O Mito das Guerras Santas - Primevas escrita por Waulom Amarante


Capítulo 24
Capítulo 24: “Eu Rejeito…”


Notas iniciais do capítulo

Anteriormente em o Mito das Guerras Santas - Primevas...
O cavaleiro de Libra enfrenta a poderosa Berseker, Ágatha de Ivory.
A Berseker mostra suas técnicas sobrepujando o cavaleiro de Libra momentaneamente. Prestes a desferir um golpe mortal, sua lança se depara com o escudo sagrada da armadura de dragão.
Ágape ao perceber que Ryuma vestiu a armadura sem nenhum preparo apenas para salvá-lo toma forças para vencer a batalha.
Nesse ínterim, Lúcifer e Ashur conversam sobre suas reais identidades ante aos demais cavaleiros de Ouro.
Ágape vence a batalha e com o seu poder liga a vida de Ryuma a constelação de dragão agora encrustado nas costas do guerreiro.



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Ágape acabara recostando seu corpo numas das paredes da pequena caverna que usara para se abrigar e ao desfalecido cavaleiro de Dragão. Ainda sonolento, Ágape abriu os olhos.

— É realmente linda. - comentou o Ryuma que estava sentado ao lado de uma fogueira e da Caixa de Pandora da armadura de Libra.

— A sua também é uma das armaduras sagradas de Athena. - respondeu o dourado.

— Me diga qual a diferença?

Ágape se ajeitou.

— Existem até o momento cerca de 80 e poucas armaduras prontas elas foram encomendadas por Athena aos Lemurianos há cerca de 150 anos atrás. Para tal Athena usou o metal gamânio numa liga com oricalco e pó de estrelas que é o que dá poder e vida às armaduras.

— E porque elas foram criadas?

“Há 150 anos ocorreu a primeira batalha entre deuses chamada de Guerra Santa. Poseidon, o deus dos Mares, criou um exército chamado Marinas, para tomar o controle do reino da superfície. Athena herdeira do comando do reino da Terra, se opôs a ofensiva de Poseidon, mas muitos dos guerreiros que se dispuseram a lutar em seu nome morreram devido ao forte poderio bélico que detinham os guerreiros Marinas. Somente sobraram nos exércitos de Athena jovens como eu e os outros cavaleiros. Foi então que Athena decidiu analisar as armaduras dos Marinas e com sua imensa sabedoria descobriu do que eram feitas, dando a fórmula da criação das armaduras para os alquimistas lemurianos. Assim começou a forja das armaduras.”

Ágape se levantou e continuou a história.

“Como Athena demandava das armaduras com urgência os alquimistas se focaram em criar as armaduras mais poderosas primeiro. As que Athena classificou como Sagradas Armaduras de Ouro, assim ela procurou entre os jovens do mundo aqueles que tinham o poder do cosmo mais avançado e os convidou a lutar pela paz e pela justiça. Esses guerreiros detinham o poder do sétimo sentido, o Cosmo, que é o poder do universo dentro de si. Athena detestava armas e por tal seus guerreiros treinaram incessantemente para aprimorar ainda mais o poder dessa energia e lutar apenas com seus punhos e corpos. As Armaduras de Ouro detinham um poder tão grande que somente aqueles que tinham esse Sétimo Sentido completamente dominado conseguiam enverga-las.”

— Sétimo sentido… Armaduras Sagradas… é uma história e tanto.

— A sua é uma armadura de Bronze. Inspirada pela constelação de Dragão.

— Minha? Mas como pode ser minha?

— Como eu disse antes as Armaduras tem um nível de consciência. Estão vivas como nós. E elas têm vontade própria reconhecendo os mais adequados a trajá-las. E a maior prova de sua armadura o escolheu esta nas suas costas.

Ryuma através do espelho d’água formado pela cachoeira observou o dragão em sua pele.

No Mar de Gelo…

— Eu já disse que se revelem!

As figuras encapuzadas se livraram de seus mantos.

— Sou Dipper de Bastard!

— E eu sou Idien de Morningstar!

— Bersekers… eu imaginei que não seria apenas uma missão de busca. Eu sou Anathema o cavaleiro de Ouro de Aquário, o Homem sem olhos.

— Vamos acabar logo com isso Indien.

Dipper foi o primeiro a se movimentar. O Bersker trajava uma Fúria em tom de verde vivo com adornos azuis. Uma das obreiras era de formas retas a outra era semi-ogival. O Elmo era uma tiara dourada se encaixando na parte frontal. Sua arma era uma espada curta como um sabre ou florete. Ele avançou rapidamente sobre a neve no mar congelado. Saltou e arremeteu o sabre contra o cavaleiro de ouro. Contudo a lâmina pontiaguda foi parada por um círculo de magia formado pelo cosmo de Anathema.

— Que droga é essa?

— Essa é uma das minhas habilidades. Eu isolo as ações rejeitando a reação.

— O que?!

— É muito simples eu nego a ação congelando sua consequência, a reação. De forma que será difícil que algum de vocês me acerte com ataques tão simples. - Anathema desfez o círculo de cosmo. Com uma lufada de Cosmo ele afastou o berseker.

Nesse ínterim o outro guerreiro avançou dando a volta pelo lado posto. Contudo sua arma encontrou uma parede de gelo.

— O que é isso?

— Sou capaz de alterar o estado físico de qualquer elemento atômico para sólido.

—Maldito!

Naquele momento Indien elevou o seu cosmo. Sua Fúria era um tom de amarelo vivo com detalhes em laranja. O torso era protegido somente no peitoral. Uma ombreira única do lado esquerdo. Os antebraços cobertos. O Elmo era um capacete com adornos como os cocares dos líderes de tribos indígenas. Seus cabelos longos da cor púrpura pendiam soltos na parte de trás do elmo.

— Você vai entender o meu poder: Corte Solar! - a lâmina do pequeno machado brilhou como se estivesse em alta temperatura. Ele desferiu o golpe em uma meia lua ardente.

— Esse golpe é como se ele tivesse desferindo um golpe direto do sol!

— Este é o poder da Morningstar! Sua lâmina se aquece a temperatura da coroa do sol.

Eu não posso parar isso!

Anathema se conteve em desviar do golpe que acertou a camada de gelo densa sobre o mar criando um imenso buraco no meio do deserto marítimo. A fenda se espalhou rachando o gelo em larga escala.

— Droga! Eu não posso ficar em pouco tempo essa rachadura pode abrir uma fenda do tamanho de um lago ou um mar menor.

Anathema correu sabia que estava na direção da Ilha das Sombras. Sua desvantagem naquele momento era muito grande. Pelo que percebera um dos inimigos usava golpes de calor e o outro golpes elétricos.

— Nevoeiro de Perdição…

Uma névoa densa se formou atrás do cavaleiro que seguiu adiante a caminho da Ilha das Sombras.

Longe dali, no santuário…

— Athena…

— Perseu que bom que veio. - a deusa se levantou de sua acomodação.

— A que devo seu chamado Athena?

— Primeiramente gostaria de te agradecer imensamente. Sei que sem você, Asclépio e os outros não teriam encontrado o corpo em que reencarnei. E sei também que sem você talvez o ferimento da lança de Áres tivesse sido ainda mais fatal.

— Athena… não mereço tantos créditos quanto me dá.

— Foi corajoso da sua parte, Perseu. Por tal coragem é que preciso mais uma vez de sua lealdade.

— Athena, estou ligado a ti pelo meu sangue e pela minha alma. Meu corpo e minha força são seus.

— Enviei meu escudo ao Senhor Kha.

— O Escudo de Aegis?

— Sim. Pedi a eles que criassem uma armadura baseada nele para mim.

— Vestirá uma armadura como nós?

— Percebi que seria necessário me proteger agora que sou mortal. E também não quero que nenhum outro cavaleiro morra por mim. - Athena foi até uma caixa pequena ao lado de sua cama. - Aqui pegue. - ela entregou a ele um frasco de cristal puro com um líquido indistinguível dentro. - Este é o meu sangue. O sangue dos deuses, o Ikhor, ele será usado para banhar minha armadura.

— Somente isto para toda uma armadura?

— É o suficiente.

—Partirei brevemente, Athena.

— Não. Quero que aguarde o retorno de Ágape e Anathema. Irão com você três cavaleiros de sua patente.

— Sim minha deusa.

A Ilha das Sombras era o local mais escuro de todo o planeta. Dificilmente se chegava a sua localização devido à escuridão que a cerca. O local era deserto de vida até onde se sabia. Mas Anathema descobriria que não era bem assim.

Ao chegar à praia avistou uma floresta muito densa e se surpreendeu como aquelas plantas sobreviviam ali sem a luz do sol. Finalmente caminhou ainda mais um pouco antes que o cansaço lhe tomasse por completo e vislumbrou a imagem de uma mulher. Os cabelos brancos longos se destacavam em meio à escuridão noturna. Seus olhos eram azuis como duas joias; vestia preto como se quisesse se misturar ao negrume do ambiente. Parecia doce ao se deleitar pelo perfume de uma flor peculiar de tom vermelho escuro e pétalas avantajadas.

Ele caiu de joelhos e o som do peso na areia chamou atenção da mulher. Ela se aproximou.

— Quem é você forasteiro? - ela ergueu seu rosto encarando os olhos vítreos de Anathema.

— Preciso chegar ao cavaleiro…

 - Está exausto. - ela observou as pegadas atrás dele. - Por acaso veio pelo mar de gelo?! Eu sinto dois cosmos intensos vindo nessa direção. Venha não estamos em condições de enfrentar inimigos neste momento.

Ela o carregou com facilidade. Anathema estava fraco e se deixou levar pela total fatiga de seu corpo.


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Notas finais do capítulo

ANATHEMA DE AQUÁRIO
. O cavaleiro começa a dominar o poder do frio que imperava em seu continente de forma que ele chega ao Supremo Zero Absoluto que para o tempo das coisas. Com o ataque dos Bersekers a Pangea, os asseclas de Áries se cediam no continente o que faz com que Anathema vá atrás da deusa Athena para lhe pedir ajuda, incorporando-se ao grupo dos cavaleiros escolhidos de Athena.



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