Ele Foi o Único Que Me Enxergou escrita por Luuh Lune


Capítulo 17
Dezessete


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem esse capitulo, e vem muito mais ainda. Boa leitura amores. Bjooos



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Quando eu acordo, percebo estar em outro ambiente, mas mesmo assim familiar. Sinto um cheiro de perfume masculino com um sabonete de menta, abro os olhos devagar, e olho para o lado. Estou na cama que eu dormia com o Roger, mas não sei onde ele está.

Me sinto normal novamente, Luce sabe do que faz, as vezes eu tenho medo dela. Ainda estou meio mole, mas consigo me mover normalmente.

— você esta bem? – escuto aquela voz rouca e grossa, fazendo meu coração acelerar e meu estomago ficar com varias borboletas

— eu acho que sim – respondo me virando para ele que esta parado na porta.  Com um olhar preocupado, de bermuda e sem camisa. Irresistível como sempre.

— que susto você me deu – ele se aproxima de mim e se senta ao meu lado na cama

— desculpe – me afundo mais no travesseiro macio

— você comeu? – ele acaricia meu cabelo. Bom comer, eu não comi, estava tão nervosa para saber o que a Luce tinha para me falar, que esqueci e não comi até agora, ela é muito dramática as vezes, mas percebi pelo tom de voz que algo de errado tinha acontecido. Mas não vou falar isso.

— sim – menti – cadê a Luce? – me sento na cama

— pegando suas coisas no quarto do Jonah. Minhas irmãs tem o mesmo gosto rosa por decoração que ele – Roger me observa engolir em seco – isso quer dizer que ele não tocou em você não é?

— não – respondi me encolhendo

— certo, eu vou cuidar de você hoje e depois resolvemos isso – Roger me da um beijo no topo da cabeça

— não precisa, eu estou bem – digo me levantando

— você desmaiou, e vai ficar de cama hoje sim – ele me deita na cama de novo – e se teimar vou te amarrar

— okay – sorrio – mas eu estou com fome e se for assim vai ter que ser minha babá

— sem problemas – ele sorri e vai até a sala – Luce arruma as coisas dela enquanto eu pego o que ela comer?

— arrumo sim – escuto ela responder

Depois de um tempo a porta se fecha e a Luce aparece no quarto com um sorriso de orelha á orelha

— você desmaiou mesmo – ela fala orgulhosa

— tive uma boa professora – sorriu e ela se orgulha mais – eu te ajudo

Ajudo Luce a arrumar minhas roupas novamente no armário. O que demorou bastante já que ela refez meu guarda roupas todo e nem quero imaginar como isso vai voltar para minha casa ou no caso na universidade.

— onde esta o Jonah? – me deito na cama novamente

— daqui a pouco ele aparece, parece que esta aproveitando o boy novo e esta esquecendo o Dilan – Luce sorri me abraçando

— Luce compra Nutella para mim? Eu necessito de Nutella – digo abraçando o travesseiro falando manhosa

— okay, melhor Nutella do que aguentar uma Micaela manhosa e irritada na TPM – Luce me conhece bem, e acertou quanto eu estar entrando na TPM

— você é a melhor amiga do mundo sabia? – digo e ela me mostra á língua saindo do quarto

Fico mais um tempo pensando sozinha naquele quarto. De fato vou ficar os últimos dias hospedada no quarto do Roger novamente. Até voltarmos para a universidade.  E voltar ao mesmo quarto que ele significa ter que aturar ele vinte e quatro horas por dia. E sem nenhuma muralha nesse coração para me ajudar.

Para falar a verdade, meu maior medo não é ele me magoar, acho que é eu me entregar á paixão que sinto. Faz anos que estou fora do jogo do amor e sei que as regras mudaram na minha ausência, e sei também que elas não vão voltar á ser o que eram só porque voltei.

Ou eu aprendo na raça ou não aprendo e saio novamente. É assim que funciona!

Passar um tempo com o Roger vai ser bom, precisamos nos entender para saber se ficamos juntos ou afastados de vez. E não vou mentir, eu amo ficar perto dele quando ele não esta agindo por impulso do orgulho.

Gosto de sentir o cheiro, escutar a risada, ver o jeito que ele me olha e principalmente ver o brilho naquelas duas bolas azuis piscina enquanto me olha. Só de pensar isso meu coração acelera, eu pareço uma garotinha de doze anos tendo seu primeiro amor.

— voltei – Roger entra no quarto me tirando dos seus pensamentos – melhor comer coisas leves, seu estomago pode ter refluxo

— o que tem de bom? – me sentei

— trouxe vitamina de banana, tem o bastante para não sentir fome até o jantar – ele fala colocando uma bandeja e uma jarra na penteadeira, e depois me entregando um copo grande

— obrigado – respondi pegando o copo da mão dele e bebendo devagar o conteúdo. Essa vitamina sempre foi a que eu mais gostei, papai sempre fazia quando eu era criança, principalmente quando eu estava doente, e só ele fazia do jeito que eu gosto.

Roger me observa com atenção, e parece que mil coisas se passam na sua cabeça pelo simples fato de suas mãos não pararem de se mover. Quando finalmente termino de tomar a vitamina e ele colocar o copo na bandeja, Roger me puxa para seu colo.

— você me deu uma bela de uma lição – ele fala me envolvendo com seus braços fortes, e seu cheiro invadindo meu sistema respiratório

— qual? – perguntei embriagada pelo cheiro que emana da pele dele

— que quando alguém vacila com você, você vai embora sem pensar duas vezes – ele suspira alto – e pode ser tão orgulhosa quanto eu. Me desculpe

— já desculpei, só não faça novamente – respondo

— não vai mais embora, por favor – ele segura meu rosto com suas duas mãos, seus olhos implorando por isso

— não me faça ir – me perco nesses olhos azuis assim que falo

— nunca mais – ele fala e me beija logo em seguida.

Um beijo, quente, urgente, cheio de saudade e desejo. Eu me entrego para aquele beijo intenso. Roger me puxa, fazendo com que eu sente em seu colo, com uma perna de cada lado do corpo. Ele se recosta na cabeceira da cama e cola mais ainda nossos corpos. Suas mãos apertam minha cintura e minhas mãos estão apertando seu ombro e sua nuca com a mesma intensidade.

Como fiquei com saudade de me sentir amada novamente, como fiquei com saudade do seu toque, do seu beijo, de suas caricias. Tudo. Paramos para recuperar o fôlego, ele coloca uma de suas mãos em meu rosto e eu fecho os olhos sentindo seu toque, seu polegar passeia do meu queixo até perto da minha orelha. Faço o mesmo que ele, sua barba por fazer faz cócegas na palma da minha mão. Seus olhos me analisam, como que para decorar cada pedacinho do meu corpo, e eles brilham, aquelas duas bolas azuis brilham de uma forma diferente agora. Mas não sei explicar o por que.

No silencio do quarto, só dá para escutar nossa respiração. Porém não é um silencio tenso ou constrangedor, é um tipo de silencio da qual os olhos falam pelos lábios, pois eles não podem mentir, machucar nem enganar.

Ainda estou em seu colo quando escutamos alguém bater na porta. Provavelmente é a Luce com a minha Nutella.

— eu atendo – saiu do colo dele e vou até a porta

— até quem fim, achei que estavam dormindo – Luce entra com a Nutella no quarto, John e Jonah entram logo em seguida

— vocês tem muito que resolver e vamos dar um impulso, o resto é com vocês – Luce se senta no sofá da sala

— okay – eu e Roger respondemos juntos

— primeiro, você tem que aprender á controlar seu ciúmes, se eu fosse igual á você já teria matado metade daquela universidade – John fala sério

— tem razão – Roger também esta sério

— segundo, nunca faça ciúmes para ela, você viu no que deu – Luce fala

— mas ela também fez ciúmes – Roger se defende

— você quem começou, e á propósito eu não fui para a cama com o Jonah, mas você foi com aquela loira azeda – respondi áspera

— tem razão, eu errei – Roger bufa irritado

— e também não dei a entender que eu namoro com o meu irmão, igual você fez com a Cloe e a Eveline – cuspi tudo de uma vez

— como você sabe que...? – ele me olha surpreso

— o que acha que estávamos fazendo com seu celular? – Luce pergunta irônica – Simas é tão burro que nem percebeu – ela revirou os olhos

— então é por isso que não queriam que eu pegasse o meu celular – Roger fala entendendo tudo, John e Jonah seguram a risada

— e se prepare, ela de TPM é pior que bebê com cólica – Luce diz se levantando – agora o resto é com vocês, e devo te avisar Roger, que eu te castro na próxima

— eu ajudo – Jonah fala

— você é gay mesmo certo? – Roger pergunta o óbvio fazendo John gargalhar alto

— sou, porque? Medo de eu me deitar com ela? – Jonah fala mais sério que antes – cuidado, pois quando seus amigos á verem. Vai te apunhalar pelas costas

— vem Jonah, deixe os dois agora – Luce o puxa pela braço, e John os acompanha

— sejam maduros desta vez – John fala e fecha a porta

— da próxima vez que algo acontecer, melhor esfriar a cabeça e conversar – digo e ele concorda – pois na próxima, eu vou embora de vez. Sobrevivi vinte e um anos sem você, posso viver o resto da minha vida também se preciso – cuspo tudo de uma vez novamente

— você é forte e sei que consegue isso. Mas seu coração não – ele se senta ao meu lado no sofá – eu gosto muito de você, eu não sei falar o quanto, mas não cabe mais no peito

— esta certo – respiro fundo – vamos recomeçar?

— vamos! – ele me beija novamente e depois se levanta

— o que esta fazendo? – o olho confusa enquanto ele se aproxima da porta

— trancando a porta, a Luce se esqueceu que não estão dividindo o quarto da universidade e entra aqui sem bater – ele tranca a porta como havia falado e volta para perto de mim – você realmente não fez nada com ele, certo?

— já disse que não. Ele gosta de homens – reviro os olhos – e eu não estava pronta também

— eu fiquei irado só em saber que em pouco tempo que conhece ele você já tinha.. – vejo ele ficar vermelho – eu devia saber que você não faria isso

— pois é – me levantei e fiquei na frente dele – não fiz mesmo

— você me tira do sério – ele enlaça minha cintura beijando meus lábios

— mas eu nem fiz nada – digo e ele sorri

— nem imagino quando fizer, vou me descontrolar – ele volta á me beijar. Seu beijo demonstra todo o carinho que ele tem por mim, e eu faço o mesmo.

Ele se senta no sofá me fazendo sentar em seu colo, nosso beijo fica mais intenso e voraz. Começo a sentir um calor muito grande nas minhas partes baixas.

Será que é assim a sensação de quando realmente se esta excitada? Minha excitação esta começando á sair do meio das minhas pernas. Sinto minha respiração ficar mais pesada, e a dele também. Quanto mais o desejo cresce, eu puxo os cabelos da nuca dele, fazendo-o gemer baixo. Ele se afasta dos meus lábios e começa a beijar e mordiscar meu pescoço, arrancando alguns gemidos meus. Me mexi em seu colo e ele apertou com força minha cintura.

— melhor pararmos – ele diz fungando meu pescoço

— e...eu não que...quero pa...parar – me mexi novamente em seu colo, e sinto que ele esta assim como eu

— tem certeza? – ele beija novamente meu pescoço

— sim – digo determinada. Se for para eu me ferrar, que eu me ferre de vez. Pelo menos tenho milhões na minha conta e uma Hilux novinha me esperando. E com a Luce, o Misha, a Dorotea e bom... o Jonah, não vou sofrer tanto. Que pensamento mais idiota ou cretino eu tive agora, eu sei. Mas sabe quando você quer fazer algo mesmo com o medo gritando para não fazer, e sua cabeça dizendo que você vai se arrepender e mesmo assim faz? Este é meu dilema agora.

Eu ainda não sei o que vai acontecer depois disso, mas sei que terei para onde correr se der errado. Aquele medo esta martelando minha cabeça, mas mesmo assim não me deixo abalar.

Roger se levanta comigo ainda me meu colo, voltamos a nos beijar e entramos no quarto assim, com o desejo gritando mais alto do que qualquer coisa. Ele me deita devagar na cama, me arrastando até a cabeceira, e vem engatinhando pelo colchão e se deita em cima de mim. Seus lábios descem para meu pescoço e suas mãos desatam o nó do meu biquine, neste momento sinto uma corrente fria e de vergonha passar no meu corpo. Ele vai me ver nua, espera... ele vai me ver nua? Será que pode fica com os olhos fechados? Meu deus ele vai me ver nua! Eu nunca fiquei sem roupa na frente de ninguém. Droga, e se ele não gostar?

Sinto suas mãos desfazendo o nó das minhas costas e depois joga a peça em algum canto do quarto. Assim espero, porque a janela esta aberta e detestaria perder esse biquíni. Ele faz uma trilha de beijo do vale dos meus seios até a parte debaixo do biquíni, meu corpo se arrepia todo e minha excitação sai mais e mais das minhas pernas. Droga se ele ver vai me achar nojenta. Ficando de joelho sobre a cama, ele desata os dois nós da calsinha do biquíni, também á jogando em alguma parte do quarto. Fico mais tensa do que nunca. Estou mais tensa que no dia que eu fiz o teste da universidade. Eu estou totalmente nua na frente dele, totalmente exposta, e seu olhar explora cada parte do meu corpo assim, me fazendo ficar mais vermelha que pimenta.

Agora é a vez dele, e ele é bem pratico tirando sua bermuda e a sunga em tempo recorde. Minha nossa, esse taco de baseball vai caber dentro de mim? Vai entrar pela vagina e sair pela boca isso sim! Ou me rasgar todinha por baixo. Como que aquelas garotas da universidade aguentaram? Elas devem ser um buraco sem fundo para aguentar!

— calma, eu não vou te machucar – ele deve ter percebido minha tensão – vou te ajudar a relaxar

— o que você vai fazer? – pergunto assim que o vejo ir até a sala

— acho que sua amiga já te falou sobre isso aqui – ele me mostra o pote de Nutella, o que eu iria devorar assim que terminasse o que quer que fosse. Luce falou? Bom , nada se passa pela minha cabeça, só a tensão de como aquele órgão gigante vai caber dentro de mim.

— acho que sim – digo com a voz tremula

— só se acalme e deixa comigo – ele fala e eu faço que sim com a cabeça.

Ele coloca a camisinha em seu órgão, e depois se aproxima de mim com o pote na mão. Ele abre minhas pernas e as deixa dobradas de modo que meus pés fiquem com o peito encostado na cama.

— só feche os olhos, vai te ajudar – ele fala e eu obedeço. Assim que fecho os olhos o sinto passando alguma coisa na minha intimidade, lambuzando ela – não importa o que acontecer, não feche as pernas

— okay – digo um pouco assustada

Ele sorri para mim e abaixa a cabeça no meio das minhas pernas, logo em seguida sinto sua língua molhada e quente passando por toda minha extremidade me fazendo arquear as costas e sentir um calor grande no meu útero. Ele faz isso por longos minutos e eu quase arranco seu cabelo com as mãos, ele me penetra com a língua cada vez mais fundo e fico mais relaxada e excitada que antes. Quanto mais ele faz isso, mais eu sinto meu corpo tremer por inteiro, minhas pernas começam á amolecer e o pânico volta novamente.

— você é bem obediente – Roger se levanta novamente, agora me estimulando com os dedos

Não consigo responder, apenas solto alguns gemidos, ainda com os olhos fechados. E quando dou por mim, Roger esta me beijando e seu órgão na entrada da minha intimidade. Sinto um pouco de dor na hora que ele entra em mim

— vou ficar assim por um tempo, assim não sente tanta dor quando eu for mais fundo – ele fala e eu faço que sim com a cabeça – vai doer no começo, mas depois vai passar – fiz que sim novamente.

E assim foi, ele alternava entre beijar meus lábios e meu pescoço, seu órgão entrava e saia em um ritmo gostoso por um tempo, e sem aviso prévio ele entrou mais fundo, me fazendo tremer e sentir uma dor latejante. Ele fez isso mais três vezes até a dor parar, e enquanto isso me beijava com carinho, eu ainda estou de olhos fechados. Tanto pela vergonha de estar os dois nus, quanto pela sensação gostosa que não me permite ficar com os olhos abertos.

E como ele disse doeu no começo, mas logo essa sensação passou e foi substituída por uma sensação muito gostosa e prazerosa, meu coração esta mais acelerado do que nunca, e meus gemidos saem alto não consigo controlar. E assim como antes, começo á sentir minhas forças serem sugadas do meu corpo que esta totalmente suado, meus órgãos começam á tremer, meu coração parece que vai explodir no peito, Roger aumenta a velocidade das estocadas e sinto uma enxurrada sair de dentro de minha intimidade. Em pouco tempo Roger também geme alto caindo sobre meu corpo, olho pela janela e vejo que já esta uma escuridão total, mas quando começamos ainda estava um sol de rachar a pele.

Ficamos em silencio depois disso, ele se deitou e me puxou para seus braços acariciando meu cabelo, meus olhos voltam á ficar pesados e minha respiração fica em um ritmo mais calmo, me fazendo adormecer.

Agora sei do que a Luce fala, isto é muito bom. Claro que depois que á dor passa, mas é uma sensação que não sei exatamente como descrever. Luce vai surtar quando eu contar para ela, mas... eu ainda não acredito que eu fiz isso. Deve ser um sonho. Eu fiz mesmo sexo? Ai meu santo, eu fiz isso mesmo?

Eu não consigo acreditar, isso é bom demais.


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Notas finais do capítulo

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