Feelings In Letter escrita por Johnlocked


Capítulo 1
The Letter


Notas iniciais do capítulo

Mais uma fanfic stucky. Essa é triste, e já aviso que alguém precisa me deter pois ultimamente ando pensando em fanfics stucyk bem sofridas.

Hahaha

Bom, boa leitura.



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New York, 15 de Outubro de 1945.

Caro Steve,

Pois é camarada, faz um tempo que não lhe escrevo, não é? Como você está? Como é a vida longe do Brooklyn? Desde que foi resignado para o Comando Central, essa é uma pergunta constante. Engraçado lembrar que você dizia que jamais sairia do Brooklyn. Bom, não devia ter saido mesmo, você faz uma falta aqui.

Peguei-me lembrando de quando eramos pequenos, que nos deitávamos no chão do quarto e contávamos um para o outro, nossos sonhos e ambições futuras. Lembrei-me também de sua mãe, Sarah. Ainda sinto falta dela, ela era uma boa mulher e você que o diga, Steven. Fiquei devastado quando soube de sua morte. Ela era tão jovem e você tão apegado a ela.

Recordo-me bem o quão triste você ficou. Foi desesperador vê-lo andar pelos cantos do pequeno apartamento todo tristonho, não comia, não ria de minhas piadas, não queria sair de casa muito menos do quarto. Juro que pensei que nunca mais veria aquele brilho encantador que você carregava em seu olhar, junto a aquele seu sorriso de alegrar o dia de qualquer um. Já lhe disse que você tem o sorriso mais bonito que eu já vi? Devo ter lhe dito, e provavelmente você deve ter ficado bonitamente corado. Tão inocente o belo Rogers.

Fiquei sabendo que você se casou. Meus parabéns, Steven, finalmente você tomou uma atitude (sensata, claro) quanto a sua garota. Carter é uma mulher maravilhosa e de muita sorte. Talvez ela ainda não tenha se dado conta da magnitude de sua sorte por ter você, Steven. Provavelmente eu estou certo, as pessoas a sua volta estupidamente se dão conta um pouco tarde da sorte que é tê-lo em suas vidas. Eu que o diga, pois sou uma dessas pessoas que estupidamente deu-se conta tarde demais do quão maravilhoso você é e do quão sortudo eu era por tê-lo em minha vida.

Eu fui estúpido, Steve. Sempre procurei em outros o que eu sempre tive ao meu lado. Eu sou um tremendo idiota. Foi necessário alguém tomá-lo de mim, para enfim dar-me conta dos meus sentimentos. Eu amei você, Steven. Eu ainda o amo e agora sofro com minha tamanha estupidez. Sempre estive ocupado demais com festas, garotas, bebidas, até mesmo a guerra para perceber o quanto te amava. Eu sei que parece loucura. Olha em que época vivemos, isso é tão errado. Mas em minha cabeça parece tão certo, você é tão maravilhoso. Você é totalmente o oposto de mim e ainda sim é tão perfeito para mim.

Na verdade era, pois agora você é perfeito para ela.

As vezes penso que foi melhor você ter escolhido a Peggy Carter. Ela é uma otima mulher e ela poder lhe dar muito mais do que sequer eu poderia dar a você. Mas então lembro-me que sou egoísta e que você deveria ser meu. E assim eu sofro, e admito que a culpa é exclusivamente minha, Porque eu sou um idiota. Suas palavras nunca fizeram tanto sentido.

Mas, Steve, eu espero, de todo coração que você esteja feliz, que vocês estejam felizes. Afinal não sou tão egoísta a ponto de abdicar sua felicidade por sentimentos que nunca seriam recíprocos. Sua felicidade sempre foi minha prioridade, mesmo que não seja por minha causa.

Talvez você um dia leia está carta. Quando eu tiver coragem de entragá-la a você (o que nunca acontecerá). E espero que você esteja feliz, pois eu estarei. Mesmo com o coração ferido devido a falta que você me faz, ainda assim estarei feliz. Pois imaginar seu belo rosto como o mais belo sorriso do mundo é o que mantêm minha sanidade intacta e faz minha felicidade todos os dias.

Carinhosamente, do seu grande e eterno amigo

James Buchanan Barnes.

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Steve havia chegado em New York, depois de alguns anos depois de sua transferência. Sentia falta dali, sentia falta do Brooklyn e acima de tudo, sentia falta de seu amigo Bucky.

Estava ali para decidir sobre como seria o plano de ajuda aos refugiados de um país vizinho que se encontrava em guerra. Precisavam saber como seria a abordagem sobre essa situação, e a base de New York havia tomado responsabilidade sobre isso. Como sabiam das grandes habilidades de Rogers, que havia sido uma chave importante para o fim da Segunda Guerra Mundial, estava ali para saber em que poderia ser útil.

Aproveitando o tempo que tinha antes de se encontrar com seus superiores na base, Steve decidiu que daria uma passada por seu antigo bairro, o Brooklyn. Sabia o quanto viver ali o fazia falta e o quanto de memórias boas aquele lugar lhe proporcionava. Lembrava-se dos dias ensolarados no qual se sentava no terraço de seu apartamento e apenas observava as outras crianças brincarem na rua. Sempre quis estar no meio daquelas crianças, mas sempre foi desprezado por seu físico. O garoto que mal aguentava correr, pequeno demais pra sua idade. Jamais tinha atrativos diante daquelas crianças.

Lembrava-se também de Bucky, sua amizade com o moreno, único garoto desposto a ser amigo do pequeno Rogers. Lembrava-se do quanto eram inseparáveis, da leal amizade, do sentimento de proteção que tinham um pelo outro. Bucky sempre seria o melhor amigo que já tivera. Bucky sempre seria seu melhor amigo e a melhor pessoa que havia conhecido.

Assim que adentrou o bairro, andando algumas quadras, deu de cara com seu antigo apartamento. Havia tantas lembranças boas e ruins que envolviam aquele lugar. Sentiu-se nostálgico quanto se viu subindo as escadas em direção a porta de entrada. Bucky havia deixado o apartamento do mesmo jeito que ele havia deixado quando partiu. Ele dizia que sentiria falta demais do amigo se continuasse lá, e isso lhe deixaria muito triste. Bucky nunca se mostrou muito compreensivo com a partida do loiro. Pensar que não estariam mais juntos lhe causava um grande sentimento de depressão, como ele mesmo dizia.

Adentrou no apartamento. Olhou envolta, estava tudo do mesmo jeito que havia deixado. Sentiu-se ainda mais nostálgico ao reparar nisso. Andando pelo apartamento, ambientando-se ao local, sendo arrebatado por muitas lembranças, reparou que o caixa onde era posto seu correiro aparentava estar cheio. Estranhou isso e decidiu conferir. De fato estava, uma única carta, dentro de um envelope que mostrava muito capricho daquele que havia deixado-a lá ao colocá-la no envelope. Ela não estava endereçada a ninguém, o que despertou sua curiosidade. Assim que abriu a carta e leu seu cabeçalho, reconheceu aquela caligrafia.

Era de Bucky.

Ponderou por um tempo se deveria ler, mas quando notou que era uma carta escrita para ele, prendeu um pouco a respiração e decidiu que sua curiosidade seria maior. Leu toda a carta atentamente, prestando atenção em cada palavra escrita por Bucky a ele. Sentiu o coração apertar a cada frase que ali estava escrita. Bucky havia sido o mais sentimental possível ao escrever aquela carta, o que fazia o coração de Steve se comprimir e logo depois derreter-se. Bucky nunca foi muito bom em expressar seus sentimentos. Assim que chegou na parte em que Bucky lhe confessava seus sentimentos ele travou. Notou que havia prendido a respiração assim que parou de dar atenção a carta. Não estava acreditando

Bucky o amava, e dizia com todas as palavras naquela carta.

Terminou de ler a carta e segurou ela contra seu peito. Sentiu-se triste por saber que Bucky nunca havia dito coragem de lhe entregar essa carta, muito menos de lhe confessar seus sentimentos. Uma lágrima solitária desceu pelo bonito rosto do loiro. Sorriu decepcionado ao saber disso. Ao saber da falta de coragem de Bucky, ao saber do sofrimento do moreno, tanto por causa da falta que sentia do amigo, tanto por causa dos sentimentos que ele guardava. Sorriu ainda mais triste ao saber que poderia ter sido diferente, mas de nada adiantava agora saber, mesmo tendo ficado minimamente feliz.

Mas ainda sim de nada adiantava, não poderia voltar atrás mesmo com a força que essa revelação tinha. Era um homem casado, tinha suas responsabilidades, tinha uma casa para cuidar e sabia que em um futuro próximo haveria de ter filhos. Além que gostava de mais de Peggy para tomar qualquer atitude que poderia magoá-la. Mas sabia que não a amava. Era ciente disso e sabia muito bem o porque.

Enxugou calmante as lágrimas, guardou a carta novamente no envelope para então guardá-la no bolso interno de seu paletó. Deu mais uma olhada pelo apartamento antes de sair pela porta sem olhar para trás.

Poderia ter sido tão diferente, Bucky. Poderíamos ter sido felizes juntos. Não me importaria se o que você poderia me dar fosse pouco. O que realmente importaria era estar ao seu lado. Mas novamente seu lado emocional foi mais fraco. Novamente você escondeu seus sentimentos. Novamente você sofre por uma atitude que você não tomou. E eu também sofro por isso.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Não esqueçam de comentar. Beijos e até a próxima.



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