Resident Evil Maxterminio - RESUMPTION escrita por FaheL7


Capítulo 1
Capítulo 1: Episódio ZERO


Notas iniciais do capítulo

Fanfic Baseada na série de Games Resident Evil.

Trama e desenvolvimento dos personagens todos elaborados apenas por mim. Rafael Oliveira.

Não copie nada sem autorização. Apesar de ser baseado em produto de terceiros, tenho como comprovar minha autoria nas partes que me cabem intelectualmente.



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Resident Evil Maxtermínio – Resumption

Capítulo 1: Episódio Zero
...

29 de dezembro de 2020

— Cidadãos de Nova Iorque, gostaria de agradecer a presença de todos nesta bela tarde, aqui no centro da cidade. Anos atrás não só nosso país, como todo o mundo vinha sofrendo com dezenas de ameaças de atentados biológicos que comprometiam a continuidade da existência da humanidade. Vários lugares dizimados por pragas que carregavam consigo a morte e destruíam tudo por onde quer que passavam. Uma dor que não há como descrever. Conviver com o medo de sair nas ruas, visitar outras cidades sem saber se iríamos voltar. Trancar nossas crianças dentro de casa por temer que algo inesperado viesse a acontecer a qualquer momento. Um mal que fomos forçados a conhecer e a enfrentar. O verdadeiro medo. Mas, graças às organizações mundiais, já faz três anos que mantivemos a paz total contra essas ameaças ao redor de todo o planeta. Com a apreensão dos líderes de empresas ameaçadoras que vendiam formas virais no mercado negro no fim de 2017, a comercialização das mesmas diminuiu ao ponto em que não sofremos mais ataque algum. Assim, com o tempo, obtivemos a segurança desejada. É por isso que hoje estamos aqui, reunidos, para homenagearmos a eles, aqueles que arriscam suas vidas todos os dias à procura de pistas de algo inesperado que venha a acontecer. Incansáveis sentinelas. Verdadeiros heróis mundiais... É com imensa honra que tenho o prazer de chamar aqui no palanque, Jason Jordan, Mariah Collins e Elton White, membros representantes da organização de proteção mundial, B.S.A.A.

Todos aplaudiam.

Era uma linda tarde ensolarada e uma grande massa estava reunida no coração da cidade. Mais de um milhão de pessoas festejando mais um ano de paz mundial.

Enquanto todos prestavam a atenção nas palavras do presidente dos Estados Unidos, um homem coberto por um cobertor sujo e rasgado, carregando uma garrafa já vazia de álcool levantava-se do chão. Já de pé, foi caminhando pacificamente dentre a multidão, chegando bem próximo ao discurso meio cambaleante.

Notando sua aproximação muitos se afastavam receosos, até que de súbito gritou:

— Cale a boca!

Um por um, todos começavam a olhar para ele com feição desagradável.

— Pra quê discutir segurança quando trazem de volta das cinzas o criador de tudo isso? _ continuou falando em alto tom, chamando a atenção dos civis mais próximos.

Ele era só um morador de rua e estava bêbado e todos facilmente notaram isso, porém, haviam muitos ali presentes que já estavam até com placas de protesto em mãos, prontos para iniciar um grande alvoroço, esperando apenas por aquela oportunidade para causarem desordem e protestarem. Equipes organizadas que eram contra aqueles governantes. A maioria, parentes de vítimas que viviam nas cidades anteriormente atacadas. Pessoas que achavam que o governo americano sempre esteve envolvido, de uma forma ou de outra com os famosos “incidentes”.

Um simples ato como aquele, vindo de um homem sem quaisquer condições de dizer palavras que pudessem ser levadas a sério, poderia ser aproveitado por eles para causar um efeito dominó. Se ele continuasse, o palco para o show estaria mais do que preparado.

— Vão embora! Não queremos mais ser enganados. _ esbravejava cada vez mais alto, já causando certo pânico entre alguns dos cidadãos que só tinham ido ao evento para relaxar com seus filhos.

Como um dos poucos escalados para trabalhar naquele dia de feriado, Max Brown, membro da polícia civil da cidade acenava com a cabeça para sua parceira, alguns passos distante:

— Katy, já sabe o que fazer "né"?

— Vamos senhor, caminhando. _ ela segurou em um de seus braços com assertividade.

— Me solta sua cadela, me solta. _ reclamou, tentando resistir à policial. Cometendo por descuido o desacato.

Não achando que fosse para tanto, Max tomou as rédeas da situação, afastando-o de sua parceira:

— O senhor está perturbando a paz desta área e precisa se afastar vindo comigo. Agora!

— Só fazem isso porque sou negro, não é mesmo? _ se fez de vítima, tentando chamar ainda mais a atenção dos outros para suas palavras.

— Não senhor. Não sei se já percebeu, mas temos o mesmo tom de pele, o que impediria ofensas do tipo.

— Desculpe, não estou enxergando muito bem. _ deu uma desculpa esfarrapada.

— Tudo bem. Vamos tomar um café. _ disse o policial segurando-o fortemente pelo braço. - Katy, nós vamos ali. _ avisava à sua parceira que concordara balançando a cabeça num sinal positivo.

As ruas da cidade estavam lotadas. Quanto mais próximo ao centro, mais aglomerância havia. Grande parte dos cidadãos tinha aproveitado o feriado mundial dos três anos de paz para curtir aquelas comemorações em família. Não ocorriam somente ali, mas também, em outras três grandes cidades de outros três grandes países. Uma comemoração à vida, à vitória da raça humana, à paz.

Diante ao manifesto de protestantes organizados nos últimos eventos do tipo, os dois policiais resolveram evitar que aquilo se propagasse para algo maior, cortando de forma pacífica o mal pela raiz. Era pra isso que eles estavam ali, controlar a situação caso ela fugisse de controle, outra vez.

Haviam vários outros policiais espalhados por toda a parte, reforçando a segurança entre a multidão.

York Coffee...

— Então me fale, o café está gostoso senhor...

— Watson. Adrian Watson. Está sim.

— Hmm, ok. Olha, eu sei o que o senhor queria dizer ali. O governo pouco liga para nós negros, ainda mais para cidadãos como o senhor que moram nas ruas, mas acredite, tudo o que o governo faz, é para tentar nos permitir ter noites de sono normais como antes. O senhor me entende? _ cautelosamente, Max acalmava ainda mais o morador de rua com uma gentileza particular, ao mesmo tempo que tentava livrá-lo de suas convicções para que após saíssem dali o mesmo não voltasse a causar mais escândalos nas ruas. – Eu sei que depois de todos esses desastres ainda é difícil dormir em paz sem sonhar com aquelas coisas. _ continuava. - Não saber se no dia seguinte acordará e o mundo estará normal... bem, pra você que mora nas ruas deve ser duas vezes mais assustador. Mas há homens trabalhando dia e noite para garantir que isso nunca mais aconteça. Para que tenhamos um novo amanhã, dia após dia.

— Você não me entende, é só um policial. Não é pago para pensar, só para receber ordens. O que “esses caras” estão fazendo é convencer a população de que tudo está seguro novamente, até que todos estejam despreparados e um novo ataque se inicie, bem no centro de Nova Iorque.

Os dois ficaram calados por um momento. O policial parecia mais pensativo com o que ouvira do mendigo do que o mendigo com o que ouvira do policial.

Eles estavam sentados próximos à vidraça da cafeteria quando de repente Max viu sua parceira lá fora, caminhando meio desnorteada dentre o povo, talvez à sua procura.

— Você gosta dela, não é? _ disse o velho, observando seu olhar hipnotizado.

— Quem eu? Hamm. _ olhou novamente. - Tá mesmo tão na cara assim?

— Eu vi o jeito que a afastou de mim lá fora. Aquilo não foi apenas para impedir que eu a fizesse algum mal, não foi uma proteção muito comum e quer saber? Acho que ela retribui seus sentimentos.

Max não conseguia esconder sua timidez.

— Digamos que, já quase nos beijamos uma vez, mas isso não foi muito profissional. _ falou sorridente.

— Meu filho, nem sempre ligue para profissionalismo. Na minha opinião é isso que falta nesse mundo, mais sentimentos e menos robôs.

— Concordo com você. Tem razão. Sabe, até que pra um morador de rua, o senhor é bem inteligente.

— Relaxe! É normal pensarem isso de nós, mas, a maioria está tão cega que não enxerga que para sobreviver nestas ruas é preciso ser assim, ou você aprende ou então morre.

“Com o ressurgimento da Umbrella Corporation agora controlada pelo governo mundial através da O.N.U., vários estudos foram desenvolvidos para ajudar à B.S.A.A., em suas missões no salvamento de cidadãos em qualquer lugar da Terra. Foi assim, com uma equipe médica formada pelos melhores profissionais do mundo, unida aos melhores em termos de técnicas e conhecimento de combate que hoje o mundo comemora o terceiro ano de paz em todo o planeta. Estamos aqui com o presidente dos Estados Unidos no centro de Nova Iorque para falar disso.”

Enquanto as notícias passavam na Tv, Max e Watson observavam atentamente a repórter que entrevistava o presidente em pessoa, à algumas quadras dali.

— Tá vendo? Grandes homens trabalhando juntos. Os melhores para garantir nossa paz. _ reforçou o policial.

— Você diz isso porque não esteve em Raccoon City.

— Raccoon City!? _ exclamou em dúvida. Estava intrigado em saber qual seria a relação daquele velho com aquela cidade fantasma. - O que o senhor sabe sobre Raccoon City?

— É disso que eu estou falando meu jovem. Hoje em dia, quase ninguém mais fala sobre aquele incidente. O máximo que se vê são grupos de protestantes cada vez menores erguendo placas com fotos computadorizadas sobre o terror que houve naquele lugar, mas, nenhuma imagem chega perto da realidade do que realmente aconteceu por lá, naqueles dias.

— E como o senhor sabe disso? Como conseguiria saber se não ficou lá para morrer, como todos os outros? _ Max estava muito curioso.

— Porque minha mulher esteve. Porque ela e meus filhos ficaram para morrer naquela maldita cidade. _ parou por uns instantes, secando uma lágrima que escorria sem avisar... - Eu sei que parece loucura, mas posso garantir que algumas pessoas saíram da cidade sem que ninguém as pudessem ver. Comigo foi diferente, foi antes do caos. Nos mudamos para Raccoon devido às grandes oportunidades de empregos na época, mas, alguns meses antes de começarem os ataques, fui obrigado a ir trabalhar fora, numa cidade distante. Certas vezes, Emily me ligava me falando que alguns cidadãos da cidade haviam sido encontrados brutalmente mortos e que a polícia suspeitava de algum maníaco psicopata, assassino em série da região e eu sempre a pedi para tomar cuidado nas ruas e a ensinar as crianças a se cuidarem também. Eu devia ter largado tudo e ido para lá de imediato, mas, não fui. Algumas semanas depois, recebi uma ligação preocupante. Emily dizia que Ryan, meu filho caçula tinha sido mordido por um cachorro enquanto passeavam na vizinhança e que ela havia o levado para o hospital para ser examinado porque sua ferida parecia ter vindo acompanhada de uma grave infecção. Ela também reforçou que a cidade estava se tornando violenta, pois, muitas pessoas estavam aparecendo mortas. Um dia depois, minha pequena filha tentava me dizer através de uma ligação de telefone muito ruim que algo ou alguém estava tentando invadir a casa. Em meio aos gritos dela e de sua mãe tentando expulsá-los, juntos ao som de interferência, ouvi quando minha filhinha gritou: - Monstros! Papai, os monstros pegaram a mamãe...

Watson fez mais uma pausa, dessa vez mais demorada, com mais lágrimas.

Max tentou lhe acalmar:

— Olha tudo bem, vamos mudar de assunto, já deu pra entender por que o senhor chegou a esse estado. Por quê de tanto temer. Mas o fato é que o governo...

— Governo? _ interrompeu Adrian, claramente nervoso. - A culpa é dele, sempre foi. Foi ele quem tentou esconder da população a verdade. O governo dizimou aquela cidade por causa desse vírus que já infectou mais de 15 localidades diferentes ao redor do planeta, com um míssil que jogou tudo pros ares. Está nos jornais que não aceitam propina, mas ninguém acredita neles, pois, o governo faz questão de desacreditá-los. Agora, eles revelam que durante esses anos de “paz” a Umbrella estava trabalhando em prol da humanidade por debaixo dos seus panos. Como confiar em algo assim? _ terminou emburrado.

— Olha, eu não sei, acho que dessa vez a empresa pode ter se regenerado. Afinal, está sob comando da O.N.U., já faz três anos e até agora as coisas só melhoraram...

— Pensei que nos daríamos bem policial. _ levantou-se bravo, interrompendo-o novamente.

Em segundos, o aparelho de comunicação tocou:

— Max, Max! Onde você está?

— Katy, estou aqui no York Coffee. Problemas?

— Não. Estou indo até aí, era só pra avisar.

Em meio à multidão... 13h12min...

— Uma salva de palmas a esses bravos heróis. _ o presidente americano incentivava a ovação dos agentes da B.S.A.A., quando um rapaz que usava um terno preto e óculos escuros se aproximou pelas costas.

— Senhor presidente, precisamos deixar o local imediatamente. _ o agente do governo cochichava em seu ouvido.

— Mas por quê? Alguém armado?

— Não senhor. Protocolo T... Contaminação.

Distante dali. Numa cidade vizinha de Nova Iorque, cerca de oito homens vestidos de branco e mascarados por máscaras respiratórias adentravam uma mata virgem abaixo de algumas montanhas rochosas, onde vivia uma grande população de pássaros, em sua maioria abutres, urubus.

Dividindo-se em várias duplas, os grupos procuravam por algo que havia sido lançado naquele lugar.

— Um míssil! Encontrei o míssil. _ falava uma das agentes.

Se aproximando mais daquele recipiente agora vazio, aterrado pela metade dentro do chão, um dos membros da equipe avistou um pequeno símbolo octogonal das cores azul e preta estampados no objeto de mais ou menos um metro.

— Este símbolo... Não pode ser... Umbrella!!!

End of Chapter 1: Episódio Zero... To be Continued.


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Notas finais do capítulo

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