Like I'm Gonna Lose You escrita por Dafny Augusta


Capítulo 25
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

E depois de anos sem atualizar, história concluída!

Espero que tenham gostado de ler, pq eu particularmente, amei escrever ♥



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(Ed Sheeran - Photograph)

Amar pode doer

 

Amar pode doer às vezes

 

Mas é a única coisa que eu sei

 

Quando fica difícil

 

Você sabe que pode ficar difícil às vezes

 

É a única coisa que nos mantém vivos

 

 

 

Stiles abriu os olhos lentamente, acordando com os raios solares entrando por sua janela. Malia havia esquecido as cortinas abertas mais uma vez. Era uma manhã de sábado e depois de trabalho puxado na delegacia a semana inteira, a única coisa que queria era dormir até seu corpo pedir para levantar. Mas seus planos foram adoravelmente frustrados quando o homem sentiu alguém subir em sua cama lentamente.

 

—Papai? Está acordado? Perguntou Emma, cutucando a bochecha do pai

 

—Emma, deixa o papai dormir. Repreendeu Henry, em voz baixa

 

—Mas ele prometeu sair comigo. Resmungou, chorosa, fazendo Stiles ter que usar muita força de vontade para não sorrir

 

—Ele pode fazer isso mais tarde. Prometeu Henry, tentando carregar a irmã

 

—Não se pode mais dormir em um sábado, não é? Perguntou Stiles, abrindo um dos olhos

 

—Papai! Gritou a menina, animada, pulando do colo do irmão

 

—Oi princesa. Cumprimentou, dando um selinho na menina vestida de Cinderela

 

—Eu tentei explicar para ela, papai. Afirmou Henry, cruzando os braços, irritado

 

—Tudo bem, filho. Papai está orgulhoso. Disse, puxando o filho para a cama

 

—Mamãe foi no mercado e me deixou vigiando a Emma, mas ela é tão teimosa. Reclamou, emburrado, fazendo o pai gargalhar

 

—Vocês dois sabem ser bem teimosos quando querem, assim como a sua mãe. Afirmou Stiles, afagando os cabelos de Emma

 

—Acha que isso é coisa de Coyote, pai? Perguntou Emma, mexendo entretida em seu vestido

 

—Só pode ser. Disse, deixando Henry deitar em seu braço

 

—Emma chorou hoje de manhã. Contou Henry, vendo a menina o encarar

 

—Por que, princesa? Perguntou, preocupado

 

—Eu pedi a mamãe para fazer compras com ela, mas ela disse que é só quando eu fizer seis anos. Contou, tristonha

 

—Não falta muito tempo. Comentou Stiles, enrolando uma mecha de cabelo da filha no dedo

 

—Eu só tenho quatro anos, papai. Reclamou, fazendo beicinho, enquanto Henry revirava os olhos

 

—Para de drama, Emma. Pediu, entediado

 

—Você fala isso, porque já tem sete anos. Acusou, irritada, fazendo Stiles prender o riso

 

—Já chega os dois. Vamos levantar, porque a mãe de vocês deve estar chegando. Mandou, se levantando da cama

 

—Papai, você vai assistir Barbie comigo hoje? Perguntou, ficando em pé na cama

 

—Barbie de novo? Perguntou, desanimado

 

—No outro dia, a gente viu a princesa e plebeia, hoje é o lago dos cisnes. Explicou, como se fosse óbvio

 

—Vocês já viram Barbie sábado passado, hoje nós vamos ver Star wars. Reclamou Henry, se levantando também

 

—Mas aquele filme é muito chato e demora demais. Choramingou, se jogando sentada na cama

 

—Não importa. Eu não reclamei da última vez. Afirmou, abraçando a perna do pai

 

—Vocês dois só sabem brigar? Vamos descer que eu preciso comer alguma coisa. Chamou Stiles, saindo do quarto, acompanhado dos filhos

 

Stiles ajudava Emma descer segurando em sua mão, enquanto Henry pulava os degraus acompanhando logo atrás. Logo quando entraram na cozinha, a garota se sentou no chão como um índio, enquanto Henry seguiu o pai até os armários

 

—O que vocês querem? Perguntou, mexendo no armário da cozinha

 

—Panquecas! Exclamaram juntos, fazendo Stiles sorrir ao pegar os ingredientes

 

—A gente pode te ajudar, papai? Perguntou Henry, pegando um banco para ficar em pé

 

—Pode. Respondeu, bagunçando os cabelos do menino

 

—Eu também quero. Exclamou Emma, animada, correndo até os dois

 

 

 

 

 

 

 

Nós mantemos este amor numa fotografia

 

Nós fizemos estas memórias para nós mesmos

 

Onde nossos olhos nunca fecham

 

Nossos corações nunca estiveram partidos

 

E o tempo está congelado para sempre

 

 

 

Então o trio começou o trabalho. Stiles pegou o saco de farinha no armário e apoiou na bancada, enquanto Henry pegava os ovos na geladeira e Emma uma tigela no armário debaixo da pia. A pequena coyote insistiu em quebrar os ovos na tigela e Henry também tentando ser útil, pediu para abrir a farinha. Stiles se mantinha entretido procurando na geladeira algo para acompanhar as panquecas, quando ouviu a gargalhada da filha.

 

—Henry! Exclamou, caminhando até o filho todo sujo de farinha

 

—Isso que dá tentar ajudar. Comentou o menino, cuspindo a farinha que voou em sua boca

 

—Sua mãe vai nos matar. Conseguimos sujar a cozinha inteira. Comentou Stiles, ajudando o filho a limpar o rosto

 

—A cozinha e o Henry. Lembrou Emma, se curvando de tanto gargalhar

 

—Ah então você gostou da cena, não é? Perguntou Henry, irritado

 

—Você parece um fantasma. Comparou a menina, rindo, fazendo Stiles segurar a risada

 

—Ótimo, então toma. Gritou Henry, pegando mais farinha com a mão e jogando no rosto da irmã, a deixando chocada

 

—Que bagunça é essa na minha cozinha? Perguntou Malia, observando a bancada, o chão e os filhos sujos de farinha

 

—Foi ele. Exclamaram os três, um apontando para o outro

 

—Não quero nem saber quem foi. Os três vão limpar e vão tomar banho. Mandou, deixando as sacolas na mesa

 

—Mas, mãe nós vamos comer panquecas. Reclamou Emma, vendo a mãe jogar as cascas de ovos jogadas na bancada, no lixo

 

—Não vão comer nada, enquanto não se limparem. Avisou, lavando as mãos na pia

 

—Eu disse para eles que não cozinhava bem. Mentiu Stiles, recebendo um olhar incrédulo dos filhos

 

—Claro que disse. Afirmou Malia, irônica, revirando os olhos

 

—Mamãe, eu posso varrer? Pediu Emma, esfregando os olhos com a mão, se sujando ainda mais

 

—Pode. Henry limpa as bancadas e a pia com esse pano. Orientou, entregando o pano para o garoto

 

—E eu vou vistoriar. Disse Stiles, dando um sorriso amarelo

 

—Vistoriar nada. Você vai lavar essa pilha de louça que vocês conseguiram sujar. Mandou Malia, o empurrando até a pia

 

—E você vai fazer o que? Perguntou Stiles, observando os filhos limpando

 

—Vou fazer algo comestível. Respondeu, dando de ombros, indo até as sacolas novamente

 

 

 

Então você pode me guardar no bolso

 

Do seu jeans rasgado

 

Me abraçando perto até nossos olhos se encontrarem

 

Você nunca estará sozinha

 

Espere por minha volta para casa

 

 

 

Emma varria de forma desajeitada, tentando tirar alguns fios de cabelo que insistiam em incomodar seus olhos, enquanto Henry em pé em um banco, escorava quase todo o corpo em cima da bancada tentando limpar, mas só conseguia se sujar mais ou jogar farinha no chão para Emma varrer. Malia observava tudo com um sorriso orgulhoso, enquanto amassava a massa de cookies na tigela.

 

—Mamãe, acabei. Declarou as crianças juntas, largando o pano e vassoura

 

—Então vão tomar banho, porque depois do café a tia Lydia vai trazer a Ariel para brincar com vocês. Comentou, fazendo as crianças subirem em disparada para o banheiro

 

—Eu nunca me imaginei fazendo isso. Comentou Stiles, escorado na pia, observando a esposa admirado

 

—Nunca imaginou o que? Perguntou Malia, sorrindo, o abraçando pela cintura

 

—Nós dois casados, dois filhos, cozinhar juntos em um sábado, assistir dezenas de filmes da Barbie. Respondeu, fazendo a mulher gargalhar

 

—Eu também não poderia imaginar algo assim. Admitiu, deitando no peito do marido

 

—Há alguns anos, eu ainda era apaixonado pela Lydia, só tinha um amigo que era lobisomem e ficava ouvindo escondido as chamadas de rádio do meu pai. Lembrou, pensativo

 

—E então um coyote cruzou seu caminho. Completou, com uma piscadela

 

—E meu deu mais dois pequenos coyotes. Disse, dando um beijo casto na esposa

 

—Espere até eles crescerem e os seus poderes evoluírem. Pediu, divertida

 

—Três coyotes com super força e garras para eu lidar. Lamentou, suspirando

 

—Bem vindo ao nosso mundo, querido. Exclamou Malia, lhe dando um beijo estalado na bochecha

 

Stiles apenas revirou os olhos, divertido, enquanto a esposa fazia o formato dos cookies e os colocava no tabuleiro em cima da bancada. Ele então se certificou que os filhos estavam em seus quartos e voltou para a cozinha, perguntado baixo para a esposa:

 

—Que horas eles vão chegar? Perguntou, para Malia, totalmente concentrada

 

—Já chegaram. Estão no jardim, arrumando tudo. Contou, rindo da expressão surpresa do marido

 

—Como é possível eu não ter notado nada? Perguntou, indo até a porta da cozinha verificar

 

—Você dorme feito uma pedra e não prestou a menor atenção quando eu disse ontem para você. Explicou, risonha, colocando o tabuleiro no forno

 

—Vou mandar Ariel subir para brincar com a Emma. Falou, indo até o jardim

 

—Olha quem resolveu aparecer para nos ajudar, o pai da aniversariante. Comentou Scott, irônico, ajeitando o forro na mesa enquanto a pequena Anne dormia no canguru preso em seu peito

 

—Não começa logo cedo. Mandou, caminhando até a mesa para ajuda-lo.

 

—Eu que peço para vocês não começarem logo cedo. Eu passei a noite acordada porque os primeiros dentes dos meus filhos estão nascendo e se tiver que aguentar briga também, o negócio não vai ficar bom. Avisou Kira, irritada, enquanto embalava o carrinho de Caleb

 

—Não façam eu me arrepender de ter levantado cedo para isso. Avisou Derek, carregando um grande bolo da Peppa até a mesa

 

—Qual é, Derek? A decoração está uma fofura. Comentou Liam, prendendo a risada

 

—Eu juro que se ver mais alguma coisa de porco na minha frente, eu vou destruir. Ameaçou o lobo, bufando, enquanto entregava para Lydia uma caixa cheia de enfeites de borboleta e flores feitas com papel crepom

 

—Sempre tão doce. Murmurou Lydia, revirando os olhos, enquanto pegava alguns enfeites

 

 

 

 

 

Amar pode curar

 

Amar pode remendar sua alma

 

E é a única coisa que eu sei

 

Eu juro que fica mais fácil

 

Lembre-se disso em cada pedaço seu

 

E é a única coisa que levamos conosco quando morremos

 

—Onde está a Ariel? Perguntou Stiles, procurando ao redor

 

—Já entrou. Malia disse que eu precisava sair, por isso não me despedi. Ela levou eles para o parquinho no final da rua. Respondeu Parrish, enquanto espetava vários algodões-doces em uma caixa em frente a mesa

 

—Scott, pode pegar a bolsa das crianças? Preciso trocar a fralda do Caleb. Pediu Kira, tirando o bebê do carrinho

 

—Já arrependeu de ser pai? Perguntou Stiles, sorrindo malicioso, vendo o amigo revirar os olhos enquanto entregava a bolsa para a esposa

 

—Sabe que eu nunca vou me arrepender de ter escolhido essa vida. Afirmou, dando um beijo na testa de Kira

 

—Mesmo que eles não tenham nada a ver com você? Instigou Liam, com a boca cheia de cupcake

 

—Eles são a cara da mãe e isso pra mim está ótimo. Alegou, sendo observado pela esposa

 

—Chega de puxar saco da esposa, Scott. Me ajuda a arrumar esses cupcakes na mesa antes que o Liam coma todos. Pediu John, carregando as bandejas para a mesa

 

—Pelo o que eu saiba o xerife agora é o Parrish. Comentou Liam, brincalhão

 

—Uma vez xerife, sempre xerife. Rebateu John, com uma piscadela, fazendo todos rirem

 

—Por que raios alguém colocaria galochas como porta doce em cima da mesa? Questionou Derek, tentando ajeitar as galochas

 

—Deixa de ser ranzinza, Derek. Está graça. Comentou Hayden, comendo um doce, enquanto acariciava sua enorme barriga de oito meses

 

—Derek, você trouxe a fantasia para as crianças? Perguntou Lydia, estudando os enfeites em seus lugares

 

—Maldição. Resmungou, irritado, se lembrando da fantasia deixada em sua sala de estar

 

—Eu lembrei você ontem a noite. Vamos precisar dela. Falou Kira, amamentando o filho

 

—Eu até hoje me pergunto por que não matei vocês quando tive a chance. Resmungou, pegando as chaves do carro no bolso da calça, andando pelo jardim

 

 

 

Nós mantemos este amor numa fotografia

 

Nós fizemos estas memórias para nós mesmos

 

Onde nossos olhos nunca fecham

 

Nossos corações nunca estiveram partidos

 

E o tempo está congelado para sempre

 

 

Derek passou os últimos sete anos ao lado dos amigos, evitando qualquer contato mais profundo. Teve algumas mulheres, mas todos o questionavam por todas elas serem tão parecidas com certa loba que havia partido sem nunca mais dar noticias. O lobisomem sempre negava e afirmava que nem se lembrava mais de quem se tratava, mas só ele sabia o quanto Joy ainda o perseguia em seus sonhos e lembranças. Sete anos haviam se passado, mas a dor alojada em seu peito era tão vívida quanto o dia que a garota partiu sem deixar nada além de uma mensagem de voz. Ele foi se tornando mais frio e irritadiço, aparecia as vezes e quando aparecia ficava pouco tempo, já fugindo para beber em algum bar esquecido em um canto escuro de Beacon Hills.

 

O lobo estacionou o carro e adentrou o prédio, subindo as escadas a passos duros. Quando entrou no loft, não percebeu a janela da sala aberta e subiu para procurar a maldita fantasia de porco que já não estava na sala. Ao entrar em seu quarto, pegou a garrafa de Whisky em cima da cômoda e continuou revirando tudo cada vez mais irritado. Bufou, furioso e voltou a descer as escadas pronto para ignorar totalmente aquele aniversário, quando ouviu aquela voz:

 

—Não lembrava desse seu lado. Comentou Joy, segurando a cabeça da fantasia na mão, em pé atrás da bancada da cozinha. Derek paralisou totalmente, temendo ser mais algum sonho como todas as noites nos últimos sete anos. Ele se virou lentamente e encontrou a loba com a aparência mais madura, vestida com um macacão azul de mangas compridas e um decote profundo e agora com os cabelos mais curtos.

 

—Joy. Seu nome saiu como um sussurro sonhador da boca do lobo, que a encarava com um misto de amor e incredulidade

 

—Você era mais atento há sete anos, Derek. Desde quando não percebe a janela da sua casa, escancarada? Perguntou, sorrindo minimamente, indicando a janela com a cabeça

 

A loba aparentava segurança e maturidade, mas na verdade estava suando e tremendo em expectativa. Não fazia mais ideia de quantas vezes sonhou com aquela cena, menos ainda com as possíveis reações que seu lobisomem poderia ter. Então quando Derek soltou a garrafa de Whisky no chão, a fazendo se espatifar, ela apenas o encarou, esperando como seria recebida.

 

—Já faz tanto tempo. Sussurrou, sofrido, passando os dedos no rosto da mulher que a essa altura já estava de olhos fechados, absorvendo cada arrepio se espalhando por seu corpo e cada borboleta que fazia malabarismo em seu estômago.

 

—Eu não poderia perder você também. Respondeu, com a voz embargada, se lembrando de cada dia nesses sete anos em que ela pensou apenas largar tudo e voltar para os braços do homem que amava verdadeiramente

 

—Você vai embora de novo? Perguntou, temeroso, se afastando para olhar a mulher

 

—Não vou se aqui você me aceitar. Prometeu, sorrindo constrangida, encarando o homem a observando hipnotizado

 

—No que depender de mim, você não vai mais a lugar algum. Garantiu, segurando o rosto da mulher entre as mãos

 

—E sua esposa? Perguntou, receosa, vendo o homem a admirar e a tocar como se ela fosse uma obra prima recém descoberta

 

—Esposa?

 

—Depois de sete anos, você deve ter alguém. Afirmou, temendo a resposta

 

—Você ainda não entendeu, não é? Nunca existiu ninguém além de você. Afirmou, a puxando para um beijo cheio de saudade e paixão. Joy rapidamente saltou no colo do homem, enlaçando suas pernas em sua cintura, enquanto o mesmo a escorava na bancada, a beijando como se sua vida dependesse daquilo, como se ela sumisse quando aquilo acabasse e ele percebesse que não passara de um sonho. Um lindo e doce sonho.

 

—Eu amo você. Falou Joy, com a respiração acelerada, sentindo Derek deitado no vão do seu pescoço

 

—Eu sei. Respondeu, sorrindo divertido, a puxando novamente para um beijo

 

 

 

Então você pode me guardar no bolso

 

Do seu jeans rasgado

 

Me abraçando perto até nossos olhos se encontrarem

 

Você nunca estará sozinha

 

E se você me machucar, tudo bem querida

 

Apenas as palavras sangram

 

Dentro destas páginas, apenas me abrace

 

E eu nunca te deixarei ir

 

Espere por minha volta para casa

 

Emma corria pela casa gargalhando, com suas galochas e tranças, enquanto o irmão e Ariel a perseguiam querendo pegar o mini game em suas mãos. Ao longe ela podia ouvir sua mãe gritando, a mandando devolver o bendito jogo, mas ela era teimosa demais para ouvir.

 

—Vocês estão na minha festa. Não podem ficar jogando. Gritou, ofegante, enquanto passava pelas pessoas correndo

 

—Emma Stilisnki, o que eu já falei sobre irritar o seu irmão? Perguntou Malia, tomando o game da menina

 

—Mas mãe, eles só ficam jogando e não brincam comigo. Reclamou, fazendo beiço

 

—Mas isso não te dá o direito de tomar deles. Agora vá lá fora, ver se sua tia Lydia precisa de ajuda para servir os convidados. Mandou, devolvendo o game para o filho, que sorriu e voltou com a Ariel para sala de mãos dadas

 

 

 

E você poderia me colocar

 

Dentro deste colar que você usou

 

Quando tinha 16 anos

 

Perto do seu coração onde deveria estar

 

Mantenha isso no fundo de sua alma

 

 

 

—Finalmente, minha esposa conseguiu sair daquela cozinha. Exclamou Stiles, ao ver Malia se aproximar de onde a matilha estava reunida no jardim

 

—Essas crianças estão famintas. Reclamou, se sentando no colo do marido

 

—E pensar que há alguns anos eu odiava festas infantis. Comentou Lydia, sentada abraçada a Parrish

 

—As coisas mudam quando se tem filhos. Falou Liam, fazendo a matilha gargalhar

 

—Ah Scott parece que seu beta cresceu. Brincou Jackson, enquanto fazia um cachorro de balão e entregava para uma colega de escola de Emma

 

—Ele sempre vai ser meu bebê. Comentou Scott, prendendo o riso, enquanto bagunçava os cabelos do rapaz

 

—Quem nos vê até pensa que somos normais. Comentou Kira, observando Anne morder um chocalho em seu carrinho

 

—E nem imagina o que já passamos. Sussurrou Stiles no ouvido da esposa, a fazendo se virar para encará-lo

 

—Não enfrentamos nada demais. Apenas um casamento, dois filhos, uma guerra e as reuniões escolares. Rebateu, rindo

 

—E eu ainda não sei o que é pior. Admitiu, brincalhão lhe dando um beijo casto nos lábios

 

 

 

E se você me machucar

 

Mas está tudo bem, querida

 

Apenas as palavras sangram

 

Dentro destas páginas, apenas me abrace

 

E eu nunca te deixarei ir

 

 

Malia deitou no ombro de Stiles e respirando fundo, viajou no tempo através das lembranças. O dia em que ela voltou a forma humana, o seu primeiro beijo com Stiles, a primeira vez deles naquele porão, a separação, a volta deles depois de meses, o casamento, a descoberta da gravidez, o nascimento do Henry, toda aquela guerra, todos os problemas e conquistas que surgiram depois. Ela lembra de sentir medo e pensar que ela e seu marido eram um caso perdido, lembra também do quanto queria correr e se esconder de toda aquela dor que sentia na época, e agora tudo não passava de uma vaga lembrança quase como um pesadelo tido há meses. Uma vez a Coyote ouviu que finais felizes eram tão reais quanto seres sobrenaturais e bem, ela era um e conhecia vários outros. Sua família era formada de seres sobrenaturais e ser ter um final feliz era continuar viver dia após dia sendo amada por aquelas pessoas, lutando, aprendendo e dando a vida por eles se preciso, ela não podia desejar final melhor.

 

 

 

Quando eu estiver longe

 

Me lembrarei de como você me beijava

 

Embaixo do poste de luz da 6ª rua

 

Ouvindo você sussurrar pelo telefone

 

Espere por minha volta para casa

 

 


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Notas finais do capítulo

E então? Mesmo demorando anos pra postar, eu acho que essa autora aqui merece um comentário né? ♥



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