They are all my boys escrita por bekayurio


Capítulo 16
Site de relacionamento- parte 2




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Nem tudo é planejado por Natasha, porque ela também é pega de surpresa.  

Natasha passou semanas cuidando de encontrar alguém importante para três de seus colegas: Sam, Steve e Bucky, ela deixou Bruce por último, pois sabia que ele era o mais complicado de todos. Com Bruce as coisas eram diferentes, ela se preocupava com comida favorita quando era com ele, porque ela tinha que encontrar a garota mais paciente, compreensiva e fofa que existia no mundo.  

Conseguir namoradas para os outros também não era a coisa mais fácil que ela já fez, até porque, ela não fez, realmente. Não, no final, eles acabaram escolhendo, mas ela teve um papel importante: ela aprovou.  

Natasha não tinha absolutamente nada para fazer naquela tarde, então se sentara no sofá da sala comunal e mexia em seu celular sem se preocupar com muita coisa, aproveitando para checar o site de relacionamento de Steve, mas quando, finalmente, foi ver os resultados, ficou chateada, principalmente por não ter pensado naquela possibilidade.  

Quando ela abriu a página, ficou desanimada ao ver que tinha mais de duas mil candidatas que mandaram mensagens para o amigo.  

— Ah, porque... – ela disse, deixando a cabeça cair para trás. – Idiota! Mas é claro, todas querem ficar com o Capitão America. 

Natasha decidiu deletar a página e se virar sem a internet, não podia anunciar o amigo diretamente, seria como oferecer um pedaço de carne para vários cães famintos. No caso, os cães tinham unhas afiadas e pintadas, que usariam para arranharem umas as outras para ter Steve. Não, não. Aquele pedaço de carne era especial e não seria dado de mão beijada para qualquer cadela, essa seria uma palavra mais apropriada, de rua. Aquele pedaço de carne seria dado para alguém especial.  

Natasha entrou no facebook e começou a conversar com antigas conhecidas da Shield, elas não eram ruins, só não eram perfeitas para o que queria.  

— O que está fazendo, Nat? – Clint sentou do seu lado, comendo shwarma. Natasha o olhou e balançou a cabeça negativamente.  

— Você e o Stark estão comendo isso de novo? – ela perguntou, pois esses dois não comiam nada além daquilo nos últimos tempos.  

— O que é? É gostoso! – ele explicou. – O Sam também foi.  

— Vocês estão gostando mesmo de serem birds bros, ein. – Natasha voltou a olhar o celular.  

— Sim, finalmente alguém entende realmente como é divertido ficar por cima. – Clint disse.  

— Clint, você sabe que isso pode ser interpretado de forma maldosa, né? – Natasha viu certo duplo sentido, mas Clint não entendeu.  

— Oi? – ele mostrou sua confusão. – Não entendi.  

— Ai... – ela revirou os olhos. Seus meninos às vezes eram lerdinhos. – Você finalmente encontrou alguém com quem caçar pombos.  

— Eu já disse o que aconteceu naquele dia. – ele reclamou.  

— Sim, sim. Claro, as pombas estavam seguindo você quando saia na rua e ficavam batendo no vidro à noite para não deixar você dormir. – Natasha repetiu o que o amigo havia lhe dito centenas de vezes.  

— Sim, você entendeu, finalmente. – ele ficou feliz. – Eram pombas malignas! Elas queriam me destruir, mas eu não ia deixar. – ele falou como se estivesse falando sozinho. Natasha o olhou outra vez.  

— Clint, calma, calma. – ela pediu, aproximando a mão devagar para acariciar sua cabeça, recuando um pouco quando ele virou a cabeça de repente na direção da sua mão. – Carinho, carinho. – ela disse, então ele a deixou passar a mão no seu cabelo. – Isso, viu? Você está fazendo aquela cara de doido outra vez, querido.  

— Eles queriam me destruir, Nat. – ele repetiu.  

— Eu sei, eu sei. – ela continuou, então ele se acalmou outra vez, mas ficou deitado no sofá, enrolado num cobertor e abraçando as pernas.  

Natasha olhou para Sam e o viu olhando para o nada com um sorriso estranho, então ela se aproximou meio receosa com seu estado emocional, que poderia estar como o de Clint. Isso a preocupava.  

— Ah... Sam? – ela chamou sua atenção, então ele olhou para ela e ela percebeu que o amigo estava babando. – Está... Tudo bem?  

— Ah, sim... Sim. Por quê? Por que acha que não está tudo bem? – ele falou de forma rápida, corando.  

— Porque... Você estava babando e sorrindo de forma muito estranha. – ela disse, olhando para ele desconfiada, ao notar que ele tinha corado.  

— Não, não estava. – ele negou, então Natasha olhou para ele descrente.  

— Sam – ela falou. – Fala sério.  

— Ok, ok... – ele olhou para Clint, para ver se ele estava ouvindo, mas Clint estava muito ocupado sendo maluco. – É que... É aquela garota... – Natasha ouviu um apito dentro da cabeça, mas não sabia se era bom ou ruim, porque ainda não tinha chegado a um resultado na equação como-deve-ser-uma-garota-perfeita-para-Sam. Não sabia se perguntava sobre a garota ou se tirava a garota da cabeça dele, ou ainda, se perguntava pela garota para fazer com que ele mesmo visse que ela não era boa para ele.  

— Uma garota, é? – Natasha decidiu apenas testar o terreno. – Legal, então está apaixonado.  

— Sim, quer dizer…  

— Que garota? Onde você a viu? – ela interrompeu, querendo ter respostas rápidas, mas sendo amigável.  

— É aquela garota que estava com a gente enquanto lutávamos contra a Hidra, lembra. – ele falou, Natasha tinha um clarão de esclarecimento.  

— Ah, eu sei quem ela é. – os pensamentos de Natasha ficaram a mil. Então ela conhecia a garota e sabia como era, seu jeito, então não precisava ter uma entrevista/conversa descontraída com a mesma. – Você gostou dela? – Natasha perguntou, como se estivesse se referindo a alguma coisa numa loja, que pretendia comprar. Não era algo tão diferente, ela não compraria Maria, mas se seu garoto a quisesse (e ela aprovasse, vendo se eles dariam certo.), ela falaria bem dele para Maria e arrumaria quantos encontros fossem necessários para ele. Poderia manipulá-la, se fosse preciso.  

— Gostei... Ela é... Demais! – ele corou outra vez. – Lembra como ela se disfarçou de segurança, com aquele capacete? Ela nos enganou direitinho. Ela estava tão bonita quando tirou o capacete. – ele viajou outra vez, lembrando da cena.  

— Sim, ela estava suada por causa do capacete e o cabelo estava bagunçado. – ela falou o que se lembrava da cena. – Lembra o nome dela? – Natasha perguntou.  

— Não, eu não... – ele falou, envergonhado.  

— Maria. – ela respondeu. – Ela ronda pela torre vez ou outra, você nunca viu?  

— Sim, mas ela sempre parece ocupada e eu não tenho coragem de ir falar com ela. – ele justificou. – Mas você a conhece!  

— Sim, quer que eu fale de você para ela?  

— SIM! Quer dizer, sim. – ele consertou, então saiu de perto de Natasha, indo embora sem olhar para trás. Natasha riu da reação dele, mas então houve uma voz atrás dela.  

— O que houve com ele? – ela se virou, e viu Maria, justo quem ela queria ver.  

— Maria! – ela comemorou. – Que bom ver você. – Natasha sorriu, deixando a outra desconfiada.  

— O que foi? – ela olhou para Natasha.  

— Não foi nada, mas sabe aquele cara? – ela apontou para onde Sam saiu. – Lembra dele, né? Ele luta muito bem, não acha?  

— Sim, acho. Por quê? – ela perguntou, sem deixar a desconfiança.  

— Porque... Ele também é bonito. É difícil encontrar caras assim.  

— É... – Maria concordou sem ligar muito, mas então olhou para o sofá. – O que houve com o Barton agora?  

— É aquela coisa com as pombas outra vez. – Natasha respondeu, então Maria perdeu o interesse. Tinha um parafuso a menos naquele arqueiro.  

— Mas você estava falando alguma coisa do falcão?  

— Ah, sim. – Natasha ficou contente pela outra ser quem voltara com o assunto. – Você sabe o nome dele, né?  

— É Sam. – ela respondeu. – Por que está fazendo todas essas perguntas?  

— Ele quer te chamar para sair. – Natasha decidiu ser direta, Maria não era boba, já percebera. Se Natasha precisasse manipulá-la, teria que ser mais sofisticada com suas táticas.  

— Oh, diga a ele que estou livre na terça. – ela respondeu, então voltou por onde veio. Natasha sorriu.  

—____________________________  

— Ela está livre na terça. – Natasha falou quando encontrou Sam. – Olha, leva flores. Ela diz que não, mas gosta. Qualquer flor.  

— Ok. Mas onde eu posso levá-la? – Sam perguntou.  

— Ah, ela vai escolher um lugar legal. – Natasha respondeu, mostrando que conhecia. Se ninguém via que ela conhecia todos ali só de observá-los, era por falha própria, pois ela dava vários sinais de que conhecia todos os mínimos detalhes. Aquilo podia até ser perigoso. – Ela gosta de escolher os lugares.  

— Tá bom. – ele falou. Mas ninguém parecia perceber aquilo.  

—____________________________  

Terça-feira, meio-dia, shopping, praça de alimentação:  

Natasha estava atrás de um vaso de barro com uma planta qualquer, escondida. Dali podia ter uma boa visão de Maria e Sam almoçando juntos. Parecia estar tudo sob controle com o almoço, mas ela estava enfrentando certas dificuldades.  

Um cachorro queria fazer xixi ali, ela tentou espantar, mas tudo que ele fez foi latir. Natasha olhou para a mesa onde os dois estavam, mas o barulho do lugar encobrira o latido. O dono do cachorro foi o único que ouviu e puxou o bicho para longe, lançando um olhar torto para a ruiva, que voltou sua atenção para os amigos outra vez.  

Um segurança passava toda hora ali perto, olhando para ela, ele devia estar de olho nela. Natasha parecia muito suspeita escondida ali. O homem, então, chegou perto dela.  

— O que está fazendo aí? – ele perguntou.  

— Estou... Vigiando... Um cara. – ela disse, mas devia ter visto que aquilo seria mal interpretado.  

— Olha, moça, vou ter que pedir para sair daí ou vou ter que te levar comigo para a segurança. – ele falou. Natasha não tinha opção, então se levantou, indo para perto do banheiro rapidamente, para não ser vista pelos dois. Então, Sam se levantou junto a Maria. E Maria caminhou para os banheiros, onde estava escondida.  

Natasha entrou no banheiro feminino, para se esconder. Precisava ser rápida e entrar em uma cabine, mas o banheiro estava lotado. Antes que Natasha pudesse arquitetar outra fuga, Maria entrou no banheiro e Natasha preparou sua expressão mais deslavada.  

— Oi, Maria. – ela sorriu.  

— Oi, Natasha. O que está fazendo aqui? – ela perguntou.  

— Vim assistir a um filme. – ela inventou uma desculpa.  

— Mas está muito cedo. – Maria retrucou.  

— Eu gosto de chegar cedo. – Natasha mentiu outra vez. – E você?  

— Estou no encontro com Sam. – ela respondeu.  

— Ah, é. Hoje é terça, né? Nem me lembrei disso. – ela revirou os olhos, como se debochasse da própria ignorância.  

— Pois é, terça. Que coincidência! – Maria continuou sorrindo. – Parece até que você estava se escondendo no banheiro para nos vigiar, não é?  

— Não é. – Natasha brincou, fingindo que não sabia que ela não estava brincando. – Que coincidência! Ah, pode ir na frente. – acrescentou quando uma cabine ficou vazia.  

— Obrigada. – Maria passou por ela e Natasha se encarou no espelho. Idiota, pensou, você está vacilando demais com alguém que não deveria vacilar de jeito nenhum! Ela também era uma espiã, o que esperava?  

— E como foi o encontro? – ela perguntou desinteressada à outra, quando a outra saiu da cabine.  

— Ah, foi bem. Sam marcou outro encontro. – ela respondeu. – Ele me deu flores, sabe?  

— Ah, bacana, mas achei que não gostasse. – Natasha pareceu confusa.  

— Eu achei fofo. – ela deu de ombros, terminando de lavar as mãos. – O importante – ela se virou para a outra. – É que você saiba que está tudo bem, eu e ele nos demos bem, então pode parar de nos seguir. Você não precisa controlar tudo, Romanoff. – ela saiu do banheiro, deixando Natasha para trás.  

—_____________________________  

Natasha chegou na torre, procurando o tablet de Steve, que ela tanto gostava. Então entrou sorrateira no quarto dele, checando se estava vazio, e pegou o aparelho, mas quando saiu do quarto, ouviu duas vozes, então se escondeu.  

— Steve, não importa. Isso não importa agora, tá? – ela ouviu Bucky falando.  

— Por que? – Steve perguntou.  

— Porque... Porque eu te amo. Droga! – ele falou. Natasha tampou a boca com a mão, então se surpreendeu mais ainda, quando Steve o beijou.  

—_________________________________  

Natasha levou séculos para sair dali. Ela nunca poderia imaginar, eles não deram muitos sinais, não é? Bom, tirando quando Steve dormia junto a ele, mas aquilo fora só quando Bucky tinha acabado de chegar na torre. Natasha nunca dera muito crédito para aquilo.  

— Quem quer shwarma? – Sam perguntou, muito contente.  

— Olha, parece que alguém teve um bom encontro. – Natasha comentou sorrindo, tentando esquecer o que vira para felicitar o outro amigo.  

— Sim, quem quer ir comigo? Eu pago. – ele falou.  

— Só não deixa o Clint saber. – ela pediu. – Ele não come outra coisa. Nem o Tony.  

— Ah, não se preocupe. Acabei de ver o Clint e ele está deitado no sofá lá em baixo, ele fica dizendo, pombas, pombas... – Sam o imitou.  

— Então ele ainda está surtando. – Natasha comentou, então Steve e Bucky apareceram.  

— Shwarma? – Sam chamou.  

— Beleza, eu topo. – eles concordaram. 

Então os quatro foram para a lanchonete. Natasha não sabia o que dizer com os amigos, depois de ter presenciado algo daquele tipo, se sentia um pouco culpada, mas talvez pudesse ajudá-los. Assim que todos comeram, voltaram para o carro, e Natasha entrou no meio da conversa.  

— Não acho que a garçonete fez isso. – ela discordava. – Vocês é que são implicantes. – A conversa deu uma pausa, então Natasha disse: – Acho que cada um devia seguir o coração e fazer o que quer. – ela olhou para Steve e Bucky, no banco de trás, pelo retrovisor. – Eu devia fazer o que meu coração deseja, Sam devia fazer o que o coração dele deseja... Steve e Bucky deviam fazer o que seus corações desejam.  

— Do que está falando, Nat? – Sam perguntou, sem entender, e os outros também.  

— Nada, apenas pensando... Mas não concordam que todos deviam seguir seus corações?  

— Sim. – eles responderam.  

— Então! – ela disse, depois se virou para Steve e Bucky. – Acho que todos nesse carro deviam seguir seus corações. – eles se entreolharam e coraram. Finalmente entenderam.  

— É todos devem seguir seus corações. – Steve falou, olhando Bucky.  

— Viu? Todos ficam felizes quando seguem seus corações. – Natasha se voltou para frente.  

— Eu não estou entendendo é nada. – Sam admitiu. – Natasha, você está estranha.  

— Sim, claro. – Natasha concordou. Sam estava completamente alheio ao que se passava ali, não tinha entendido que duas pessoas estavam mais felizes agora.  

— Mas, como soube? – Bucky perguntou. Natasha travou.  

— Como soube o que? – Sam continuou sem entender.  

— Quem quer mais Shwarma? – ela perguntou, nervosa, tentando desviar da pergunta. A sorte dela, era que todos naquela equipe gostavam de Shwarma, então todos levantaram as mãos, esquecendo suas perguntas e Sam dirigiu de volta para o restaurante.  


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