Há muito tempo atrás, em um pequeno vilarejo, nasceu uma menina. Seus cabelos eram vermelhos como o fogo, seus olhos eram de um preto tão escuro como o carvão, sua pele era tão clara quanto a neve e todos no vilarejo afirmavam ser a mais bela de todas as crianças.

A única tristeza que a menina possuía era que, durante seu parto, sua mãe não resistiu e faleceu logo depois que a menina nasceu. Como era órfã, o vilarejo inteiro a adotou e lhe deu o nome de Elizabeth em homenagem a sua mãe que possuía o mesmo nome.

Durante muito tempo Elizabeth viveu na casa do casal de anciões da vila, seus nomes eram Morgana e Vítor que a criaram como se fosse uma filha. Porém, como se alguma tragédia sempre tinha que acontecer na vida da pobre garota, quando ela completou 15 anos ocorreu um terrível acidente no qual seus “país” adotivos morreram e desde então ela viveu sozinha.

Mesmo com esse terrível acidente, os moradores da vila ainda a amavam muito por ela ter várias virtudes, além da beleza, em seu coração e alma. Mas, o coração de Elizabeth não pertencia aquele lugar, e ela sabia disso.

Quando foi crescendo, mais dúvidas começaram a assolar sua cabeça e assim o único modo com que se descontraía de suas preocupações era caminhar pelas planícies perto de sua casa a procura de flores e, cada vez que sai, voltava com flores cada vez mais belas.

Porém, um dia quando a garota havia saído para passear nas belas planícies que ficavam perto de sua casa, ficou tão hipnotizada com tamanha beleza que, inconsequentemente, foi muito mais além do que planejará.

Mas, quando ouviu um barulho muito auto, se assustou e, com isso, entrou mais a dentro nas planícies.

Quanto mais perto chegava das vastas terras as quais nunca havia conhecido mais curiosa ficava pelo som que ouvia. Quando finalmente chegou no lugar exato de onde ouvira o rugido, ela gritou. Finalmente descobrirá, e assim encontrou o temível segredo que ali estava escondido.

Mas, não podia ser verdade, eles não existiam mais! Eram apenas histórias para se contarem a crianças na hora de dormir ou, até mesmo, para amedronta-las.

O temível rugido era … um … dragão …

Porém, antes que ela pudesse correr o dragão virou seus olhos, que eram esmeraldas, para sua direção. Quando Elizabeth pensou que morreria naquele momento fechou os olhos, mas o fogo que ela esperava não apareceu então reabriu os reabriu.

Olhando para o dragão mais atentamente, ela viu que sua asa estava machucada. Como recolherá algumas ervas medicinais que tratavam de feridas como aquela, Elizabeth logo começou a fazer um medicamento. Terminando, foi com muito cuidado até a asa do dragão que, a essa altura, não tirava os olhos da pequena menina que ia em sua direção.

-Não irei machuca-lo, esse remédio cura esse tipo de ferimento. Logo você ficará melhor. -Disse a menina, colocando o remédio. - Mas vai arder um pouco.

Mesmo com a dor passageira o dragão deixou que Elizabeth cuidasse de seu ferimento.

Naquele dia, uma amizade surgiu entre humano e dragão e assim foi se passando os dias.

Mas, em um dia específico, enquanto a menina brincava com seu dragão, o vilarejo fora atacado não sobrando nenhum sobrevivente. Quando a menina voltou e se deparou com esse cenário chorou durante muito tempo e, para respeitar as pessoas que a amaram um dia, ela enterrou todos de sua “família”.

Como Elizabeth não viera dois dias seguidos, o dragão voou até a vila aonde ela morava e lá a viu chorar por todos os seus entes queridos que se foram. Com dó da pobre garota o dragão lhe fez uma proposta para que ela não ficasse mais triste.

-Minha pequena, como deve imaginar eu não nasci neste mundo, mas sim, em outro o qual os seres humanos só podem chegar caso um dragão lhes permita entrar em nossos territórios. A proposta que vou lhe oferecer agora é rara, mas faço isso pois a amo de todo o coração: Venha para meu mundo viver comigo, você viverá comigo eternamente e nunca mais ficará sozinha. -Disse o dragão, o que assustou Elizabeth pois ele nunca se pronunciará em qualquer outra situação.

-Eu … eu … eu irei contigo! Não há mais nada nesta terra que eu possa chamar de meu a não ser você meu doce dragão. Também o amo muito. -E, com isso, ela abraçou o pescoço do dragão de pele vermelha.

Então, quando se separaram, a menina subiu no pescoço do dragão e, juntos, subiram aos céus onde as portas de um mundo o qual os dois almejavam os esperava …

… abertas … abertas para cavaleira e seu dragão …