O Mito das Guerras Santas - Primevas escrita por Waulom Amarante


Capítulo 4
Capítulo 4 - Quimera e a Primeira Exclamação de Athena


Notas iniciais do capítulo

Anteriormente em O Mito das Guerras Primevas...
Athena chegou ao continente do sul, Pangea, o clima frio do lugar era inóspito, mas a deusa continuou com sua comitiva para buscar mais um de seus cavaleiros.
A deusa se deparou com aquele que era conhecido como O Homem Sem Olhos. Anathema. Atacados por mais um Capitão do batalhão de Phobos, Miríade de Aevis. Anathema mostra suas técnicas e pede a Athena que possa vestir a Armadura de Ouro. Athena entrega a vestimenta ao guerreiro que deseja livrar seu continente. A berseker convoca seus soldados e Ágape de Libra intervém na batalha.



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Ágape era o cavaleiro de cabelos negros e olhos cor do mar. Ele trajava a sagrada Armadura de Libra. O guerreiro foi o primeiro dos cavaleiros de ouro a ser recrutado por Athena. Ele era um juiz nas terras de Coríntia, onde hoje temos a Península Ibérica, Portugal e Espanha, abrangendo todo o sul europeu. Athena foi ter com Ágape ainda na época das batalhas com Poseidon. A técnica do cavaleiro consistia em abrir uma dobra no espaço e lançar todo tipo de armas contra o inimigo
“Há 140 anos atrás…
A deusa Athena defendia com seu cosmo a costa ocidental de Coríntia. As ondas gigantescas vinham de encontro às pequenas cidades portuárias. Tão grande era o cosmo da deusa, que o mar diminuía de fúria e velocidade. Nesse período Athena já se encontrava sem forças, para elevar seu cosmo contra os ataques violentos de seu tio Poseidon. Foi quando um homem veio e se prostrou ao lado da divindade. Seu cosmo se elevando, queimando como se não tivesse fim. E finalmente ele criou o imenso dragão que furou a onda de mais de 15 metros…”
– Ágape…
– Athena, deixe isso conosco, não acredito que esta mulher seja páreo para três de seus cavaleiros de ouro. - ele olhou com uma feição de irmandade para Anathema o, então, recém-empossado cavaleiro de ouro de Áquário.
– Niké, quero que crie uma barreira. Proteja Athena, pelo cosmo daquela mulher ela pode ser uma das Capitãs do exército de Áres. - A deusa fez um gesto positivo. Cravou sua lança no solo criando uma cúpula que defenderia ambas de qualquer ataque físico ou energético.
– Bom Miríade de Aevis, vejo que é especialista com arcos. Você conheceu uma das minhas técnicas, a Rio do Poder.
A berseker respondeu com um sorriso de escárnio.
– Acredito que seja uma capitã, mas a qual exército você pertence?
– Sou uma dos quatro capitães do Exército da Catástrofe.
– Isso quer dizer que você é subordinada direta de Deimos. Entendo… vai lutar sozinha? - todos os soldados caíram ante a técnica de Ágape. Novamente o sorriso de escárnio por parte da mulher.
– Eu nunca estou sozinha…
De repente uma flecha resvalou o escudo de Ágape, o que levou o cavaleiro a ficar surpreso.
– Eu sou Mermáde de Paramina.
Mais um projétil agora esmagado pelo punho de Armegin.
– Eu sou Mirmíte de Gastrophetes.
As três mulheres eram idênticas salvo suas armaduras que variavam em tons diferentes de vermelho, mas eram iguais em forma. Cada uma delas carregava um arco estilizado sem aljava. Ágape percebera que os projéteis vinham do braço da armadura diferenciado.
– Então vocês são a Tríade do Arco de Guerra?
– Como nos conhece? - indagou Mirmíte que estava mais próxima de Anathema.
– Foram vocês que tomaram o continente. Destruindo toda e qualquer forma de vida que aqui havia. Aniquilaram vilarejos, incendiaram as pequenas plantações que resistem ao frio desse lugar. Acabaram com tudo que estava no caminho. - as palavras de Anathema carregavam o peso do ódio. Sua terra fora dizimada e mesmo com todos seus poderes ele nada podia fazer. Neste momento Ágape apertou punho cerrado do companheiro.
– Nós iremos vencer. Você já sabe disso.
– Não posso inferir no curso do tempo, apenas vê-lo. E isso é o que me machuca no momento.
As arqueiras atiraram contra os cavaleiros de Athena uma saraivada de flechas com pontas em chamas.
Armegin então fez surgir um vento tão forte formando um mini tornado à volta dos Guerreiros.
“- Quem é você nobre homem? - a deusa indagou ao comparsa.
– Meu nome Ágape. Sou juiz nessas terras.
– Ágape, que gigante é o teu poder.
No instinto Ágape sabia que estava na presença de uma divindade.
– Seu poder é imenso, muitas vezes maior que o meu. Capaz de destruir qualquer dimensão ou criação minha.
– Então é nisso que se baseia sua técnica, Ágape? Você cria vincos espaciais e torna realidade suas ilusões. Foi assim que criou o dragão…
– Sim…
– Athena. Eu sou Athena.
Os olhos de Ágape brilharam estava diante da deusa da Sabedoria e da Justiça. Ele prontamente se ajoelhou.
– Em que posso servi-lhe minha deusa?”
– Malditos cavaleiros de Athena.
– Irmãs! Vamos usar nossa técnica!
Elas queimaram o cosmo. E miraram um ponto acima dos cavaleiros de ouro. Atiraram. As flechas se converteram em um ponto de luz e dele uma pirâmide translúcida com os vértices formados cada um por uma das trigêmeas.
– Esta técnica… eu já as vi utilizando cada minuto aqui dentro fará aumentar o número de flechas disparadas. Não há saída. - alertou Anathema.
As flechas aumentavam velozmente em número e velocidade disparando das paredes trasnlúcidas. Em certa hora os guerreiros já estavam tendo dificuldades pela quantidade de projéteis lançados das paredes da pirâmide. Em breve eles se cansariam, à medida que o número de flechas estaria muito mais elevado.
– Vocês irão morrer ante nossa técnica Pirâmide Mortal. - uma das arqueiras se vangloriou.
– Eu não vou permitir! - o grito de Armegin estalou em todo campo de batalha.
Ele se curvou cravando as mãos no solo. Seu cosmo queimava violentamente. Ágape que conhecia o que viria a seguir criou um disco de energia e começou a flutuar. Anathema que já havia observado o que aconteceria no fluxo temporal saltou para o lado do cavaleiro de Libra.
– Super Nova Planetária!
Os céus enegreceram ainda mais, raios corromperam as nuvens pesadas. O chão começou a tremer abalando a pirâmide. A terra rachou formando saliências de rocha deslocada.
– Maldito cavaleiro de Touro! - praguejou uma das inimigas.
– Não temos saída para enfrentar este monstro, vamos trazê-la.
Elas arrancaram um fio de cabelo cada uma, o fio se erigiu como se fosse uma agulha envolvida pelo cosmo.
– Nós te invocamos… Quimera Leona! - elas disseram em uníssono.
O monstro foi trazido por um feixe de luz vermelha. O corpo era meio de animal, as pernas recobertas de pelo avermelhado terminando em cascos em chamas. O torso estava nu e parecia com o de um homem musculoso. No rosto uma máscara carrancuda meio feérica. Os cabelos formavam uma juba vermelha como sangue. Por todo o torso do monstro haviam inscrições como que entalhadas na pele. O som emitido por aquela criatura não era nada conhecido pelos homens. Sua velocidade era tamanha que Armegin se quer viu sua aproximação. O soco da mão enorme que era maior que o próprio cavaleiro o arremessou longe.
– Droga! Que tipo de poder é esse? - se indagou o cavaleiro de ouro alvejado.
– Nós somos conhecidas como as Criadoras de Quimeras. Criamos estas feras a partir de nossas caças.
– E damos vida a elas através de nosso cosmo.
As irmãs se vangloriavam.
Armegin voltou ao campo, com o braço em torno do abdômen e sangue escorrendo pela boca.
– Esta criatura está fora de nosso poder. Ela se quer usou cosmo, apenas força física. - cuspiu um nódulo de sangue.
O monstro avançou novamente não havia escapatória. Armegin pensou rápido tocou o solo com a ponta dos dedos e de repente o monstro ficou desorientado sem saber que direção seguir.
Naquele instante Ágape viu a brecha de que precisava.
– Cólera dos Mil Dragões! - de suas mãos com as palmas abertas surgiam feras longilíneas de escamas douradas. Dragões.
– São dragões de verdade como é possível?! - exclamou uma das irmãs arqueiras.
As feras atacaram a Quimera de forma violenta. Quando tudo terminou só havia um amontoado de carne e sangue. Os ossos visivelmente estilhaçados. Ágape ofegava.
Foi quando daquele amontoado de carne explodiu um cosmo intenso, violento e agressivo. Aterrorizando até mesmo os dourados.
O monstro estava vivo. A carne dilacerada se reconstituía. Agora o demônio tinha de asas como as de morcego e uma calda que terminava numa espécie de lâmina prateada.
– Como?
– Só existe um jeito… - sentenciou Anathema. - Vocês já pensaram nele.
– Uniremos nossas cosmo-energias e focaremos nesse monstro. O poder de três cavaleiros de ouro reunidos.
Armegin se ajoelhou os braços estirados concentrando o cosmo entre as mãos. Ágape posicionado um pouco atrás e de costas para ele Anathema. Os cosmos cresceram avassaladores. Athena percebeu o que os cavaleiros pretendiam e saiu da barreira de Niké para impedi-los.
– Não! - o grito da deusa foi um eco em meio ao estrondo. Eco que daria nome àquela técnica proibida por todas as eras futuras, devido ao seu imenso poder de destruição em escalas planetárias.
O Continente de Pangea, talvez as maiores terras a sul do planeta, se rompia na linha horizontal… (o que sobraria dali era o que hoje chamamos de Polo Sul).


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Notas finais do capítulo

ARMEGIN DE TOURO
Armegin foi o guerreiro escolhido por Athena para vestir a sagrada armadura de Touro.
Armegin vem das terras nórdicas de Hiperbórea (extensão de terra que compreende o espaço que hoje é o Mar de Barents ao norte da Europa e da Rússia).
Armegin era um guerreiro que nasceu no extremo norte do planeta, suas terras sempre foram castigadas pelo frio incessante. Ele então deixa sua vila descendo o continente pelos Montes Cinzentos até o sul a fim de rogar a deusa Athena que trouxesse piedade e esperança a seu povo. No entanto Armegin se depara com uma guerra eminente e Athena lhe promete que olharia por seu povo se ele lhe emprestasse suas habilidades. Durante seu tempo com a deusa Armegin desperta as habilidades inerentes a sua família o controle do clima e dos polos magnéticos dos corpos…
Obs: Aqui mostramos a primeira utilização da técnica proibida Exclamação de Athena, que recebeu esse nome devido ao grito dado pela Deusa ao perceber quais consequências desencadearia a técnica usada por seus cavaleiros.



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