Cidade das Portas Celestiais escrita por heeyCarol


Capítulo 12
De Acordo com o Plano


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei, mas aqui está!



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Parte 2

 

Ser o Nada

“A chuva dourada se mostrou fatalmente bela.

Quando as gotas de ouro tocaram o chão, viu-se os anjos caídos com suas asas quebradas.

Eles não caem porque são belos e devastadores demônios, muito menos por serem malévolos anjos,

de forma que quando tocam a Terra não se tornam um ou outro.

Não, eles caíram porque eram os humanos que não deveriam ser,

e agora eles eram nada.”

 

10

Mack retirou as mãos bruscamente assim que tocou o tronco pálido da árvore, sentindo absolutamente nada. Como havia pensado, estava em um sonho, embora completamente diferente de todos os outros.

As folhas caíam ao redor dela em um pequeno padrão enigmático. A cada passo, podia ouvir o pequeno estalo das folhas vermelhas se desprendendo dos galhos brancos, fazendo parecer que choravam sangue. A grama abaixo de seus pés estava seca e acinzentada, tão frágil que ela temia que desintegrasse enquanto andava. O cheiro no ar era um misto de enxofre e sal que fazia seus olhos arderem um pouco, e uma sensação pertinente em sua nuca a fazia ter medo de olhar para trás.

Deixou um sorriso triste florescer quando se deu conta disso. Ela era Mackenzie DiBreau, a garota que pegou uma faca e entrou em um beco escuro para tentar proteger alguém, e agora estava com medo de olhar para trás.

Ou eu sou Mackenzie Ravennox, a garota ingênua sequestrada por demônios e que tem de ser salva várias vezes por Caleb?

Torcendo para que fosse a primeira ela parou e se virou, apenas para enxergar o nada. Uma espessa neblina se estendia ao fundo da paisagem praticamente eterna, de forma que ela não soube ao certo o quanto tinha andado. Ela poderia sentar e esperar até acordar, mas, no fim, não era como se tivesse o que temer. Agora que as coisas estavam começando a se resolver, vasculhar o seu inconsciente não poderia ser um obstáculo, não quando pode ajudar em algo. Inspirou pesadamente antes de continuar a andar para nenhuma direção em particular.

A sensação era de que havia passado horas sem rumo, um pouco frustrada por ainda não ter acordado, quando finalmente escutou o primeiro som desde que estava ali. Eram abafados, mas Mack conseguiu identificar vozes – humanas, para seu alívio – mais afastadas dali.

Instintivamente se aproximou tentando manter-se escondida, embora soubesse que não era realmente necessário.

— Estamos tentando isso há quase doze semanas, quando vocês vão entender que isso não vai funcionar?…— disse uma mulher claramente revoltada — Todos colocam em vocês, pra que alimentar uma loucura como essa?

— Tenha uma pouco de paciência Lorian… — respondeu lentamente outra, com a voz um pouco mais suave. Parecia estar habituada a repetir aquilo.

— Não Clarissa, estou farta! Estou farta de todos vocês dizendo que um dia vamos sair daqui. Será que não entende? Isso é um mundo demoníaco que nenhum Caçador de Sombras jamais ouviu falar.

— Assim como Edom, de onde eu, Jace e os Lightwood, conseguimos sair vivos.

— Claro, afinal tinham do lado de vocês o “dono” do lugar.

Não ouse falar de Magnus desse jeito.

Magnus… Mack saiu de trás das árvores para observar a cena, repentinamente curiosa. Uma marca reluzia com um brilho prateado no chão morto, enquanto as duas mulheres se encaravam com raiva que elas não se importavam em conter. Imediatamente seus olhos se focaram nos cabelos ruivos vivos da que estava agachada próxima à marca, a estela queimando em sua mão com um brilho intenso.

— Nós vamos sair daqui Lorian. Aliás, essa é a única chance que temos. Você provavelmente não sabe qual é a dor de não poder ver um filho, não é? O meu deve ter uns doze anos agora… — o olhar da ruiva se tornou imediatamente distante — Meu parabatai também está do outro lado, assim como toda a minha vida. Se você desistir, infelizmente passarei por cima de você sem remorso para voltar, e obviamente Jace me apoiará. Temos coisas importantes demais para simplesmente desistirmos.

Mack tinha a sensação de que já tinha ouvido aquele nome antes, mas sua mente estava embaçada. Sentia um peso forte em seu peito, uma sensação mórbida e triste preenchendo-a de forma que gostaria de se encolher e chorar. Pessoas estavam presas em um mundo demoníaco e perderam tudo o que tinham do outro lado, incluindo os próprios filhos. Como uma criança de doze anos conseguiria viver sem seus pais?

Apertou a mão com força em volta do cordão dado pela Rainha Seelie, tentando se acalmar. Era apenas mais um sonho.

— Eu também tinha uma vida… — murmurou a outra. Mack não a conhecia o suficiente, mas parecia envergonhada.

— Você tem, não se esqueça disso. — a ruiva então pegou uma faca de dentro de sua jaqueta preta completamente puída, e sem hesitação fez um corte em sua palma. O vermelho jorrou para o centro da marca.

Por alguns segundos o tempo pareceu parar, o ar subitamente rarefeito, de forma que ela parecia ter de inspirar mais vezes para encher seus pulmões. Tanto as mulheres quanto ela pareciam tensas e alertas, esperando por alguma coisa.

Uma invocação… agora tudo estava claro. A ruiva — Clarissa — parecia realmente desesperada para sair dali, mesmo que fosse necessário fazer um acordo com demônios.

— Então você já consegue viajar até aqui? Interessante — Mack sentiu um arrepio na espinha que tencionou todos os seus músculos. Aquela voz, a mesma voz do metrô, próxima demais…

— O que você quer dizer com isso? Esse é apenas mais um sonho. — argumentou, embora estivesse tentando se convencer disso naquele momento. Claramente, nada daquilo era tão ingênuo e simples quanto imaginava.

— Você já deve ter reparado que não se trata apenas disso. — Mack queria se virar, mas seu corpo não respondia, ou pela falta de coragem, ou porque parecia pesar como chumbo agora.

— Então o que é? — questionou entredentes.

— É uma habilidade que eu não imaginava que você teria. Os Nephilim hoje se tornaram mestiços, não se sabe ao certo os dons dos mais puros, mas devo dizer que isso nos dá alguma vantagem.

— Vantagem no quê?

— Vai descobrir com o tempo.

Mack grunhiu em frustração.

— Já estou cansada disso! O tempo só está me trazendo coisas cada vez piores e mais perguntas sem explicação. Não acho que as repostas virão, e tenho certeza de que você sabe disso.

Ela ouviu algo semelhante a um suspiro. Como gostaria de poder se virar para encarar o rosto dele... Talvez saber com o que estava lidando fosse a melhor forma de conseguir a coragem que precisava, mas tudo o que conseguia era olhar para as duas mulheres fitando o símbolo do chão em expectativa.

Lorian enfaixava o braço de Clarissa enquanto o nevoeiro começava a se condensar no local da marca.

— Quem elas estão invocando? — perguntou. Questões diretamente ligadas a ela não seriam respondidas de qualquer forma.

— Eu, na verdade.

— Quem é você? Aliás, o que é você?

— Acho que já está na hora de acordar. Afinal, é apenas mais um sonho não é?

ξ

— Eu sei que deveria ter avisado pai…

Avisado?! Você deveria ter avisado que desapareceria para uma investigação por mais de duas semanas? Não deveriam ter feito nada sem falar comigo e com a sua mãe! Sabe o risco que você está correndo sem reforços?

— Já temos reforços. Magnus e os Caçadores de Los Angeles…

— ...também não sabem com o que estão lidando! Não acredito que envolveu outro Instituto nisso, quando sua mãe descobrir…

— Pai, por favor… não conte nada a ela, não ainda. — Micca murmurou, preocupada demais com a hipótese. Havia desligado o celular para de forma alguma ser contatada por seus pais, mas depois de tanto tempo achava que devia a eles uma explicação. Sua mãe não atendia o dela, de forma que teve de recorrer ao seu pai, Simon Superprotetor Lightwood. A conversa já perdurava por mais de dez minutos, os primeiros sete apenas o sermão. Ele não era o tipo de pai que conseguia parecer bravo ou brigar com as pessoas, e desta vez não havia sido diferente; porém, entre gaguejas e alguns “pelo Anjo, eu definitivamente sou um péssimo pai”, havia séria preocupação e medo no que ele dizia, de forma que Micca gostaria de poder entrar pelo telefone e dar um abraço nele para mostrar que estava bem. Outros dois minutos foram preenchidos com perguntas dele, de forma que teve de omitir muitas coisas, algo que jamais gostaria de fazer um dia, mas era necessário (imaginava quantas vezes ele se xingaria se soubesse de Mackenzie). O resto ela havia ocupado com desculpas nada elaboradas e nem fazia esforço para que parecesse algo justificado. Quanto menos importante tudo aquilo parecesse, melhor.

Ele suspirou antes de responder e Micca quase o visualizou passando as mãos no cabelo.

Sabe o está me pedindo, Micca? — agora seu tom era hesitante. Uma reação normal, considerando que estava pedindo para que ele escondesse algo de uma Izabelle Lightwood com temperamento explosivo.

— Pai, apenas confie em mim, está bem? Diga a ela que eu, Caleb e os Silverblood estamos bem, e que estamos seguindo com uma investigação que em breve trará informações sobre o que a Clave está fazendo — ela fechou os olhos, tentando ignorar a mentira — Não é nada perigoso, apenas temos que manter sigilo e coletar o máximo de informações possíveis sem parecermos suspeitos. Emma Carstairs está nos ajudando com isso, ela também está investigando os movimentos da Clave.

Ele ficou em silêncio do outro lado da linha. Não queria colocá-lo naquela situação, mas que escolha tinha?

— Posso falar com a Cara? Estou com saudades dela.

— Ela saiu com a sua mãe, foram até o Hoster para pegarem aquele chicote que encomendaram e devem ter parado para tomar um café.

— Oh, está bem… — esperava ter conseguido disfarçar a decepção — diga que eu amo elas. E não deixe Cara ficar brava comigo!

Assim que desligou, Micca se jogou na cadeira da cozinha, exausta.

— Você se saiu bem — disse Jem tentando lhe lançar um pequeno sorriso consolador. Ele e Tessa estavam colocando a mesa para o café da manhã, de forma que puderam ouvir toda a sua conversa.

— Não gosto de fazer essas coisas. Sei que é necessário, mas…

— Eu entendo, não é fácil. Mas sinto que estamos chegando perto de conseguir pistas, logo você poderá voltar para casa — disse Tessa, como sempre, de forma gentil.

— Falando em informações, conseguiram algo daquela informante? — perguntou para Jem.

Ela assistiu o sorriso dele desaparecer aos poucos.

— Bem, eu não consegui muito. Aquela mulher não falava as coisas de forma clara, e parecia muito mais interessada em Emma do que em mim ou em Julian antes de nos separarmos. Tudo o que ela me disse é que a bruxa que morreu em Nova York tinha conhecimento dos acontecimentos nas barreiras, e que parecia estar escondendo informações que pretendia contar à Clave quando foi assassinada.

Informações que ela queria contar a alguém daqui de Los Angeles.

Ela havia segurado a carta, sentido a textura do papel… se ao menos tivesse pensado em guardá-la antes de perseguirem Mack, talvez boa parte da investigação já teria simplesmente se resolvido, e isso auxiliaria na descoberta da identidade dela. Agora, tudo o que podiam fazer era contar com lapsos de memória e partes de informações de fontes nada confiáveis.

— Acho que devo esperar por Emma então…

— Ela saiu cedo, não sei quando vai chegar. — respondeu Julian ao entrar na cozinha acompanhado dos filhos. As crianças sentaram rapidamente na mesa, já agarrando alguns pães quentes que Tessa havia acabado de servir. O olhar nos olhos de Julian era de preocupação. Para algumas pessoas poderia não ser tão obvio, mas Micca já havia reparado no comportamento dos dois naquele tempo em que estavam ali e, para sua surpresa, os parabatai pareciam nutrir sentimentos “muito mais fortes” um pelo outro. Obviamente ela não falaria aquilo para ninguém, mas internamente torcia para que eles pudessem ficar juntos, mesmo que contra as leis da Clave.

— Acho que vou contar pro Caleb sobre a “adorável” conversa com meu pai. — comentou se erguendo da cadeira.

O Instituto de Los Angeles era tão grande quanto o de Nova York, mas ela havia cruzado aqueles corredores tantas vezes quando mais nova que já tinha um mapa em sua mente. Virando à esquerda chegaria ao pátio principal, se virasse duas vezes à direita encontraria a biblioteca, e subindo a escada encontraria os dormitórios e um caminho estreito para o sótão e a sala de treinamento. Mesmo assim, o clima tenso ali tornava tudo diferente ao seu ver.

Seguiu pela escada, sem ter que pensar muito para saber que Caleb estaria na sala de treinamento. Os corredores estavam estranhamente vazios, como se estivesse em uma casa abandonada; a luz do sol parecia mais suave, embora àquela hora devesse estar mais quente, e tudo parecia mais sombrio, enquanto ela, mais distante por alguma razão. Aquele era apenas um pressentimento, mas Micca achava que algo estava errado. Muito errado. Esta era a sensação incômoda de estar deixando algo escapar por debaixo do nariz, e ela não se permitia a fazer isso.

— Achei que pelo menos responderia meu cumprimento. — Micca piscou afastando a sensação e se voltou para Elizabeth. Não havia reparado a presença da morena até agora.

Os cabelos dela estava presos para trás em um rabo de cavalo alto, deixando os ângulos de seu rosto mais proeminentes e lhe concedendo uma aparência desafiadora.

— Bom dia. — respondeu depois de alguns segundos.

— Está bem dispersa hoje, não? — Elizabeth sorriu fracamente.

— Estou procurando Caleb, você provavelmente sabe onde ele está.

Elizabeth permaneceu em silêncio, mordendo o lábio inferior.

— Por que você me trata assim quando se trata dele? Eu não tenho culpa disso. — a expressão dela mudou rápido, como se tivesse se ferido com o comentário, que realmente havia soado mais rude do que pretendia. Talvez Micca tivesse de aceitar que os sentimentos de Elizabeth por seu parabatai eram fortes e provavelmente verdadeiros, e que as crises de ciúmes dela deveriam ser uma consequência disso. Tinha que começar a diminuir seu desprezo e a tratá-la como um membro de sua equipe.

— Desculpe… talvez…

— Não tem problema — ela sorriu enquanto negava, fazendo o cabelo negro recochetear de um lado para o outro. — Contanto que prometa que farei parte da equipe agora.

— Er…

— Eu sei que não estão contando tudo para nós, e até entendo. É difícil confiar quando somos completamente estranho uns para os outros, mas não deveríamos ser. Quero que me aceitem como uma Caçadora de Sombras assim como vocês… será que conseguem fazer isso? — ela ergueu a sobrancelha em expectativa.

Talvez esta tenha sido a conversa mais longa entre elas em muito tempo… e Micca já estava começando a questionar seus conceitos, algo raro.

Definitivamente tem algo estranho aqui.

— Claro — sorriu estendendo a mão — Por que não?

ξ

A rainha deixou um sorriso desdenhoso transparecer ao ler os elogios medíocres da caçadorazinha, impressas com uma letra cursiva sem jeito na carta. Seu plano havia funcionado melhor do que poderia prever, o que a fez questionar se os Caçadores de Sombras realmente poderiam ser tão estúpidos.

— É engraçado, não acha, Marterón? — questionou lançando o papel para o lado do divã de vime.

— O que seria engraçado, milady?

Seelie revirou os olhos, enquanto observava do móvel os flocos de neve que caíam calmamente ao seu redor. Deveria estar mais bela que o normal com seus cabelos ruivos espalhados em uma bagunça organizada ao lado de seu rosto, emoldurando-o, enquanto seu vestido branco destacava seus lábios carmesim e tornava as curvas de seu corpo suaves, concedendo-lhe uma aparência delicada e angelical ao brincar com a neve. Tentadora como um anjo caído…

— O quanto os Caçadores de Sombras acham que tem controle da situação e de suas vidinhas insignificantes... — explicou. Pegou um dos flocos perfeitamente moldados em sua mão tão fria quanto, de forma que ele permaneceu intacto sobre sua pele; vislumbrou sua beleza frágil por um tempo, imaginando aquele pequeno grupinho insolente com sua juventude frágil e vulnerável sob seu poder sem sequer se darem conta disso — os Silverblood foram os mais fáceis de manipular, obviamente. Eles acreditam mesmo que darei uma posição elevada para eles por estarmos presentes no Conselho, quando no fim daremos um fim a ele e toda a estrutura do Submundo. Claro, cumprirei minha palavra: se ainda estiverem vivos depois dos nossos planos se concretizarem eu farei questão de mostrar a todos os Nephilim o quanto aqueles dois se dispuseram a me ajudar.

— Perspicaz como sempre, milady. — respondeu Marterón em um tom orgulhoso, aproximando-se do divã. Os olhos dele percorreram o corpo da rainha com calma e desejo.

— O que me deixa mais contente é o fato de Emma Carstairs ter vendido informações, se tornando praticamente uma traidora, tudo para que seu parabatai pudesse ver os irmãos novamente. Nem Valentim fez isto pelo seu parabatai quando ele mais precisou… mas claro, não podemos condená-la, afinal isso nos favorece muito. A única coisa que deveremos fazer agora é matar mais uma bruxa assim que ela tiver todas as informações necessárias. — vislumbrou a pequena penugem de neve pura deslizando para seu colo suavemente, como os toques de um amante tímido.

— Seus planos, como sempre, são sem falhas. Tem uma mente brilhante, não é a toa que deve governar todos os mundos, minha dama. — murmurou Marterón, inclinando-se sobre ela.

— A única coisa que me preocupava — murmurou a rainha enquanto sentia os beijos de Marterón percorrendo seu pescoço. As mãos dele não demoraram a erguer a barra de seu vestido, subindo por suas pernas — era se Caleb Herondale resolvesse denunciar a garota quando descobrisse sobre seus poderes, mas no fim, vimos sentimentos aflorarem, não é verdade?

A fada grunhiu em resposta enquanto as mãos hábeis percorriam as curvas da rainha sob o tecido, descendo os beijos para seu colo.

— Oh…sim, no fim tudo estava indo melhor do que eu pensava… — ela murmurou. Em um movimento rápido rodou sobre o amante, permanecendo em cima dele — eu sempre estou no controle.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado! Comentários são bem vindos :)



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