Piratas do Caribe E o coração de Nirina escrita por Capitã Nana


Capítulo 18
Laços do passado


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!

Quem é vivo sempre aparece não é mesmo ? kkkk

Como prometido, ai está mais um capitulo para todos, e mais duas pontas soltas foram unidas.
Por favor se eu estiver esquecendo de esclarecer algum mistério que deixei durante a fic, me avisem ok ? Pode ser nos comentarios quanto no privado ;)

OBS: Gente, na historia oficial de PDC, Jack "foi capitão do Perola" por 10 anos, então para a minha historia se encaixar na original, deixo claro que o capitão levou 8 anos até fazer o trato com Jones e por fim ser o capitão do perola negra.

bem, acho que é só isso por enquanto.

Boa leitura!



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 Dezoito anos atrás…

  O espirituoso jovem Jack Sparrow estava decidido a seguir um novo rumo em sua vida. Filho de piratas, ele sempre viveu cercado de aventuras. Ainda adolescente após da morte de sua mãe, morta em um ataque a um navio da compania das índias orientais, Jack desertou do navio de Teague, destinado a formar sua própria tripulação. Por anos viveu pelos mares e ilhas do caribe, ganhando experiência suficiente para ganhar a confiança dos marujos e assim se tornar um capitão. Entre suas viagens o jovem ouviu sobre um navio de velas negras, o mais veloz que já existiu nos sete mares, o Pérola Negra. Entretanto, o grande navio havia naufragado a muito tempo durante uma batalha com um galeão espanhol. Jack também soube que nos mares existia alguém capaz de resgatar o navio intacto do fundo do mar, a princípio ponderou, afinal não se tratava de alguém comum, mas Jack sempre teve o dom de persuadir a todos e não seria o temível pirata Davy Jones que mudaria isso. Convicto de que seria o capitão do Pérola Negra, Jack só tinha um problema, encontrar o capitão do Holandês voador. Mas o destino a muito  havia colocado em seu caminho alguém crucial para sua nova conquista.

         A noite estava quente e silenciosa, a lua cheia iluminava aquele pouco espaço entre as árvores em que Jack remava seu bote. O mangue era extenso e assustador, embora estivesse sozinho, o pirata tinha a desconfortável sensação de está sendo observado. Já fazia um ano desde que tivera naquele lugar a procura de algumas respostas.

       Abriu um sorriso quando avistou uma pequena choupana entre as árvores e o brilho de algumas velas acesas. Não demorou muito para chegar até a residência, amarrou seu bote e em seguida subiu a pequena escada de madeira.

        Como não tinha costume de anunciar sua presença, apenas adentrou ao local repleto de quinquilharias. Ouviu um grito de dor vindo de uma entrada coberta por uma  cortina de conchas, franziu o celho tentando imaginar o que estaria havendo.

     – Tia Dalma ?  – Chamou. Como foi ignorado, sorrateiramente caminhou até a cortina para averiguar a situação ao qual a dona da cabana se encontrava. Mas antes de fazer a passagem se deparou com a presença repentina de uma mulher.

    – O'Que quiere aquí Sparrow ?  – A mulher de longos cabelos ondulados, olhos castanhos e curvas perfeitas, peguntou mostrando indiferença.

    –  Capitã Rivera, a quanto tempo, se lembra? Singapura… – Jack sorriu.

     – Sí, estabas borracho y si no fuera por mí sería muerto – Ela mantinha a expressão séria. Passou pelo pirata rapidamente, em seguida depositava um pouco de água em uma bacia.

     – Talvez eu tenha bebido um pouco e irritado Sao Feng, mas gar- Jack havia sido interrompido por uma voz.

     – Madeline!  

      A pirata pegou a bacia e rapidamente seguiu até o chamado.

          – Le sugiero que vaya Jack, si quedarse Voy a tener que matarlo –  Rivera adentrou ao cômodo, abandonando o pirata.

     Sparrow não sabia muito sobre a Capitã do Pantera, apenas que era filha de um Europeu com uma latina, e que era muito ligada a bruxa do mar conhecida como Tia Dalma. Certo de que havia algo incomum naquele lugar, o jovem homem com cautela se aproximava. Imaginava o que Dalma estaria aprontando dessa vez, feitiços,invocações, dentre outros. Quanto mais perto ficava, mais podia ouvir gritos de dor e a voz de Madeline pedindo a outra para não desistir.

        Viu tia Dalma deitada sobre uma esteira, coberta com um lençol e com as pernas afastadas. Sua mente trabalhou o mais rápido que podia até concluir que a mulher estava em trabalho de parto. Seus olhos espantados seguiam a diante notando que a capitã a ajudava, e antes que pudesse pensar no que fazer, ele ouviu um choro. Madeline sorrindo pegou o pequeno bebê e após cortar o cordão umbilical, enrolou a criança em uma manta e entregou a mãe.

    – É uma menina…

     – Pensei que não falasse a minha língua – Jack comentou por impulso revelando assim a sua presença.

      – J-Jack Sparrow… – Tia Dalma enfraquecida fitou o jovem.

      – Inferno Jack! Não acredito que está aqui, eu não mandei você ir?! – Rivera retirou sua espada da bainha pronta para atacar o pirata.

    – Na vida um homem tem duas escolhas: coisas que ele pode fazer e coisas que  ele não pode fazer. Por exemplo, eu posso partir como você amigavelmente mandou e assim não conseguir o que vim buscar.  Por outro lado, ignorar o fato de que há uma criança recém nascida nesse recinto eu não posso fazer. – Ele respondeu com um sorriso.

    – Desgraciado! – Madeline se aproximou mas teve seu ataque interrompido quando notou que Dalma parecia não estar bem. – Tia Dalma, tia Dalma?!... – Ela pegou o bebê e entregou a Jack – Pegue, segure-a!

      Quando o pirata teve o bebê em seus braços sentiu uma grande energia emanar. A criança que aos poucos abria os olhos chamou a atenção de Jack. A cor azul intensa era como o reflexo do mar, as pequenas orbes o predeu em um universo paralelo onde tudo que via e sentia era as enfurecidas ondas do mar sobre si.

     Enquanto isso Madeline tentava a todo custo reanimar tia Dalma.

     –  Acorde por favor, tia Dalma! Tia Dalma...Calipso!

     Nesse instante a bruxa do mar abriu seu olhos e os vários objetos de vidro dentro da choupana se despedaçaram. Jack protegeu a criança dos estilhaços. Dalma em seguida se sentou com os olhos vidrados em algo que os piratas não podiam ver.

     – Vão matá-la… Nirina será morta quando completar quinze anos… – Disse a mulher

     – O nome não lhe faz justiça – Jack sussurou para a criança em seus braços.

     –  Ela será forte e indomável como o mar, mas tal poder será seu julgamento. Aos quinze anos toda marinha, piratas e todos os homens do mar terão conhecimento de sua existência, e o mundo não será mais um lugar seguro para ela… A companhia das índias orientais a encontrará, e após ser capturada ela será morta com crueldade pelas mãos de um homem cujo será conhecimento como Lorde Cutler Beckett.

   Jack e Madeline se entreolharam, era difícil acreditar que aquele pequeno ser indefeso causaria tanta ira aos homens e por fim teria seu destino traçado pela morte. Sparrow olhou para a menina mais uma vez e em seguida a entregou a sua mãe. A mulher a recebeu com lágrimas nos olhos, sua única filha, fruto de um amor quase impossível entre uma deusa presa em forma humana e um pirata corrompido, não poderia ter tão pouco tempo de vida.

     – No hay otra forma? – A capitã questionou a mulher entristecida, porém não obteve resposta.

       – Por um acaso Jones sabe sobre sua primogênita? – replicou Sparrow.

          – Não! Ninguém além de nós três sabe da existência da minha filha e nem podem saber – Começou mostrando-se irritada – Jamais saberão que Nirina é uma semi-deusa, ou que está nesse mundo. Esse será um segredo entre nós capitã Rivera, capitão Sparrow… se algum de vocês ousar me trair sofrerão as consequências, não terei misericórdia alguma. – Calipso deixou claro sua ameaça.  – Infelizmente minha Nirina morrerá ainda essa noite, e em seu lugar uma bela jovem crescerá livre de quaisquer perigo. – Ela acariciava o rosto da filha com um sorriso.

     – O que tem em mente? – A pirata parecia ainda mais atônita com as palavras da deusa aprisionada.

      – Senhoritas – Jack se levantou fazendo uma referência.

   – Donde vas Jack?

      – Embora, não era isso que queria Mayd ? – Ele sorriu – Acho que não preciso fazer parte disso, por tanto…

    – Espere Sparrow… – Dalma o chamou e ele voltou sua atenção a ela – Veio até mim com que propósito?

    – Não sei se devido as circunstâncias a senhora vai acreditar, mas meu único propósito aqui era achar um meio de encontrar o capitão do Holandês Voador – Jack abriu um sorriso amarelo.

     – Davy Jones… – A deusa entregou Nirina a Madeline e logo levantou como se toda dor e cansaço do parto nunca houvesse existido.

       – Tem um navio, um navio de velas negras, antes capitaniado por -

      – Deseja ser o capitão do Pérola Negra?... – Dalma pegou algo de dentro de um baú envelhecido – Devo alerta-lo Jack, fazer trato com Jones é jogo muito perigoso. Se não cumprir-lo Davy Jones vai procura-lo até o fim do mundo...ele e seu bichinho de estimação, o Kraken. Tem certeza de que é isso o que mais deseja?

      – Sim. Escreva oque eu digo; Não importa oque aconteça, serei capitão do Pérola Negra savvy? – O sorriso vitorioso de Jack fez Madeline revirar os olhos. Em sua visão Jack era novo demais para entender em que estava se metendo.

     – Neste caso… – A bruxa entrou a Sparrow uma bússola – Isto te levará ao que mais desejar na vida. Posso confiar em você Jack ?

      – Com toda certeza amor.

— – –

        Sparrow e a semi-deusa caminharam por longos minutos a procura dos amigos até se depararem com as ruínas do que parecia ser um templo. Sparrow logo supôs que se havia um lugar para o colar estar com certeza seria aquele. Nas paredes haviam desenhos e escritas antigas, algumas até pareciam mover-se lentamente. Moira contornava as gravuras com os dedos, enquanto Jack procurava por uma abertura que os levasse para dentro da parte das ruínas que ainda estavam erguidas.

       –  Acha que era um templo Maia!?

       – Talvez! – Jack correu desajeitado até mais a frente onde notou um orifício com um formato específico, como um coração. Concluiu que precisava de algo que encaixasse perfeitamente no lugar, talvez essa fosse a chave para o velho templo.

    Moira seguia pelo lado oposto do capitão ainda admirando as escritas e gravuras esculpidas nas pedras. Não conseguia ver com total clareza já que estava escuro no mar, mas o pouco que via pode ver o desenho de uma mulher com metade do corpo humano e a outra metade como um peixe.

    – Sereia… – Sussurou. Jack vinha correndo animado para próximo da garota quando ela ouviu algumas vozes entre as ruínas, sem exitar a garota seguiu o som cautelosamente. Quando notou de quem se tratavam arregalou os olhos.  – Jack olha isso... – Moira puxou o pirata assim que ele a alcançou, para detrás de uma velha parede. Os dois ficaram abaixados e quietos, afim de camuflarem suas presenças.

       – Aqui estão capitão, esses são os que restaram do bando de Sparrow! – O bucaneiro empurrou Gibbs que caiu de joelhos frente ao pirata.

      Após chegarem a margem do rio, os homens de Morgan estavam em vantagem, então renderam as tripulações rivais os fazendo seguir pela mata até as ruínas do templo. Depois de minutos de caçada aos seus fugitivos e da tormenta com a baía, o corsário retornou  aquele local pois nele havia muito peso em ouro, então enquanto seus homens saiam a procura de Sparrow e Moira, Morgan e mais alguns subordinados guardavam o ouro. A tripulação do Carmen havia achado ao local pouco antes de se depararem com os navios inimigos apontando no horizonte.

        – Onde está Smee e os outros? – Perguntou o corsário ao notar a falta de alguns dos seus.

       – S-sinto muito senhor, somos tudo o que sobrou da batalha –  Um homem de pouco porte explicava enquanto inutilmente tentava esconder o medo em sua voz. Morgan não tolerava falhas, e até  aquele momento havia perdido alguns subordinados e ainda não estava com Sparrow e Brodbeck em seu poder.

    – Então é isso?... – Morgan abriu um sorriso – Quando foi mesmo que engajou-se em meu navio senhor Herald ?

      – A c-cerca de um ano em Nassau s-senhor… – O homem tremia ao ver seu capitão se aproximar.

      – É um tempo razoável,  suficiente para saber... – Ele apunhalou o estômago do subordinado e quanto mais afundava sua espada, mas próximo ficava do subordinado – Que odeio falhas! – Morgan abraçou o homem enquanto girava a espada cravada, e sussurou – E que Brook não seria o contramestre se eu não soubesse de seu potencial.

       Moira fitou Jack com os olhos assustados.

       – Jack se não fizemos nada eles vão ser mortos!

        Sparrow olhou a sua volta procurando algo que Moira desconhecia.

      – Escute com atenção amor, o colar está aqui, tem um lugar lá em cima que talvez seja  uma passagem, encontre o ítem necessário para abri-la, o colar e salve-nos – Jack finalizou seguindo para onde estavam os piratas, deixando-a atordoada.

     – Jack, Jack volta aqui! – A jovem o chamou em voz baixa mas o pirata a ignorou.

           O corsário soltou o bucaneiro já falecido, vendo-o cair ao seus pés quando retirou a espada. Joshamme e Elizabeth se entreolharam assustados com a crueldade de Morgan.

      – Porque está fazendo isso?! – Exclamou Elizabeth.

       –  Não simpatizo com nenhum pirata da laia de Sparrow, então não me façam perder tempo com perguntas estúpidas – Senhores!  Cortem a gargantas desses porcos imundos! – Morgan ordenou calmamente.

   –  Está certo disso amigo? – Sparrow surgiu tão sorridente quanto na noite em que fugiu do corsário em Tortuga.

   – – –

      Quando Jack a deixou na missão de encontrar o colar, Moira questionou-se se a decisão do pirata em deixar tamanha responsabilidade em suas mãos, havia sido sábia .Ela olhava rapidamente para as gravuras nas paredes procurando uma pista para a suposta chave, já havia encontrado o local a ser depositada, mas nada naqueles desenhos faziam qualquer sentido. Suas mãos tremiam em pleno nervoso, Jack não seria tolo de ir até Morgan se não tivesse um plano para entretelo enquanto ela procurava o colar, mesmo assim, a ideia de que o plano do pirata poderia ter fracassado e que a essa altura já estariam todos mortos, assolava sua mente.

     De repente algo chamou sua atenção, um desenho familiar, havia um rosto com semblante sério dentro de um coração. Suas orbes ficaram mais intensas quando se lembrou exatamente onde havia visto tal imagem. Ela retirou a caixinha de música do bolso do vestido, observou o objeto enquanto tentava encontrar vestígios de algum diálogo  com o misterioso homem que estava com a caixinha de música anteriormente no baú de Jones. Porém tudo que lembrou foi a voz grave dele lhe dizer:

     ”Isso lhe trará o que sempre foi seu”

      –  O que sempre foi meu?... Não faz sentido… – Moira falava para si mesma. Notou que estava perdendo tempo ali enquanto já poderia ter aberto a passagem. Ela correu até o que supunha ser a entrada e aproximou a caixinha de música do local, ouviu passos leves então se virou  imediatamente – Você!?

     – Sei que esperava outra pessoa, mas creio que não será possível – Smee sorriu.   A garota tentou pegar suas espadas quando recordou que elas haviam ficado em posse do bando de Morgan quando fugiu. Desarmada ela cerrou os punhos, tinha plena consciência que não teria nenhuma vantagem em uma luta corporal, mas não se renderia fácil, não quando seus companheiros precisavam tanto dela –  Fique calma, não pretendo machuca-la.    

—  Um pedido inapropriado para alguém que pretende me aprisionar – Moira retrucou ainda em posição de combate.

  – Vejo que encontrou a chave para entrar no templo – Smee devagar movimentava-se, afim de uma aproximação.

     – Não vou entregá-la a você seu maldito desprezível, mesmo que isso custe a minha vida!

      – Mesmo que seja para salvar um amigo que está prestes a perder a vida por você?

      – Como?

    – Neste exato momento um garoto cujo eu não me lembro o nome, está em um duelo de vida o morte com o capitão do Pérola Negra, Hector Barbossa, para vingar a sua morte – Brook apontou o dedo indicador para ela.

     – Esta blefando! – A garota respondeu com um sorriso sarcástico.

    – Estou mesmo? Ele me contou que tem um jeito novo de ser pirata, quando eu salvei sua vida afim de saldar meu débito com ele… Parecia ser ótimas idéias para o novo mundo, é uma pena que não passarão de sonhos – O bucaneiro tentava persuadir a garota para ganhar a sua confiança.

    – Por que ele acha que estou morta?...

     – O capitão Barbossa disse a ele que barganhou você com o meu capitão em troca do mapa. Não seria difícil imaginar que a essa altura estaria morta, ou sendo escrava sexual da tripulação. – Nesse meio tempo Brook já estava bem mais próximo de Moira quanto ela gostaria.

    – P-por que está me dizendo essas coisas? – Moira não podia esconder a preocupação com Daniel, ele era um pirata iniciante, já Barbossa um pirata experiente então era fácil concluir que o velho pirata estaria em vantagem.

    – É simples, você me entrega a chave e eu te digo em que parte da ilha eles estão, e assim você talvez o faça desistir, ou você recusa e nesse caso vocês se encontrão em outro plano. Está nas suas mãos my lady— O imediato de Morgan concluiu sério.

      Moira teria que tomar uma decisão muito maior entre salvar Daniel ou morrer, Jack contava com ela para salvá-los, como poderia trair-los? Salvando Jack, perderia Daniel, e optando por Daniel, condenaria Jack. Talvez aquela fosse a decisão mais difícil a tomar em sua vida.


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Notas finais do capítulo

Alguém se surpreendeu com algo no capitulo, ou ja esperavam algo assim ?

Pessoal obrigada por serem leitores fieis