de saber o que Dolores Umbridge estava planejando. Aquele discurso estava muito estranho e longo para o meu gosto.

Olhei para Annelize na mesa da Sonserina do outro lado do Salão Principal. Ela estava como eu imaginei que ela iria estar; com o cenho franzido e os olhos estreitos. Com certeza também não havia gostado do discurso de Dolores, e isso queria dizer que ela iria aprontar muito com a Umbridge. As vezes eu me pergunto o por que de Lissie não ser amiga de Fred e George Weasley.

Passei os olhos pelo resto da mesa da Sonserina e encontrei Adrian junto com outro garoto que eu não sabia o nome. A mesa da Sonserina prestava grande atenção ao que Dolores Umbridge dizia.

Depois de um tempo, professor Dumbledore nos dispensou para irmos dormir, afinal amanhã era o nosso primeiro dia letivo. Annelize acenou para mim se despedindo antes de corre em direção as Masmorras, onde se localizava o Salão Comunal da Sonserina.

Me levantei lentamente da mesa e caminhei junto com Claire e Luna para o Salão Comunal da Corvinal. Subimos as escadas em silencio até chegarmos em frente a aldrava em forma de uma grande e bela águia de bronze. Esperei para ouvir o enigma.

Não se pode ver, não se pode sentir. Não se pode cheirar, não se pode ouvir. Está sob as colinas e além das estrelas. Cavidades vazias - ele vai enche-las. De tudo vem antes e vem em seguida. Do riso é a morte, é o fim da vida. – proclamou a águia.

– A escuridão. - respondi sem nem sequer pestanejar. Eu tinha esse dom estranho de ser realmente incomparavelmente boa em resolver enigmas. Chegava até a ser um pouco assustador. Pois bem, a águia de bronze nos revelou a entrada.

O Salão Comunal da Corvinal é lindo. Tem um tapete azul meia-noite, janelas altas e um teto em forma de cúpula pintado de estrelas. Nós temos uma excelente vista dos terrenos da escola, do lago, da Floresta Proibida, do estádio de Quadribol, das estufas de Herbologia e das montanhas que cercam o castelo. Isso sem contar as grandes estantes cheias de livros.

Parei no meio da sala e respirei fundo, sorrindo. Estava em casa.

***

Acordei na hora certa para o primeiro dia de aula mas tive a grande surpresa em descobrir que apenas Claire estava no dormitório e dormindo profundamente. Cogitei a hipótese de não acorda-la mas fiquei com medo de que ela se atrasasse e perdesse a primeira aula. Então, depois de alguns minutos estávamos indo juntas para o Salão Principal.

– Como foram suas férias, Claire? - perguntei. Claire era mestiça, seu pai é bruxo e a mãe trouxa. Me lembro que de inicio ela se mostrou relutante em aceitar minha amizade, por conta de minha linhagem pura e o fato de que toda a minha família paterna era formada por Sonserinos. Mas agora somos boas amigas. Tenho orgulho de minha linhagem, porem não sou preconceituosa.

– Foram ótimas! Minha mãe quis visitar a família na França, então passamos as férias em Paris. - ela sorriu - E as suas, Mia?

Meu sorriso vacilou um pouco. Minhas férias... Bem...

– Meus avós vieram visitar e foram hóspedes em casa nas primeiras semanas de férias. - respondi, tentando manter meu tom de voz normal.

– Isso é ótimo! - ela ainda estava sorrindo.

– Não foram os meus avós maternos que vieram, Claire. Foram meus avós paternos. - esclareci e Claire parou de sorrir.

– Oh. - foi tudo que ela disse. Mas não havia mesmo muito o que dizer sobre isso. Para se ter uma ideia de como eram as pessoas de minha família paterna se deve saber que minha tia, irmã mais nova de meu pai, foi deserdada da família apenas por se casar com um Lufa - Lufa. É claro que eles também não ficaram muito felizes por meu pai desposar uma Corvinal, mas como mamãe era de uma boa família e o irmão dela - tio Robert - e o pai dela - meu avô Cyrus - ambos pertenceram a Sonserina, estava tudo bem.

Resumindo tudo: eles não são pessoas muito agradáveis.

Sentamos na mesa da Corvinal. Puxa, eu havia sentido saudade das deliciosas comidas de Hogwarts. Só depois de saborear um pouco dos ovos com bacon que ergui os olhos para procurar Annelize na mesa da Sonserina. Ela estava lá, e como sempre discutindo com Pansy Parkinson.

Quando os diretores de cada Casa passaram entre as mesas para distribuir os horários de aula, professor Flitwick - que era meu professor favorito, além de ser o diretor da Corvinal - entregou meu horário. Minha intensão era aproveitar a chance e comentar com ele sobre o Feitiço do Patrono, mas quando vi minha primeira aula esqueci completamente.

Dois tempos diretos de Poções.

Bosta de dragão.

Annelize adorava o professor Snape, mas eu não. Quero dizer, eu não tinha nada contra ele e como eu não era da Grifinória ele não pegava muito em meu pé. Mas eu acho ele tão... assustador.

Olhei novamente o pergaminho com a grade de horários. Era em dupla com a Lufa - Lufa. Terminei rapidamente meu suco e me levantei pegando a mochila.

– Você vem? - perguntei para Claire. Ela olhou seu relógio de pulso.

– Não. - se serviu de mais alguns bacons - Ainda dá para ficar mais um tempinho.

Dei os ombros e me pus a caminhar para fora do Salão. Me virei para acenar para Lissie, mas ela ainda discutia com Pansy. Fui andando calmamente para as Masmorras. Acelerei mais o passo para entrar na sala de aula e acabei colidindo com alguém que também entrava rapidamente.

– Desculpe. - falei para o rapaz loiro em minha frente. Ele usava as vestes da Lufa - Lufa e um distintivo de Monitor. Eu sabia quem ele era, mas não lembrava o nome.

– Tudo bem. - ele sorriu e me deixou entrar na frente, como um cavalheiro.

Sorri para ele e entrei na sala. Havia poucos alunos lá dentro, e apenas três Corvinais, os quais eu não tinha intimidade. Me sentei em uma bancada sozinha.

– Ei. - alguém me chamou - Posso me sentar aqui? - era o Monitor loiro. Ele apontava para a cadeira ao meu lado.

Na verdade eu preferia que Claire ou alguma outra das minhas colegas se sentasse comigo ao invés de um estranho, mas o garoto parecia ser simpático então eu concordei.

– Claro. - sorri. Ele sorriu de volta e se sentou.

– Sou Ernest Macmillan, monitor da Lufa - Lufa. - ele estendeu a mão para que eu apertasse.

– Amélia Knight, mas não fui nomeada monitora da Corvinal. - sorri, aceitando seu cumprimento.

– Eu realmente achava que você seria nomeada monitora, Amélia. Você sempre foi uma ótima aluna. - disse ele.

Franzi levemente a sobrancelha. Como ele poderia saber se sou uma ótima aluna se raramente tínhamos aulas juntos.

– Como você pode saber se sou uma boa aluna ou não? - perguntei em tom de brincadeira.

– Porque ano passado tínhamos aula de Feitiços juntos. E eu nunca vi ninguém tão bom em Feitiços. Nem mesmo Hermione Granger. - respondeu ele.

Juro que fiquei sem fala por alguns segundos. Quando encontrei novamente minha voz, porem, o professor Snape entrou na sala batendo a porta fortemente ao entrar.

– Quietos. - falou o professor friamente.

Endireitei minha postura e encarei minhas mãos cruzadas por cima da bancada.


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Notas finais do capítulo

O enigma do capítulo foi tirado do livro O Hobbit, de J.R.R. Tolkien.
Comentem!!!