The Ravenclaw Girl escrita por Nightshade


Capítulo 1
Corvinal




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Toda criança que cresce ouvindo os pais falarem sobre Hogwarts, contando história de seus anos escolares, professores, matérias, sempre ficam ansiosas para receberem sua carta aos onze anos lhe convidando a estudar magia nessa maravilhosa escola. Comigo não foi diferente.

Meus pais são ambos Sangues - Puros, mas não me entenda mal, não tenho nenhum preconceito contra mestiços e nascidos trouxas; e meus pais também não.

Eu sempre achei a história deles muito romântica e um pouco engraçada.

Para começar, eles eram completamente diferentes. Minha mãe era a beleza da Corvinal, com os cabelos longos e brilhantes, olhos muito azuis e monitora em seu quinto ano, além de muito inteligente. Cassandra Lanyon era praticamente perfeita em tudo o que fazia. Meu pai era muito popular na Sonserina, com os cabelos castanhos acobreados, os olhos misteriosos e sendo artilheiro no time de Quadribol. Henry Knight tinha tudo o que uma garota gostaria.

Eles se conheceram logo após uma final de Quadribol em que a Sonserina havia derrotado a Grifinória. Meu pai havia sido considerado o herói da partida. No jantar daquela noite, enquanto ria e se divertia com os amigos, ele viu minha mãe entrando no Salão Principal com toda a sua elegância de uma jovem Corvinal. Encorajado pelos amigos, meu pai levantou da mesa verde e prata e caminhou até a mesa azul e bronze. Conversaram um pouco e meu pai a chamou para acompanha-lo no próximo passeio a Hogsmead.

Ficaram noivos assim que saíram de Hogwarts. Se casaram e eu nasci.

Amélia Millicent Lanyon Mignonett Knight, muito prazer.

Um dos momentos mais inesquecíveis da minha vida foi quando comprei minha varinha no Beco Diagonal. Na mesma loja em que meus pais compraram as deles aos onze anos de idade. No Olivaras.

Reconheço que dei muito trabalho á Garrick Olivaras, esvazia praticamente todas as caixas de varinhas e nada. Lembro-me de na décima quarta tentativa já ter perdido as esperanças, e meu pai havia começado a gargalhar a partir da décima primeira.

Mas em minha décima quinta tentativa, algo aconteceu. Meu braço direito começou a ficar morno e faíscas turquesas saíram de minha varinha. Abri um sorriso; a varinha havia me escolhido e sua lealdade me pertencia.

Carvalho, 27 centímetros, pelo de unicórnio. Ótima para feitiços. Sete Galeões.

No embarque à plataforma 9 34, antes de entrar no trem, meus pais haviam me abraçado com tanta força que eu não conseguia respirar. Minha mãe tinha os olhos azuis marejados.

A pior coisa de estar em um trem no qual você não conhece ninguém, é estar sozinha em um trem no qual você não conhece ninguém.

Estava sozinha no corredor, quando uma garota com feições duras me encarou de dentro de um compartimento e perguntou arrogantemente:

– Qual é o seu sangue?

– O negativo, mas isso com certeza não lhe diz respeito, a não ser que você seja um vampiro. - dito isso, dei as costas para a garota e andei até encontrar um compartimento vazio.

E encontrei, mas uma garota de cabelos compridos e cacheados estava sentada com as pernas cruzadas lendo um livro de poções. Seus olhos eram de um tom âmbar distinto, praticamente dourados, que combinavam com o rosto arredondado e bonito.

Bati no vidro e abri a porta.

– Com licença. - falei - O resto do trem esta cheio, posso me sentar aqui?

Ela abaixou o livro lentamente e me encarou. Ela abriu um sorriso exageradamente grande, mas parecia verdadeiro.

– Claro que pode. - ela disse - Vem! Senta aí, garota!

Me sentei de frente para ela.

– Meu nome é Annelize Whistle Grey, mas pode me chamar de Lissie. - ela estendeu a mão. Apertei a mão dela.

Annelize Grey. Até hoje somos grandes amigas.

– O meu é Amélia Millicent Lanyon Mignonett Knight, mas pode me chamar de Mia.

De fato, ela me chamava de Mia, Am, Amy, Lia, Millie e até mesmo Lan, por conta de meu sobrenome materno.

– Então, Mia, para qual casa você gostaria de ir? - ela perguntou, entusiasmada.

– Bem, - pausei - eu sempre quis ir para a Corvinal.

– Ah... - ela franziu as sobrancelhas - Eu quero ir para a Sonserina! Toda a minha família foi de lá!

– Meu pai foi da Sonserina. - sorri.

– Legal! - ela riu.

Nos tornamos amigas inseparáveis a partir dali. Conversávamos sobre várias coisas até uma menina de cabelos castanhos armados entrar sem bater em nossa cabine.

– Desculpe interromper, mas vocês viram um sapo por aí? Um garoto chamado Neville perdeu o dele...

– Não, sinto muito. - respondi.

Mais tarde naquele dia, professora Minerva McGonagall nos guiava até o Salão Principal enquanto falava sobre as quatro casas e em como cada uma delas formaram grandes bruxos e bruxas.

O Salão Principal era lindo, como meu pai havia dito, enfeitiçado para parecer o céu a noite. E, em um banquinho de madeira, estava o famoso Chapéu Seletor, que começou a cantar sobre as Quatro Casas de Hogwarts. Me concentrei na parte em que ele cantou sobre a Corvinal.

Ou será a velha e sábia Corvinal

Casa dos que tem a mente sempre alerta

Onde homens de grande espírito e saber

Sempre encontrarão companheiros seus iguais...

Logo a música encerrou e a professora chamou nossos nomes.

– Hanna Abbott! - uma garota loira caminhou até o banco com uma expressão de nervosismo.

– Lufa - Lufa! - anunciou o Chapéu.

– Hermione Granger! - reconheci a garota que apareceu em minha cabine.

– Grifinória! - anunciou o Chapéu e a mesa vermelha e dourada vibrou.

– Annelize Grey! - Lissie olhou para mim sorrindo e caminhou confiante até o banco e teve seu desejo realizado.

– Sonserina! - a mesa verde e prata aplaudiu.

– Amélia Knight! - chamou a professora e eu caminhei lentamente até o banco.

– Ora, o que temos aqui! - falou o Chapéu em minha cabeça - Me lembro de seus pais, Henry e Cassandra, os dois, bem difíceis de selecionar... Mas vamos ver você. Bem leal e justa, não teria medo de sofrer por aqueles que ama, você serviria na Lufa - Lufa; porém é corajosa e tem grande nobreza, uma boa Grifinória tenho certeza, mas há também ambição e muita astucia aqui em sua mente, talvez Sonserina...

– Eu sempre acreditei que as pessoas fossem capazes de escolher seu próprio destino, e suas escolhas. Se precisar ser corajosa em uma situação, poderá ser mais corajosa do que o mais puro Grifinório. Se precisar ser forte para suportar a dor, será como Lufa - Lufa. - sussurrei para o Chapéu e ele riu.

– Com certeza, uma Corvinal como a mãe.

– Corvinal! - anunciou o Chapéu Seletor e eu caminhei sorrindo para a mesa azul e bronze que agora me aplaudia.


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