Talvez Isso Seja um Novo Começo escrita por Capuccino


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Yey
Eu sei que eu prometi um capítulo de 3000 palavras...Mas eu precisava postar esse u.u



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Maggie’s POV

Quando saímos pela porta do mercado, um problema. Uma horda de aproximadamente quinze errantes vinha exatamente em nossa direção.

Eles se arrastavam com pressa. Fiquei paralisada.

Me desesperei. Fiquei parada sem saber o que fazer até Glenn dizer:

–Maggie, nós temos que ir. Maggie? - Ele tentava me trazer de volta à realidade. Até que ele resolveu me puxar para dentro do mercado.

Voltei para a realidade.

–Droga.- Ele murmurou.

–O que vamos fazer? – Perguntei, torcendo para que Glenn tivesse algum plano.

–Vamos sair pelos fundos. – Ele murmura com voz rouca.- Me siga.

Saímos pelos fundos da loja. Agora estávamos sem carro, pois este ficou estacionado na frente do mercado.

Pelo o menos tínhamos um ao outro.

Glenn tirou de sua mochila um facão ensanguentado e me entregou. Ele segurava um bastão de baseball, o que era um pouco estranho, pois ele usava um boné de baseball. Mas resolvi não comentar nada. Não naquele momento.

Corríamos sem direção. Eu corria ao seu lado. Tudo ocorria bem, até eu tropeçar em uma pedra.

Eu cai.

Nada grave, só ralei os joelhos, mas minha bunda doía.

–Glenn! – Chamei, em desespero.

Sem dizer nada, ele se agachou ao meu lado e me pegou no colo.

Fiquei em seu colo. É claro que eu era capaz de andar, mas ele não precisava saber disso. Me segurava em seu pescoço e me sentia bem sendo carregada por ele.

Ele entrou em um prédio pequeno. Assim que entramos, Glenn subiu as escadas até o terceiro andar e abriu uma porta de um apartamento aleatório.

Me colocou com cuidado em um sofá e arrastou uma poltrona na frente da porta.

–Vamos ficar aqui até despistarmos a horda- Ele disse, olhando para mim, ofegante. Ele estava encostado na porta.

Ele soltou um suspiro, cansado.

Seu rosto estava manchado com uma mancha preta de graxa. Assim que ele se aproximou para me pegar no colo novamente, esfreguei com meus dedos a mancha até ela desaparecer por completo. Ele ficou vermelho, mais disfarçou, parando flertar comigo diante de tal situação.

Glenn me levou até o quarto do apartamento e me deitou na cama. O quarto deveria ser de um casal, pois haviam fotos molduradas na parede e em cima do criado-mudo. Sem falar que a cama era de casal.

Ele se sentou na beira da cama, me encarando fixamente.

–Onde doí?

–Não, estou bem. Podemos voltar para a fazenda.

Ele balançou a cabeça negativamente.

–Maggie..Você ralou os joelhos, né?- Ele ignorou por completo meu argumento que não colou. Ele sabia pelas rodelas de sangue que manchavam minha calça na parte do joelho.

Afirmei devagar com a cabeça, com medo de ser um problema para Glenn. Eu não queria ser um fardo para ele.

–Eu sei que isso soa meio safado...-Ele parou de olhar para mim e começou a encarar o chão - Mas você vai ter que tirar suas calças.

Fiquei vermelha. Ele também parecia envergonhado.

–Pode...Pode tirá-las – Murmurei. Todos os movimentos que eu fazia me machucavam.

Ele olhou para mim depois de ouvir o resto da frase, querendo saber se ele havia ouvido direito.

Assenti com a cabeça. Não sabia muito bem o que falar diante de tal situação...Porque afinal, o garoto que eu estava afim estava prestes a me ver de calcinha. Isso era estranho.

–Não há problemas, porque afinal, somos só amigos, não é? - Ele diz e olha para mim. Agora eu tinha certeza de que ele havia ouvido.

–Agora não é uma boa hora pra falarmos sobre isso...

–É, tem razão, desculpa.- Ele concorda comigo.

Glenn abriu os botões da minha calça e abriu o zíper. Foi puxando devagarzinho a calça jeans até tirá-la por inteiro.

Fiquei tentando pensar em outra coisa além disso. Mas era difícil. Aquilo realmente me deixou excitada, mas graças ao céus isso não ficou aparente.

Fiquei pensando no que aconteceria se meu pai visse aquela cena. Ele provavelmente veria maldade e diria que iríamos fazer sexo, comecei a rir diante desse pensamento.

Glenn olhou para mim, tentando entender a graça.

–O que foi? – Ele sorriu, com vergonha. Eu adorava aquele lindo sorriso envergonhado. Ele estava tenso.

–Nada...Eu só estava imaginando o que meu pai diria vendo isso- Eu ri.

Ele riu. Pareceu que toda aquela tensão de antes havia sido aliviada.

–Tá, e o que ele diria? – Glenn perguntou, curioso.

–Maggie Greene, o que você pensa que esta fazendo? Não sabe o quão errado é transar com alguém antes do casamento? – Imitei o meu pai, o que fez Glenn rir mais uma vez – E você garoto, saia daqui! Quem você pensa que é para fazer um boquete na minha filha?

Nós dois começamos a rir.

–Então quer dizer que ele é contra o sexo antes do casamento? – Ele perguntou, como quem não quer nada.

–É por ai...Mas eu acho que isso é só uma desculpa para eu não trepar.

Me senti um pouco constrangida falando sobre sexo com ele.

Glenn tirou seu casaco. Sua testa estava suada. Pude ver seus músculos, igual a primeira vez que eu o vi. Mas desviei o olhar rapidamente. As veias de suas mãos estavam saltadas. Ele estava nervoso, eu podia ver isso pelo seu rosto aflito. E não era só porque estava machucada, mas também porque eu estava de calcinha.

Peguei ele olhando por um momento para minha calcinha de renda, mas quando ele reparou isso, desviou o olhar para o machucado.

–É...Eu vou...Eu vou trazer uma toalha, já volto.

Por longos minutos depois, ouço Glenn gemendo mudo em algum cômodo do apartamento. Deduzi que era o banheiro.

Depois ele voltou até o quarto. Ele segurava ataduras e um pano com álcool. Ele parecia cansado e ofegante.

–Onde você estava?- Perguntei, sorrindo, eu tinha em mente o que ele estava fazendo.

–Eu ...estava pegando as ataduras? - Ele olhou para o chão, tentando me convencer que era só isso.

–Sabe...Os cômodos dessa apartamento são bem estreitos..Os sons ecoam pelo apartamento inteiro – Eu disse, ele parecia envergonhado.

–É...Você ouviu alguma coisa? – Ele perguntou, provavelmente torcendo para a resposta ser não.

Só assenti com a cabeça, rindo.

–Droga...-Ele disse, sorrindo. Ele colocou sua mão em seu pescoço.

–Bem, eu estava em duvida entre um errante ou um asiático se masturbando no banheiro, mas agora eu tenho certeza de qual opção é a certa.- Sorri.

Ele abriu um sorriso de vergonha.

Eu estava sentada na cama, encostada nos travesseiros. Glenn encostou devagar o pano encharcado de álcool nas feridas. Estremeci. Ele rapidamente desencostou o pano.

–Se doer, você pode hum...apertar o meu braço.

Assenti com a cabeça.

Mordi meus lábios inferiores e apertei o braço de Glenn, era musculoso e forte.

Ok, eu confesso que apertar os braços dele me deixou um pouco excitada. E afinal, eu estava de calcinha, não tinha culpa.

Assim que Glenn acabou, enfaixou meus joelhos com ataduras.

Ele deitou-se ao meu lado, ficamos em silêncio até eu murmurar para ele:

–Sabe, eu também estava excitada antes. - Admiti, com vergonha.- Então...Vamos para casa?

Glenn’s POV

{...}

Desci as escadas rápido. Eu carregava as nossas duas mochilas e precisava chegar em algum carro. Aparentemente a horda havia passado.

Peguei o primeiro carro que achei. Era preto e por sorte suas chaves estavam na ignição do carro.

Parei em frente ao prédio, e em segundos, Maggie apareceu. Ela fazia seu máximo para andar rápido.

Meu coração palpitou. Ela era linda.

Ela segurava alguma coisa em sua mão...Era meu chapéu de baseball.

Assim que ela sentou no banco de passageiro eu meti o pé do acelerador.

–Então...Eu causei uma boa impressão no nosso primeiro encontro?- Sorri

–Vejamos...Você se fantasiou como um jogador de baseball, me beijou umas duas vezes, me deixou excitada, se masturbou, me carregou uma vez e fez um curativo em minha perna, nada mal...-Ela riu.

–Hey, Hey, foi você que me beijou! – Falei, rindo.

Parecíamos duas crianças discutindo quem havia ganhado. Mas mal sabíamos que nós dois havíamos ganho os corações de ambos.


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