Piratas do Caribe E o coração de Nirina escrita por Capitã Nana


Capítulo 20
O despertar


Notas iniciais do capítulo

Hello!

Iae pessoal, como vocês estão?

Demorei? Pouquinho dessa vez né kkkkk

Bem, esse é o penúltimo capítulo do Coração de Nirina, vocês não sabem o aperto que me dá ao saber que está no fim #cry

Espero mesmo que os acontecimentos da reta final tenham sido bem claro a todos, odiaria deixar vocês perdidos na história.

Obs: Fãs de Moirael, gostaria de pedir para não me matarem ok -q
Os acontecimentos com esses personagens se fizeram necessário para algo que ainda não posso dizer hehehe.


Boa leitura!



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Agonizante era a dor que Moira sentia por todo seu corpo, o poder que um dia foi lhe tirado agora lutava para unir-se novamente a si. Ela gritava desesperadamente sentindo sua pele queimar como fogo, sua cabeça ser espetada com alfinetes e seu ar desaparecer como se estivesse se afogando no mais profundo oceano. Tudo isso acontecia no interior da jovem, pois seu corpo continuava imóvel no chão da sala em destruição.

  

 

  Calipso novamente se transformou em uma mulher e ao seu lado observava toda a transição que a filha passava, pegou um colar semelhante a um terço, porém seu pingente era a mesma imagem da caixa de música, e começou a recitar algumas palavras.

  “ Tão leve quanto a brisa, tão impiedosa quanto o mar, Oh bela criatura que libertada será.

    Diante de teu poder que todos os homens do mar se curvem, que aos seus pés clamem por misericórdia.

     Que sua beleza dê esperanças e seu explendor se eleve aos céus.

     Contemplado seja o fruto da terra e do mar.

     E que seus inimigos nada mais sejam que poera no ar, e que todos eles sintam à dor com o despertar de Nirina.

     Um toque do destino… ”

 

       Nesse momento Nirina abriu os olhos, o brilho de suas orbes nada mais se comparavam ao anterior, eles estavam firmes e cruéis. A energia que emanou ao despertar jogou Calipso contra uma das paredes do templo. A semi-deusa se levantou e fitou sua mãe desacordada, voltando a sua forma original; água. Ela ignorou friamente e seguiu para a saída do templo.

  – – –

     Will, Gibbs, Elizabeth e Jack  atravessavam um mangue que agora já não tinha mais a água azulada que encontraram em outra parte da baía. Eles tentavam chegar a praia o mais depressa possível, acreditando ser o melhor lugar para se protegerem no momento, também supunham que os marujos sobreviventes que deixaram o templo  teriam seguido o mesmo caminho.

     – Não acredito que estava dizendo a verdade – Iniciou Elizabeth, pulando do tronco de uma árvore a outra.

     –  Sim, não é um clássico? – Jack usou sua espada para equilibrar-se nas grandes e escorregadias raízes.

      –  Você sabia o tempo todo, só ainda não entendi como – Disse Will

     –  História grande, tempo mínimo. Tudo que precisam saber é que conheci Nirina quando ela ainda era um bebê. Mas já que estamos envolvidos a revelações, me digam, por que queriam o coração? – Jack parou na frente de Will ansioso pelo fim do mistério que a muito tentava desvendar.

    – Barganha Jack, Calipso viria atrás do colar, então eu iria propor a ela uma troca, os poderes de sua filha por um meio de Elizabeth e eu ficarmos juntos.

   –  Isso não seria a cada dez anos? – Retrucou o capitão.

    – Dez anos é muito tempo para quem ama capitão Sparrow – Elizabeth se aproximou – Sei que haverá um momento onde irá entender.

    – Adoro esses momentos! Adoro acenar para eles quando passam – Sparrow sorriu.

     Era claro que o pirata fanfarrão recusava-se a aceitar o amor e seus inúmeros significados, os motivos que o levava a renunciar tal sentimento era algo que Sparrow carregava consigo a sete chaves.

     – William! – A voz de Bootstrap foi ouvida pelos piratas. – Por aqui! – O homem estava na entrada de uma caverna.

   Todos foram rapidamente até  ele.

    – Pai! É bom ver que  sobreviveu.

     – Ainda não podemos comemorar. Ao fim dessa passagem é a praia vários homens já estão lá – Explicava o imediato de Turner

     – O garoto também está lá? – Gibbs peguntou esperançoso.

     – A última vez que o vi estava lutando com o capitão Barbossa perto da cachoeira…

      Os piratas se entreolharam juntando todo aquele quebra cabeça, mas logo tiveram que apressar o passo pois o túnel começava a desabar.

      Com o desmaio da Deusa em outro canto da ilha, sua barreira que protegia toda a baía se desfez, causando um desespero a todos aqueles que lutavam por suas vidas, estava próximo ao amanhecer e a ilha voltava a emergir rapidamente. Quando chegou a superfície, os sobreviventes tentavam recuperar suas forças e fôlego para abandonar aquele maldito pedaço de terra que ainda se desfazia.

     – Molhado...de novo – Jack disse infeliz. Por sorte ele e os outros conseguiram sair da caverna antes que ela viesse abaixo. Olhou  para o horizonte e avistou não muito longe seu adorado navio, então curvou os lábios em um sorriso satisfeito. Voltar ao Pérola era como voltar para casa. – Todos para o Pérola, agora! – Ordenou

     – Como pretende chegar até lá Jack? Não há botes – Barbossa levantou a questão aproximando-se do mesmo.

      – Hector! Ainda vivo? Pensei que em suas condições o destino se encarregaria mantê-lo longe do meu navio...para sempre –  Provocou.

     – A morte não é o fim para quem necessita viver, somos prova disso, eu você, o Turner, lembra-se? – Barbossa sorriu.

     Jack fez uma expressão de insatisfação, Barbossa seria um mal que teria que conviver, pelo menos até o próximo porto em que atacassem.

    –  O rapaz necessitava sobreviver afinal é o mascote da semi-deusa, mas mesmo assim o senhor o matou, deixando evidente que suas palavras não passam de conversa fiada.

      – Eu não o matei, embora vontade não me falte, o maldito caiu ao meus pés no meio da luta, já estava derrotado e ainda insistia em viver, tudo que fiz foi largá-lo a própria sorte – Hector respondeu em desdém.       

       Jack fez uma expressão pensativa sobre a declaração do mais velho.

    – Capitão Sparrow, capitão Barbossa olhem! – Ragette chamou a atenção dos capitães para mais um fenômeno surreal.

      Nuvens pesadas se formavam no céu com o brilho de raios, indicando que uma tempestade se aproximava, porém não parecia ser uma tempestade comum, mas sim uma disposta a destruir todas as naus que flutuavam naquele mar.

         – Maldição – balbuciou Jack – Abandonar a baía!

     Após dar sua ordem o pirata seguia para o lado oposto de onde estava o Pérola Negra, Gibbs notou a ausência de seu capitão o chamando em seguida.

     – Aonde pensa que vai Sparrow?! – Exclamou Barbossa.

     – Pense como eu e irá descobrir! – Ele então sumiu na mata, deixando todos curiosos.

    – – –

     Os homens do Holandês Voador que  não desembarcaram estavam assustados com tudo que estavam presenciando, rapidamente conduziram o navio para o mais próximo da baía, onde poderiam resgatar seu capitão e os sobreviventes.  Will e Elizabeth foram os primeiros a serem resgatados pois assim que a barreira se rompeu Turner já não poderia ficar em terra, sendo assim, ele e sua amada nadaram para longe.

    – Elizabeth você está bem? – Will a ajudou a subir no navio.

     – S-sim eu estou bem... Will veja! – O casal também notou as intensas nuvens no escuro céu.

     – Preparar a verga do mastro, soltar as velas! – O capitão caminhava as pressa pelo convés dando suas ordens – Vamos resgatar os marujos!
   
   – – –
 

          Ainda da baía, Morgan e seus homens já recuperados do baque que sofreram com a quebra da barreira, corriam  afoitos para chegarem ao Carmem de La Rosa, que tinha fácil localização por conta do uso de uma bússola.

      O desejo de abandonar aquele pedaço de terra fez com que eles esquecerem das armadilhas que havia em toda a extensão da baía. Um dos homens pisou em uma liana e na sequência uma gaiola feita de ossos humanos prendeu oito bucaneiros, deixando apenas Morgan, Smee e mais dez subordinados.

      – Com mil infernos! – Brook resmunga irritado.

     – Não temos tempos para essas bobagens, em frente senhores! – As ordens frias do corsário não era espanto para nenhum membro de sua tripulação, porém a relutância de outro bucaneiro causou surpresa.

     – Capitão eles são dos nossos…– Smee fitou os marujos pedindo ajuda e logo voltou sua atenção a Morgan – Não vamos deixar ninguém para traz.

      O corsário ao se deparar com o desacato, foi até seu imediato o encarando.

       – Smee… vou colocar a situação de uma maneira simples, eu tenho você, o único membro importante nessa tripulação além do seu capitão, portanto, não me interessa oque vai acontecer com eles –  Morgan encarou mais alguns segundos o outro até dar as costas dando o assunto por encerrado. Mesmo baleado, o corsário não cedia em sua postura cruel.

     A prisão foi puxada para trás por várias trepadeiras até uma parede de espinhos grandes, onde  os oito bucaneiros foram feridos mortalmente. Smee virou-se e seguiu a diante, com a lembrança dos seus companheiros pedindo clemência ao temível capitão.

       Brook havia engajado a tripulação de Morgan a vários anos, e mesmo sendo contra aos maus tratos do capitão para com a tripulação, ele nunca se opôs a nada, porém tinha consciência de que o único que poderia por um fim nisso era ele. Mas o preço a  ser pago era algo que o homem jamais desejou para sua vida. Foi então que uma lembrança assolou sua mente o fazendo abrir um meio sorriso. Notando que seus companheiros estavam distraídos a frente, ele desviou seu caminho.

     Incansável corria entre as árvores e pedregulhos em direção aonde havia visto Daniel pela última vez, as chances de encontrar o rapaz com vida eram escassas, entretanto ele tinha um alibe a seu favor, “Brook Smith nunca errava”. Quando chegou ao local se deparou com vários desmoronamentos e valas no chão, observou o lugar mas não havia sinal algum de Daniel então quando pensou em desistir ouviu um gemido de dor vindo de uma das valas, rapidamente se aproximou e o viu.

         – Eu sabia que estava vivo, mas confesso que acha-lo no mesmo lugar foi como um tiro no escuro – Smee imediatamente desceu para ajudá-lo.

          – S-sexto sentido? – Daniel ironizou

       – Chame do que quiser – Brook notou que parte do corpo de Daniel estava preso abaixo de uma grande árvore que provavelmente havia caído com os tremores e desmembramento de terra. Tentou puxa-lo mas o rapaz gritou, então ele tentou mover o tronco.

      – Q-qual é o seu p-problema comigo? – Daniel  questionou o homem, não entendia os motivos de Brook para ajudá-lo pela segunda vez sendo eles de tripulações rivais.

    – Sabe por que sou o contramestre do Carmen ? Não é pela minha habilidade em batalhas ou até mesmo pela confiança do meu capitão a mim – O bucaneiro continuava a tentar mover a árvore– S-se fosse esse o caso Morgan já teria me matado – Ele sorriu.

     – A-acha que... Acha que estou interessado na sua v-vida?

    – Eu tenho uma habilidade crucial para qualquer nau que navegue pelos mares – Smee continua ignorando as palavras do outro – Reconheço os melhores homens, os mais fortes, mais habilidosos, cruéis e ambiciosos, líderes, e os engato na minha tripulação.

     – Ver isso em mim? – Daniel riu – Vai embora seu cretino...

   – Droga! –  Brook socou o tronco irritado pelo peso. – Não, vejo muito mais do que isso, vejo um dos melhores capitães que esses mares já viram.

    – O seu grau de loucura não é contagioso ou é? E-estou morrendo seu maldito, me tirar daqui não garante nossa sobrevivência e se quer tanto um capitão fique com o posto – O rapaz concluiu tossindo.

     – É o que a minha tripulação deseja, mas não me interesso em ter uma posição maior do que essa. Morgan a muito já não satisfaz os homens como capitão, tudo que precisam é apenas um sinal e o Carmen de La Rosa será nosso, acredite, eu não estaria aqui se não tivesse a certeza que você é quem precisamos, ou será que toda aquela conversa sobre o jeito novo de ser pirata não passava de lorotas?

     Daniel apenas fitava o homem a sua frente, era fato que algo em Smee  era misterioso, mas ele não podia negar seu desejo em se tornar capitão, por mais que sua situação estivesse crítica, qualquer chance de vingar-se de Barbossa não poderia ser ignorada.

      – Q-quando sair desse inferno irei para P-Port Royal – Daniel respondeu. Brook sorriu.

        O som de um timbre conhecido se aproximava, o bucaneiro fitou Daniel uma última vez e então tratou de fugir antes que fosse visto. Alguns minutos depois o jovem ouviu seu nome ser pronunciado mais de perto.

    – Jack, aqui! – Daniel exclamou o mais alto que podia por conta da dor que sentia ao se esforçar – A-aqui em baixo!

       O pirata de dreads assim que ouviu a resposta a seu chamado, correu de maneira estranha como de costume, até Daniel, olhou para o rapaz é sua situação, fazendo uma expressão cômica.

     – Você está horrível, por outro lado, está vivo, então eu diria que está se saindo muito bem como pirata – Sparrow desceu e rapidamente tentava mover o tronco.

      – O–obrigado Sparrow, eu acho.  Também quer que eu seja capitão do seu navio? – Daniel expôs, notou o semblante de Jack que não havia compreendido as palavras alheias – Tsc, esquece. Jack a Moira… ela…

      – Quem você acha que está dando essa festinha? –  retrucou. Finalmente conseguindo soltar o rapaz.

       Daniel abriu um sorriso incrédulo do que ouvira, Moira era incrível, e mesmo que naquele instante ele não soubesse como agir a respeito da semi-deusa, estava feliz e aliviado por mais uma vez sua amiga sobreviver.

    Após o resgate Daniel e Jack seguiam para a praia, o rapaz se apoiava no mais velho para não perder o equilíbrio, pois o tremor na baía havia se intensificado. Durante o trajeto os dois estavam calados, entretanto, Daniel analisava exatamente os planos que o outro mantinha apenas em mente, o garoto sabia que Jack Sparrow jamais viria busca-lo se não obtivesse algo com isso.

     – Por que acha que eu posso pará-la ? – Questionou.

    Sparrow não se surpreendeu com a facilidade de Daniel em entender seu plano.

     – Não acho, na falta de melhores opções você é oque temos – Jack respondeu sem maiores delongas – A propósito, até onde você iria para salvá-la?

     – Eu morreria por ela!

        A tormenta abraçou toda aquela região com uma ventania extremamente forte envolvida a raios e trovões. A chuva caia de uma forma jamais vista pelo rapaz.

      – Ótimo! Está aí a sua chance!

  –  – –

         No mar as embarcações lutavam para evitarem o naufrago, o Holandês Voador, Pérola Negra e Carmen de La Rosa, estavam em meio a grande ondas violentas que batiam da popa a proa com vários metros de altura.

    Will estava a frente do timão usando toda sua força para conter os impulsos do navio, enquanto Elizabeth junto aos marujos asseguravam a resistência das velas, amarras entre outros.

      – Prepara para o impacto! – Turner alertou a tripulação a chegada de mais uma onda.

       – Capitão se virarmos a bombordo teremos vantagem sobre o vento! – Sugeriu Bootstrap.

       – Não podemos senhor Turner, se fizermos isso o mezena poderá romper!

     O navio de velas negras era considerado o mais rápido do caribe, mas mesmo com todo seu potencial não estava fácil escapar da área mais agitada do mar

      –  O navio estar adernando! – Gritou Gibbs no comando do leme – Preparem o cabo de alanta!

     Barbossa subiu à popa e tomou a liderança do timão.

    – Capitão o senhor está muito ferido! – O imediato de Jack expôs.

    – Já virmos isso antes mestre Gibbs! Não permitirei que o Pérola volte para o baú da morte! – Hector girava o timão a estibordo.

      No convés os homens davam o melhor de si pois temiam o pior.

      – Por que será que toda batalha envolvendo Deuses sempre está chovendo?!– Pintel resmungou.

     – Isso não é um bom sinal! – Ragette pronuncia e logo faz um sinal religioso.

     

    Smee conduzia a embarcação enquanto seu superior seguia pelo convés dando várias ordens. O Carmen era um grande galeão espanhol, que pesava 1200 toneladas, e por ter esse peso possuía mais vantagens sobre a tormenta.

     – Vire a bombordo, cortem os cabos, impunem as velas do segundo mastro!  – Morgan exclamou. O rude corsário com dificuldades segurava nas cordas do navio, fitou a ilha e então percebeu que algo veloz se aproximava, surpreso virou-se para comunicar aos seus homens, mas se deparou com  parte de sua tripulação pendurada pelo por tentáculos feitos de água,o restante estavam amedrontados pelos cantos e a figura de Moira a sua frente. Seus cabelos flutuavam mesmo diante de toda a tempestade e seu olhar sério e ameaçador.  – O-Oque fez criatura dos infernos?! – Exclamou. Morgan tremia, tentava conter-se, mas era como se Nirina pudesse ver sua alma.

      – Você teme a morte? –  O timbre da semi-deusa era grave e assustador.

     –  Nunca!

      Ela sorriu divertido-se  com som de desespero dos marujos tendo seus ossos esmagados, os tentáculos apertavam os corpos dos bucaneiros até se quebrarem.

         – Você teme a morte? – Novamente ela perguntou.

         Morgan ajoelhou-se em rendição ao ser cruel que Moira havia se tornado. Não poderia confrontar alguém tão poderoso.

          – P-perdão minha Deusa, perdoe esse humilde servo por suas atitudes infelizes!

        –   Levante-se! – Ordenou. O bucaneiro obedeceu receoso.

       Nirina vivenciava em sua mente todo terror que passou naquela noite em Tortuga, de como havia sido abordada de maneira tão asquerosa e o quanto aquilo maltratou seu psicológico desde então. Todo medo que um dia teve, agora era ódio, uma sede de vingança quase palpável, então afim de saciar seu desejo, ela atravessou o peito de Morgan com um golpe, arrancando seu coração em seguida. Smee que assistia tudo frente ao leme, estava boquiaberto com a morte de seu capitão. O corpo do homem caiu enquanto a garota erguia seu coração como um troféu.

       “Moira”   

        Ela ouvia seu nome ser chamado, porém o ignorava. Olhou  com desprezo para o coração e o jogou para o alto, na sequência todos se surpreenderam com Órion emergindo do mar e abocanhando o órgão do falecimento corsário.  A criatura saltou o navio e então retornou ao interior do mar.

          “Moira”

     Will notou a presença da semi-deusa no navio inimigo, quando conduzia com dificuldade seu navio em direção ao outro. Nirina no entanto, ergueu sua mão para o mar, criando um redemoinho, assim como sua mãe havia criado quando fora libertada da forma humana. O Holandês e o Pérola novamente se encontravam na luta contra o redemoinho da morte.

      A fúria do mar puxava o Carmen para junto aos outros navios, enquanto Brook tentava a todo custo evitar a aproximação. Moira olhou para a popa, então correu  até o bucaneiro afim de aniquila-lo. Smee pegou sua espada e desferiu o primeiro golpe, mas pouco teve sorte, a semi-deusa segurou a lâmina com uma das mãos e a despedaçou.

     – Maldição!

        Ela segurou o bucaneiro pelo pescoço com a mão esquerda e com a direita pretendia também arranca-lhe o coração, porém seu mais novo nome havia sido proferido.

      “Nirina”

       O bucaneiro caiu sobre a madeira do navio assustado, ela não estava mais lá, a semi-deusa desapareceu subitamente.

— – –

       No alto de um penhasco, Moira abriu os olhos e virou-se para ver quem a chamava,pois jamais havia saído da baía, apenas usou seu poder para criar uma cópia de si abordo do Carmen. Notou as presenças de Daniel e Jack, entretanto, se limitou em apenas os fitar em silêncio.

     – Nirina... Nirina me escute! – Daniel iniciou – Precisa parar com oque está fazendo! Você sabe que há companheiros em meio a tormenta!...

   – O capitão Barbossa também se encontra a bordo do Pérola! – Gritou Jack. Logo notando o olhar repreensivo de Daniel – Oque? Se ela matar o Barbossa será um favor para nós três.

       O rapaz ignorou o pirata e com dificuldades por conta de sua fragilidade e a forte ventania, ele tentava uma aproximação com a deusa.

      – E-eu não sei por que está sendo tão impiedosa conosco, mas de uma coisa tenho certeza, a Moira que eu conheço jamais faria tais coisas!… – A medida que o rapaz ficava mais próximo, as ondas  quebravam sobre a baía com mais intensidade – Sei que a moça astuta, gentil e determinada a qual eu me apaixonei ainda está ai...

    A distância entre os jovens já não existia, durante os vários anos de amizade, jamais estiveram tão conectados, os olhares firmes um no outro, a respiração fora do ritmo e aos poucos a expressão indiferente de Moira dava lugar a seu meigo semblante.

     – D-Daniel… – A jovem o chama com voz rouca. Ele então encontra seus lábios aos dela em um beijo calmo e cheio de ternura, que aos poucos era correspondido.

    Sparrow observava a cena romântica com o semblante sério, ninguém poderia decifra o que se passava na mente do capitão naquele momento, mas independente do que fosse, ele conseguiria lidar.

       Sua atenção foi tomada pelo  grito   de Nirina quando teve seu colar retirado pelo rapaz, Daniel pretendia jogá-lo para Jack, mas a garota segurou seu pulso com uma força descomunal.

          – Desgraçado! Como ousa tocar-me?! – Nirina expôs, novamente com sua voz grave.

      O rapaz gritou o mais alto que o ar em seus pulmões lhe permitia, sentido toda a dor de ter seu pulso esmagado de forma tão rápida e cruel.

       – Moira não! – Jack exclamou. Tentou correr para conter a jovem, mas foi bloqueado por uma parede de água.

         – Vou te ensinar a nunca mais roubar oque sempre foi meu! – Ela preparou sua última investida contra o rapaz.

     – O-o...o meu...o meu coração s-sempre foi seu… – Daniel expôs, falecendo segundos depois.

     As orbes azuis voltaram a as cores habituais e os cabelos que flutuavam desceram sobre os ombros da jovem, ela soltou o braço de Daniel assustada, notando  oque havia acabado de fazer. A barreira de água que prendia Jack se desfez, então o pirata correu até eles. Moira fitava sua mão, incrédula.

     –  Moira…

     –  J-Jack… me ajuda, eu não quero ferir mais ninguém…

      – Não irá amor – Sparrow em um movimento rápido pegou o colar no chão, agarrou Moira, e pulou do penhasco sem qualquer pré aviso a jovem.

       Com o impacto na água, ambos se soltaram, tentavam nadar em meio a agitação. A semi-deusa novamente era tomada pelo poder, fitou Jack com ódio, mas não pôde atacar, atrás de si surgiu Calipso que a agarrou, puxando a filha para o fundo do oceano.

     


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado

até mais ;*