The Angel of Death escrita por Zenabubis


Capítulo 17
Colapso


Notas iniciais do capítulo

Tinha esquecido de passar os capítulos para cá, sorry



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Uma lágrima cheia de alívio escorreu do rosto de Lynn. Não, não era ela que estava morta ao chão úmido daquele porão, e sim Dakota. 

Foi como uma garoa estivesse ali, dissipando sobre ela, tencionando o ambiente e fazendo-a despertar. Nathaniel apareceu salvando-a de ter seu último suspiro aqui e agora. Foi ele quem matou Dakota. Ela encarou o rapaz loiro, que parecia estar paralisado, como se recobrasse a consciência do que acabou de fazer e não acreditasse. 

Havia acontecido a primeira morte entre jogadores do Jogo da Morte. Finalmente um avanço.

Dando-se em conta, aceitando o que fez. Nathaniel soltou o revólver de sua mão, e caiu de joelhos encarando o corpo no qual já estava inundado de sangue. 

Lynn logo ligou as coisas, ele também faz parte do jogo. Tinha apenas uma coisa que não se encaixava.

— C-como... — Gaguejou ainda apavorada. Suspirou e tentou falar novamente. — Como você descobriu que estávamos aqui? — Ele olha para Lynn, prestes a responder. Entretanto antes mesmo que começasse a falar foi interrompido com a porta do porão sendo arrombada.

Castiel invade o porão, deparando-se com a imagem de Lynn e Nathaniel à frente do corpo de Dakota. Para quem já estava desesperado a procura de Lynn apenas piorou a situação. O escarlate ficou pasmo, recuperou a realidade lembrando-se do caos em que o colégio se encontrava. Logo atrás dele, entrou Melody, a mesma põe a mão na boca espantada com a cena. Ambos desceram a escada apressados indo ao encontro deles.

— Olha, eu não sei o que aconteceu aqui, mas sei que tem algo a ver com o Jogo da Morte. — Todos se entreolharam e depois toda a atenção ficou para Castiel. — Temos que sair daqui o mais rápido possível, pois está acontecendo um incêndio no colégio. — Lynn e Nathaniel arregalaram os olhos.

— Um incêndio?! — Esbravejou o loiro, pronunciando pela primeira vez. — O que faremos com o corpo? 

— Não sei, isso não é problema meu.

— Mas Castiel... O Nathaniel me salvou de Dakota. Não devemos deixa-lo na mão. — Disse Lynn, tentando melhorar a posição em que se encontrava com um tanto dor devido a queda na escada.

— Lynn, ele matou Dakota por causa do jogo, não foi para te salvar. — Respondeu, encarando Nathaniel.

— Independente do jogo, devemos se unir neste momento. — Melody se intrometeu falando — Antes que a gente não consiga passar pelo fogo. 

— Concordo com Melody. Depois que dermos um jeito no corpo saímos do colégio nós iremos nos resolver. Afinal tenho muitas dúvidas sobre o que está acontecendo e, creio que vocês também. — Decretou Lynn, fazendo Castiel bufar irritado.

Tinha sido decidido, apesar de que ninguém ali parecia saber o que fazer para apagar com o crime. Porém eu sabia, e bastava eles pensarem um pouquinho que iriam conseguir driblar o problema.

— Então... Vocês têm alguma ideia do que fazer com o corpo? — Indagou Melody, preocupada e esperançosa que ela obtivesse uma resposta. 

— Vamos leva-lo lá pra cima, aproveitamos o incêndio e jogamos ele no fogo.  — Nathaniel deu a resposta tão esperada, soando um pouco mais frio que o normal.

Antes de saírem, Nathaniel pegou de volta a arma dele, ele poderia usá-la novamente para necessidades futuras no próprio jogo. A dupla formada por Castiel e Lynn não tinham algo assim, fazendo Merman “roubar” o revólver de Dakota. Castiel viu, mas preferiu poupar comentários.

As garotas foram na frente, subindo as escadas. Lynn sentiu medo do que poderia acontecer ao passar pelo colégio estando em chamas mas seguiu em frente, pois não conhecia outra opção a não ser enfrentar tudo, devia isso à ela. Não queria novamente se sentir incapaz. 

Na medida que Dakota era arrastado por Nathaniel até a escada, o sangue deixava seu rastro. Mesmo resmungando que aquilo era perda de tempo, Castiel optou em ajudar a carregar o corpo. 

O fogo ainda não tinha chegado nas proximidades do porão. Ao andarem mais um pouco já podiam sentir o cheiro da fumaça, que apenas piorava ao caminharem mais para frente. 

Os estralos do fogo eram a única e sombrosa música ouvida por eles. Uma melodia que se variava ao som das coisas desabando e quebrando-se, que por fim caíam no chão. Uma perfeita composição criada por mim. 

— Será que todos os alunos conseguiram sair? — Lynn temia que eles não conseguissem passar e cogitava que todos eles morreriam dentro do colégio sufocados.

— Não é hora de pensar nos outros, tente salvar no mínimo a si mesma, Lynn. — Melody olhava pelos lados a procura de um bebedouro próximo, quando o encontrou a direção puxou a garota consigo indo até ele — Rasgue um pedaço de sua blusa e molhe ela com água e depois coloque ela no rosto como se fosse uma máscara. — Lynn fazia o que Melody dizia quase no automático, observando a garota fazer o mesmo. — Precisamos nos proteger da fumaça tóxica que encontraremos mais à frente e provavelmente aqui, caso demoremos. 

— Certo. — Lynn rasgou mais um pedaço pensando em Castiel que estava ocupado carregando o corpo, o mesmo Melody fez para Nathaniel. — Melody, há alguma saída de emergência no colégio?

— Ah, bem lembrado! Tem uma saída que nos leva diretamente ao estacionamento, como o incêndio começou no pátio creio que ainda não foi atingida a passagem. Acho dá para passar por lá. 

— Então é pra lá que vamos. — Disse Castiel aproximando-se delas com Nathaniel, eles ainda carregavam o corpo. — Vamos largar o corpo por aqui, logo as chamas também atingirão esse local e ele será carbonizado.

Assim que deixaram Dakota, eu fui ao encontro do corpo, antes que a alma dele começasse a vagar por aí, dando-me um maior trabalho. Aproximei, e passei a foice por cima do corpo cumprindo o meu serviço. Observei cenário ao redor, imaginando um futuro próximo à todos aqueles estudantes que a vida resolveu apresentar a morte de maneira inovada. 

Não demorou muito tempo e o quarteto já demostrava dificuldades em enxergar a passagem do longo corredor que levasse ao estacionamento. A grande quantidade de fumaça inebriava os sentidos, atrapalhando uma fuga mais rápida e com êxito. 

— Consegui localizar a porta da saída de emergência! — Disse Nathaniel, depois de olhar por cima dos escombros que antes eram os armários dos alunos. 

— Acha possível passar por cima de tudo isso? Ainda mais com o fogo em quase todo o lugar? 

— Não há outra maneira, temos que passar por estes escombros para chegar à saída. Iremos agachados, pois a fumaça costuma ficar no alto, e no chão estará uma maior concentração de oxigênio. — Melody respondeu à Lynn, enfim orientando para todos as medidas que deverão tomar. 

Lynn sentiu uma mão tocando a sua, ela sabia exatamente quem tinha feito este ato singelo. O pequeno contato com Castiel fez ela se sentir mais confiante, surgindo uma determinação de enfrentar tudo da melhor maneira que conseguisse. Olhou para ele, curvando os lábios  e formando um curto sorriso não correspondido por ele, mas, apenas admirado pelo garoto. Toda a melosidade teve que ser interrompida, eles iriam passar. A garota quase caiu ao derrapar num pedaço de madeira, mas conseguiu ganhar o equilíbrio de volta antes que as chamas alcançasse-a. 

Tão céticos que dificilmente acreditariam que tudo de ruim que está acontecendo na vida deles é provocado por alguém sobrenatural, eu iria acabar com a falta de crença deles. 

Eu teria que ser rápida, antes que eles fossem para o estacionamento. Libertei minhas asas, causando um vento que atiçou ainda mais as chamas até chegar bem perto deles, fazendo todos se assustarem. Passei por cima do desastre, logo estava na frente dos jogadores que se acuaram sentindo uma pressão ao redor. Usando a foice, trouxe para o ar o fogo, para eles, seria como ver uma bola flamejante flutuando. Puxei linhas da bola, que de arabescos, tornaram-se palavras. Formando uma mensagem.

“Não sou humana, tampouco um demônio. Uma cri...”

Castiel tomou a frente, e falou antes que eu terminasse a mensagem: — Então, o que é você? — Diálogos com humanos era algo que eu nunca havia experimentado, iria me divertir testando. Apesar de ser uma extrema loucura que talvez me causasse arrependimentos, porém a curiosidade falou mais alto, deixando-me exposta a levar isto à frente. 

“Sou aquela que todos temem, sou a causadora deste colapso, sou a Morte.”

Tremores surgiram como se o teto fosse desabar, mas não foi algo planejado por mim, eu não iria matá-los naquele momento. Viktor estava ali me perseguindo e eu não tinha notado. 

Naquele instante, Lynn puxou Castiel e seguiu correndo para a saída de emergência com a outra dupla, ela temeu que algo ruim pudesse acontecer caso eles ficassem ali por mais tempo. 

— Além de assistir o show de camarote, você quer participar? — Falei com sarcasmo, vendo ele aparecer do meu lado. 

— Desculpe-me, não pude evitar, querida Samaele. Mas creio que você esteja passando dos limites. 

Juntei nossos corpos provocando-o, fazendo que ia beijá-lo e depois distanciando.

— Desde quando eu sei o significado de limites meu caro Viktor?

(...)

Arfando, Lynn, Castiel, Nathaniel e Melody, chegaram ao estacionamento que era do lado do colégio. Nem acreditavam que conseguiram chegar lá, todos inteiros. Um grande tumulto de pessoas encontrava-se na frente de Sweet Amoris, muitos alunos ainda não tinham ido para casa, alguns estirados na calçada provavelmente desmaiados. Muitos feridos por perto, esperando o socorro. Brevemente se pôde ver o corpo de bombeiros chegando ao local.

Merman pensou em seus colegas e sua amiga Rosalya. Eles estariam bem? Ou também seriam vítimas deste atentado?

Entregou o revólver na mão de Castiel para ele esconder a arma. Ela iria até lá. Precisava ver, ela necessitava de pelo menos uma boa notícia.

Continua...


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