Loop - Feitiço do Tempo escrita por Sebastian Benkor


Capítulo 8
Não perturbe


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, mais um capítulo, dois no mesmo dia, sim eu estou maluco... Hahahah



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– Então ele começou seu treinamento!?

– Sim mestre Ford, há dias Kerina vem treinando ele e seu controle vem aumentando exponencialmente. - Diz Tamara ajoelhada aos pés da poltrona.

– Ótimo, pena ela estar lapidando o meu diamante. - Ele ri. - Em breve ele estará pronto, e vera que o treinamento de Kerina não é o suficiente, o poder ira dominar ele, e ele ira querer cada vez mais, e só eu poderei lhe dar.

– Mestre! – Tamara interrompe seus devaneios maquiavélicos.

– O que é? Você ainda está aqui?

– Sobre a missão que o senhor incumbiu a Helena. Não acho que ela seja a mais indicada para esse serviço. Não acha melhor eu ir?

– Não, eu só quero mandar um recado e Helena é perfeita para isso.

– Sim senhor.

– Agora vá, e me traga algo gelado para beber. - Tamara se retira murmurando algo porém baixo de mais para alguém ouvir. De trás da poltrona sai uma mulher alta e de longos cabelos negros, pele incrivelmente branca e olhos em tons violeta.

– Iam, você é muito cruel com essas meninas. - Disse a mulher com voz suave e sedutora.

– Wanda! – Seu espanto é visível.

– Sentiu minha falta?

– Quando você voltou?

– Hoje de manhã, senti que meu mestre precisava de mim. - Ela se senta em seu colo e alisa a pele de seu rosto com suas mãos suaves.

– Você sumiu, me abandonou. Deixou a terceira ordem no momento em que mais precisei de você.

– Oh, ficou magoado? - Seus olhos brilham e ela tenta seduzi-lo com sua voz calma e suave. – Eu também senti a sua falta.

– Não ouse usar seus poderes em mim, Wanda. - Ele a empurra e ela se levanta.

– Fico um ano fora e você não muda nada.

– Porque você voltou?

– Eu só precisava de uma férias. Cansei a Europa, resolvi voltar.

– Não minta para mim Wanda.

– Estou dizendo a verdade, voltei para ajudar o meu Mestre. – Diz ela em tom de deboche.

– Não preciso da sua ajuda. - Ele se vira para um canto e começa a fitar o fundo do salão com ar pensativo.

– Você está um tédio hoje. - Ela se vira para sair balançando a calda de seu vestido negro com detalhes roxo. - Vou para meu quarto. - Ao passar pela porta, um mordomo entra no salão carregando uma bandeja com um grande copo de chá gelado, sua mão desliza sobre o copo e ela sai bebendo o líquido, deixando o mordomo sem ação.

Emily se encontra em seu quarto, um ambiente claro, com paredes largas, todas pintadas de lilás. Ela Le um livro de capa bege, aparentemente envelhecido e sem titulo. Então seu celular começa a tocar, ela olha o visor e o ignora jogando o aparelho em uma mesa próxima a sua cama, o telefone toca por alguns segundos até que para e no visor do aparelho pisca uma mensagem avisando que 12 chamadas do Edu foram perdidas. O telefone toca mais uma vez, contra a sua vontade ela pega o aparelho e atende sem ao menos olhar o visor.

– Eu não quero falar com você! – Ela grita.

– É o Tom, ta tudo bem? - Diz a voz do outro lado da linha.

– Ah, está sim. Desculpe ter gritado, eu achei que fosse o Eduardo.

– Ainda não falou com ele?

– Não, e nem quero. Porque me ligou, está tudo bem?

– Está sim, eu só queria conversar, sair um pouco de casa.

– Acho que estou precisando disso também. Me encontra na Pizzaria do Pedro.

– OK!. - Ele desliga o telefone e se encaminha até a pizzaria que fica na esquina de sua rua. Ao chegar, ele avista Emily em uma mesa ao fundo, ele se senta junto a ela e logo uma garçonete vem atendê-los.

– Eu quero um suco de manga. - Disse a ruiva.

– Eu também. - A garçonete anota os pedidos e sai. Tom se vira para Emily e continua a falar. - Vocês ainda não se acertaram?

– Não, depois do domingo que ele foi lá em casa me pedindo desculpas e logo em seguida foi um babaca de novo, não voltamos a nos falar.

– Ah, ele não está falando comigo, desde o dia da maratona, nem retorna minhas mensagens.

– Isso é birra dele, daqui a pouco ele está te perturbando também.

– Não sei, dessa vez ele parece bem chateado.

– Tom, ela passou um ano fora e quando voltou teve uma crise de ciúmes sem sentido, ainda nem sei porque perdoei ele.

– Perdoou porque você sempre faz isso, desde quando nos conhecemos, você sempre cedeu ao charme do Edu.

– Enfim. Sobre o que você queria conversar?

– Nada em específico, eu só queria sair de casa.

– Ainda pensando no seu pai? Olha eu sei que...

– Não! Tudo bem, como você disse, é algo que eu preciso aprender a controlar para não ser usado contra mim.

– Sim, mas me preocupo com você, sei o quanto falar dele mexe com você.

– Tudo bem, mas vamos mudar de assunto.

– Vamos! Nossas aulas começam semana que vem, está preparado?

– Pra falar a verdade não, ainda nem me acostumei com a idéia de fazer engenharia.

– Ah, relaxa, vai dar tudo certo! Eu também estarei lá, bom, não no mesmo curso, mas nos veremos nos intervalos e no caminho de ida e volta. Você também vai conhecer pessoas novas, fazer novas amizades, você sempre foi bom nisso. - Emily continuava a falar porém Tom não esboçava nenhuma reação, se mantinha parado imóvel, até que ela se deu conta. - Tom? Você ta bem? Tom!?

– Bandeja, suco, carro, poste, mulher, bebê!

– Do que você está falando? Tom! - Ela grita.

– Oi! Porque está gritando?

– Você, começou a falar coisas sem sentido. - A garçonete chega e coloca um dos sucos em cima da mesa, a presença dela assusta Emily e ela esbarra na garçonete, fazendo ela cair e derrubar a bandeja com o outro suco. Ao perceber o que acabara de acontecer, ela se vira para a rua e um carro que vinha em alta velocidade bate em um poste próximo a pizzaria, o estrondo assusta um bebê que dormia na mesa ao lado no colo de uma mulher. O espanto de Emily é visível, ela segura na mão de Tom para lhe perguntar o que houve, mas ele começa a entrar em convulsão e desmaia.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado, crítica, sugestões ou dúvidas é só deixar um comentário. Eu adoro feedback :D