Olhando para ela, ele pensou: “Como algo pode ser tão divino?”.

Seu corpo se remexendo ao som da musica que tocava alto no quarto vazio.

Um som suave.

Assim como suas curvas, e o jeito que ela balançava o pincel, colorindo a parede de um amarelo claro, como a cor do sol nascente.

Ele não poderia descrever aquele momento.

Estou me perdendo nas palavras.

Thalia rebolou animada, jogando os quadris largos para um lado e os cabelos, agora curtos, para o outro.

Estamos conversando em linguagem corporal.

– We get back to my house, your arms, my mouth, now I just stop myself around you! – Ela cantou desafinada, fazendo Nico sorrir.

Nico cruzou os braços, pensando: “Vou só observá-la mais um pouco”

Nunca vou aprender, sempre acabo ficando uma hora ou duas

.

A barriga de cinco meses de Thalia já era bem visível através do macacão azul bebê que ela usava. Ela parou por um momento e rebolou a cabeça para um lado e para o outro e Nico sorriu bobo.

Obcecado pela menina de som suave, que jogava os cabelos para todos os lados.

Nico pegou a câmera que estava pendurada em seu pescoço e preparou, dando alguns segundos para o foco então...

Click!

Thalia virou bem a tempo de Nico capturar seu sorriso assustado.

Um rosto tão familiar

– Hey. – Ela disse mais alto que a música. – A quanto tempo está ai?

Ele sorriu e caminhou até ela.

– Tempo suficiente – disse antes de selar seus lábios nos dela.