Ela é baladeira, tá sempre solteira. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Elijah conhece Renesmee.


Notas iniciais do capítulo

A Renesmee é a Elena na primeira temporada.
Ela canta Nobady's home da Avril.



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P.O.V. Elijah.

Nova York, a cidade que nunca dorme. Nunca me ocorreu que no meu bairro haveria uma garota que realmente nunca dorme.

Todas as noites ela sai de sua casa e vaga pela rua de camisola. Ela só anda em linha reta como aqueles fantasmas de filme de terror. E toda noite outra moça vem buscar a menina que sempre acaba deitada no fim da rua.

Decidi ser mais rápido. Como os cabelos estavam cobrindo seu rosto eu não pude vê-lo, mas então deitei-a na minha cama e delicadamente tirei o cabelo de sua face.

Ao ver o rosto da menina quase caí pra trás.

–Impossível. A linhagem Petrova acabou em Elena.

Ela estava se mexendo. Despertando.

–Mamãe? Eu fui parar no meio da rua de novo?

Quando ela me viu soltou um berro.

–Quem é você? Espera, você é o namorado da Elena não é? O tal Stefan?

–Não. Sou Elijah.

–E porque diabos eu estou na sua cama?

–Como sabe que essa é a minha cama?

–Por causa do cheiro.

Disse a menina se levantando. Ela se olhou no pequeno espelho.

–Cara! Eu to horrível.

–Qual é o seu nome?

–E porque eu diria o meu nome pra um sequestrador?

–Não sou sequestrador.

–Só porque não me amarrou, não quer dizer que não me sequestrou. Gênio!

A menina passou por mim e desceu as escadas trotando. Ela abriu a porta e saiu cantando.

Segundos depois ela sai de sua casa vestida com uma roupa que se parecia com aquela tal roqueira. Estava usando uma blusa branca, uma saia de prega de xadrez rosa e preto, meia três quartos e um all star.

Em seus cabelos presos em um moicano feminino haviam mechas cor de rosa, ela carregava uma bolsa transversal e um skate que logo foi parar no chão.

Seus olhos estavam delineados com lápis preto e em seus lábios apenas um glosse.

A menina desceu a rua encima daquele negócio e não parecia estar com medo. Ela freou e rapazes que estavam dentro de um jipe gritaram:

–Tá gostosa hoje ein, Cullen?!

–Vai se catar Logan!

A jovem lhes mostrou o dedo e eles riram.

–Cullen. Já ouvi esse nome antes.

–Claro né Elijah! É o nome do médico mais famoso desta cidade!

Disse Rebekah.

–Médico?

–O Doutor Carslile Cullen. Ele tem filhos super gatos que infelizmente são casados e um deles tem uma filha.

–Claro! A menina é neta dele.

–Que menina?

–Nossa vizinha.

–A garota que saiu da nossa casa hoje de manhã? Cuidado ein, ela é de menor. Isso pode dar rolo pra gente.

–Eu não fiz nada com ela!

–Sei. Ela saiu do seu quarto.

–Onde você vai Rebekah?

–Á escola! Não é empolgante?!

–Claro.

Essa é a Rebekah. Quando eramos humanos, ela era quem se sobressaia socialmente. Ela adorava ir a bailes, festas e confraternizar.

P.O.V. Rebekah.

Quando cheguei á escola vi que meu uniforme estava desatualizado.

–De que século você saiu?

–Cala a boca Logan. Deixa a menina.

–Oi. Eu sou Renesmee.

–Duplicata Petrova.

–Como sabe sobre... isso?

–Eu já conheci uma penca de duplicatas.

–Tá. Vem, vou dar um jeito nesse seu uniforme.

Ela me levou até o banheiro e me arrumou.

–Solta o cabelo.

Soltei.

–É só?

–Não. Relaxa, já fiz muitas transformações antes. Coloca essa blusa e esse sapato.

–Nada mal.

–Sabe passar rímel?

–Sei.

–Toma. Agora batom.

–Uau!

–Perfeito. Vamos, a aula já vai começar.

Ela era muito amigável apesar da aparência meio estranha.

–Porque não vamos estudar na minha casa hoje?

–Falou.

–Ta.

Quando chegamos ela fez uma cara.

–Se mora aqui?

–Moro porque?

–Que porcaria. Só falta me dizer que o tarado que me sequestrou enquanto eu dormia é seu marido.

–É o meu irmão mais velho.

–Ah! Ele faz isso muito?

–Não. Acho que ele gostou de você.

–Imagine o que ele faria se não gostasse.

–Vem.

–Com licença.

–Toda.

–Uau! Que casona.

–Todos dizem isso.

–A dos meus avós é mais ou menos do mesmo tamanho, só que como as paredes são de vidro parece maior.

–As paredes são de vidro?

–Não. Mas, tem muitas janelas e janelas enormes. E portas de vidro, a casa é praticamente feita de vidro e madeira.

–Gostaria de conhecê-la.

–Algum dia te levo lá.

–Combinado.

–Mas, como sabe sobre eu ser... duplicata?

–Conheci muitas duplicatas.

–Não de boa, pode falar. Você é vampira né?

–É. Mas, sou uma original.

–Eu vou querer saber o que é isso?

–Meus irmãos e eu somos os primeiros vampiros do mundo.

–Num brinca? Sério?

–Sim.

–Meu avô vai pirar quando souber disso.

–Você não pode contar.

–Porque não? Ele também é. A minha família toda é vampira.

–Eles não tem anéis da luz do dia?

–Tem. Eu fiz pra eles. A Bonnie que me ensinou.

–Bonnie Bennett?

–A própria.

–Então você é uma bruxa?

–Oi pra você também. Sou, mas só metade.

–Só metade?

–Sou híbrida.

–Então, Nik te transformou?

–Quem é esse Nik? Eu nasci híbrida.

–Híbrida de que?

–Metade bruxa, metade vampira. Com ambos os lados aflorados.

–Espera, você é bruxa e vampira ao mesmo tempo?

–É. Porque essa cara?

–Isso é impossível.

–É. A menos que a criança seja fruto de uma relação amorosa entre um vampiro e uma bruxa como eu.

–Sua mãe é bruxa?

–Ela era. Mas, como ela quase morreu dando á luz meu pai a transformou.

–Ela morreu com o sangue do seu pai no organismo.

–Não. Ele a mordeu e deixou o veneno se espalhar.

–O que?

–Vocês nunca criaram outros vampiros?

–Claro que sim. Somos a origem de todas as linhagens.

–E não sabem como é? Eu já vi uma pessoa virar vampira. Ela grita como um milagre de Deus.

–Grita?

–O veneno é como fogo. Queima a cabeça.

–Queima?

–Não tipo, pega fogo, mas é a sensação que a pessoa tem. Ela fica se debatendo como um peixe fora d'água.

–Tem certeza?

–Tenho. Eu já vi acontecer. Nas lembranças dos meus pais.

–Lembranças?

–Contato físico direto acessa dados mnemônicos.

–O que?

–Se a minha pele relar na sua eu vejo suas memórias. Eu consigo ver tudo.

–Interessante.

–Os olhos de vocês são normais. Nunca tinha visto isso em nenhum outro vampiro.

–Olhos normais?

–É. Os da minha família tem as íris caramelo e os dos Volturi são vermelhas como sangue.

–Tá brincando né?

–Não. Pior que não.

–Que loucura. Eu já reparei que os olhos do Doutor Cullen mudam constantemente.

–Quando estão com sede eles ficam pretos e o dos recém-criados são vermelhos daí muda de acordo com a alimentação.

–De acordo com a alimentação?

–Os que bebem apenas sangue animal ficam com as íris douradas e os que se alimentam de sangue humano tem as íris vermelhas.

–E as suas íris?

–Elas não mudam. Sou meia bruxa lembra? Eu tenho pulso e batimento cardíaco.

P.O.V. Elijah.

O coração dela batia depressa. Parecia o coração de um passarinho.

–Então vampiros podem procriar.

–É. E em alguns casos, raros as vampiras ficam grávidas.

–Como?

–Sei lá. Ela ficou e morreu.

–Morreu?

–É. Tipo, morta morta.

–Qual o nome da moça?

–Katherine Pierce. Ela sabia que ia morrer, eu avisei a ela que se não tirasse a criança ia morrer, mas ela queria morrer.

–Porque?

–O pai do Daniel era o único e verdadeiro amor da vida da Kate, mas ele a deixou por causa do irmão e daí ela ficou meio louca e deprimida. Tentou se matar umas três vezes e só desistiu porque soube que estava grávida.

–Esse homem tinha um nome?

–Óbvio, mas ela não quis contar. Disse que ele era bom demais pra ela, que ele merecia coisa melhor do que...

–Do que...

–Uma puta assassina como ela.

–Katherine disse isso de si mesma?

–Disse. Ela me fez jurar que cuidaria dele como se fosse meu filho e eu cumpro a minha promessa até hoje.

–A quanto tempo ela morreu?

–Três meses e meio. Nós a enterramos ao lado da filha Nadja que foi morta pelo mesmo cara que sacrificou a minha prima Elena. O tal Klaus.

Ela obviamente não sabia que estava falando com o pai da criança e nem que Niklaus era meu irmão.

Ouço alguém gritando:

–Nessie! Nessie!

–Tá de brincadeira. Vou buscar a vassoura.

–Vassoura?

Ela saiu pela porta numa velocidade impressionante e logo estava no meio da rua com uma vassoura de piaçava na mão.

–Sai daqui Black! Vai acordar o meu filho!

–Ele não é seu filho Nessie.

–Nessie é a sua avó!

A garota deu uma vassourada na cabeça do rapaz e a vassoura quebrou.

–Você quebrou a minha vassoura Black!

–Eu quebrei a vassoura Nessie?!

–Nessie é a sua avó! Já falei pra nunca me chamar disso! Idiota! Imbecil!

–Qual é Nessinha, você sabe que eu te amo.

–Me ama? Me traiu com a vadia da Leah Clearwater, me apelidou de monstro do lago Ness e vem me dizer que me ama?!

–Não é minha culpa que o nome que a sua mãe inventou é esdruxulo.

–Esdruxulo? Mais uma pra minha lista.

–Nessie...

–Vai embora. Agora.

–Mas...

–SAI!

Todas as lâmpadas da rua explodem.

–Meu amor...

Ela avançou encima do rapaz.

–Eu não sou seu amor! Você me trocou por ela! Cretino!

A vizinhança toda saiu pra ver a briga.

Ele se colocou encima dela, segurou seus braços e ela disse:

–Dor.

O menino começou a se debater e a gritar.

–Saí de cima!

Ela o empurrou.

–Para que você aprenda a ser um cara melhor. Vai ficar assim até me pedir desculpas.

–Me desculpe!

Ele voltou ao normal.

–Desculpe amor, doeu?

Disse a senhorita Cullen com a voz cheia de raiva e ironia.

–Você vai se ver comigo sua vadia.

–To morrendo de medo. Se chegar perto de mim eu torro o seu cérebro, cachorro.

–Sério? Pensei que fosse mais criativa.

–Vai se danar pulguento.

–Acho que o cara é lobisomem.

–Sou um transformo garota.

–Ele assume a forma de lobo Rebekah. Vira um cachorro gigante.

–Ta bem. Você tá bem?

–Sou mais resistente do que pareço, mas obrigado por se preocupar.

–Ainda vamos estudar?

–Claro. Não vou deixar essa criatura estragar o nosso dia de estudo nada produtivo.

–Ótimo. Vamos.

As duas entraram e eu fui atrás.


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