O dia amanheceu calmo, e assim se passou aquela manhã, após o almoço, Sehun se dispôs a levar Luhan para conhecer a cidade. Caminharam por toda a cidade, parando em alguns lugares para que Luhan pudesse admirar as construções, assim como Sehun que se admirava ao ver o quanto a cidade cresceu no tempo em que esteve no exército e na guerra. Após a tarde inteira passeando por Seoul, foram à praça onde Sehun avistou Chanyeol num banco distante e mais perto de sí, Jongin, acompanhado de um garoto pequeno e fofo.

– Jongin? - Chamou o amigo.

– Sehun? - Olhou na direção da voz, vendo um pouco mais atrás de sí Sehun, que andava ainda mancando, junto à sí, um garoto um pouco mais baixo que sí e tão parecido que poderia se passar por gêmeo. Levantou-se dando sua mão para Kyungsoo se levantar e abraçou o amigo quando estavam próximos. - Você está bem? A sua perna dói muito amigo? Sente saudades?

– Calma. - Respondeu Sehun com um sorriso - Eu estou bem, dói um pouco, mas eu aguento e sim, sinto saudades, foi tudo tão de repente... Já viu o Chanyeol ali? Ele parece desolado.

– Oh! - Olhou na direção que o mais novo apontava, vendo seu colega sentado no banco olhando aparentemente o nada. - Vou lá falar com ele. Quando eu voltar faço as apresentações. - E assim correu até o outro. - Chanyeol! Está só aqui? O que houve?

– Jongin, não queria ver seu rosto até voltar para o quartel, mas parece que Seoul cresceu a toa! - Gargalhou Chanyeol. - Não estou só, estou com o pestinha da Yora, ela resolveu casar nesse tempo que eu passei longe sabe... - Terminou de falar apontando para o garotinho de mais ou menos dois anos que brincava sozinho no balanço.

– Legal, vida boa, Sehun está aqui, vamos até ele? E não se preocupe com o bebê, Kyungsoo saberá fazê-lo ficar quieto, ele leva jeito com crianças.

– Kyungsoo?

– Eu te apresento quando chegarmos lá, vai vir? - Chamou o outro já se preparando para voltar. Chanyeol apenas levantou-se do banco e foi até o bebê no balanço, que rapidamente foi para seus braços, caminhando junto a Jongin até chegar aos outros três que esperavam pacientemente.

– Arranjou um filho quando Chanyeol? - Debochou Sehun, fazendo Jongin rir e Chanyeol sorrir ironicamente.

– É da Yora Sehun.

– Ok, sem brigas, vamos às apresentações, pessoal, esse é o Kyungsoo - Jongin falou para acalmar os amigos se virando em seguida para Kyungsoo. - Kyung, esses são, Chanyeol e o sobrinho, e Sehun e... Sósia? - Riu ao terminar de falar.

– Pessoal este é Luhan, meu irmão mais novo, Luhan esses foram meus colegas no quartel, Jongin e Chanyeol - Apontou para cada um - E Kyungsoo, é um prazer conhece-lo.

– Prazer, Luhan e Kyungsoo. - Respondeu Chanyeol educadamente.

– Prazer Chanyeol e Luhan. - Respondeu Kyungsoo.

– Prazer a todos. - Respondeu Luhan.

– Prazer Luhan, e Sehun, tem certeza de que ele é irmão mais novo? Não é gêmeo?

– Absoluta Jongin, ele é cinco anos mais novo que eu. - Respondeu Sehun.

– Eu nunca cheguei a conhecê-lo antes Sehun, Onde ele esteve esse tempo todo? - Chanyeol foi mais esperto.

– Ele nasceu doente hyung, teve que ficar com parentes nossos que viviam na Europa, voltou agora depois de curado. - Respondeu Sehun com cautela.

– Oh, entendo. - Embora houvesse ficado desconfiado confiou no maknae, ele nunca havia mentido para eles, e quando tentou falhou piamente, acreditando assim na história dele.

Colocaram os assuntos em dia e conversaram sobre coisas banais até que escurecesse, Luhan foi o primeiro a notar tudo, dizendo que ambos já deveriam estar em casa e que estava com medo de não estar realmente curado, inventando que o médico o havia dito que ele precisava tomar mais cuidado durante a noite, Sehun acompanhou o rapaz, já que sentia sua perna doer um pouco, e como ficou sentado durante um bom tempo, seria muito doloroso andar. Kyungsoo concordou, pois a criança em seus braços já ressonava cansada, sendo assim todos decidiram ir embora, cada um para suas casas, prometendo se encontrar no dia seguinte, naquele mesmo horário, ali na praça, só que nos bancos e não na grama como fora naquele dia.

Chanyeol foi o único a seguir um caminho diferente dos demais, mas em devido momento os quatro rapazes tiveram de se separar, Jongin e Kyungsoo foram para a esquerda e Sehun e Luhan foram para a direita. Jongin e Kyungsoo caminharam mais um pouco pelas ruas já escuras e em devido momento Jongin fez algo do qual podia se arrepender, mas pelo menos saberia que havia feito, puxou Kyungsoo para um beco numa rua mais escura e o beijou, de forma urgente e desejosa, como se só houvesse aquele momento, os lábios se moldavam perfeitamente e quando Jongin pediu permissão, Kyungsoo deixou, entreabrindo os lábios e sentindo a língua do mais velho o tomar por completo, a boca do moreno era quente e gostosa, Kyungsoo passou as mãos pelos braços e costas do moreno querendo conhecer seu corpo de todas as formas e queria levar aquele ósculo até o infinito, mas a falta de ar não só dele, mas também do mais velho, fez com que eles parassem, o moreno maior encostou as testas e resolveu se pronunciar.

– Seus lábios são a provocação pura, me sinto tentado só de vê-los, quero-os para mim, somente para mim. - Sussurrou contra o lóbulo de Kyungsoo.

– Sua pele é a personificação do pecado, quero tocá-lo até me perder na luxúria que elas me remetem, quero ser o único a te tocar. - Sussurrou contra os lábios do moreno mais alto, iniciando outro beijo ainda mais intenso que o primeiro, e ali naquele beco escuro, consumaram o maior pecado, o que os levaria direto ao inferno, o sexo luxurioso para eles era amor, um amor tão intenso que pensavam que não conseguiriam segurar por muito tempo.

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Luhan e Sehun foram recebidos em casa com abraços e broncas da senhora Oh que estava preocupada com os *filhos* que demoraram a chegar, levando os dois direto para a sala de jantar, onde o que mai parecia um banquete estava posto a mesa, mas não deram muita atenção a esse fato, a fome não os permitia pensar sobre e mesmo que pudessem, não queriam pensar. Comeram até praticamente estafar e Sehun seguiu para o banho, enquanto Luhan arrumava as camas.

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– Cheguei noona. - Falou ao abrir a porta.

– Quem foi à rodada da vez? - Perguntou Eunhee.

– C-Como? - Quase gritou a pergunta com tanto espanto.

– Você está cheirando a sexo Jongin. - Levantou-se indo até o irmão.

– N-Noona... B-Bem... N-Não fiz nada com ninguém! Eu só me aliviei fora de casa por respeito a você e a mamãe! - Falou completamente vermelho, mas mesmo assim ñ contou a verdade, pensava em Kyungsoo e o que aconteceria se fossem descobertos.

– Nossa maknae! Pensei que fosse pegador. - Riu a mais velha, subindo as escadas em direção ao seu quarto.

Ao ver-se finalmente sozinho jogou-se no sofá com lágrimas nos olhos, “Se eu e Kyungsoo assumirmos um relacionamento seremos julgados até a morte, mas se nos separarmos...” Jongin odiava pensar nessa possibilidade, a verdade é que, seria melhor pra todos se eles acabassem, mas estava preso a promessa que havia feito ao mais novo.

Flash back on

Terminaram de se vestir para voltar as suas casas quando Kyungsoo o pegou de surpresa.

– Eu tenho dezesseis anos.

– O q-quê? Dezesseis? Soo... Você mentiu pra mim?

– Perdoa-me! É que... Eu sentia que você não me aceitaria...

– Isso não é motivo! Você não confia em mim?

– Confio! Perdoa-me Jongin?...

– Dezesseis... Sou nove anos mais velho que você...

– Jongin... - Kyungsoo já tinha lágrimas aos olhos.

– Tudo bem. Não há o que perdoar. - Falou Jongin calmo - A não ser que tenha se arrependido.

– Não me arrependo! Eu te amo Jongin!

– Eu também te amo Soo, e não me importo com sua idade, só não minta mais pra mim. - Falou abraçando o menor.

– Jonggie, me promete uma coisa? - Encostou a cabeça no peito largo e bem definido do maior coberto pelas várias peças de roupas.

– Qualquer coisa Soo. - Apertou-o ainda mais no abraço.

– Não me deixe, nunca me deixe, por favor, vamos ficar juntos para sempre. - Apertava as mãos envoltas do corpo do moreno o quanto podia enquanto falava.

– Prometo.

Flash back off

As lágrimas agora já caiam livres e um nome foi pronunciado naquele silêncio e na penumbra “Kyungsoo”, não comeu nada, não tinha apetite, foi direto para a cama, rezando para dormir logo.

Já Kyungsoo estava nas nuvens, entrou em casa e agiu normalmente com seus pais, jantou e se preparou para dormir, pensando em tudo o que houve naquele dia, Kyungsoo sabia do preconceito do povo, mas nunca se importou com a sociedade e sabia que podia superar tudo ao lado de Jongin, Kyungsoo só ñ sabia que Jongin era tão fraco.

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Já prontos para dormir, Luhan ajudava Sehun a deitar enquanto conversavam.

– Acha que seu amigo Chanyeol acreditou no que você disse? - Perguntou preocupado.

– Sim, ele é meio desconfiado, sempre foi, mas ele acreditou. - Respondeu tranquilo.

– Ok. - Já estava se afastando quando Sehun segurou sua mão delicadamente.

– Se por acaso ele vier a descobrir, ele nos ajudará, por que ele é como da família entende? - Puxou levemente o mais novo - Sente aqui. - E Luhan sentou - Não se preocupe, você vai ficar bem, agora vá dormir ok? Boa noite. - Sorriu para o mais novo, recebendo um beijo na testa em troca.

– Boa noite Sehun-ssi. - E após isso se levantou, indo para sua cama e apagando o candeeiro, dormindo logo em seguida, deixando um Sehun confuso e com o coração acelerado pelo beijo simples na testa, como se Luhan não tivesse ficado nervoso com o que havia feito.

Continua...