Tudo que Vai...volta escrita por kaka_cristin


Capítulo 3
Capítulo 3 - – Um grande passo.




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Ia na direção da sala do meu chefe quando Claudia apareceu com o telefone numa das mãos e na outra trazia um copo com água.

-é a sua mãe, quer confirmar se você irá amanhã almoçar com ela.
-Ah! diga que sim. – ela me deu o copo e despejou dois comprimidos na minha mão de dentro do pote que guardava no bolso da calça.
-Ta. – e foi com o telefone pra outro lugar.

Ajeitei minha roupa mais uma vez e abri a porta do escritório. Assim que abri a porta eu fiquei em choque. A pessoa estava de costas, mas eu sabia quem era aquela pessoa, era ele. Reconheci assim que entrei. Não tinha dúvidas. E quando ele virou só confirmou o que eu imaginava, era ele, bem na minha frente. Invadindo minha vida novamente. Olhei pra cara do meu chefe que sorria e olhei novamente pra ele que me olhava sério. Bati a porta e me aproximei do meu chefe.

-Natasha, quero te apresentar nosso novo sócio, Gerard Way, dono da maior empresa de publicidade do país.
-Prazer, Natasha. – disse firme como se não o conhecesse estendendo a mão pra ele que logo apertou. Eu tinha que parecer firme, não queria que ele percebesse o meu nervosismo pela presença dele.
-Gerard Way, o prazer é todo meu. – ele também fez que não me conhecia. eu recolhi minha mão após o aperto e cruzei os braços.
-Natasha é a minha melhor funcionária. Ela é inteligente além de linda. Ela também é escritora você sabia? – perguntou olhando pro Gerard que fez cara de surpresa.
-Não sabia. Isso é sério? – perguntou olhando pra mim. Ele estava com as mãos no bolso e balançava o corpo deixando transparecer o nervosismo. Me aproveitei daquilo.
-É. um deles ficou bem famoso, conseguiu ficar em segundo lugar dos mais vendidos.
-Ah é? e sobre o que era o livro?
-Uma auto-ajuda pra mulheres que se apaixonam facilmente e não caírem na lábia de um aproveitador barato, enganador de pobres indefesas e...
-Acho que ele já entendeu. – disse meu chefe rindo tentando me calar dando leves tapinhas no meu ombro.
-Acho que me empolguei demais. Desse assunto eu entendo bem. E posso levar horas falando sobre isso.
-Sim, eu concordo. Por isso ficou como o segundo livro mais vendido do ano. – disse Banks risonho. – é por isso que Natasha foi à escolhida, em breve, ela será minha mais nova sócia.
-Que bom. – disse Gerard ainda sem graça depois do meu discurso.
-Sr. Banks, o Senhor poderia adiantar logo o que você queria falar comigo, eu preciso fazer uns telefonemas importantes e ir embora...
-Não está se sentindo bem?
-Na verdade não. – eu disse baixinho. Não queria que ele ouvisse.
-É bem rápido. Eu queria que vocês dois trabalhassem juntos.
-Nós dois? – perguntamos em coro.
-Nossa! Isso que é empolgação. Vocês são solteiros, mas não se exaltem, não gosto de relações entre funcionários, ainda mais entre sócios. Bom, é isso. Quero que trabalhem juntos na tentativa de reerguermos nossa empresa. Nossa revista já não é tão vendida como ultimamente... – falava meu chefe enquanto Gerard e eu nos encarávamos. Eu olhava emburrada enquanto ele ficava me olhando sério. – ...então, é disso que vocês precisam. Precisam trabalhar árduo em cima disso. Em breve não estarei mais aqui e vocês serão os futuros donos disso tudo. Não querem ser donos de algo falido, não é? – e nós não respondemos, estávamos distraídos nos encarando. – alô. Tem alguém ai?
-Sim. Eu concordo plenamente. – disse sem saber do que se tratava o assunto.
-Eu também. – disse Gerard.
-Vocês não aprestaram atenção em nada, isso sim. – disse se sentando já cansado de explicar.
-Sr. Banks, se não se importa eu vou me retirar.
-Eu me importo sim, mas você tem muito que fazer e não está bem, então pode ir.
-Obrigada. – agradeci e sai da sala sem olhar na cara dele.

Fui pra minha sala, peguei minha bolsa e fui pra casa. Estava com tanta raiva. Por que ele estava ali? Me procurou até o fim do mundo só pra me perturbar? Tinha tantos outros lugares pra ele ir e justo na empresa que eu trabalho ele veio pousar?
Quando cheguei em casa, abri a porta tirando meus sapatos e me deitei no sofá da sala. Estava cansada, mas não conseguia cochilar, pois meu cérebro estava funcionando a mil por horas. Era ele mais uma vez nos meus pensamentos que não me deixava descansar, nem dormir.

7 anos antes...

Era uma hora da tarde e estávamos na casa dele. Costumávamos ir pra casa dele quando saiamos da escola. Estávamos sentados no sofá assistindo um filme muito legal, só que ele não estava interessado bem no filme. Eu como ainda era uma garota inocente, não pude perceber o olhar mal intencionado de Gerard sobre mim. Na verdade eu ria com o filme que passava na tv enquanto devorava a pipoca da cambuca.

-amor... – disse ele pegando na minha mão. Eu sorri quando senti a mão dele na minha. a mão dele era tão gostosa, quentinha e macia.
-o que foi? Não está gostando do filme? – perguntei dando pause.
-Não é isso. – e ele se aproximou de mim. – sabe...nós já estamos juntos faz dois meses.
-É eu sei. Escrevi na minha agenda. Eu estou muito feliz com tudo isso.
-Você sabe...não sou um tipo de cara que fico com uma mulher só...
-É... – e olhei desconfiada. Será que ele queria terminar comigo? Se ele fizesse isso meu mundo desmoronaria naquele momento. talvez até fosse preferível isso...
-Sabe, estamos sozinhos aqui... – disse olhando em volta.
-Sei, o que tem isso? – perguntei nervosa já achando que sabia onde ele queria chegar.
-É que...bom...eu queria dar um passo com você. um passo importante.
-Importante? Quer dizer sexo?
-É. – e ele segurou minhas duas mãos e continuou me olhando nos olhos. – eu sei o quanto isso é importante pras garotas, pode achar que pra nós garotos não é, mas esta enganada. Eu também sou virgem e isso é tão importante pra mim quanto pra você. eu estava esperando alguém especial.
-Especial?
-É. especial. E acho que encontrei.
-Encontrou? – estava tão nervosa que minha respiração estava cada vez mais ofegante.
-Sim. Essa pessoa é você. você é especial Natasha.
-Eu sou especial?
-É. quero que minha primeira vez seja especial e com você.
-Sério?
-Não precisa ficar nervosa. – disse passando a mão no meu rosto me fazendo estremecer toda. – eu prometo que não vai doer.
-E isso dói? – perguntei com mais medo. Eu tremia dos pés à cabeça naquele momento.
-Não. Eu vou fazer devagar. – disse ele já se jogando pra cima de mim e me deitando no sofá fazendo a cambuca cair no chão derramando a pipoca por todo o tapete da sala.
-Gerard...eu não sei. Eu tenho que falar com a minha mãe sobre isso. Eu nunca conversei sobre isso com ela. Ela sempre me aconselha a tudo e...
-Fique calma. Relaxa. – disse ele beijando meu pescoço e já passando as mãos no meu casaco procurando pelo zíper que quando achou foi abrindo devagar.
-Mas e se...e se não for certo?
-Você me ama?
-Eu...é...eu te amo.
-Então não vejo nada de errado nisso Natasha. Você me ama e sabe do que mais?
-O que?
-Eu te amo também. Te amo mais do que tudo. – aquele foi o golpe final.

Eu acreditei naquelas palavras, me pareceu tão sincero que eu cedi. Deixei que ele fizesse tudo que quisesse. Deixei ele me tocar. Deixei ele tirar a minha roupa e me ver nua o que eu não deixava ninguém ver, nem mesmo minha mãe. Deixei ele beijar meu corpo. Era tão bom. Aquela sensação dos lábios quentes dele no meu corpo nu era tão boa. Eu comecei a gemer baixinho com os toques dele, foi quando ele abriu o zíper da calça dele colocando seu negocio pra fora. Meu nervosismo voltou na mesma hora. Nunca tinha feito aquilo antes, nem nunca conversei com ninguém. Seria certo fazer aquilo? Acarretaria em conseqüências depois?

-Gerard! – eu gritei nervosa quando ele já encostava seu membro duro na minha parte intima.
-O que foi? - disse parando de beijar meu seio.
-Você acha que depois disso vai mudar algo?
-Como assim?
-Não sei. Fisicamente.
-Não sei. Creio que não. Por que?
-Não quero que minha mãe perceba.
-Fica tranqüila. Relaxa. – e ele voltou a beijar meu colo.
-No que você está pensando agora?
-Em como você é linda. Mais linda do que qualquer outra garota da escola.
-Você me acha linda?
-Muito. você é sensacional. Tem um corpo fantástico, enquanto as outras da sua idade tem corpo de criança. Você não, você tem corpo de mulher.
-Não era isso que eu queria ouvir... – disse quase num sussurro deixando umas lágrimas caírem.
-Ei! Natasha! Você é especial. Você é a menina mais inteligente e mais linda que eu conheci. É meiga, legal, tem um lindo sorriso e adoro quando seus olhos brilham ao me ver chegando perto de você. acho lindo o modo como você fala gesticulando com as mãos. Quando fica nervosa você morde os lábios, como está fazendo agora. – ele me fez rir naquele instante. – fica tão sexy. E quando fica sem graça você fica vermelhinha feito um tomate e dá umas risadinhas baixinhas se encolhendo toda. Tudo isso Natasha...tudo isso é o que me fez me apaixonar por você e ver que é a menina mais incrível que eu já conheci e poderia conhecer algum dia.
-Você reparou tudo isso?
-Sim. – achei tudo tão lindo que eu o agarrei o beijando.

Foi então que fizemos amor. ele me penetrava com tanto cuidado como se eu fosse algo precioso e não quisesse quebrar. Ele gemia no meu ouvido e aquilo me arrancava gemidos e suspiros ofegantes. Senti minhas pernas amolecerem e uma sensação estranha e ao mesmo tempo muito boa. Mais tarde fui descobrir que eu tinha chegado ao clímax. Ele depois deu um gemido mais forte que os outros e caiu sobre mim. Estava suado e respirava ofegante. Ele me olhou com o rosto todo molhadinho e a franja caída sobre seu rosto, um olhar exausto e tão meigo e me deu um beijo em seguida encostou sua cabeça no meu peito descansando. foi tudo tão lindo e tão importante pra mim que não queria esquecer daquele momento nunca mais, pelo menos era o que eu pensava naquele momento.

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