Manual de Sobrevivência na Ilha dos Perdidos escrita por Celo


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Esta não é a primeira fic que posto neste site, mas é a primeira desta conta. Espero que se divirtam, Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/660114/chapter/1

Blake acorda pulando da cama com algo pressionando seu queixo. Através de seu tato, se deu conta de que era uma arma.

— Acorda agora! — Alguém grita cuspindo fazendo voz grossa. Ela levanta com cautela por motivos óbvios. Ao fazer um esforço mental enorme pra abrir os olhos, ela parece tentar identificar a pessoa armada, mas sem sucesso. Ela ainda estava acordando. Ele era baixo e estava de gorro. Ela o examina em segundos e conclui algo inusitado.

— Isto é sério? Você me dá um susto enorme pra isso?

— Tá maluca garota?! Com quem você pensa que está falando?

— Cara, você não tá enganando ninguém de delinquente. Quer fazer o favor de tirar este troço da minha cara, eu preciso dormir!

— Escute aqui, mentecapta, você vai enumerar agora a senha do cofre!

— Mentecapta? Este é o seu melhor insulto? Mentecapta? Acha que tá me deixando amedrontada? Olha onde você tá pondo a arma, cara! Escuta, se você insiste em brincar de saquear castelos, deixe-me te ensinar umas coisinhas. — Em uma fração de segundos, Blake empurra o cabo da arma para frente velozmente, fazendo o agressor mirar no teto por segundos. Em seguida gira a arma com grosseria, tomando posse dela rapidamente e mirando no olho do rapaz — Primeiro, nunca deixe a arma ao alcance da vítima, não que por aqui haja alguma alma de bem digna de ser chamada de vítima, mas, digamos que é quem esteja em maior desvantagem, e caso esteja em desvantagem, pegue o que tiver por perto. Qualquer coisa que estiver ao seu alcance pode ser chamado de arma, teoricamente, é claro. — O rapaz tenta correr para pular a janela. Por ser uma atitude previsível, Blake chuta a porta da janela, fechando-a.

— Segundo, tenha sempre bons insultos, algo que deixe a vítima tensa, sensibilizada, TÁ LIGADO, OH SEU BABACA! DESEMBUCHA A SENHA DO COFRE OU EU ESTOURO SEUS MIOLOS, SEU MERDA! — Ela bate de leve a arma na nuca do rapaz fazendo-o cair sentado. Ele parecia apavorado, sentado no chão abraçando seus joelhos e encostado na parede enquanto Blake prossegue seu show andando pelo quarto. — E por último, tenha sempre em mente um jeito de entrada e de saída. Se o local for muito seguro, de alguém mais rico, e talls tenha dois de saída por precaução. Neste caso, você teve apenas um de entrada e de saída, a janela. Como tirei-a de você, está cercado. E pronto, pra, morrer.

Blake atira duas vezes no jarro de vidro ao lado do garoto.

— E isto é só o básico. — Ela joga a arma em seu colo. Já apavorado, o projeto de ladrão foge abrindo a janela e pulando dela. Blake grita “Boa Sorte, Novato!” da janela. Após fechá-la, ela se joga de costas na cama e volta a dormir, resmungando “É cada vilão que me aparece”.

Blake caminha pelo corredor de sua casa quando para no caminho para se olhar no espelho.

Blake Justice era branca, mas em consequência de passar grande parte de seus dias debaixo do sol, vivia com a pele vermelha e cheia de sardas. Blake tinha olhos verdes e cabelo platinado longo que cascateava até a cintura. trajava um vestido jeans vermelho e botas pretas. Tinha em uma orelha um brinco de dente afiado pendurado e usava várias correntes de prata em seu pescoço. Este estilo meio punk era aderido por praticamente todos os adolescentes habitantes da Ilha dos Perdidos. Você já deve ter ouvido falar. Uma ilha fedida com uma barreira mágica em volta onde todos os vilões e capangas de Auradon foram aprisionados e sua magia aposentada. Bom... Isto aconteceu a mais ou menos uns vinte anos. Natural que os mais até os menos famosos vilões tivessem tido filhos... Também, o que o Rei queria? Tudo que pôs no local em relação a lazer foi uma TV com apenas um canal cujo dono é alguém de Auradon. Não teve a mínima consideração de pôr ao menos um wi-fi aqui por perto. Nem precisava ter um sinal tão bom, só o suficiente para que os vilões tivessem o que fazer de interessante e não começassem a transar loucamente e tendo filhos que não tem a oportunidade de liberdade e nem de estudo.

Mas o que acontece com os que estão do lado de fora? Acertou. A Bela e a Fera reuniram todas os homens e mulheres de bem e após se nomearem Rei e Rainha formaram os Estados Unidos de Auradon. Um estado entupido de príncipes esnobes e princesinhas cor-de-rosa. Mas voltando a Ilha, Blake e sua mãe viviam saqueando lares, e quando um destes as agradava, as duas começavam a morar lá. No momento, a mãe de Blake viaja a Ilha numa tentativa inútil de encontrar um buraco na camada da barreira. Há anos que Blake e sua mãe não mudavam de casa e a garota já havia feito novos amigos na Vila. Todos ali saquearam a Vila anos atrás e são proprietários dela hoje.

— Pessoal. — Blake passa debaixo de um corrimão e passa por um degrau de uma escada onde lá estão três adolescentes. Pac, Bob e Wendy. Ela passa batendo nas mãos de cada um e por fim senta ao lado deles.

— Oi Blake. — Pac cumprimenta.

— Fala, Blake. — Bob dá um sorriso de canto de boca. — Curti o decote.

— Curti o seu também, apesar da regata com capuz estar em decadência, eu posso te arrumar um sutiã de renda. — Blake responde, fazendo Bob levantar a alça da sua regata.

— Blake, oi! Ainda bem que veio mais cedo hoje. Fiquei a madrugada inteira acordada e... Ouvi tiros. — Wendy revela, preocupada.

— Conte-me uma novidade. — Diz Blake.

— Eram tiros próximos a minha casa.

— Repito, conte-me uma novidade.

— Um deles atravessou minha parede!

— Oh Deus... Sua casa é vizinha ao meu quarto.

— É grudada no seu quarto, eu consigo ouvir você roncar! O que aconteceu?

— Ora, um projeto de delinquente chegou com uma arma na minha cara querendo a senha do meu cofre. Iludido... Nem eu mesma tenho a senha, só a lunática da minha mãe.

— Ele tentou roubar a casa da sua mãe? — Pac riu.

— Provável que seja novato. — Wendy comenta.

— Ou que ele não tenha visto a foice com a cabeça de um cervo empalado na porta de entrada. — Pac apresenta sua teoria.

— Ele pulou minha janela, mas eu sinto que ele aprendeu a lição.

— Atirou nele? Essa é a minha garota! — Bob levanta a mão para Blake bater.

— É claro que não! Imagina dormir num quarto com um corpo morto do lado. Já sentiu o cheiro de uma coisa dessas? E além disso, eu teria de limpar tudo aquilo.

— Viu o rosto dele? — Wendy pergunta seriamente, parecendo estar num interrogatório.

— O otário usava um gorro. Tão anos noventa. — Blake ri.

— Como se ele fosse julgado num tribunal como na TV. — Pac comenta.

— Acompanha as séries de Auradon?

— Alguém acompanha as série de Auradon? — Bob parecera surpreso.

— Bom, o sinal de TV foi a única conexão que criaram conosco, mesmo que ninguém veja televisão hoje em dia... Eu gosto.

— Nossa, Pac, você falando assim parece querer ser resgatado daqui e ser levado para Auradon.

— Tá repreendida! Eu os detesto, meu sonho é que um dia nossa geração e a geração seguinte tenha tantos filhos, e o índice de vilões fervendo em ódio aumentasse tanto que a barreira não aguentaria.

— Transbordaria sangues-ruins. — Blake comenta.

— Exato. E depois disso, iríamos até lá e com a bomba explodiríamos aquele castelo. Saquearíamos casas...

— Destruiríamos Vidas... — Bob lembra.

— Ai, que sonho... — Wendy diz encostando suas costas na escada.

— Após segundos de silêncio...

— Estão sentindo este cheiro? — Bob pergunta.

— Parece... — Pac tenta identificar o odor.

— Fumaça? — Wendy olha para os lados.

— Bob, sua casa! — Blake grita ao ver a casa de Bob saindo muita fumaça e começando um incêndio na vila, compartilhando do fogo na casa ao lado, e na seguinte, e na seguinte, tudo muito rápido.

Os quatro correm parando em frente as quatro casinhas da vila, aterrorizados, viam o local ser transformado em cinzas. Para onde iriam agora?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido, comentem sua opinião, o que você achou deste primeiro capítulo, e o que você espera que aconteça. Até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Manual de Sobrevivência na Ilha dos Perdidos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.