I'm Here Again escrita por TahRodriguess


Capítulo 4
2. So Let The Music It Blast - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

eu tentei revisar o capitulo mas não sei se ta bem revisado porque houve um incidente envolvendo eu fechando a página da postagem, mas então, boa leitura! (;



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“Repórter: é verdade que você escreveu todas as músicas para uma única garota?

Justin: Com exceção de “Down To Earth”, sim, todas.

Repórter: Ela deve ter te feito sofrer bastante.

Justin: Como me fez o cara mais feliz do mundo“

Acordei bem cedo, o que eu nunca imaginaria fazer nesse tempo de férias – espero que não tenha que fazer mais – meu sono era evidente como sempre, mas eu estava disposta a, ao menos, fingir estar bem acordada.

Tomei um banho para acordar e comi qualquer coisa na cozinha. Já para me vestir aproveitei que ainda era verão.

Peguei o celular e as chaves, deixei um bilhete para os meus pais que ainda dormiam, avisando que iria sair – apesar de que eles já sabiam – e que não sabia a hora que iria voltar. Saí de casa e logo avistei aquele carro amarelo, ainda mais lindo de dia – ainda não conseguia acreditar que era meu – e em seguida, vi Scooter e Justin parados enfrente ao carro dele – aquela Ferrari de encher os olhos, mas prefiro o meu Porsche –, então fui até lá.

– Oi.

– Ah! Oi, Lua. Bom dia – o encarei. – Você não vai devolver o ”bom dia”?

– É cedo! – respondi. – Mas então, e aí?

– Chris e Caitlin estão vindo, eles não vão demorar.

– Ain, Caitlin – praticamente lamentei, achei que demoraria para vê-la, era pelo menos o que eu queria.

– Algum problema? – por que Scooter fala comigo? Ele não gosta de mim e consequentemente eu não gosto dele, então não é para falar comigo!

– Temos nossas desavenças. Afinal, por que eu te respondo? – ele me olhou um pouco irritado, mas não respondeu.

– Estou ferrado com vocês dois.

– Ele que começa.

– Ela que provoca.

– Até parecem duas crianças! – Justin revirou os olhos. Eu já estava de braços cruzados e emburrada como uma criança fazendo pirraça, mas logo desamarrei, tenho 17 anos recém feitos, não preciso ficar bancando a criança sempre que alguém me irrita.

– E aí? Dormiu bem? – Justin me perguntou.

– Na melhor parte do sono eu tive que acordar – fiz uma careta e depois sorri em resposta ao seu sorriso.

– Mal chega e já está dando em cima do meu namorado?

– Vai para o inferno, Caitlin – me afastei do Justin, deixando ela voar no pescoço dele e dando, nada mais que um selinho, Justin também não deixou que fosse além.

– Ele é meu agora – iria abri a boca para responder, mas Justin não deixou.

– Lua! Não começa com isso de novo. Isso logo de manhã não faz bem, principalmente para mim no meio disso tudo.

– Só porque você pediu – respondi e dei de ombros. Caitlin abriu a boca para falar, mas Justin também e interrompeu.

– Não começa, Caitlin – ela fechou a boca e me fuzilou com os olhos, apenas revirei os meus. – Vamos logo, quanto mais cedo irmos mais cedo voltamos.

– Chris vem comigo e não se discute – Chris, que já estava posicionado ao meu lado, e eu viramos. Segui até a frente da minha casa, ele apenas me seguiu.

– Como assim eu vou com você? Tem carro por acaso? – parei ao lado do Porsche de frente para Chris e destravei o carro fazendo soar o alarme, ele apenas olhou para o lado. – É seu? – assenti sorrindo. – Ah moleque! – correu para o lado do carona e eu ri disso.

Entrei no motorista e ele no carona, liguei o carro e viajei por alguns instantes no motor quase silencioso, só voltei a mim quando o carro do Justin passou na frente, eu então o segui.

– Posso ligar o rádio? – Chris pediu.

– E desde quando você precisa pedir? Vê se não escolhe aquelas estações medíocres.

– Parece que nem me conhece fantasminha.

– Ok tigrinho, confio em você.

– Tigrinho?

– Você acha que eu esqueci do seu pijaminha lindo?

– Sim! Achei! – ele me dizia assustado.

– Aquele pijaminha todo fofo cheio de tigrinhos, tão lindo!

– Ah não! – ele abaixou a cabeça, tímido e já desesperado por eu ainda lembrar de tal história.

– Relaxa, não vou contar a ninguém porque você é o meu tigrinho.

– Nosso segredo?

– Sim, nosso e do Justin claro!

– Será que ele lembra daquilo ainda.

– É obvio, Chris!

– To perdido!

– Eu não vou deixar ele contar! É segredo! – ele me olhou aliviado. – Cara! Seu amigo dirige muito devagar!

– Justin?

– Quem mais? – ele riu. – Chris! Aumenta esse som! Fala sério.

– É para já!

Ele aumentou a música e eu abaixei os óculos que estava preso na cabeça, colocando no rosto e deixei meu cabelo castanho claro, mais ondulado, que batia um pouco abaixo do ombro, voarem enquanto, nós dois cantávamos o mais alto que podíamos “I Kissed a Girl” da Katy Perry. Era meio gay ver o Chris cantando isso, mas era o que deixava a cena ainda mais divertida. Nós gritávamos e nem ligávamos para afinação, parecia mais que fazíamos questão de desafinar.

Era legal saber que Chris vai morar perto de mim, era legal toda aquela distancia, conversas por telefone e tudo mais, porém é ainda melhor o ter por perto. Ele é para mim, do tipo de cara que nunca vi de qualquer outro modo além de amigo, ele simplesmente é, não me pergunte como começou e desde que momento somos tão grudados e amamos tanto um ao outro, foi apenas assim, aconteceu.

O mais legal era quando chegamos ao estúdio – depois de muito tempo, atrás de um garoto que dirige muito devagar para quem tem uma Ferrari –, Chris e eu cantávamos alto e riamos muito, mas o melhor de tudo era a música.

“I’m leavin' never to come back again, you found somebody who does it better than he can”

Depois disso rimos muito, então, nem conseguimos terminar a música.

– Chris, é impressão minha ou você está cantando Jesse McCartney? – ele olhou para mim com uma expressão “to ferrado, me ajuda?”, Justin reconheceu a música.

– Sim, algum problema? – respondi por ele. – E a música é um cara cantando para uma garota, é menos estranho ele cantando do que eu! E como você reconheceu a música em Bieber?

– Ok, Ok! Foi só uma pergunta! Vamos subir? Caitlin e Scooter já estão lá em cima – Justin se virou e começou a subir o pequeno lance de escada.

– Valeu – Chris sussurrou para mim. Apenas sorri em resposta.

Subimos os poucos degraus um implicando com o outro – Chris e eu, lógico – e segurando a risada para que Justin não olhasse para trás. Quando chegamos ao segundo andar, Scooter e Caitlin nos esperavam na frente da porta de madeira. Assim que passamos por ela, um cara nem tal alto, loiro dos olhos verdes escuros, com uma barba bem mal feita e o cabelo cortado curto, veio nos recepcionar, ou melhor veio recepcionar o Justin.

– Bem vindo! Meu nome é Drake, é uma honra ter uma estrela como o senhor – ele cumprimentou Justin.

– Você, por favor, me chame de você, quando dizem “senhor” eu me sinto um velho, ou penso que a minha mãe quer brigar comigo – Drake riu. Confesso que eu segurei para não rir, agora sobre o resto presente, se eles ao menos queriam rir eu não sei. – Drake? Isso? – o cara assentiu. – Esse é o meu agente, Scooter, meu amigo, Chris, minha... am... amiga – que “amiga” difícil de sair, parecia que ficou entalado no fundo da garganta – Lua, e essa é a Caitlin – ele finalizou.

– A namorada dele – percebendo isso, ela concluiu o que ninguém precisava saber.

Chris e eu nos entre olhamos, ele fechou os lábios firmes para não rir assim como eu, por sorte meu cabelo tampava a visão da Caitlin da minha expressão e como Chris estava ao meu lado oposto ao que ela estava, não viu as nossas expressões.

Justin estava adorando namorar de novo com a Caitlin e eu não perdi meu senso de ironia.

– Vamos começar? – o carinha disse mais empolgado do que qualquer um ali.

– É – Justin entrou na cabine sendo guiado pelo Drake.

Depois que Drake posicionou Justin, tudo certo, ele voltou para o lado de fora da cabine e sentou numa cadeira em frente a trilhões de botões, já os outros quatro presentes ali – Chris, Scooter, Caitlin e eu – formamos um paredão atrás da cadeira.

Fiquei no canto, Chris do meu lado, Scooter mais próximo à cadeira para conversar com o Drake e Caitlin o mais longe de mim que conseguia.

Logo Justin começou a cantar, e todo aquele sentimento que eu me privava durante todo esse tempo foi voltando aos poucos. A cena de quando fui embora passava como um flashback muito doloroso por toda a minha cabeça e em cada pensamento era ele, como o fiz sofrer, como o magoei indo e agora, mesmo sabendo que esse namoro com a Caitlin e só um joguinho de Marketing, eu preciso de me esforçar a tratá-lo como amigo. Não quero sofrer, como não quero que ele sofra e se acontecer o mesmo que ano retrasado, nós dois sairemos com o coração ainda mais machucado. Ele faz parte de outro mundo agora, por mais que esteja tão perto de mim, sempre vai estar longe, por causa das viagens e shows, as “fãs” mais infantis me criticariam até onde eu menos imagine, porque não podemos apenas encarar os problemas daqui, de Stratford, temos um mundo inteiro para encarar e eu não sei se conseguiria suportar perfeitamente tudo e se eu não consegui, se eu ficar “para trás”, Justin vai acabar se magoando também, sei disso, é melhor não começar para um dia não ter um fim.

Na metade da música mais ou menos, meu subconsciente fez com que eu a cantasse mesmo que meu consciente não soubesse que eu sabia, nem eu sabia que sabia que era capaz de cantar assim tão fácil, droga de sentimentos, é tudo tão confuso e ao mesmo tempo tão bom.

Justin me encarava sempre que não estava de olhos fechados, ás vezes desviava para não demonstrar e deixar na cara que aquilo tudo, também, era para mim, mas acho que não resolveu muito. Caitlin me encarou várias vezes, sim, eu notei, mas estava tão fissurada e decidida a não me deixar abalar e nem a ninguém perceber que eu estava realmente a fim de fingir, apenas, fingir, que comigo, absolutamente tudo estava bem.

A cada “I’ll never let you go” eu me perguntava “Por que eu fui?” e eu sempre respondia “Família, isso é importante, família” e eu não estava errada, nem na pergunta, nem na resposta. Claro que preferia ficar aqui com Justin, mas como a minha mãe costuma dizer: “Há males que vem para o bem” se eu não tivesse ido, Justin não estaria famoso agora, já que essa era a única “exigência” do Scooter, poderia até ter sido difícil, mas, seria pior, pelo menos ele não teve que escolher, simplesmente aconteceu. Há males que vem para o bem.

Na parte que ele citou no aeroporto, ele me olhou e nem fez questão de disfarçar, para que também? Era obvio que ele iria querer saber o que estava passando dentro de mim e Justin tinha esse maldito poder de saber, sentir, não importa como eu aparento estar, ele sabe se é verdade ou não e a cada “I’ll never let you go” eu tinha medo de que ele entendesse o que eu mal entendia, o que se passava comigo, era apenas comigo, queria apenas levar em conta o pensamento que eu não poderia deixar que Justin fosse algo além que amigo. Voltei e não vou conseguir ficar longe dele, sem chances, então essa era a única opção, amigos.

Eu ir foi bom, mas será que foi bom eu ter voltado?

– Lua? – Chris me encarava. – Tudo bem? – concordei com um “uhum” e depois desviei a atenção do Justin olhando para ele. – Como sabe a música?

– Não sei, oras.

– Então como você está cantando? – agora sim notei que a minha boca se mexia em perfeito ritmo com a música, então parei.

– Não sei – parei de cantar já que estava consciente do que fazia.

– Mas então, será que isso demora? Estou com fome – ele fez uma cara engraçada.

– Eu também estou... – meu estomago não digere tudo quando se é cedo, apenas depois do horário que eu realmente deveria acordar. Viu? Meu corpo não foi feito para acordar cedo.

– Muito bem, JB – o tal do Drake disse em um microfone, fazendo com que Justin tirasse o fone. Daí começou os parabéns e o puxa-saquismo de todo mundo presente, menos Chris e eu, estávamos mais preocupado com nossos estômagos.

– Parece que te ouviram – sorri.

– Ainda bem – ele pôs a mão da barriga e fez uma cara de esfomeado. Apenas ri e depois encarei Justin desviando de todo mundo, inclusive de um beijo da Caitlin, para vir falar com nós dois.

– E aí? – ele olhou para Chris e depois para mim. – O que acharam? – e fez isso de novo, parando em mim.

– Legal – sorri sincera, só aí ele olhou para o Chris.

– Putz, bem legal cara, agora onde eu posso comer?

– Chris! Quando você ficou tão desesperado assim? – perguntei rindo.

– Sempre fui, você que nunca me ouviu clamando por comida.

– “Clamando” – fiz uma cara de surpresa. – Ele sabe falar... er... bonito! – sorri forçado.

– Ah gata, você ainda não viu nada – piscou para mim. – Agora Justin não pode mais me matar por eu te chamar de gata! – ele abriu um sorriso que preencheu cada extremidade do rosto, foi de bochecha a bochecha. Tigrinho sem noção.

– Own, que fofo – mudei de assunto rápido apertando as super bochechas do Chris. Já chega por hoje, já não basta na hora da música e agora Chris me vem com essa? Eu reparei Justin me olhar com um simples sorrisinho no rosto e depois se “distrair” quando supostamente ignorei o que o nosso amiguinho em comum disse. – Você tem uma bochecha gostosa de apertar – sorri ainda mais.

– Só que isso dói.

– Mas é fofo! – fui com as duas mãos para apertar as bochechas, mas ele na deixou, acabou que ficou dois idiotas no meio de um estúdio de gravação batendo as mãos desengonçados.

– Para de fogo vocês dois! – Justin quase gritou, além de se meter no meio quase chorando de tanto ri.

Quando paramos de implicância, o silêncio dominou a sala, um ficou encarando o outro, parecia que o assunto do Scooter com Drake havia acabado e Caitlin continuava me encarando querendo me matar – o que é normal. Chris me olhava, eu reparava cada um e Justin estava alienando, olhando para o nada.

– Então né, eu estou com fome – Chris falou. A gargalhada foi geral, sem mais.

– Tem uma lanchonete no andar de cima, imagino que a viagem foi longa todos devem estar querendo comer – o dono do estúdio, nesse pouco tempo, me pareceu ser um cara bem simpático e educado.

– Agradecemos, mas nós... – Scooter começou.

– Aceitamos – e Justin terminou.

– Então – ele nos guiou até a porta –, foi um prazer ter todos vocês aqui, principalmente você Sr. Bieber.

– Sem "senhor", por favor, me sinto um velho com isso, já disse.

– Claro me desculpe. Er... se não for um incomodo, você poderia me dar um autografo? Sabe, a minha filha é uma grande fã sua.

– Tão novo, já com filha? – não podia ter deixado de comentar, sempre tenho isso de falar por impulso, quando vi simplesmente havia saído.

– Pois é, a vida – ele deu de ombros.

– Claro que eu posso, tem algo que eu possa assinar? – Justin perguntou.

– Eu não sei, acho que tenho alguma coisa por aqui – ele foi para a mesa e começou a fuçar alguns papeis e coisas para que Justin pudesse assinar.

– Já sei, me dá essa caneta – Drake mostrou a caneta que estava na mão para o Justin que assentiu, ele então levou a caneta até a estrelinha teen presente, que tirou o boné e assinou na aba. – Aqui – ele entregou ao Drake, que pegou sem ao menos acreditar.

– Mas Justin esse é o seu boné preferido – Caitlin se intrometeu.

– Meu boné preferido já está onde deveria estar – ele me olhou de canto de olho depois voltou a olhar para Drake. – Então, obrigado por tudo – ele disse sorrindo.

– Eu que agradeço – saímos da sala com o carinha completamente anestesiado. Imagina? Ganhar um boné autografado pelo adolescente mais famoso da atualidade? Claro, isso não fazia o tipo dele, mas a tal menina, seja lá qual idade tivesse, seria invejada por todo mundo.

Ele não acreditava em ter ganhado um boné autografado por Justin Bieber e eu estava feliz por saber que o meu Jus ainda existia.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado .yn



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