Existência Corrompida escrita por Gabriel Alexandre


Capítulo 23
O outro lado de lugar nenhum




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A cabana de Alex esta em ruínas, Zero está parado em frente dela com a mão no rosto, seus olhos estão em movimentos súbitos de um lado para o outro, olhos confusos e delirantes, a energia massiva em seu corpo não é de fácil controle e de tempos em tempos a loucura agarra seu cérebro em crises de insanidade.

Com uma expressão de desespero Zero tira a mão do rosto e então olha pra cima.

–Como eu pude abandonar nossos nomes? O que eu sou agora?

Os olhos negros de Zero perdem o brilho do centro e então uma risada sai das profundezas de seu ser.

–Horas, eu sou quem sou e o resto não importa, por que esse drama todo? Devo adiantar as coisas senão os malditos irão parar o eclipse. –Ainda arfando com sua risada profunda Zero senta-se no chão rachado do campo destruído após dizimar a vida ao redor e seu suspiro de cansaço o irrita. –Eu deveria ser o homem mais poderoso existente por que me sinto exausto? E digo homem para não dizer deus! Devo me adequar a essa atmosfera rapidamente, pois este mundo esta me rejeitando.

As nuvens acima de sua cabeça ficam pesadas, uma tempestade intensa cai com violência.

–Será que a natureza poderá lavar minha alma e libertar a minha mente de minhas próprias ambições malévolas e incessantes? –A máscara em seu rosto racha e então cai ao chão, o pequeno véu que cobria a parte de baixo de seu rosto desaparece esfarelando como se a chuva o limpasse e por um breve momento um sorriso aparece em seu rosto.

Com o pesar da chuva e da tempestade vem os relâmpagos em seguida rasgando os céus com os seus trovões barulhentos, Zero não se levanta apenas fica parado de olhos fechados sentindo os pingos de a chuva escorrer levemente em sua face.

–E... Eu... Eu devo... Controlar-me... –Zero se levanta e mais uma vez olha para cima e a dança dos raios o deixa atordoado. –Este mundo... Naturalmente é tão belo... –A aura negra da irá divina começa a ser expelida em sua volta. –Pelo menos serei eu quem irá destruir este mundo e não os humanos... Vamos fazer esse império sangrar.

Zero levanta seus braços em direção ao céu e então descargas elétricas caem violentamente em suas mãos, assim que as descargas elétricas param um tufão é criado nas palmas de suas mãos sugando tudo que esta em volta.

Graças ao tufão as nuvens desaparecem revelando a luz do sol, um feixe de luz toca o rosto de Zero e então o tufão para tão subitamente quanto os pensamentos de Zero.

–Como uma força com tamanho potencial para criação pode acabar com tudo? -Zero cai de joelhos no chão segurando a cabeça com expressão de dor. –Eu realmente devo destruir tudo?

Dentro de Zero uma batalha incessante de energia negativa e positiva estão destruindo todos os resquícios da humanidade que ainda restam em seu ser, sem sua humanidade logo apenas restarão às ambições maquiavélicas da cega ira divina que varrerá a Terra.

O corvo da dispersão olha para sua mão direita e então cria uma aura branca em volta dela, como pura luz.

–Se eu me sinto desequilibrado eu apenas tenho que me conceder o equilíbrio novamente e enfim concertar isso. -Com um golpe em sua própria barriga Zero cospe sangue e então sorri. –enquanto a consciência de Snap e Ikarus existir essa batalha não irá terminar.

Do corte saem luz e trevas com pressão como se estivesse uma supernova dentro de seu próprio corpo.

–Não! Eu não devo fazer isso. –Quando o corvo se levanta ele coloca a mão direita com aura negra em sua barriga e então o ferimento é reparado e ele se levanta e começa a flutuar. –Agora de uma vez por todas devo ir para o centro da cidade e acabar com tudo isso. –A sua própria voz ecoa em sua cabeça depois que ele já subiu alguns metros. –E com quem você não para de falar? Você esta insano não é mesmo?

No momento em que Zero olha para o chão inundado pela chuva ele pode ver seu reflexo na água e isso lhe traz uma dor imensa fazendo com que ele caia violentamente no chão encharcado.

–Essa batalha esta me matando! Como posso eu perder para mim mesmo quando esmago meus inimigos com tamanha facilidade? -Zero fala alto em tom gutural. –Eu não serei derrotado por minha humanidade!

O corpo de Zero antes já dividido metade branco metade negro fica ainda mais dividido agora com metade do corpo sendo Snap e metade Ikarus, a fusão quase se desfazendo cria uma dor tremenda tanto física quanto psicológica.

Uma esfera negra aparece em volta do corpo de Zero e uma entidade em sua frente apenas projetando uma grande sombra no chão sorri, sua sombra é como de um homem carneiro com asas.

–Não chegou à hora de você tomar forma humana ou se dividir, você ainda tem muito que fazer como o corvo da dispersão meu caro Zero, não atrapalhe meus planos Leviathan meu irmão, permita que a ira de Deus tome conta dos dois por hora, caso contrario serei obrigado a fazer algo que não será de seu agrado.

O homem carneiro aponta uma tocha de fogo negro para a esfera, uma rachadura aparece em sua superfície e a esfera quebra revelando um Zero restaurado.

–Seja mais uma vez o corvo mascarado que trará boa desordem no mundo para os anjos, isso me dará tempo para conseguir os preparativos para chegada “dele”.

Quando Zero sai da esfera ele não faz nenhum som, ele apenas traça uma estrela de 8 pontas no ar e ao atravessá-la ele aparece em outro lugar, ele aparece na frente da catedral do centro da cidade.

O centro da cidade esta infestado de anjos e no momento da aparição de Zero toda a atenção é chamada para si, Sidriel se vira para Zero e aponta sua enorme espada de duas mãos para ele.

–Será meu exercito e eu que erradicaremos sua existência corrompida da Terra!


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