Repleta de Mágoa escrita por MoonHee


Capítulo 4
Pega na mão do Castiel e Nathaniel


Notas iniciais do capítulo

Hello!

Olha quem voltou! Chateada mais voltei. To tão triste... Capítulo passado não recebi nenhum comentário... O que aconteceu gente? Não estão mais gostando? Bem, espero que alguém apareça nesse...

Ah, antes que me esqueça: O que acharam da nova capa? Fui eu que fiz, gostaram? Se alguém estiver precisando ou se conhecer alguém que precise estou disponível para fazer capas!



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No Domingo, meu pai tinha tido uma crise de ciúmes de Will e eu, não que ele acredita-se que fôssemos namorar ou algo do tipo, mas sim, porque eu mesma tinha dito que seria um programa familiar, claro que considerava Will da família, mas para meu pai tinha que ser um programa exclusivamente de filha e pai, então, para evitar mais crises de possessividade, Will e eu achamos melhor ficar na casa mesmo assistindo filme junto com meu pai. Entrar num concesso sobre opção de filme foi mais fácil do que o esperado já que todos os três gostam de filme de ação, e também levamos mais em conta a opinião do meu pai, e o filme foi, “De volta ao jogo”. E meu deus! Que filme é esse? Tiro pra todo o lado… Tudo por causa de um carro roubado e um cachorro morto, o que tiramos de lição disso? Que nunca se machuca o cachorro de alguém! Você nunca sabe quando essa pessoa é um ex-assassino e vai te caçar até o fim do mundo por causa disso e porque cachorros são cachorros, é não se deve machucar cachorros.

Depois do almoço fizemos exatamente a mesma coisa, com a diferença que meu pai havia dormido e roncava alto no sofá, enquanto eu e Will, nós sentimos mais livres para fazer brincadeiras e piadinhas bobas.

Quando fomos embora já era quase noite e na despedida Willian me fez prometer que quando estivesse mal ligaria para ele. Em casa, só coloquei minhas coisas no quarto e fui direto para cozinha fazer a janta, a situação daqui de casa era a seguinte, meu pai não sabe nem fazer uma salada e eu como passo a maior parte do tempo na escola não tenho como cozinhar, e também só sei o básico, então a maior parte do tempo passávamos em restaurantes. Fiz uma deliciosa macarronada com queijo, porque a carne estava congelada e quero dormir logo, coloquei na mesa e fiz um suco de morango com leite.

–Papito, jantar. - Tive que gritar porque estava na copa e meu pai na cozinha e eu não iria fazer essa viagem.

– E o que vai ser? Sanduíche? -Questionou divertido.

– Há, parece que o senhor desconhece minhas habilidades de mestre cuca, fiz uma deliciosa macarronada de queijo, bom, pelo menos está com uma cara bonita… - Me defendia com falsa indignada.

–Obrigada, pequena. - Sorriu enquanto se sentava. Porque todo mundo tem mania de me achar de pequena? Eu sei que sou pequena não tem necessidade de ficarem repetindo isso pra mim de minuto em minuto…

Servi primeiro meu pai e quando estava me servindo ele falou:

–Está ótimo! Já pode até casar. - Parou para refletir sobre o que tinha dito e fechou a cara - Não pode não, meu bebê. - Ri.

– Que possessivo. - Falei entre risadas.

– Humpf, não vou te dividir com esses menininhos tão cedo. - Emburrou e eu gargalhei.

– Isso fique aí gargalhando, mas saiba que estou de olho em você mocinha. - Fez aquele típico gesto apontando com dois dedos para os olhos e depois pra mim. Só Balancei a cabeça.

Depois de consolar meu pai brincando fui para meu quarto tomar banho e dormir. Acordei sem a mínima vontade levantar, estava muito frio, então hoje não me arriscaria a tomar banho gelado, na verdade para a água não ficar fria tive que colocar o chuveiro no máximo. Novamente dispensei a carona do meu pai e fiz o trajeto até a escola a pé enquanto comia uma maça. Parei numa lanchonete ao lado da escola para comprar um suco de caixinha de morango, tinha acabado de ajudar a atendente que tinha deixado às moedas que a entreguei caírem, algumas para o lado de dentro do balcão e outras para o lado de fora. Ela tinha o cabelo comprido e pintando de azul, uma franja até acima das sobrancelhas e de cada lado do rosto uma mecha branca. Olhos castanhos. Aparentava ter quase a mesma idade que eu.

–E é por isso que não devem me pagar com moedas. - Falou com um pequeno bico e não consegui segurar o riso.

–Desculpe, prometo que da próxima vez não trago mais moedas. - Falei ainda rindo e ela sorriu claramente contente com a noticia. Meu celular apitou indicando uma mensagem, distraidamente o peguei na mochila.

–Obrigada pela compreensão. - Nem prestei atenção direito no que ela falava, minha atenção estava totalmente voltada para a foto que havia recebido de um número desconhecido, nela Castiel e Debrah estavam se beijando e embaixo estava escrito: “Acho realmente que ele não sente minimamente sua falta e quem sentiria com alguém como eu por perto”? Sentia minhas pernas tremerem, a garganta dolorida e os olhos arderem. Então era isso? - Ei, você está bem? - Olhei para a garota sem saber o que dizer. Só balancei a cabeça em negativo e me apressei em sair, precisava de um lugar para me recompor e ali com certeza não era uma alternativa.

Talvez uma das cabines do banheiro fosse uma boa alternativa, poderia ficar lá o quanto quisesse. Quando estava quase alcançado o portão da escola tive uma visão desagradável, Debrah estava encostada na grade e sorriu assim que me viu. Parei a uma distancia segura.

–Que cara de cachorro perdido. - Riu. - O que foi? Não gostou do meu presente? - Questionou debochada, eu não conseguia pensar em nada para dizer estava desorientada. - Ei, estou falando com você! Não quer brincar hoje? - Pendeu a cabeça para o lado com uma expressão decepcionada.

Cerrei as mãos em punhos, se contenha Aurora, nada de chorar na frente dela.

–Se que aconteceu ou não, não te interessa. Se quiser “brincar” faça isso com seus amiguinhos que você adora fazer de trouxa. - Deixei todo meu desprezo transbordar na minha voz. - Cansei de vocês, porque não pega a mão do Castiel e do Nathaniel e vão os três para inferno juntinhos porque vocês se merecem! - Estava apronta para virar as costas, se não fosse pela aparição repentina de Iris.

–Aurora! - Gritou. - Deixei a Debrah em paz! Ela não tem culpa se você está neurótica achando que ela quer te fazer mal quando a única que se está magoando as pessoas é você. - Balancei a cabeça em negativo várias vezes, porque ela não enxergava a verdade?

–Eu quero que um dia você saiba a verdade, Iris e não é nem pela sensação de eu te avisei é para o seu próprio bem. Que ao contrário de vocês eu sei justa. - Mal terminei de falar e dei as costas para as duas. Andava na direção da lanchonete sem um destino pensado.

Assim que virei a esquina comecei a correr e sentir as primeiras lágrimas escorrerem, não queria mais olhar no rosto daquela gente… Não queria mais ter que colocar meus pés naquela escola. Eu tinha uma esperança de que talvez com o tempo as coisas voltariam a ser como antes, eu até estava disposta a perdoar e sentia nojo de mim por isso. Eu queria tanto minha mãe, ela saberia me aconselhar, não que meu pai não saberia, mas seria estranho ter que falar coisas tão bobas para ele, que já tinha enfrentado tanta dor de verdade.

Estava sendo tão cansativo reprimir tudo… Eu não era uma pessoa forte e muito menos alguém que lida com seus problemas de frente, sempre acaba fugindo… Porque ninguém conseguia compreender, enxergar a verdade?

Sem perceber acabei num parque que frequentava com meus pais quando pequena, onde as lembranças da minha mãe eram mais fortes, porque aqui permanecia a cerejeira que tinha plantado com ela. Seria uma visão a se apreciar se as coisas não estivessem tão ofuscadas pela dor que sentia. Toquei o tronco da árvore.

–Ah mamãe, eu sinto tanto sua falta. - Falei acariciando o tronco, o silencio só era cortado pelos meus soluços. Em determinado momento minhas pernas cederam e cai de joelhos. Encostei-me na cerejeira e chorei como não fazia a muito tempo. Pelos meus amigos, pela saudade da minha mãe… Chorei feito a criança assustada que era.

Peguei o telefone e procurei com dificuldade pela visão embaçada pelas lágrimas o nome de Willian na minha lista de contato e liguei. Não demorou muito para que ele atendesse.

–Alô?- Sua voz estava sonolenta.

– Eu não aguento mais Willian, eles provavelmente estão namorando. Ela me mandou uma foto deles se beijando e fico me esperando na porta da escola pra rir de mim e eu não me controlei a mandei ir para o inferno junto com ela, mas minha amiga ouviu e falou um monte de coisas pra mim… Então eu fugi… - Falei sem fazer questão de esconder meu choro.

–Onde você está, Aurora? - Seu tom estava alarmado.

– Num parque perto da escola, naquele que te contei que plantei uma árvore com minha mãe. - Informei.

–Não saia dai. - Ordenou e em seguida estava novamente sozinha…

Não sei dizer exatamente quando, mas acabei adormecendo e voltei a consciência sentido pequenas coisas frias se chocarem em mim. Abri os olhos zonza e fiquei encarando um ponto fixo enquanto processava o que tinha acontecido e o que estava acontecendo, tinha começado a chover. Não dei muita importância a esse fato, apoiei minha cabeça no joelho e abracei. Fechei os olhos e perdi a noção de qualquer coisa.

–Aurora. - Uma voz masculina me chamou gentilmente. Senti uma coisa quente me envolver.


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Notas finais do capítulo

É isso... Espero ter noticias de vocês.
Até os comentários?
Beijos!