Tudo que Vai...volta escrita por kaka_cristin


Capítulo 12
Capítulo 12 - Roger




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Quando cheguei no quarto, Roger estava nu, só com uma toalha na cintura que ele jogou no chão ao me ver.

-Oi. – disse com um sorriso safado.
-Roger! – olhei assustada. – vai botar um short.
-Por que? vai me dizer que não sentia falta do “Rogeriozinho” aqui. Faz tanto tempo que não nos amamos. Quanto tempo mesmo? Um mês ou mais, desde que viajei. – ele se aproximava e eu ia dando passos pra trás.
-Olha Roger, nos precisamos ter uma conversa seria.
-Sobre o que? Aconteceu alguma coisa?
-Sim, Aconteceu. Aquele que foi embora era o Gerard.
-Eu sei. ele disse que... * fez uma pausa e me olhou surpreso * ah! – disse como se soubesse de tudo. – era ele?
-Eh. – e sorri sem graça. – eu sinto muito Roger. Se eh que me entende.
-Não, eu não entendo.
-Estou terminando com você.
-Ah...- e ele se sentou na cama meio abalado. – tem certeza de que quer isso?
-Sim.
-Mas...e o que sente por mim? Não importa?
-Eu gosto de você Roger, mas não o suficiente.
-Ok. – ele se levantou e começou a arrumar sua mala e depois se vestiu. pegou a mala e quando ia saindo me perguntou. – quando cheguei vocês dois estavam juntos?
-Não. – respondi virando o rosto.
-Estavam... – disse quase que num sussurro. ele abaixou a cabeça desapontado. – fui corno de novo. – disse rindo como se comemorasse. Depois ficou com uma cara de irritado. – tchau. Espero que sofra de novo com ele para tomar vergonha na cara. – e saiu do quarto.

Fiquei sentada na cama chateada com aquelas palavras dele. Mas ele tinha suas razoes para isso.

1 anos atrás...

-Bob, me vê um capuchinno, por favor. – Bob veio minutos depois com o copo e quando me virei pra ir embora esbarrei num rapaz que estava atrás de mim derramando tudo nele. – me desculpa. Não era minha intenção. OMG! – e peguei alguns guardanapos tentando limpa-lo.
-Não se preocupe. Tudo bem. Deixa para lá. – disse pegando minha mão. – isso não vai manchar.
-Se quiser eu mesma lavo seu casaco.
-Ok. Poderia fazer isso?
-Claro. Eu sujei.
-Me chamo Roger Lucas. – e me estendeu a mão. Eu estava tão desesperada com o ocorrido que nem tinha percebido a mão dele estendida. Depois de uns segundos eu reparei e apertei a mão dele e ele beijou a minha num gesto galanteador.
-Natasha, Natasha Palomino.
-Lindo nome. – e eu sorri sem graça. – Bob, me vê dois capuchinnos.
-Não precisa. eu mesma compro outro. – disse abrindo a bolsa atrás de dinheiro.
-E quem disse que eh para você? – perguntou ele serio.
- Nossa! – eu olhei pra ele sem graça. - Essa foi...essa foi fundo. – e eu comecei a rir envergonhada.
-To brincando. – e ele sorriu. - Eh para você mesmo. Faço questão de pagar outro.
-Nossa! Você me deixou sem graça agora.
-Por que?
-Pelo fora de brincadeira.
-Ah que isso. Estava brincando. Quem seria indelicado com uma flor linda como você? Eh ate um pecado sabia?
-Obrigada pelos elogios. – disse sem graça. – mas agora eu preciso ir pro trabalho. – Bob entregou os capuchinnos e ele me deu um.
-Bob, pode me emprestar uma caneta? – pediu ele e Bob o emprestou a caneta que ele guardava no bolso da camisa e então Roger anotou seu telefone num guardanapo e me deu e tirou o casaco o estendendo logo em seguida. - toma. Quando tiver lavado você me liga.
-Serio? Confia tanto em mim assim? Olha que eu posso fugir com seu casaco e ficar para mim.
-Você não seria capaz. Sei que quer me ver uma outra vez.
-Nossa, você eh tão modesto. – e ele riu.
-Foi um prazer te conhecer moça.
-Também foi um prazer te conhecer. – e nos despedimos e fomos cada um pro seu canto.

Uma semana depois...

Eu liguei para ele, para entregar o casaco e combinamos de nos encontrar numa praça da cidade. Quando cheguei, ele estava lá esperando sentado no banco. Assim que me viu se levantou vindo ao meu encontro.

-nossa! Você esta ainda mais linda. Como consegue?
-Para de bobeira.
-Eh serio.
-Esta aqui o seu casaco. Toma.- e entreguei a bolsa com o casaco a ele.
-Quanto eh que deu? – disse pegando a carteira.
-Guarde isso. Foi um favor. Um pedido de desculpas.
-Não te disse que queria me ver mais uma vez?
-Ah! De novo com esse papo? – disse rindo. – não te disse que era bem modesto?
-Mas vai dizer que não foi? Você queria se encontrar mais uma vez comigo. Vai negar?
-Eh. você eh um cara legal.
-Faltou o bonito. – disse me fazendo rir novamente. - Então quer sair comigo agora pra almoçar?
-Agora? – e olhei pro relógio.
-Vai dar meio-dia. Só um almoço rápido. Aceita? – e estendeu o braço.
-Seria um prazer. – disse entrelaçando meu braço no dele.

Fomos pra um restaurante ali perto e conversamos por horas. Foram quase duas horas muito proveitosas. Fazia tempo que não me divertia tanto. Ele me contou que havia saído de um relacionamento fazia uns dois anos mas que ele ainda gostava da esposa, mas ela o traia durante as viagens que ele fazia a trabalho e que eram muitas e por isso ele não queria voltar pra ela. Eu então contei minha historia, tudo sobre Gerard e eu. Nossa conversa foi seria e às vezes engraçada. Demos muitas gargalhadas. Ele realmente era um homem encantador.

3 meses depois...

Depois do nosso encontro, tivemos outros e começamos a morar juntos na minha casa e depois resolvemos noivar. Eu estava gostando muito dele, ele me fazia rir.
Decidimos festejar nosso noivado na casa da minha mãe. Coincidentemente, a família dele era de Nova Jersey.

Ele abriu um champanha celebrando nossa união. Encheu nossas taças e bebemos entrelaçando nossos braços e todos presentes aplaudiram. Nos beijamos e então ele foi receber os abraços dos familiares e então minha mãe aproveitou pra me abraçar também.

-quero que seja muito feliz minha filha. – disse no meu ouvido.
-Obrigada mãe. – disse fazendo carinho no cabelo dela. – estou muito feliz. – meu sorriso mostrava claramente que era aquilo que eu queria. Pelo menos ate aquele momento.
-Tem certeza que eh isso que você quer?
-* meu sorriso se desmanchou e a imagem do Gerard veio na minha cabeça. Não sabia por que aquilo tinha acontecido. Me veio uma vontade de chorar e um desanimo quando ela me perguntou aquilo. * Eh o que eu quero no momento mãe. – disse forçando um sorriso que agora não queria mais sair.

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