Minha Falha escrita por Hyiani


Capítulo 4
Complicações


Notas iniciais do capítulo

Oie!!

Eu atrasei um pouco o capítulo aqui, mas ele chegou!!

Como o título já diz: teremos complicações. Para o Sasuke ou para a Sakura? Eis a questão!

Este capítulo foi muito legal de se escrever, mas como eu escrevi e revisei ele hoje, peço perdão por qualquer erro que eu tenha deixado passar.

Estava cheia de coisas para organizar... provas finais...

Espero que gostem, Boa leitura!!



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–Sasuke? - escutei o médico me chamar.
-Hm... - ele havia me acordado, não dormi nada bem esses dias.
-Podemos conversar? - ele disse. Eu estava de costas para a porta, mas pude perceber que ele se aproximava.
-Hã... Claro! - disse me sentando na cama.
-Sua melhora é evidente, e você já ficou em observação tempo suficiente. Receberá alta esta tarde.
-Que bom. - disse rápido querendo encerrar este assunto para ir ao que me interessava. Ela. Sakura.
-Seus pais já foram avisados, eles me pediram para dizer que suas coisas já estão arrumadas.
-Tudo bem.

Um silêncio tomou conta do quarto. Eu não sabia quando seria o momento certo para entrar no assunto, nem se ele me responderia. Eu fiquei todos esses 5 dias no hospital, com a culpa me corroendo, Sakura não acordou e eu já posso ir embora. É desesperador sair daqui sem ela.

-Pode perguntar. - o médico disse chamando minha atenção. Ele havia percebido.
-Sakura melhorou? - eu perguntei um pouco rápido demais
-Ela não teve nenhuma recaída, nem piorou, isto é um bom sinal, mas ela também não apresentou melhora alguma. Ela ainda está desacordada. - ele disse me olhando, prestando atenção em cada movimento, até facial, para observar minha reação.
-Ah... obrigado. - eu disse voltando a me deitar.

Depois de um tempo eu escutei a porta bater.

Qual será o sentido disso tudo. Eu realmente não entendo.
Desde que conheci Sakura mudei para melhor.
Ela surgiu derrepente, na época ela namorava um cara que logo foi enxotado, eu nunca fui muito interessado em compromissos, até conhecer ela. Ela diz que eu também surgi derrepente e mudei tudo. Se tudo até agora estava tão bom... Por que isso agora?

Fiquei um tempo deitado, pensando, até que escutei leves batidas na porta, eu não respondi esperando que a pessoa que veio perturbar meu curto momento de paz sem agulhas sendo enfiadas em minhas veias, fosse embora. Mas não foi isso que aconteceu.

-Posso entrar? - a pessoa cuja voz eu reconheci na hora perguntou, de uma pequena fresta aberta na porta.
-Por quê você veio?
-Isso é jeito de tratar o irmão? - Itachi disse entrando e fechando a porta, ele caminhou até mim com um grande sorriso.
-Cara... Você estava lá à trabalho... Não te entendo. Nunca...
-Nunca larguei uma viagem assim? - ele me interrompeu, eu assenti com a cabeça e minha cômica cara de sono. - Bom... as circunstâncias são outras Sasuke.
-Enfim. Estou bem, pode voltar.
-Como se sente? - ele perguntou ignorando meu comentário.
-Bem, e não se faça de surdo.
-Como está Sakura? - ele disse ficando preocupado, quando ele tocou no assunto dela, não consegui evitar, larguei a arrogância e pela primeira vez em vários anos, fiquei feliz que ele estivesse ali.
-Na mesma. Não acorda, não teve nenhuma melhora, mas disseram que ela não teve recaídas e isso é bom. - disse olhando para a janela.
-Vamos comer alguma coisa, está meio desnutrido. - ele disse me provocando.
-Cala essa boca! - disse me levantando da cama.
-Que roupa ridícula! É a nova moda Sasuke? - ele disse rindo.
-Já disse que te odeio?
-Já. Está tão estiloso! Acho que quero uma para mim! - ele disse caindo na gargalhada.
-Vá se ferrar Itachi - disse e comecei a rir também.

Fomos até uma lanchonete que tinha no andar de baixo do hospital. Olhamos ao redor, e sentamos em uma mesa livre.

-Quantos filhos já tem? - Itachi disse me olhando por cima do cardápio para me irritar.
-Haha. Nenhum. - uma garçonete veio retirar nossos pedidos.
-O que vão querer? - ela disse sorridente.
-Um bolinho e um café com leite. - Itachi disse e esperou que eu respondesse.
-Eu quero uma torta de limão, dois bolinhos de baunilha, um suco de Maracujá, e um café sem leite e sem açúcar. - eu disse e vi que a mulher anotava tudo com uma cara surpresa. Ela perguntou se queriamos algo mais e se retirou.
-Quantos a Sakura quer ter? - ele perguntou com um sorriso no canto da boca.
-Uma vez ela disse que se conseguisse queria uma creche! - eu disse bravo, depois que me lembrei do assunto da qual se tratava a pergunta do meu irmão.
-Boa sorte!
-Obrigada. - eu disse rindo.
-O boa sorte foi para sua creche, ninguém merece te ter como pai! - ele disse rindo da minha cara.
-Retardado.

Continuamos conversando sobre coisas banais, e comendo. Itachi teve que ir embora, me despedi dele e voltei para o quarto.

Foi realmente bom me distrair, comer direito, conversar e brincar/brigar com alguém.

Mas quando eu voltei para o quarto e vi todas as minhas malas perto da cama, com a minha mãe me esperando, foi que a ficha caiu.

Eu sou o causador de tudo que aconteceu comigo e com a Sakura.
Eu estou saindo, praticamente ileso e ela não.
Eu estou indo embora e ela não.
Posso ir para casa enquanto ela vai ficar confinada neste hospital, ela está desacordada e eu não.

Fiquei tonto, e me sentei na cama. Minha mãe me olhou e percebeu o que eu estava pensando, ela saiu do quarto discretamente e quando estava prestes a fechar a porta me avisou:

-Saímos daqui 10 minutos. - e escutei a porta bater.

Fiquei sentado na cama, olhando para as malas, quando vi uma mala que eu usei para umas viagem de negócios.

-Não peciso de uma mala, vou levar só a pasta. - eu tinha dito convicto para o meu pai na época.
-É sua primeira viagem de negócios fora do país, me escute, vai se hospedar por dois dias em um hotel por lá. - ele disse me olhando sério.
-Ta bem, mas eu bem que poderia ficar com a mesma roupa, já que são só dois dias.
-Você tem 24 anos ou 14? Sasuke vai logo, seu avião vai sair em algumas horas, já era para estar pronto!
-Fica de boa velho, to indo, to indo! - disse saindo da empresa do meu pai.

Naquela época eu era mais sem noção do que atualmente. Eu escutei meu pai e saí para procurar uma mala de viagem simples, depois daquela, mais vieram.

Eu arrumei minhas coisas e peguei o avião, como previsto dois dias depois eu já estava voltando.

Quando desembarquei eu precisava agendar outra passagem, mas eu esqueci minha mala em um corredor quando fui para o balcão de atendimento, depois que paguei a passagem foi que eu percebi que não estava com a mala. Comecei a perguntar se as pessoas tinham visto, refiz o caminho até que vi ela perto do portão de desembarque, quase gritei aleluia quando avistei ela de longe.

Fui andando até ela, quando uma mulher que andava com o telefone na orelha e o semblante sério, diria que um pouco enraivecido, foi se aproximando do lugar inde minha bolsa estava largada.

-Eu não vou voltar tão cedo... Você sabe muito bem porque... Não... - ela andava distraída. - Eu... AII!! DROGAAA!! - ela gritou quando tropeçou na minha mala.

Eu corri para ajuda-la, ela estava brava, tinha desligado o telefone com raiva, murmurava alguns xingamentos quando eu me aproximei o suficiente para escutar. Eu estendi minha mão lara lhe oferecer ajuda, ela olhou para minha mão e da minha mão para mim, repetiu esse processo umas quatro vezes, até que aceitou minha ajuda.

-Está tudo bem? - eu perguntei preocupado, afinal... a mala era minha!
-Sim... Obrigada. QUEM FOI O IDIOTA QUE DEIXOU A MALA ALI?! - ela disse gritando na minha orelha.

Eu segurei sua mão e a puxei, dessa vez não esqueci minha mala. A moça estava com o rosto cansado, mas mesmo assim gritava de raiva.

-Vamos. - saí arrastando minha mala com a mulher stressada ao meu lado.
-Deixa a mala aí, o IDIOTA QUE DEIXOU ELA NO CAMINHO pode voltar para buscar. - ela gritou e logo em seguida falou baixo observando minha reação.
-Você é um pouco louca. - eu disse rindo.
-Você não é o primeiro a me dizer isso. - ela disse retribuindo meu sorriso.
-Enfim, o IDIOTA QUE DEIXOU A MALA NO CAMINHO JÁ VOLTOU PARA BUSCAR, ele está com ela em uma mão, e na outra, a mão de uma certa moça que gosta de berrar em aeroportos! - eu disse imitando a mulher.
-Você! - ela disse ficando séria e gargalhando logo em seguida, sua risada era contagiante.
-Prazer Sasuke. - disse soltando sua mão para estende-la na frente do meu corpo, esperando que ela a apertasse, foi o que ela fez.
-Prazer eu sou... - ela olhou no relógio e fez uma cara preocupada - Sou uma pessoa que tenque estar em 30 minutos em uma reunião se não ela está muito ferrada!! - ela disse indo em direção contrária a saída.
-Pessoa que tenque estar em 30 minutos em uma reunião se não está muito ferrada?! - chamei ela, conseguindo sua atenção. - a saída é para lá e o pessoal da empresa que eu trabalho ia deixar meu carro, para eu não precisar esperar um táxi. Não tem nenhum agora. - eu disse apontando para a parada de táxi. - Posso te levar se quiser.
-Acho que sua mala e o ponto de táxi estão conspirando para eu te conhecer. Eu aceito, preciso chegar lá rápido! - ela disse me fazendo rir - Sei que vai fazer o favor de me levar e tudo o mais, mas se não for pedir de mais... Podemos ir agora? - ela perguntou me fazendo rir mais.

Seguimos em direção à saída, corremos feito loucos a todo momento dávamos risadas por causa de um tropeço nosso. Quando chegamos no meu carro ela entrou rápido no banco do passageiro e eu fui para o do motorista.

-Me da seu celular? - ela pediu quando já estávamos perto da empresa onde seria sua reunião.
-Pra... - eu perguntei confuso.
-Eu estou paquerando um cara lindo que se chama Sasuke e que eu acabei de conhecer. Vou anotar meu número na agenda desse cara para qualquer coisa ele me ligar, caso eu não tenha assustado muito ele com meus gritos no aeroporto. - ela disse sorrindo, me fazendo rir com o seu comentário.
-Tudo bem. Acho que esse cara lindo e convencido chamado Sasuke, vai te ligar! - disse entrando na brincadeira, fazendo ela rir.

Quando chegamos Sakura pegou todas as suas malas no porta malas com a minha ajuda, saiu correndo meio desastrada e sem jeito em direção a porta da empresa.

-Obrigada Sasuke!! - gritou e fechou a porta.
-De nada... É... - me dei conta de que não sabia seu nome.

Olhei na agenda onde ela tinha acabado de anotar seu número.

-Sakura...

Minha mãe me tirou do meio de minhas lembranças com a primeira vez que eu vi a Sakura ou a pessoa que tenque estar em 30 minutos em uma reunião se não está muito ferrada, quando abriu a porta.

-Vamos Sasuke? - ela me perguntou calma, ela ficou menos stressada desde o dia que eu acordei.
-Posso ver a Sakura e aí nos encontramos lá em baixo? - eu perguntei torcendo para que ela concordasse e foi o que ela fez.
-Está bem, mas se apresse, pois o horário de visitas está acabando. - minha mãe disse fechando a porta.

Eu me troquei rapidamente e fui em direção a UTI.
Quando eu entrei no quarto de Sakura, foi como receber uma facada no peito. Eu estou indo e terei que deixa-la ali, em uma cama de hospital.

-Olá, pessoa que tenque estar em 30 minutos em uma reunião se não está muito ferrada. - disse abrindo um sorriso fraco. - Se lembra desse dia? Espero que sim. - eu falei segurando sua mão fria. - Melhora logo tá? Vai ser difícil passar por aquela porta e saber que você não vai voltar comigo, ou estar me esperando lá dentro, ou voltando de qualquer lugar louco que você encontrou na cidade! - eu disse sentindo uma lágrima escorrer pela minha face. - Sakura eu te amo! Por favor não me abandona. - comecei a chorar e recostei a cabeça no peito de Sakura.

Como se fosse uma reação ao que eu tinha acabado de falar uma máquina começou a apitar de forma frenética, olhei o eletrocardiograma e vi uma linha reta desesperadora, com pequenos sinais de batimento para mostrar que Sakura estava lutando.

Quase no mesmo minuto várias enfermeiras e o médico de Sakura entraram correndo no quarto. Uma enfermeira colocou um estetoscópio no coração de Sakura, outra mediu sua pressão, enquanto eram realizados vários processos alguns desconhecidos por mim uma enfermeira gritou um diagnóstico.

-Edema pulmonar. Causa: provavelmente lesões pulmonares, e insuficiência renal da paciente.
-Temos que leva-la para uma cirurgia de emergência. AGORA! - o médico anunciou, todos saíram do quarto e eu fiquei estático, parado no meio de um quarto na qual eu havia acabado de descobrir que minha esposa corria risco de vida. Novamente.


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Notas finais do capítulo

Eu estou ficando com muita dó desses dois!!

Anciosos pelo próximo?

Eu queria agradecer a todos que comentaram! Amo vocês! Vocês me incentivaram a não atrasar (muito) esse capítulo.
Os comentários do segundo capítulo já foram respondidos, desculpem pela demora.

Se quiserem deixar a opinião de vocês, como estão se sentindo em relação a fanfic, se estão gostando ou não. Adoro ver que vocês estão gostando! Me anima muito!

São muito bem vindos os leitores que estão chegando agora! Responderei todos.

Agradeço o apoio que estão me dando!

Beijosss
— Hyiani



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