O Mito das Guerras Santas - Primevas escrita por Waulom Amarante


Capítulo 30
Capítulo 30: Bronze


Notas iniciais do capítulo

Anteriormente em O Mito das Guerras Santas - Primevas
Armegin se deparou com um inimigo poderoso. Rhung de Gretaxe usava sua técnica de criar um looping temporal a partir do giro do seu machado, mas usando sua principal habilidade de reverter os fluxos Armegin sobressaiu o inimigo.
No submundo Phobos aperfeiçoava a mais monstruosa criação de seu pai, antes chamadas de Fúria, agora eram as Queres e os rumos do jogo começavam a mudar.



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Em Argos, Ágape e Thithonos juntamente do escolhido cavaleiro de Dragão, Ryuma, ainda procuravam pela Armadura de Andrômeda.

— Não acredito que ainda reste alguém vivo nessa ilha depois do ataque daquele Berseker.

— Não perca as esperanças ainda Ágape, meu amigo, eu posso sentir, fraco e vacilante, um cosmo nesta direção.

Ágape se concentrou realmente era fraco, oscilante, mas estava lá um cosmo diferente do de um ser humano comum.

— Sim! Eu posso sentir.

— Senhor Ágape como é sentir um cosmo?

— O cosmo é a energia que te conecta com o universo. O poder gerado pela Explosão criadora. Assim se concentre e se conecte com a imensidão do espaço. O seu cosmo é uma chama em meio a essa vastidão. Agora sinta os outros milhares e milhares de pontos de luz. Eles são os cosmos de outros cavaleiros, guerreiros, etc…

Ryuma fechando os olhos seguiu as orientações de Ágape. Ele viu a imensidão do espaço. E pode finalmente sentir os cosmos à sua volta.

— É… é incrível eu posso sentir os cosmos do senhor e do senhor Thithonos. E posso sentir o cosmo da deusa Eos como uma galáxia inteira emanando energia. E bem distante tem esse cosmo fraco e oscilante.

— É esse cosmo que suspeito que seja do escolhido de Andrômeda que ainda deve estar vivo. - afirmou Thithonos. - Vamos nos apressar.

No santuário Perseu ainda treinava.

— Não está cansado moleque?! - perguntou Canaã.

— Estou mais tenho que ficar mais forte.

— Está assim desde que Athena lhe chamou em sua sala…

— É uma missão. Amara me designou uma missão muito importante. Por isso estou treinando.

Canaã parou a troca de socos.

— Entendo. E porque ainda não partiu?

— Ela me ordenou que aguardasse a chegada dos outros cavaleiros de bronze.

— Ah sim! Os cavaleiros que Thithonos, Ágape e Anathema foram buscar. - ele se recompôs da batalha - bom de qualquer forma não exagere garoto.

Enquanto isso na casa de Sagitário Ashur ainda estava em estado de meditação completo. Sua mente vagueava ao longe no universo e seu corpo estava imerso e imóvel, uma borboleta pousou em seu ombro como se ele fosse uma mera estátua.

Eu preciso reconecta- me… Athena precisará de toda minha ajuda caso o que eu previ seja verdade…

Da mesma forma Lúcifer ainda estava no trono do Grande Mestre no Star Hill.

— Esse posto te cai bem, Estrela da Manhã.

— É você… porque vem ao Santuário de Athena?

— Ora não seja mal educado Lúcifer… - o tom dela era condescendente. - você já foi mais amável comigo.

— Éris, sua mãe sabe que você está aqui, no mundo humano?

— Não seja tolo. Minha mãe não sabe nada sobre nós. Não pelo menos o que fazemos durante as horas do dia.

— Por isso se arriscou a pisar no santuário de Athena enquanto ainda é claro.

— Eu não me arrisquei… - ela riu de leve - o que acha que poderia me acontecer?

— Oras Éris… não seja tola. Você já deveria ter percebido que alguém tão poderoso quanto eu também comprou a briga de Athena, mas diferente de mim, ele não tem interesses próprios nas guerras da herdeira de Zeus. Guerras essas as quais nenhuma foi provocada por ela e espero que seu nome não seja incluso nessa confusão.

— Em breve Lúcifer você saberá mais das coisas dos deuses. - ela desapareceu deixando para Lúcifer apenas uma maçã.

O anjo apanhou o fruto e o observou com cuidado.

Depois de tudo eles ainda se atrevem a desafiar poderes ainda maiores que os deles… mesmo deuses eles nunca deixaram sua natureza mundana. Ainda chegará a hora em que eu tomarei o que é meu por direito… até lá auxiliarei Athena na guia da humanidade. Protegendo os mortais da ganância daqueles que já foram como eles, mas agora se acham superiores.

Ele olhou para o céu ainda com a maçã nas mãos.

Acredito que ao permitir que eles se tornassem seres divinos parecidos a Você, tenha se enganado muito. Mas eu concertarei este pequeno e talvez único equívoco que Você cometeu e trarei a verdadeira paz a Criação.

Ele estraçalhou o fruto entre as mãos.

O jovem se remexeu na cama, sentiu um pouco de dor. Seu corpo parecia letárgico.

— Finalmente acordou…

— Hum… - ele gemeu; em alguns lugares as dores ainda eram fortes - onde… onde estou?

— Estamos abrigados ainda na sua ilha. Graças à senhorita Nyx sua vida está a salvo.

— Anathema quem te salvou de verdade. Eu apenas ofereci cuidados.

— Quem é você? - o rapaz perguntou se dirigindo ao homem.

— Eu sou Anathema, um santo de Athena. O Cavaleiro de Ouro de Aquário.

— Um Santo… acredito que tenha vindo atrás da Armadura?

— Tome beba isso vai te ajudar com as dores. - Nyx entregou uma caneca fumegante ao jovem rapaz.

— Eu estava atrás de você…

— Onde está? Onde ela está?

— Se acalme. - Anathema colocou a mão no braço do rapaz. - Ela está logo ali. - ele apontou para as duas urnas. A dele diferenciava-se pelo brilho dourado imponente.

— Porque disse que estava atrás de mim?

— Você foi escolhido pela Armadura de Cisne. Isto significa que também é um santo, um guerreiro de Athena. Portanto meu companheiro de batalha. E a minha missão é leva-lo ao santuário. Infelizmente não estamos na melhor das situações…

Finalmente os cavaleiros de Ouro estavam muito próximos da fonte do cosmo que sentiam.

— Está dentro dessa caverna. - afirmou Ryuma.

— O rio nasce ai dentro. Será possível que a Armadura de Andrômeda esteja ai?

— É bem provável. Vamos.

Dentro da caverna após um curto e estreito corredor eles se depararam com um salão imenso. O teto formato por estalactites, algumas colunas de pedra ao redor. E ao fundo estava um lago imenso que parecia brilhar. No centro uma formação de terra e rocha onde eles divisaram uma garota e a Sagrada Armadura de Andrômeda. No mesmo instante a armadura de Dragão começou a ressonar como se respondesse à outra.

— O que está acontecendo?

— Parece que por serem da mesma patente, portanto armaduras irmãs, a sua armadura está reagindo à de Andrômeda.

Eles atravessaram o lago com facilidade numa ponte formada por um dos dragões de Ágape.

Ryuma se aproximou da garota caída. O ressonar de sua armadura e da de Andrômeda era agora mais forte.

— É isso então…

— O que foi Ryuma?

— Ela está fraca, está morrendo. A Armadura está tentando impedir, mas não durará muito.

— Só existe uma maneira de salvá-la. - disse Thithonos. - Eu vou até o Yomotsu.

— O que pretende fazer, Thithonos?

— Eu irei trazer a alma dela de volta.

— Mas isso é possível?

— Se ela ainda está viva neste mundo é porque sua alma ainda não despencou no Precipício das Almas. Então ainda posso trazer sua alma de volta.

— Acredito que isso seja contra as leis.

— Não. Mas mesmo se for eu não me importaria em quebrar uma lei para salvar uma vida inocente e de uma companheira.

— Você também acha que ela é a escolhida de Andrômeda?

— Sim.

Thithonos concentrou sua energia espiritual e lançou sua técnica se levando ao Yomotsu. Lá estava ele novamente diante das fileiras sem fim dos desencarnados que caminhavam para o Abismo das Almas a fim de despencar para o mundo dos mortos.

Em algum lugar mais a frente uma alma tentava caminhar, mas estava presa por correntes lá estava Penélope. Thithonos teria pouco tempo para chegar até ela.

Ali acorrentada, tentando se mover sem conseguir Penélope viu uma alma que se movia em direção oposta. Ela trazia consigo um pomo dourado.

Mas como era possível que uma alma humana sujeita as regras da morte estivesse caminhando na direção contrária?


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Notas finais do capítulo

Meus amados tive um problema na sexta por isso não consegui realizar a postagem do capítulo a tempo. Espero que continuem acompanhando desde já grato.

Obs: Na imagem do capítulo temos uma versão dos cavaleiros de bronze desenhada por Spaceweaver, com algumas edições de minha autoria. Ryuma de Dragão, Penélope de Andrômeda e Albireo de Cisme.



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