O Mito das Guerras Santas - Primevas escrita por Waulom Amarante
Notas iniciais do capítulo
Anteriormente...
Éris continua sua investida pela vingança contra Athena.
Ela revela a Melkabah e aos outros cavaleiros que o corpo que esta possuindo era de Lita, a discípula do Cavaleiro de Áries e primeira Amazona de Andrômeda, no entanto ao caminharem pelo Yomotsu, Thanatos separou a alma da irmã da alma da Amazona.
Melkabah se enfurece pelo desprezo de Éris quanto a vida de Lita e parte para o embate.
A esfera de energia parecia incandescente, mas não emitia nenhum tipo de calor.
— Aquilo é energia pura. - comentou Ixeon.
— O poder do cavaleiro de Áries é mesmo monstruoso. - respondeu Canaã.
Melkabah lançou o corpo energético contra a deusa. A grandiosidade do poder do cavaleiro era nítida, mas Éris era uma deusa. Uma lança se materializou na sua mão direita. Quando a lança desceu a densa esfera de energia se partiu ao meio. Uma expressão atônita tomou conta do rosto dos cavaleiros.
— Você não achou mesmo que o poder de um reles humano atingiria uma deusa, não é? Escutem cavaleiros vocês lutaram contra guerreiros poderosos, no passado. Os Marinas de Poseidon eram guerreiros fiéis e poderosos, mas no meu caso eu tenho ao meu lado seres muito superiores. Sabem dentro de cada um de vocês existem sentimentos negativos que posso mostrar para vocês.
Éris ergueu o Pomo de Ouro que refletiu Ixeon e Canaã.
— E vejam só aqui estão as minhas Dríades. Athé e Anfilogias. - as formas humanoides emergiram de dentro de flores gigantes, que brotaram ao lado de Éris. - Não seria irônico dentro do justo Canaã mora um ser insensato. E vejam só quanta ambiguidade há no coração do cavaleiro de Capricórnio.
Athé e Anfilogias eram filhas de Éris, foram seladas junto dela na Via Láctea. Athé representava a insensatez. Anfilogias era a ambiguidade.
Eram espíritos que mantinham apenas uma silhueta humanoide, mas aos poucos tomaram a forma dos cavaleiros de ouro Athé agora era semelhante a Canaã e Anfilogias tinha a mesma aparência de Ixeon. Os monstros avançaram contra os cavaleiros quando eles se tocaram simplesmente desapareceram no ar.
— Ixeon! Canaã! Sua maldita! O que aquelas coisas fizeram com meus companheiros?! - o punho de Melkabah se fechava formando uma bola ao lado do corpo.
— Não se preocupe eles só foram levados cada um para sua casa. Eles irão lutar contra seus próprios males internos.
Canaã estava, agora dentro da casa de Leão.
— Droga! Como…
— Minha mãe Éris preferiu que lutássemos longe dela.
— Quem é você?
— Eu sou Athé, a Insensatez, filha de Éris.
— Sua armadura…
Canaã reparou que a veste de seu algoz era idêntica a sua armadura de leão.
Ixeon surgiu na casa de Capricórnio.
— Como… o que estamos fazendo em Capricórnio?
— Não é interessante que sua casa seja seu túmulo?
— Você, Éris te chamou de Anfilogias.
— Atencioso você, cavaleiro de Capricórnio. Sim eu sou Anfilogias a dríade da Ambiguidade.
— Você se parece comigo. E essa armadura…
— Nós tomamos a forma dos humanos refletidos pelo Pomo de Ouro e somos invocados de acordo com o mal que mora dentro de vocês. - explicou Athé.
— Isso o que vestimos são as Folhas de Éris, equivalem às armaduras de vocês. No nosso caso o Pomo de Ouro copiou a forma das armaduras vocês.
Eram exatamente iguais as Folhas e as Armaduras, a única diferença era pela coloração. Ao passo que as Armaduras de Athena mantinham uma cor dourada brilhante as Folhas de Éris eram um tom vermelho escuro, como se o sangue e a escuridão tivessem dado cor as vestes.
Ao mesmo tempo os cavaleiros começaram a perceber um aroma peculiar no ar.
— O que é este odor?
— Está é a atmosfera da discórdia. Sabe cavaleiro de ouro, quanto mais próximas estamos de nossa mãe, maior é nosso poder de destruição. Como estamos agora poderíamos facilmente destruir Athena. Mas nossa mãe quer vingança e vai acabar pessoalmente com ela.
— Você não vai sair da casa de Leão!
Nesse instante Athé se viu cercada por um feixe de luz que circulava ao seu redor.
— Eu sou o mais veloz dos cavaleiros de ouro mesmo com todo seu poder você não poderia parar o poder do raio do cavaleiro de Leão. Garras de Luz!
O punho do cavaleiro de Leão estava envolvido por uma forma luminosa em garras. Mas a Dríade se desviou se ajoelhando.
— Como…
A Dríade apenas riu. Ela girou rapidamente e do centro da palma de sua mão surgiu uma hera que golpeou a panturrilha do cavaleiro.
— Maldição! Como conseguiu desviar-se do meu ataque?
— Eu sou você, mesmo não tendo seus poderes eu ainda consigo prever suas ações insensatas.
Enquanto isso na casa de Áries.
— Sabe Cavaleiro de Áries, é impossível você me vencer sozinho.
— Talvez seja Éris. Mas você não conhece o poder da determinação humana.
— Eu sei que você é capaz de controlar as energias de toda natureza. Mas eu sou uma deusa estou acima das leis naturais.
— Pois é… e é exatamente por controlar as energias que posso sentir todas elas. Sem exceção. E eu vejo que você não se desligou totalmente da alma de Lita.
— Do que está falando?
— Eu também não sei ao certo, mas parece que Lita conseguiu impregnar um pouco do seu cosmo em você.
— Isso é impossível aquele inseto caiu no Yomotsu eu vi antes de regressar pela colina.
O cavaleiro estava muito machucado o embate com a deusa era absolutamente desigual.
— Como… eu disse… Éris… - ele se ergueu com dificuldade. - A persistência humana pode ser ainda maior que o poder de um deus.
De repente Éris se viu envolvida por uma fina energia dourada que formava um véu em torno dela;
— O… o que é essa energia? - a deusa bradou a lança novamente, mas percebeu que aquela energia não era tangível.
— Esse é um poder que foi me dado para usar em casos extremos. Mas vejo que esta é uma situação extrema. Sinta o poder do Velocino de Ouro!
A deusa começou a sentir uma energia diferente que parecia amarrar sua alma. Eram como correntes com pontas brilhantes em forma de estrela.
— O que é isso?
— O Velocino de Ouro é uma técnica capaz de negar toda alteração feita desde que haja um ponto de recuperação. E Lita deixou esse ponto de recuperação.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Toda a ambientação das Dríades e das Folhas está sob as premissas do Universo de Saintia Sho, obra de Chimaki.
O Velocino de Ouro é a lenda da qual se originou a própria constelação de Áries.
Na imagem Melakabah envolvido pela aura do Velocino de Ouro.