Morte. escrita por Jéssica Sanz
Às vezes eu penso na morte
Em como será esse drama
Penso se terei essa sorte
De morrer velhinha na cama
Os cabelos brancos, tão brancos
Quanto o macio travesseiro
Ao lado de um marido franco
Que tenha sido um cavalheiro
.
Mas talvez eu possa morrer
Em um desastre natural
A Terra mostrando o poder
De ser linda e de ser fatal
Talvez arrastada na lama
Da cidade de Mariana
Mas a natureza reclama
É culpa da preguiça humana!
.
Mas talvez eu acabe por ser
Uma vítima do terror
Uma vela a se acender
Em frente ao palco da dor
Tem gente que mata quem quer
Tem gente que não quer morrer
Que morre por não ser fiel
Ao que não pôde conhecer
.
Ou talvez eu morra afogado
Tentando fugir de uma guerra
Apenas um refugiado
Querendo ser parte da Terra
A Terra tão boa e com paz
Como hoje não mais se faz
E se eu fosse uma criança
Nadando atrás da esperança?
.
Tem gente sofrendo aqui dentro
Tem gente sofrendo lá fora
Mas quero saber de vocês
O que estão fazendo agora?
Quem briga por coisa pouquinha
Não aprendeu o que é sofrer
Por causa de uma briguinha
Já quer fazer acontecer
.
Alguns reclamando da vida
Com casa, comida e telhado
Não sabem da vida sofrida
De alguém que é refugiado
Dê as mãos aos seus inimigos
E tente sempre fazer mais
Pois logo, pode vir a morte
E aí, vai ser tarde demais
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