Era o ultimo dia de todos do exército em casa, e todos se despediam de suas famílias, na casa dos Park, Chanyeol chorava por ter que deixar a esposa, que a espera do primeiro filho do casal também chorava, na casa dos Byun, Baekhyun beijava a esposa que olhava o filho dormindo, seria melhor para ele sair o quanto antes, para que não visse o filho chorar, deixando uma única lágrima com sua saída, na casa dos Do, Kyungsoo saia sem deixar que os pais percebessem que estava dolorido depois de uma madrugada de amor com Jongin, que há mais ou menos uma hora atrás havia saído de sua casa pela janela, e por fim na casa dos Kim, Marilyn batia o pé no assoalho da sala quando ouvira o ranger da porta, denunciando a chegada de seu marido.

— Resolveu dar o ar de sua graça Kim Jongin? - Falou irônica.

— E o que importa eu estar em casa ou não? - Respondeu ainda mais irônico.

— Estava com ela de novo? - Perguntou ao perceber um chupão um pouco escondido pela gola da camisa.

— Estava. - Falou sério.

— O que ela tem que eu não tenho? Todos nessa cidade me desejam e eu não faço nada em respeito a você! Eu te amo de verdade. - Falou se aproximando e tocando o peito largo do intitulado marido com as mãos - Eu também posso te fazer feliz se me permitir.

— Você nunca vai ter o que “ele” tem. - Revelou fazendo Marilyn arregalar os olhos, subiu pegando sua mala e trocando de roupa, pondo seu uniforme militar e logo saindo de casa, deixando a esposa boquiaberta com aquela notícia.

A rodoviária estava cheia de familiares e soldados, e Luhan e Sehun estavam lá para se despedir dos amigos mais uma vez, Chanyeol chorava por que sabia que estava deixando sua esposa e filho sozinhos e não sabia quando voltaria, sendo acalmado por Baekhyun que dizia ao mesmo que ele aguentaria, assim como o mesmo aguentara, Jongin e Kyungsoo estavam juntos e acenaram quando viram os “irmãos” se aproximando.

— Não tem previsão de volta? - Luhan perguntou à Kyungsoo.

— Não Luhan hyung. - Respondeu o maknae triste.

— Se cuida então. - Falou alisando os cabelos do mais novo.

— Hyung, vamos sentir sua falta.

— Luhan vai sentir falta do Soo e só dele, ele quase nem olha pra mim. - Reclamou Jongin com um bico.

— O que quer dizer com isso? É melhor mesmo que ele não se aproxime de você. - Falou Sehun intimidando o mais velho.

— Calma aê cara, eu to falando de amizade. - Falou Jongin.

— Pare com isso Oh Sehun! - Reclamou Luhan - Eu nunca te dei motivos pra ter ciumes, principalmente o Kai.

Kyungsoo ria vendo a cena, e aquele clima seguiu por pouco tempo, logo Baekhyun subiu os degraus do ônibus e com um tom alto soltou sua ordem.

— Estamos voltando hoje, eu e o segundo tenente Do iremos fazer a contagem e já avisando, o covarde que ousar não responder vai pagar.

— Estou indo pessoal. - Falou acenando para os outros enquanto se encaminhava para o lado de Baekhyun que lhe dera meia folha, descendo do ônibus, o mais jovem olhou em volta e sorriu cínico - Estão esperando convite donzelas? Para dentro do ônibus agora!

— Bom,eu também já vou. - Falou Jongin se despedindo dos amigos que olhavam chocados para Kyungsoo que se mostrava bem temido pelos cadetes.

— Tchau HunHan! - Falou Chanyeol quando passou pelos mesmos.

E mais uma vez eles viam os amigos irem embora, sentaram no banco da rodoviária que estava mais próximo e Sehun percebeu que Luhan chorava.

— O que é amor? O que se passa com você para estar chorando?

— Eu não sei, estou com um pressentimento ruim.

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Chegaram finalmente ao quartel, logo todos jantaram e se prepararam para dormir e Baekhyun junto a D.O. estavam verificando todo o quartel, vendo se todos estavam realmente na cama, ao terminar, foi ao quarto de Kai e Chanyeol, acordando o moreno.

— Vem comigo. - Disse D.O. simples e o maior o seguiu até o galpão velho, ponto de encontro dos dois.

— O que houve Soo? - Perguntou Jongin preocupado.

— Um pressentimento ruim Jonggie, muito ruim.

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1950년 1월 1일 / 00시간 및 01분

As pessoas da cidade estavam todas reunidas na praça da cidade em frente a igreja, sorriam e se abraçavam desejando feliz ano novo umas as outras, até que vários ônibus pararam nas ruas, e muitos gritos de felicidade foram ouvidos quando todos viram os militares descerem dos ônibus com suas malas, dentre eles Chanyeol era quem mais corria, sua esposa não podia correr pois tinha o pequeno Eunji nos braços, que dormia tranquilo alheio a toda a algazarra que estava a cidade, ao se verem frente a frente finalmente, o abraço só não fora apertado por conta do pequeno e após o carinho resolveram seguir para casa, deixar o pequeno no quarto e aproveitarem aquela benção do ano novo da forma que achavam melhor, Kyungsoo recebeu um abraço forte do irmão que teimava em apresentar-lhe sua esposa e a irmã mais nova dela, Jongin não deu atenção a esposa e muito menos a mãe, quando vira Luhan e Sehun correra até os mesmos, os abraçando apertado.

— Senti tanta falta de vocês! - Falou feliz enquanto pegava sua mala que havia largado no chão para abraçar os dois amigos.

— Nós também sentimos muito a sua falta Jongin. - Falaram em uníssono - Do Soo também. - Luhan completou.

— O irmão monopolizou ele! Disse que ele precisava conhecer a esposa dele e a irmã também, é bem provável que ele se case com ela pela família. - Falou Jongin bufando cansado.

— Será? - Perguntou Sehun.

— Olha, lá vem ele. - Falou Luhan sorrindo.

— Falando de mim não seus danados, senti minha orelha coçar. - Falou Kyungsoo debochado - Como vocês estão?

— Estamos bem, mas já temos que ir, nossos pais disseram para voltarmos cedo para casa. - Falou Sehun.

Em meio a esse momento, que poderia ser considerado mais que normal, Luhan abraçou Kyungsoo apertado, Até parece uma despedida para sempre pensou o maknae, logo sentido aquele pressentimento ruim que teve quando voltaram para o quartel há mais de dois anos, olhou para o lado, vendo Sehun fazer o mesmo com Jongin, que o olhou com uma expressão confusa, ouviu o chinês sussurrar algo, mas não prestou atenção ao que ele disse, mas sim em como a voz soou chorosa, ao se separarem, Sehun falou.

— Nós já vamos.

— Iremos ao celeiro antigo, comemorar esse ano de nosso jeito. - Completou Luhan, mas Kyungsoo percebeu que o mesmo mentia, mas não pode fazer nada, somente viu com um aperto no coração o amigo ir embora.

Tanto Kyungsoo quanto Jongin viram ambos entrelaçarem os dedos e continuarem a caminhar, Jongin murmurou um estranho e o pequeno apenas concordou com um aceno de cabeça.

— Estou com um pressentimento ruim, mais uma vez Jongin.

Continua...