100 Dias com Oliver Queen escrita por daisyantera


Capítulo 18
Carma


Notas iniciais do capítulo

PUT@#$ MERDA! POSSO XINGAR? VOU XINGAR! C##%&&!!!! VOCÊS SÃO F@@#!!! RECEBI 4 RECOMENDAÇÕES APÓS O ÚLTIMO CAPÍTULO, CÊS SABEM O QUE É ISSO? ME TREMI TODINHA QUANDO VI! E gostaria de agradecer aos leitores que causaram os meus tremiliques nervosos: Jardy, Lola, Mili Olicity, Dark Angel VOCÊS SÃO DO C#%¨&*!!!! Desculpa nyah! mas eu tive QUE.
Li cada recomendação com um sorrisão babaca no rosto. Amei tanto cada recomendação, que sou capaz de dividir uma pizza tamanho família com cada um. E ainda mais minhas preciosas barras de chocolate. Juro. Tô arregaçada. ♥

AGORA SOBRE O CAPÍTULO....Espero que vocês tenham uma boa leitura, não leiam isso em público, agarrem o suco de maracujá.
CAPÍTULO NÃO REVISADO (Mas isso não é nenhuma novidade)



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Pequena atrevida, Oliver pensou enquanto sentia a água suja respingar em seu rosto imaculado e logo atingir suas vestes impecáveis. Provavelmente, se sua mãe o visse naquele momento, teria um grande ataque; Thea, com certeza caçoaria do seu estado lastimável...Já o seu pai, lançaria aquele olhar de aprovação para Felicity. Qualquer atitude de coragem impulsiva surpreendia o seu pai. Por mais impulsivo o Queen fosse por diversas vezes, não achava agora, a atitude de Felicity muito louvável. Ao contrário.

Por isso, não compreendia o motivo de ainda não ter explodido com ela. Muito menos, por ter oferecido sua mão numa atitude, aparentemente, automática. Ele nunca dava sua mão, sem antes pensar três vezes. Nem quando ia fechar um negócio com algum sócio. Era um completo mistério não conseguir articular nem um palavra no momento, ao invés, se ocupou em encarar Felicity, fixamente.

Ela retribuía o olhar, com as narinas levemente dilatadas, indicando raiva.

― Por que diabos você diz que a lei ficaria ao meu lado, quando eu arruinei suas chances de fechar um contrato valendo milhões? ― Seus olhos cuspiam labaredas e Oliver não lembrava de ninguém nunca o ter lhe encarado daquela maneira tão diretamente.

Claro que havia tido algumas experiências antes, onde acabava recebendo aquele olhar, mas isso era apenas com os inimigos...E no momento, não conseguia colocar Felicity nesta mesma categoria. Deveria, mas não conseguia.

A situação era no mínimo inacreditável.

Seus olhos cristalinos se estreitaram. Ele começava a ponderar na ideia de compartilhar ou não aquela informação com Felicity, após tanto tempo. A verdade era que a secretária não lhe devia nada, além de alguns neurônios torrados junto com a sua paciência, ao decorrer dos meses em que ela fora contratada. Ela interromper sua transação com Isabel, havia sido apenas uma oportunidade perfeita para Oliver se vingar de todo o estresse que ela o havia submetido.

Em parâmetros legais, Felicity não lhe devia nada, pelo o contrato que Isabel escolhera não assinar ao serem interrompidos. Sua única culpa ali era por ser extremamente anti-profissional e enxerida, e Oliver tinha a total certeza que a lei não lhe condenaria por isso. Na verdade, havia se aproveitado do nervosismo da secretária, para bolar todo aquele plano de "um contrato por um contrato" e agora, Felicity não poderia fazer nada além de cumprir os dias estipulados sendo a sua escrava.

Se a lei iria lhe amparar antes, agora não iria mais, por isso optou em deixar aquela verdade só para ele.

Pink - True Love

― Só quis te instigar. ― Mentiu, odiando-se por isso. Quando mentia tão descaradamente assim? Algo realmente não ia bem com a sua cabeça.

Felicity desconhecia as mudanças que a fisionomia do sádico adquiria quando ele mentia - uma vez, que ela nunca presenciara o fato -, mas uma tinha leve desconfiança que ele o fazia agora. Apertou mais os olhos.

― Eu não acredito em você. ― Declarou, com seriedade.

Mesmo com as mãos completamente sujas, ainda assim Oliver começou a apertar a ponta do nariz, pensando o quão insana era aquela situação ridícula.

Por que suas pernas não o tiravam dali?

― Não pedi que acreditasse. ― Mandou de volta, colérico e como resposta, recebeu mais lama no rosto.

Por puro reflexo, fechou os olhos, ao invés de tentar se proteger com os braços do ataque infantil de Felicity.

Quando julgou que era seguro, voltou a abrir os olhos e fitou Felicity com intensidade.

― O que diabos foi isso? ― Quis saber, com os olhos faiscando na sua direção. Principalmente por ela não tentar esconder nem um pouco o sorriso por vê-lo naquele estado lastimável.

― Isso foi por você ser você. ― Disse simplesmente, recomeçando a juntar uma quantidade significativa nas mãos e mirar nele. ― E isso é por você ter me jogado para fora de um avião! ― Jogou lama em seu rosto, não errando o alvo nem por um milímetro. Riu alto com a visão, juntando mais "munição" ainda. ― E isso é por eu ter levado um soco no seu lugar!

Desta vez, antes que ela o acertasse, Oliver desviou com destreza e segurou o seu braço, impedindo a manobra maliciosa.

― Você não levou um soco no meu lugar, porque eu não iria levar um soco. ― Justificou, ainda segurando firmemente o braço da pequena encrenqueira.

Mais uma vez num curto período de tempo, Felicity se sentiu indignada com tamanha cara de pau do sádico-mor. Como ele tinha a coragem de dizer aquilo?

Trincou os dentes, possessa.

― Você está querendo dizer na minha cara, que eu não levei um soco da sua noiva ou seja-lá-o-que-for aquela psicótica, na sua boate?

― Jesus, como a sua sentença está toda errada! ― Exclamou com incredulidade, soltando o seu braço e afastando-se o suficiente para a fitar. ― Helena não é a minha noiva e Verdant não é só a minha boate. É da minha irmã também.

A expressão de Felicity se fechou.

― Você me entendeu. Isso não muda o fato de eu ter levado um soco. ― Acusou e o rosto de Oliver ficou tenso.

― O soco você levou de teimosa. ― Deu de ombros ― Avisei para você não ouvir Helena.

Seu ar despreocupado deixou Felicity em ponto de ebulição.

― Você está me chamando de teimosa?

Não o deixou que respondesse. Feito uma profissional naquela arte em especial, Felicity agachou, encheu a mão com um punhado de lama e lançou contra o homem arrogante prostrado à sua frente.

Mais uma vez, ele nem tentou desviar, mas Felicity podia dizer que ele havia tido o suficiente, uma vez que os seus olhos haviam adquirido um brilho perigoso e sua boca havia se curvado num sorriso jocoso.

― Me pergunto a quantidade de lama que você me jogará, quando eu terminar de fazer contigo, o que eu quero fazer. ― Seu tom era suave, quase manso, mas qualquer um há quilômetros de distância dali, poderia observar a ameaça velada.

Continuou a olhar-lhe, reparando no cabelo desalinhado, no rosto corado e no brilho dos olhos que exalavam desafio e orgulho. Oliver gostou daquela visão mais do que gostaria.

No final, não era só Felicity a ferrada da situação. Sentia que ele havia mergulhado em águas mais profundas que o premeditado.

Com um suspiro cansado, manejou em falar, antes de fazer o seu último avanço que com certeza lhe renderia mais lama na cara:

― Parece que o tiro saiu pela culatra, Srta. Smoak.

Felicity sequer pensou em recuar, quando o Queen numa pernada só a alcançou e puxou-a para sí, tomando os seus lábios num beijo fervoroso. Diferente das suas palavras tipicamente frias e cortantes, seus lábios eram quentes mas igualmente incitantes e selvagens quanto a sua personalidade arrogante.

Suas mãos atrevidas, já haviam encontrado o caminho para dentro da blusa de Felicity, entretanto, diferente da crença popular, ele ainda não havia feito nada senão apertar um pouco mais cintura da mulher contra a palma de sua mão quente.  

Felicity de repente abriu os olhos, não quebrando o contato e dando-se conta que aquele incrível homem grande e arrogante, estava a beijando por livre e espontânea vontade. Não havia uma ex-atual-psicótica no caminho, muito menos, uma plateia. Só era ele e ela.

Ela e aquele homem que sempre julgara obstinado, mandão e sem um pingo sequer de empatia nos ossos, estavam prestes a caírem na poça de lama se ele continuasse pressionando todo o seu corpo sobre o dela e ela não dava a mínima.

Suspirou, voltando a fechar os olhos. É, o tiro havia saído pela culatra.

Para o inferno! Oliver pensou, sentindo-se cair na mesma poça que havia empurrado Felicity mais cedo gentilmente. O cenário e o lugar pouco importava, uma vez que sua aparência estava um lixo e mesmo assim Felicity não demonstrou nenhuma resistência. Só podia ser amor, o pensamento lhe veio à mente e ele poderia até ter rido, se não estivesse tão concentrado em deslizar as mãos mais para cima da barriga de Felicity.

Não era um completo cínico para duvidar da existência daquele sentimento no mundo, mas também não poderia dizer que estava apaixonado por Felicity do mesmo jeito que ela claramente estava por ele. Na realidade, talvez, estivesse no caminho certo para aquilo acontecer, admitiu para sí mesmo, saboreando o gosto dos lábios da mulher que acabava de estremecer em seus braços, como se confirmasse seus pensamentos.

Finalmente, sua mão chegou onde queria e sem pudor algum, fechou-a ao redor da elevação de seus seios, fazendo-a reagir imediatamente com um ofego sob a sua boca. 

Oliver definitivamente não se iludiria pensando que estava loucamente apaixonado pela secretária, mas também não negaria que algo além da atração sexual, estava ocorrendo ali.

Talvez, precisasse de mais tempo para deixar Felicity Smoak sob a sua pele.

Felicity's  Pov

SANTA MARIA MÃE DE DEUS!

Eu iria entrar em combustão!

― Nós dois poderíamos ir para o celeiro. ― Sugeri, quando finalmente consegui desgrudar minha boca da do Queen - e foi uma tarefa dificilíssima, vale ressaltar - e senti, para a minha total desgraça, a lama fazendo contato com as minhas costas.

O cenário não poderia ser mais deprimente: Eu, Felicity Smoak, estava fazendo de tapete uma poça de lama, tinha Oliver Queen sobre o meu corpo e ainda por cima, ganhava de bônus uma garoa fina representando um lençol para nós. Claro, sem contar que Donna Smoak estava há alguns metros de distância, podendo à qualquer momento, testemunhar aquela putaria roceira.

E mesmo assim, sentia o meu corpo em chamas e chuva de faíscas preencherem toda a minha alma. As emoções que o Queen me fazia sentir, definitivamente mereciam serem estudadas.

As sobrancelhas de Oliver se arquearam.

― É impressão minha ou você está me fazendo uma proposta indecente, srta. Smoak?

Porra, se tô!

― Tudo depende da sua resposta. ― Foi a minha resposta sacana, junto com uma piscada de olho tosca.

Oliver bufou uma risada, ainda sem dar sinal algum que iria sair de cima de mim. Não que eu necessariamente ligasse para aquilo. Se ele quisesse, poderia ficar o dia inteiro em cima de mim...

― Garota inexperiente, uma ova! ― Exclamou e eu estudei o seu rosto, procurando alguma ruga de irritação, mas tudo que encontrei foi um sorriso brincalhão.

Puta merda, Oliver Queen não estava sorrindo sarcasticamente na minha direção! Não era à toa que a garoa de minutos atrás, transformara-se numa chuva torrencial.

Olhou-me por um bom momento e quando pensei que aqueles gloriosos lábios voltariam a fazer sua mágica sobre os meus, fomos interrompidos por uma voz que eu conhecia muito bem:

― O que vocês estão fazendo?

Joguei rapidamente o sádico para o lado e encarei Barry parado próximo de nós, segurando um guarda-chuva enquanto sua bochecha atingia a coloração vermelha. Ao seu lado, estava Cisco e Tommy, ambos tentando conter o riso. Puta merda, eles haviam visto eu e o sádico na sarração!

Ó-T-I-M-O. Melhor que tá, não ficaria!

― Testando o solo. ― Enfiei as mãos na terra e coloquei na minha cara, ignorando o meu subconsciente dizendo que eu não tinha nada a fingir, uma vez que eles já haviam presenciado a cena toda. Entretanto, a parte da minha alma que ainda tinha vergonha na cara, gritava para eu continuar com aquele teatro. E foi o que eu fiz. ― Hmmmmm, parece argila!

Parecia mesmo bosta.

― Ah, que bom... ― Barry ainda nos encarava vermelho, já Curtis e o amigo corno do Queen, começaram a rir abertamente de toda aquela cena.

Os lancei o meu melhor olhar "Calem a boca ou morram" mas aquilo só ocasionou mais risadas. Inclusive do sádico.

Incrível.

― Você fica bonitinha com raiva. ― Justificou dando de ombros, ao perceber que eu também o encarava de maneira homicida.

― E você fica bonitinho todo sujinho assim de lama, mas você me escuta falando isso? ― Pausa ― Oh droga, você acabou de ouvir!

Balançando a cabeça negativamente e ainda com um sorriso no rosto, o Queen levantou da poça, logo em seguida me ajudando a fazer o mesmo.

Estava com tanta vergonha da situação, para ficar ao redor daqueles homens que haviam presenciado mais do que deveriam, que acabei saindo correndo.

Antes de entrar em casa, ainda pude ouvir o Queen gritando:

― Cuidado para não pisar em mais nenhuma poça, ou eu terei que te resgatar!

Como se eu não fosse gostar do seu resgate...

(...)

Não graças à mim, o almoço já estava servido com os ovos que Donna havia pego horas atrás no Celeiro de Satanás, mas o mais incrível, era que ela ainda não havia explodido comigo por minha falta de lealdade deixando-a lá para se resolver sozinha com as galinhas discípulas do tinhoso. Ao contrário.

De minuto em minuto, me enviava sorrisinhos ou risadinhas. Desconfiava que ela também, além de Cisco, Barry e Tommy, havia presenciado a Pegação do Curral (Que Curral?). Contudo, o pior de todos aqueles olhares e risadinhas, era que estava levantando a suspeita nas demais pessoas que não haviam visto nada.

Sara já começava a sorrir sacana na minha direção, Thea tremia os lábios e os ombros, sempre que eu a pegava me olhando...Já Caitlin, se limitou a arquear uma sobrancelha enquanto servia o meu almoço.

Aquilo tudo era muito embaraçoso e ridículo para digerir.

― Então, o que vocês costumam fazer por aqui? ― Diggle quebrou o silêncio constrangedor, segurando a xícara de café que resolvera beber logo após o almoço. Achei aquela atitude no mínimo peculiar, mas resolvi ficar quietinha no meu canto. Ainda não havia me esquecido da sua fiel companheira que vira e mexe, reluzia na sua cintura, dando um alô para mim.

Caitlin deu de ombros.

― Não tem muito o que fazer por aqui além de alimentar os animais, cuidar das plantações e ir à igreja.

Isso me lembrava exatamente o motivo de mamãe ter vazado para Vegas. Nas últimas semanas, ela deveria estar enlouquecendo presa por aqui.

― Ei, tem ainda a internet! ― Cisco se manifestou, lançando um olhar de censura para Caitlin. Obviamente, ele não gostava nada, nada de ter o seu lar diminuído. ― E também há alguns rodeios...Sem contar nos festivais!

Franzi o cenho, recordando-me da fazenda vizinha que costumava fazer rodeios anos atrás. Não fazia ideia se eles continuavam com este costume, contudo, ainda sentia a mesma curiosidade de anos atrás, para presenciar um rodeio. Ou quem sabe, ir em algum festival. Eu nunca tinha ido em nenhum dos dois e tinha certeza que morreria de frustração se escutasse mais algum relato de Caitlin sobre quãããão legal é ir num festival.

― Oh, sim, verdade! ― Caitlin concordou, maneando a cabeça positivamente. Um sorriso começava a se desenhar em seu rosto e pelo canto dos olhos, notei Barry prestando atenção em cada palavra despejada pelos os meus primos. Parecia que ele queria memorizar cada detalhe dos amigos.

O que era estranho, mas um pouquinho adorável.

― Interessante, conte-nos mais sobre esses rodeios e festivais. ― Curtis se inclinou levemente sobre a mesa de centro da sala, onde todos estavam reunidos agora, após o almoço. Só faltava Caitlin acender a lareira, para criar um cenário bem pitoresco.

 ― Não tem muita coisa a contar. ― Caitlin falou com cuidado, dessa vez olhando significativamente na minha direção. Provavelmente ela já havia sacado que conduzir uma conversa com Curtis, era como andar em ovos.

E como nada boba ela era, já devia saber que o motivo de eu estar fazendo uma visitinha, trazendo de bagagem o meu chefe e ainda todos os seus amigos, era porque eu havia me metido em problemas. Típico.

Caitlin era muito esperta para ser mantida durante mais tempo no escuro quanto à minha situação em especial.

― Sério que você não tem nenhuma história sobre algum cowboy quente, para contar não? ― Thea abriu um sorriso lascivo. ― Vamos lá, Caitlin! Você é muito bonita para não ter uma história com algum cowboy da região.

Caitlin ficou pálida, enquanto eu e Cisco trocamos olhares. A gente sabia muito bem uma história antiga entre Caitlin e um cowboy chamado Ronnie Raymond.

Mas aquilo eram águas passadas.

― N-não há nenhuma história com cowboy algum. ― Caitlin gaguejou, retomando a sua cor natural.

― E Felicity? ― Oliver apareceu na soleira da porta, com uma toalha em volta do pescoço, enquanto seu cabelo exibia fios arrepiados que pingavam água do banho que acabara de tomar.

Era impressão minha ou a temperatura havia subido?

― Só impressão mesmo, querida. ― Mamãe respondeu o meu pensamento, lançando-me um olhar compadecido e eu quis me lançar janela à fora por ter pensado aquilo em voz alta.

Oliver ignorou o meu comentário, mas agora exibia um sorrisinho satisfeito.

― E Felicity o quê? ― Cisco quis saber, olhando interessado o MEU Queen.

― Felicity não tem nenhuma história quente com algum cowboy da região, não?

Escancarei o bocão, impressionada com a audácia do bonitão. Havia me beijado há algumas horinhas atrás e já chegava querendo saber dos meus casinhos sórdidos? Não sabia se me sentia lisonjeada ou iludida. Porque ofendida eu não tava!

Se o Queen queria saber daquele detalhe particular da minha vida, é porque tinha algum interesse e se ele tinha algum interesse...Eu tinha alguma chance!

― Oras, Oliver! Que pergunta mais impertinente! ― Laurel o olhou feio ― Não vê que a garota é quieta? Quase uma santa?

Sabe de nada, inocente!

Ao ouvir aquela comparação, imediatamente os homens começaram a rir, exceto Diggle e Curtis, que não haviam presenciado a Putaria Roceira.

― Os quietinhos são os piores, nunca ouviu isso Laurel? ― Oliver me olhou maldosamente e eu revirei os olhos. Que ditado mais...Velho. E verdadeiro.

― Ei, ei, não o meu bebê! ― Mamãe se intrometeu no assunto e eu detectei a merda vindo. Oh não, oh não... ―...Felicity foi criada para ser uma mocinha para casar!  A eduquei desde cedo assim e sempre frequentou a igreja.

Meu Deus, que igreja? da putaria? Abaixei minha cabeça, não querendo nem ver o olhar debochado que com certeza o sádico já tinha adotado na feição. Tudo bem que ele não fazia ideia se eu fora de fato criada daquele jeito, mas inocente? Eu? Ele já tinha sua comprovação que de inocente eu só tinha o rosto.

―...criei Felicity para casar virgem! ― A louca continuou mentindo descaradamente e eu faltei ter um enfarte com aquela declaração.

Ela não havia me criado para casar virgem coisa nenhuma! Recordava-me muito bem dos nossos tempos em Vegas, onde ela me jogava para cima de qualquer BR&R - Bofe Rico e Roludo -, de plantão na área dando algum mole.

―...Inclusive, amanhã bem cedinho, vamos todos para a igreja. ― Completou com um sorriso assombrosamente empolgado, não refletindo em nada o meu terror ao ouvir as palavras "Vamos", "Todos" e "Igreja" juntas.

Não era como se eu detestasse as pessoas que iam à igreja ou algo do tipo, o negócio era: Eu e igreja, numa mesma frase, nunca acabava bem. Principalmente quando tratava-se da igreja na Colina da Salvação— sim, deram exatamente este nome a colina -, próxima a fazenda.

Digamos que na minha primeira experiência na igreja da Colina da Salvação, acabei soltando uma pergunta meio inconveniente para o pastor West. E desde então, não coloco os pés num lugar santo ou nem mesmo sequer considero uma visitinha básica ao redor da colina.

Nah-uh.

― Desculpe sra. Smoak, mas igreja não é a minha área. ― Tommy murmurou, levantando as mãos num sinal de "stop".

Tentei esconder o meu sorriso satisfeito tomando um gole de água do copo que eu segurava. Pela primeira vez desde que eu conhecia Tommy, concordava com ele.

Laurel estreitou os olhos, ao seu lado.

― E o que exatamente combina com você? Cassinos em Vegas? ― Desdenhou e o meu detector de barraco apitou. ― Mulheres peladas? Uma zona?

― E lá vamos nós... ― Thea resmungou, cruzando os braços e adotando um olhar entediado. Assim como Oliver, encostado na soleira da porta e me fazendo ter pensamentos pecaminosos.

― Ei, essa história do cassino só foi uma vez! ― O corno-chifre-lapidados tentou se defender do indefensável. Qual é, a mulher era uma advogada, óbvio que sabia como atacar!

― Só foi uma vez que eu saiba, né? ― Rebateu a gulosa por machos. Tomei mais um gole de água, não desviando os olhos dos protagonistas da Briga Roceira.

― Laurel...

Já estava vendo quem seria o perdedor.

― Sem contar desse seu tal clubinho que tem como sigla PP e você sequer o citou alguma vez para mim! ― Acusou histérica, apontando um dedo rente ao seu rosto. Mais um pouco e ela atingia o nariz dele e aí sim a situação ia ficar nojenta. ― O que tem nele que você não me conta? Prostitutas de luxo? Drogas? Por que você e Oliver sempre fogem quando o assunto é esse misterioso clube?

EPA! PERA! O MEU QUEEN FAZIA PARTE DESSE CLUBIZINHO DE SIGLA SUSPEITA?

PP SIGNIFICAVA EXATAMENTE O QUE? PINTO PEQUENO? Assim que esse pensamento cruzou minha mente, cuspi todo o conteúdo da minha boca, chamando toda a atenção para mim.

― VOCÊ NÃO TEM PINTO PEQUENO, NÉ?

Quando eu percebi, já estava de pé no meio da sala, olhando Oliver feito uma louca, enquanto gritava aquilo a plenos pulmões.

Não demorou muito até eu sentir o meu rosto pinicar. De vergonha.

― Oh, Deus... ― Ouvi minha mãe grunhir num canto da cala ― Ela é adotada...É claro que Oliver é gostosão, isso é inquestionável!

E ela ainda tinha coragem de usar o disfarce de crente...

― Eu preciso lavar agora meus ouvidos... ― Thea murmurou, se afundando no sofá e cobrindo o rosto com os braços. Deveria ser uma merda mesmo ouvir duas loucas discutindo sobre o pinto do irmão.

― E eu vou para o meu quarto. ― Caitlin acrescentou, constrangida com a minha boca grande e provavelmente querendo romper qualquer parentesco comigo. Mentira. Caitlin era boazinha demais até para pensar nisso.

― Eu também! ― Barry se levantou apressado, mas logo parou, ficando vermelho igual um tomate ― Quer dizer, eu também vou para o meu quarto. Meu quarto. Não o de Caitlin.

― Oh, cara... ― Cisco começou balançar a cabeça de um lado para o outro ― Dessa vez quem terá pesadelos essa noite, será eu!

― É muita Smoak por metro quadrado para eu conseguir manter minha sanidade intacta. ― Curtis murmurou, saindo da sala.

Em poucos segundos, a sala se esvaziou, sobrando somente eu, Oliver-Gostosão, Diggle e mamãe. Só não sabia o que diabos aqueles dois estavam fazendo ali, notoriamente atrapalhando os pegas que eu queria dar no tarado.

― Felicity, posso te garantir que eu não faço parte do clube dos pintos pequenos. ― O Queen zombou, respondendo minha questão exasperada de minutos atrás. Se possível, voltei a ficar vermelha. ― E diferente de Tommy, não tenho nada contra igrejas... ― Acrescentou, olhando-me significativamente e eu não entendi nada.

Ele estava falando entre entrelinhas e eu não fazia ideia como ler entre elas.

― Hmmm, ótimo então! Estejam todos acordados antes do amanhecer. ― Mamãe ditou, com um brilho suspeito nos olhos. ― Agora se me dão licença, irei dormir.

Franzi o cenho, olhando para fora da janela.

― Mãe, ainda é dia. ― Falei e ela soltou uma risadinha sem graça na direção do sádico e do amante por armas.

― Eu disse dormir? Quis dizer que iria me retirar para o meu escritório... ― Emendou sem graça, dessa vez, lançando dardos com os olhos na minha direção.

Pisquei os olhos.

― Mãe, que escritório?

Donna me estudou por um momento. Finalmente, balançou a cabeça negativamente.

― Você é definitivamente adotada.

E saiu da sala, me deixando sozinha com aqueles dois brutamontes que pareciam prestes a terem um ataque de risos.

Não entendi nada.

― O que foi que eu fiz? ― Perguntei, mais perdida que Curtis dentro de uma sala abarrotada de héteros.

Enviando um olhar para Diggle, Oliver conseguiu que o mesmo saísse da sala de forma silenciosa. O tipo de vínculo que os dois tinham, às vezes me fazia ter arrepios! Era inquestionável o quão ligados eles eram um no outro.

Cruzei os braços atrás das minhas costas, tentando impedir a louca vontade de agarrar o sádico naquela oportunidade divina - ou diabólica - do destino, que finalmente poderíamos ter um momento à sós.

― Feita para casar, ein? ― Ele debochou, retirando a toalha do pescoço e jogando-a no sofá, entretanto, ele continuava sem mover um pé do lugar.

Encolhi os ombros.

― Mamãe tem tendência a exagerar. ― Me defendi constrangida e ele anuiu em concordância.

― Nota-se.

Franzi a testa, intrigada. Será que voltaríamos a soltar farpas um para o outro? Não tinha aquela possibilidade em mente após aquele beijo quente na lama, mas com Oliver eu já devia me acostumar a esperar qualquer coisa.

O olhei feio.

― Vai começar a me ofender novamente? ― Exigi saber, já esquadrinhando a sala na busca de algum objeto que pudesse o machucar.

Ele não iria cuspir no prato que comeu. Nananinanão. Eu me certificaria que ele não esquecesse jamais quem era Felicity Smoak!

― Quando eu te ofendi? ― Levantou uma sobrancelha ― Te xinguei de alguma coisa?

Lá vinha ele com o seu maldito jogo de palavras...

― Não se faça de idiota.

― Eu não estou. ― Pausa ― Apesar de constantemente, você já me achar um idiota. Portanto, ao que parece, estou me fazendo de idiota 24 horas por dia, segundo a sua percepção.

Oh, bem, ele tinha um ponto.

Estalei a língua nos dentes.

― Tanto faz.

― Por que você gosta de mim?

Hein?

― Ei, eu pensei que a gente já tinha passado dessa fase! ― O olhei de maneira acusadora ― E nós já não estamos mais jogando!

Observei ele cruzar os braços, travar o maxilar e devolver o meu olhar assombrado, com uma expressão vazia. Seus olhos estavam opacos, mas penetrantes. Fazendo com que todo o meu corpo se sacudisse num arrepio violento.

― Não, não estamos mais jogando. ― Concordou, de maneira lenta ― Por isso, quero saber...Como uma pessoa, que eu dediquei os meus últimos meses para infernizar a vida, acabou se apaixonando por mim?

Pisquei os olhos.

Ele piscou de volta.

E mais uma vez, notei que o doido tinha um ponto.

Oliver 2x Felicity 0.

Como eu havia acabado naquela posição? Nem eu sabia explicar. Num momento, eu o odiava com todas as minhas forças, já no outro...Eu o odiava, mas de maneira...Amorosa? Tinha como amar e odiar uma pessoa ao mesmo tempo?

― Mas que merda... ― Sussurrei ― Por que você não se conforma que eu estou apaixonada por você e só? Para que ficar voltando no mesmo assunto? ― Me revoltei. Já era ridículo demais eu ter que admitir em voz alta o quão estatelada eu estava e ele ainda queria ficar insistindo na mesma tecla?! Era...revoltante!

― Gosto de coisas lógicas. Acho que mereço uma explicação.

Girei os olhos, impaciente.

― Como se amar alguém tivesse lógica...

Assim que terminei de falar a frase, bati minha mão contra os lábios. Mas que porra eu havia feito? Dizer que eu era apaixonada pelo sádico em voz alta, era uma coisa. Mas agora, falar em alto e bom som que eu o amava...Era outra completamente diferente!

Seus olhos cintilaram no meu rosto. Corri para tentar me corrigir:

― Ei, eu não te amo! Eu só falei de amor porque estamos falando de coisas ilógicas e ambos sabemos o quão incompletamente ilógico que é eu ser apaixonada por você, e... ― Arregalei os olhos, interrompendo a minha explicação falha ao notar um sorriso tremendamente perigoso, se desenhar no rosto dele. ― Ei, pare de sorrir dessa maneira! Tire esse sorriso do rosto agora! ― Exigi, me tremendo todinha.

O Queen era um pão mesmo. Um pão de hambúrguer suculento ainda.

― Estou fazendo esse movimento com a boca que você parece tanto odiar, porque acabei recebendo a minha explicação. ― Justificou ainda sorrindo.

E eu fiquei mais preocupada mesmo por ele pensar que eu odiava o seu sorriso. Na realidade, me perturbava os inúmeros sorrisos que o Queen parecia ter escondido todo esse tempo e que agora causavam um efeito enervante nas minhas pernas, deixando-as bambas.

― Hmm... ― Foi a única coisa que consegui "manifestar", já que a certeza de que algo indecente ou extremamente desnecessário, poderia acabar saindo da minha boca a qualquer momento se eu desse mole. E eu daria, se Deus quiser.

De qualquer maneira, não precisei me preocupar muito com o silêncio constrangedor, já que em poucos segundos, Cisco, Caitlin e Barry apareceram afobados na sala. Pareciam até que correram uma maratona inteira!

― Parou de chover, finalmente! ― Cisco anunciou feliz ― E sabe o que isso quer dizer? ― Abri a boca pronta para responder, mas ele foi mais rápido. ― Isso quer dizer que poderemos ensinar Barry o que prometemos a ele, durante meses! ― Completou, fazendo um high five duplo com Caitlin e Barry, que também pareciam entusiasmados.

Franzi o cenho, confusa.

― O que vocês prometeram ensinar Barry? ― Thea apareceu, dando vozes aos meus pensamentos.

― A andar de cavalo! ― Caitlin respondeu, com um sorriso brilhante e dessa vez, eu literalmente quase despenquei.

Eu havia ouvido direito?

― EU QUERO MONTAR EM UM, EU QUERO MONTAR EM UM! ― Curtis de repente apareceu na sala, feito um foguete, balançando as mãos de um lado para o outro e dando pulinhos afeminados ― Falou de montar, é comigo mesmo! Principalmente num bichão desses... ― Acrescentou, com uma risadinha maliciosa tosca.

ALGUÉM. ME. MATA. POR, FAVOR!

Caitlin e Barry, ficaram vermelhos, pescando a insinuação descarada. Já os demais, se limitaram a ignorar a depravação do sem noção.

― Ahhhh, se é assim, eu também quero aprender! ― Thea bateu o pé, adotando uma expressão obstinada e o meu sensor de PROBLEMAS começava a dar sinais de vida.

Isso não ia prestar.

― Oh, Deus... ― Oliver olhou a irmã contrariado ― Quebre uma perna e venha chorar para mim, que farei questão de quebrar a outra, estamos entendido? ― Indagou ameaçador, provavelmente esperando que a Queen menor recuasse.

Contudo, ela apenas se limitou a empinar o nariz e levantar os ombros, respondendo-lhe com toda a dignidade possível:

― Entendido.

Oh, merda. Isso definitivamente não iria prestar!

(...)

A caminhada toda até o estábulo foi uma algazarra por conta de Cisco e Curtis, que mais discutiam do que se comunicavam como pessoas normais.

Felizmente, a caminhada não foi o longa o suficiente para que me fizesse querer levar um tiro na cabeça.

― Okay, é só eu subir e fim, né? ― Curtis parou ao lado do cavalo que Caitlin agora segurava as rédeas. Modéstia à parte, minha prima era excelente em montaria, arriscava a dizer inclusive, que ela já havia nascido no lombo de um cavalo.

Não fazia ideia de qual raça era aquele enorme animal preto, de pelo reluzente, mas na minha mente vinha a raça Lippizzano, de tanto ouvir Cisco tagarelar no meu ouvido aquele mesmo nome durante anos.

Thea estava parada ao lado de um que parecia um pônei e eu só não debochei da sua escolha, porque Barry também escolheu um igual. Portanto, decidi ficar quieta. Eu e o meu sistema nervoso já tínhamos feito um acordo há algum tempo: Nada de debochar, pelo menos em voz alta, do menino-homem chamado Barry Allen e quem sabe um futuro brilhante me aguardasse?

― Bem, basicamente sim. ― Caitlin respondeu, o ajudando a subir no cavalo. Como a bicha não tinha vergonha na cara, fez questão de empinar a bunda em direção ao céu e agarrar a crina do pobre coitado cavalo, enquanto se posicionava de maneira correta em cima dele.

Fiquei entre rir ou chorar com a cena.

Logo, Barry e Thea imitaram o gesto do sem vergonha na cara, porém de maneira bem mais discreta e subiram no poneizinho deles. Me limitei a ser uma simples telespectadora daquele espetáculo que com certeza renderia mais tarde.

Oliver parou ao meu lado, encostando de propósito o seu ombro no meu. Suguei o ar.

ALGUÉM AI ABRIU A PORTA DO INFERNO? É QUE DE REPENTE A TEMPERATURA SUBIU......

― Felicity, você sabe #$$%@@@@?

AI. QUE. DELÍCIA. DE. HOMEM.

Era cruel a forma que o sádico era tão gostoso só respirando. Apertei os olhos, notando que ele ainda continuava mexendo a boca e eu sequer o ouvia, ocupada demais babando pra cima dele.

― Desculpe, o que foi que você perguntou?

Rogando paciência para os Deuses, o Queen voltou a repetir:

― Você sabe montar?

Oh, se sei!

― Num cavalo Felicity, tô falando do cavalo...

Ah, merda. Mordi a minha bochecha, nervosa. Não fazia ideia de como montar num cavalo.

Mas eu admiti aquilo em voz alta? Claro que não!

― Óbvio! ― Soltei uma risada que para mim me pareceu mais um choro.

Ele me avaliou por alguns segundos, até balançar a cabeça.

― Ótimo, monte em um cavalo.

Viado, mentira!

― Não to afim. ― Virei o rosto, tentando não acabar sendo convencida por aquelas lazúlis perigosas.

― Ah Felicity, vamos lá... ― Seu tom era macio ― Ou você não sabe montar?

ELE DISSE O QUE?! Ah, não...

Nem pensei duas vezes. Imediatamente tomei as rédeas que estavam em suas mãos Deus-sabe-lá-desde-quando e tomei a decisão que não sairia dali até que eu estivesse montada num cavalo. Animal. Apesar que o humano me parecia muito atraente.

O maneiro é que eu não fazia ideia de como iria completar aquela tarefa sem me quebrar todinha no chão. Tá legal que até Curtis havia conseguido montar em um, mas sua situação era completamente diferente, uma vez que ele tinha Caitlin por perto.

No meu caso, eu só tinha a mim mesma. E o sádico de espectador, esperando que eu caísse e acabasse admitindo em voz alta que eu não sabia montar num cavalo coisa nenhuma!

Maldita hora em que escolhi usar o disfarce de garota da fazenda! Por que eu não havia escolhido o da prostituta de luxo? Pelo menos a essa hora, eu estaria tentando montar em outra coisa! 

Parei ao lado do primeiro cavalo que encontrei no estábulo e quase me mijei toda, só de notar o tamanho do bicho. Como que eu ia fazer pra montar naquele garanhão?

― Felicity, querida... ― Oliver parou ao meu lado e eu pisquei estupefata na sua direção. Eu estava ouvindo coisas ou ele havia me chamado mesmo de querida?

Respirei fundo.

― Hmm????

Ele olhou bem dentro dos meus olhos, até um sorriso preguiçoso se desenhar no seu rosto.

― Quando é que você vai admitir que nunca esteve no lombo de um cavalo?

Minha boca abriu quase um palmo.

A cada dia eu tinha mais certeza que o sádico tinha parte com o demônio. Não era possível ser tão...perspicaz assim!

― Nem toda garota do campo, deve saber necessariamente montar num cavalo! ― Soltei apressada, sabendo que seria inútil eu tentar negar minha falta de habilidade na área da equitação. ― É completamente normal e eu não deveria ser julgada por isso!

Oliver riu.

― Ninguém está te julgando aqui, Felicity.

Girei os olhos e soltei as rédeas no chão.

― Te conheço o suficiente para ler os seus olhos. E adivinhe só? Eles estão me julgando!

Como se só para confirmar, o cavalo que eu havia escolhido, soprou, me fazendo dar um pulo de susto.

Oliver esfregou o queixo, ainda com um sorriso.

― Hmm, parece que eu estou em desvantagem aqui, srta. Smoak. ― Me avaliou por um segundo e eu troquei um peso do pé para o outro, tensa. ― Você me parece conhecer, mas e eu? Eu conheço você? Acho que não.

E eu esperava que não conhecesse. Tinha medo da sua reação ao descobrir todas as minhas mentiras...Apesar de ter uma leve impressão que ele já sabia de tudo e estava apenas jogando comigo. O que não deixava de ser perturbador.

― Você me conhece o suficiente. ― Falei, antes de ouvir o som ritmado de cascos batendo na terra.

Ótimo, a tropa estava de volta, me salvando dessa vez de um questionário que eu com certeza não iria querer responder. Agora, até quando eu poderia fugir das inúmeras questões que Oliver tinha para mim, eu não fazia ideia.

Oliver's  Pov

Me encostei em uma das cercas iluminadas pela lua, consciente dos passos aproximando-se ao meu redor.

Num minuto, Laurel já estava parada ao meu lado, de braços cruzados e com um olhar pensativo.

Aquilo nunca era bom. Na minha experiência, nenhuma mulher pensativa por perto, era bom sinal.

Pacientemente, esperei pelo seu discurso que sacudiria todas as minhas barreiras.

― Você se lembra do dia que me mostrou o contrato que fez Felicity assinar? ― Ela resolveu quebrar o silêncio.

Com um suspiro resignado, balancei a cabeça positivamente. Óbvio que eu me lembrava.

Afinal, do que eu não lembrava?

― E você se lembra também do que eu te perguntei, logo em seguida? ― Questionou novamente e eu franzi o cenho, começando a ter a sensação de estar caminhando em direção à uma armadilha.

Suprimi uma praga.

Você só pode estar brincando, certo? ― Imitei sua voz, recordando aquele fatídico dia. ― Difícil esquecer sua reação, já que foi parecida com a de Diggle. ― Completei, amargurado. Ainda não me conformava com a reação negativa deles.

Não era como se eu fosse uma pessoa insana por fazer aquele contrato com cláusulas parcialmente razoáveis.

― Não, eu estou falando da outra pergunta! ― Soltou exasperada, como se eu estivesse lhe torrando a paciência. Revirei os olhos.

― Cadê Tommy? Você precisa descontar suas frustrações nele e não em mim...Por mais que eu sempre adore uma boa discussão, não estou disponível no momento. ― Disse, com um sorriso cínico que normalmente me renderia uma blusa suja de champanhe.

― Tommy está bem no quarto dele. Agora, pare de fugir da pergunta com outra, como da última vez.

Olhei ao redor, avistando ao longe, Carrie e Floyd parados, estudando o perímetro.

― Da outra vez, eu não fugi da pergunta. E sim fiz a pergunta certa. ― Resmunguei, recordando-me do diálogo entre nós muito nitidamente.

"― Você gosta dela?

Estreitei os olhos, ao ouvir a pergunta impertinente. Se eu gostava de Felicity?

― Você por um acaso leu esse contrato? ― Perguntei."

― Você me perguntou se eu tinha lido o contrato. ― Resmungou, com um vinco se formando entre as sobrancelhas.

Soprei o ar, satisfeito.

― Parece que alguém por aqui não sofre de Alzheimer também, parabéns. ― Retruquei e ela me enviou um olhar duro, não aceitando a inocente observação.

― Oliver, responda logo. Você gosta dela?

Girei, passando um pé na cerca e apoiando os braços na mesma.

― Gostar eu gosto até do meu cachorro. ― Respondi monótono, esperando que ela perdesse interesse no assunto.

― Você não tem um cachorro.

Diabos, onde estava Tommy quando se precisava dele? Apertei os lábios.

― Mas se eu tivesse um, iria gostar dele. ― Retorqui, sem me abalar e ela bufou, irritada.

― Por que você está dando voltas para responder uma simples pergunta?

Sorri.

― Não estou dando voltas, estou parado no lugar.

Foi o suficiente para ela perder toda a paciência que ainda lhe restava.

― Oliver!

Sua explosão só serviu para ampliar mais o meu sorriso.

― Sabia que ser impertinente não é nada atraente numa mulher? Agora sei porque você e Tommy vivem brigando...

Deu um tapa no meu braço.

― Você fala como se não vivesse brigando com Felicity também. ― Comentou, lançando-me um olhar significativo e eu fiquei sem fala.

Não tinha resposta para aquilo. E ela pareceu notar exatamente isso, já que saiu satisfeita de lá, saltitando. Parecia até que havia ganho uma causa no tribunal!

Talvez tivesse.

Resolvi ficar por mais algum tempo ali, apreciando o silêncio da noite. Tudo era tão diferente da cidade, que de certa forma desconcertante, me acalmava. O pensamento de voltar aqui no futuro, fixou-se na minha mente. Mesmo quando Felicity deixasse de ser minha secretária, a família dela me receberia de braços abertos? Decerto que não, suspirei estranhamente desanimado. 

― Viu o passarinho verde para ficar suspirando assim?

Oh, céus...Lentamente, girei na direção da voz e me amaldiçoei por não ter previsto que Diggle também estaria por perto. Afinal, eu não o pagava especialmente para aquilo? Me vigiar?

Desviei o olhar.

― Tá de noite, não há passarinho algum. E você já teve trocadilhos melhores. ― Acrescentei rapidamente, para o irritar e quem sabe assim, me deixar em paz.

― Oras, alguém por aqui está sensível demais? ― Gracejou e eu me perguntei internamente se Carrie ou Floyd, seriam capazes de acertarem um tiro na cabeça de Diggle - ou até mesmo na minha -, caso eu fizesse algum sinal.

Inclinei a cabeça levemente na direção dele, colocando a mão no bolso da calça.

― Que quer eu ligue para Lyla, por você, Digboy? ― Perguntei petulante e recebi em troca, um rosnado.

― Nem se atreva.

Curvei os lábios.

― Oras, parece que alguém por aqui está definitivamente sensível. ― Ironizei, refletindo que hoje eu realmente parecia disposto a receber um soco na cara se continuasse irritando as pessoas ao meu redor.

Entretanto, não conhecia outro jeito, além deste, para livrar-me das frustrações. Ou conhecia sim, uma vozinha se espreitou na minha mente, dando-me visões lascivas entre eu e certa loirinha. Por mais tentador que fosse tudo aquilo, não me deixaria levar. Pelo menos, não por enquanto.

― Então, quando você vai admitir que gosta de Felicity?

Fui despertado pela pergunta de Diggle que soara como alguém que não queria saber de nada, quando na realidade...Queria saber todos os detalhes possíveis.

Apertei a mão ao redor da cerca, pensando numa resposta boa o suficiente. Mas nada me vinha à mente.

― Eu tenho que admitir alguma coisa? ― Repliquei, lentamente, tentando ganhar tempo.

Ele sorriu.

― Você tem razão, não tem que admitir nada. ― Concordou ― Está tudo escrito na sua testa. Ainda bem que sabemos o quão honesto você é...Imagine se você dependesse das suas habilidades na área de atuação para conseguir fechar algum contrato? ― Riu, perdendo a noção do perigo. ― Você estaria perdido!

Trinquei os dentes.

― Eu sei mentir muito bem sim, quando eu quero. ― Rugi, em minha defesa, sentindo-me patético demais por estar fazendo aquilo. ― E eu me sinto atraído por Felicity, sim, admito. Nada demais.

― Não me pareceu nada demais aquela demonstração explosiva de paixão entre vocês dois, hoje mais cedo, na lama.

Recordei o acontecimento de hoje mais cedo e por mais que eu soubesse que não era hora nem lugar para ter aquele tipo de reação, não consegui evitar o fogo preencher minhas veias.

― Terra para Oliver.

Mal registrei que estivera um minuto inteiro olhando para o nada, recordando minha cena com Felicity de mais cedo. Já havia dado material demais para servir de chacota para Diggle.

― Eu estou confuso. ― Admiti em voz alta. Meu pai sempre dizia que admitir o problema, já era um passo para o solucionar, portanto foi exatamente o que fiz. Quem melhor para me ouvir, além de Diggle, na ausência de Robert? Inspirei fundo, prosseguindo. ― Não sei exatamente o que eu sinto por Felicity ou o que eu estou sentindo. A vontade de estrangulá-la a cada sete minutos, passou, mas ela continua me irritando de alguma forma. Como eu disse, tudo é muito confuso...Tô em solo estrangeiro aqui.

― Não vejo nada confuso aí, Oliver. ― Disse, me olhando de maneira tranquila. ― A confusão está na sua cabeça, porque você está querendo racionalizar a situação. Quando o assunto é sentimentos, não há raciocínio lógico que explique nada.

O olhei incrédulo. Como ele poderia estar tranquilo depois de me despejar tudo aquilo?

― Você está querendo dizer que eu não posso entrar no modus operandi, quando o assunto é Felicity?

Gostar de alguém era aquilo então? Não pensar? Se tornar uma pessoa completamente...diferente?

― Eu só posso estar num pesadelo. ― Resmunguei sobre o fôlego. Finalmente chegara a minha vez de experimentar aquele sentimento, meditei, olhando para algum ponto qualquer.

Só deveria estar louco quando pensei que pelo menos uma vez na vida, gostaria de me apaixonar. Era insano. Uma montanha russa diabólica. Os pensamentos homicidas contra Felicity, recomeçavam aflorar-se na minha mente e Diggle pareceu notar, pela a minha expressão.

― Pare de pensar em cenários sangrentos. ― Falou ao meu lado em tom de comando, me olhando feio. ― Se você está apaixonado, a culpa é sua, não dela! Ninguém mandou você fazer um contrato onde mantinha-se atrelado nela por 100 dias.

O pior é que ele tinha razão, mas estava errado em uma coisa.

― Ei, vai me dizer agora que a culpa é minha por ela ser bonitinha e mexer com o meu sistema nervoso dessa maneira? ― Levantei os braços exasperado ― Quem mandou ela nascer com aquele rosto? Aliás, você já olhou a bunda dela? ― Parei, franzindo o cenho e pensei melhor quanto a minha questão. O lancei meu melhor olhar ameaçador. ― Não olhe ou contarei para Lyla.

Abriu a boca, parecendo chocado com a minha ameaça.

Logo, indignação preencheu seus olhos.

― Ei, por que você sempre tem que trazer Lyla numa discussão?!

Sorri debochado.

― Porque ela é a sua Kryptonita, Digboy.

― Você tem razão, Lyla é a minha Kryptonita. ― Bateu levemente a mão no meu ombro e adotou uma expressão séria. ― Mas temo que encontramos a sua também, Oliver. ― Completou, num tom sombrio e eu estremeci por dentro só com a ideia.

― Veremos, Diggle, veremos... ― Foi a única coisa que consegui articular, me livrando do seu aperto e me afastando lentamente, tentando dar por encerrado aquele assunto.

Precisava por as ideias no lugar e de uma ótima noite de sono. Conversas noturnas daquele estipe só me deixariam mais...elétrico. Energético. Acordado. Eu precisava dormir.

― Okay, ótima conversa, obrigado, sanou as minhas dúvidas. ― Acenei, começando a caminhar em direção a fazenda que já tinha as luzes apagadas. Provavelmente todos já estavam dormindo. ― Se isso sair daqui, não importa como, eu chegarei até Lyla e direi tudo que eu sei e não sei sobre você. Capiche, Digboy? ― Acrescentei, colocando dois dedos em V diante dos meus olhos, fazendo um sinal de ameaça ridículo que só crianças usavam.

― Ui, eu estou morrendo de medo! ― Fingiu tremer e eu parei de andar, colocando a mão no meu bolso e tirando algo de dentro dele. Isso pareceu chamar atenção de Diggle. ― Ei, se você tem uma arma aí contigo, pode parando. Eu estava brincando. B-r-i-n-c-a-n-d-o. ― Comecei a caminhar na sua direção e ele deu alguns passos para trás, até se encostar na cerca. Tinha certeza absoluta que ele começava cogitar a ideia de pulá-la, o que seria uma cena hilária. ― Oliver Queen, você tem que começar a conhecer o significado da palavra brincadeira.

Parei na sua frente, com uma carranca.

― Eu não tenho uma arma comigo. ― Murmurei, tirando do meu bolso o que eu queria lhe dar. Quando percebeu o que era, soltou uma sonora gargalhada bem na minha cara. ― Sou um homem de palavra, Digboy.

― De fato, é. ― Concordou, pegando os 20 dólares da minha mão. Finalmente ele havia vencido a aposta.

― Você já ouviu falar de justiça cármica? ― Inquiri, com uma sobrancelha levantada, ele abriu a boca mas não o deixei responder. ― Pois é, ela existe.

Felicity's  Pov

― Eu não sabia que ela estava falando sério... ― Balbuciei, lutando para manter os meus olhos abertos, para observar minha mãe terminando os últimos ajustes na sua vestimenta, para ir a igreja. O galo ainda nem havia cantado e a doida já tinha acordado todos.

― Parece que estamos indo num enterro. ― Curtis sussurrou baixinho ao meu lado, com o queixo apoiado na mão e os cotovelos sobre a mesa da cozinha.

Tive que concordar com ele, reparando no exagero das roupas de Donna. Além de trajar uma saia PRETA que batia até o seu calcanhar, a doida resolvera acrescentar também um véu PRETO na cabeça. Quando tivemos um momento à sós, ela falou que havia escolhido aquele véu para tentar disfarçar sua presença dentro da igreja. Não era só eu que tinha o rabo preso com o pastor West.

Entretanto, ela vestida daquele jeito, só chamaria mais atenção.

― Se alguém me perguntar, ela não é a minha tia. ― Cisco declarou, com os olhos arregalados, fitando minha mãe. Caitlin ainda não havia falado nada, mas sabia que sua mente estava frenética, louca para despejar tudo que achava daquela situação peculiar.

― Eu espero que ninguém pergunte... ― Disse baixinho, cruzando os braços. Esperava do fundo da minha alma, que ninguém naquela igreja, me reconhecesse. Havia passado anos e anos que eu não dava as caras, portanto as chances de alguém se lembrar de mim - ou de mamãe - eram ínfimas...Certo?

― Parece que alguém tem algo contra igrejas, mais do que o Tommy. ― O sádico parou atrás de mim, quase encostando seu queixo em meu ombro e suprimi a vontade louca de me encostar nele.

Assim era covardia. Lambi os lábios, pensando em como explicar minha "aversão" à igrejas.

Lentamente, virei na direção do sádico-mor, ainda pensando.

Quer dizer, não era minha culpa se bem no meio da igreja fiquei curiosa para saber porque o dedo médio era considerado ruim, quando nas mãos a gente tinha mais quatro dedos e nenhum era apontado como ruim. Por que então só com o médio? A explicação que o dedo médio parecia um pinto para mim parecia muito fraca e sem fundamento. Um dedo era um dedo como qualquer um e sim, eu era uma defensora do dedo médio.

― Felicity pare de me apontar esse dedo ou eu vou mandar você enfia-lo em você sabe aonde. ― Pediu suavemente, com um ar risonho.

Fiquei vermelha.

― Não sei o que tem demais num dedo!

― É o dedo que toda mulher costuma se masturbar. ― Explicou com um ar de quem estava falando sobre o tempo.

Meus olhos cresceram uma centelha.

― O que?! ― Gritei exasperada, não acreditando que ele havia dito aquilo em voz alta.

Com um olhar inocente, ele deu de ombros, ainda me fitando.

― Por que a surpresa? Nunca se masturbou?

Diggle clareou a garganta no canto da cozinha e eu só queria cavar um buraco no chão. Havia me esquecido que tínhamos uma plateia bem ali.

― Seus safadinhos, falando logo disso quando estamos indo para um lugar sagrado... ― Tommy caçoou de nós, com um olhar malicioso e eu só quis pegar a arma de Diggle e me dar um tiro.

― Tommy tem razão. Seus pecadores! ― Mamãe ralhava, mas os seus olhos diziam o quão divertida ela estava achando toda aquela situação. ― Vamos parar com esse assunto indecente, temos uma colina para subir e uma igreja para entrar!

Inspirei fundo, seja o que Deus quiser! E que ele quisesse que eu saísse rolando colina à baixo... Eu iria precisar! 

Ao mesmo tempo em que quero te abraçar

Eu quero colocar minhas mão em volta do seu pescoço

Você é um babaca mas eu te amo

E você me deixa tão louca, que eu pergunto a mim mesma

Por que eu ainda estou aqui, ou onde eu poderia ir?

Você é o único amor que eu conheci

Mas eu te odeio

Eu realmente te odeio, muito

Acho que deve ser amor verdadeiro

“True Love” — Pink


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Notas finais do capítulo

OLIVER QUEEN PERDEU A APOSTA, EU REPITO, OLIVER QUEEN PERDEU A APOSTA!
E sim, vocês leram certo: PASTOR WEST. Tá na hora dele dar as caras...
AAAAAaaaaAAAAAaaaaAAAA OLIVER QUEEN ESTÁ APAIXONADO! Ouvi um aleluia? Um amém? O coral da igreja inteira?
E o que dizer dessa turma dentro de uma igreja? Podem imaginar só Curtis a bicha má e Tommy, o corno depravado dentro de uma igreja juntos?? Sem contar com a Donna...Segundo a previsão, uma nuvem de confusão está chegando. Alguém vai rolar colina à baixo, ein...

O QUE DIZER TAMBÉM DE CURTIS HOLT GRITANDO LOUCAMENTE QUE GOSTARIA DE MONTAR NUM cavalo EIN? Não vou negar, adoro esse doido.
JOHN DIGGLE TEM UMA BOCA E SÓ USA ELA PARA FALAR VERDADES! Eu disse que no capítulo anterior ele estava muito quieto, mas isso só queria dizer que ele logo teria muito o que falar, pois então. Até a Laurel teve muito o que falar nesse capítulo.
Diferente de Sara...Mas aguardem. Muito silêncio, é sinal de boca-metralhadora no próximo capítulo.
Aliás, uma leitora desvendou um..."mistério", digamos assim. É incrível o quão perspicazes vocês também são. (Andam fazendo parte com o demônio também, igual o Queen? TÔ BRINCANDO, ACALMEM.)

Para quem perguntou, parece que falta mais dois capítulos para o fim de 100DCOQ. ):
Para quem me mandou mp's nos últimos dias pedindo que eu fizesse sinal de fogo, obrigada ♥ estou vivíssima e ainda com os meus trocadilhos toscos.
Agora, acabo aqui minhas notas finais desejando uma ótima semana para todas, mil beijos e um até mais ;) ♥

PS: QUEM ASSISTIU O ÚLTIMO EPISÓDIO DE ARROW? Preocupadíssima com o que o Sr. Darhk pode fazer com a nossa queridíssima Loirinha Pervertida ):(