I'm Here Again escrita por TahRodriguess


Capítulo 32
10. Nice Too Meet You - Parte Final.


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura (;



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 Só voltei a mim quando quase toda a sala estava vazia, já que todo mundo ia para aula de música. Justin estava imóvel ao meu lado me encarando. O olhei e depois me levantei.

— Lua! Não faz assim – ele se levantou e me seguiu alguns passos.

— Assim?... – me virei para ele.

— Me desc...

— Não peça desculpa Justin, não é culpa sua.

— Não? – ele disse indignado.

— Não, Justin, não é! Pelo menos não totalmente, eu praticamente implorei isso tudo por já ter chegado na escola agindo tão íntima com você. É culpa minha também! Eu aceitei isso, não aceitei? Com todos os termos, linha por linha, e até sublinha! Não vem pedir desculpas! Me faz esse favor – me virei de novo, só tinha nós na sala, já íamos ser os últimos a chegar.

 Foi quando ele me puxa, me escondendo da visão do corredor, e me dá um beijo rápido.

— Suporto ser odiada pela metade da escola, mas não pela metade do mundo.

— Entende por que eu quero que tudo fique assim?

— Sempre entendi.

 Me soltei e saí da sala rumo ao corredor na frente do Justin, que logo me alcançou depois, mas não conversamos, apenas seguimos quietos até a outra sala.

 “Era só uma peça de teatro” ok, não era o trabalho com a peça que me irritou, é o fato de eu ter que viver tão controlada dentro da escola por causa do Justin, eu não me importava com a opinião dos outros, não mais, mas vira e mexe eu me sentia incomodada com o meu nome na boca de todo mundo, julgamentos sem sentido, um boato pior do que o outro – já perdi as contas de quantas pessoas vieram me perguntar se eu tinha um “caso” com Bieber. Era esse o problema! E a pressão? Tão falada como eu sou, se sair alguma coisa errada, tudo cairia sobre mim, as pessoas tem o dom de lembrar dos erros e nunca dos acertos. 

 Ao chegar à sala de música, o professor já estava fechando a porta, por um triz não ficamos barrados de entrar e de todas, essa era a única aula que eu odiaria perder.

— Vocês demoraram – Marc Dourdan, o professor de música que toda garota gostaria de ter, nos encarou desconfiado.

— Desculpa professor, parei para beber água e Justin parou comigo, foi mal, não queria nos atrasar – achei que ele não iria engolir essa, mas foi a primeira coisa que pensei e nesse caso não poderia demorar muito.

— Entrem – ele abriu a porta e nos deixou passar.

 Sentei no fundo da sala e Justin quase do outro lado, por ter sidos os últimos a entrar não tinha sobrados muitos lugares, mas enfim, não estava ligando para isso eu ainda estava aborrecida com a aula de literatura o que, infelizmente, não deixou eu prestar atenção na aula.

 Eu mudava de pensamentos muito rápido, até o final da aula já tinha montado trilhões de diálogos que nunca iriam existir, pensei em coisas que eu deveria ter dito a aquela maldita, situações que nem em sonhos seriam reais... no final das contas eu mal lembrava porque estava zangada.

— Justin! – as pessoas andavam apressadas para sair da sala logo e eu tentava driblar todas elas e mais as que estavam se esforçando o máximo para se aproximar do Bieber para conseguir falar com ele. – Amém, te alcancei – ele, quase, riu.

— Fala.

— Você vai para casa daqui?

— Como o Scott, não deu sinal de vida até agora acho que sim, por quê?

— Então vai com Chris, não vai embora sem encontrar ele em! Se não ele vai ficar me esperando aqui e pretendo demorar.

— Por quê? Vai fazer morada na escola?

— Hahaha, hilário Bieber. – ele riu. – Me meti nessa encrenca da peça né, então vou dar uma olhada na biblioteca para ver se acho alguma coisa.

— Que menina estudiosa – ele zombava da minha cara.

— Tchau Bieber! Tchau! Vaza daqui, vai embora! Seu produtorzinho deve estar te esperando! – fui o empurrando sala a fora e dando alguns tapas e claro, saindo junto com ele que ria.

— Garotas estudiosas são boazinhas!

— Boazinha é a última coisa que eu sou! Agora já foi? – tentei parar de rir, mas estava complicado.

— Ok, Ok! Tchau.

— Tchau – ele se afastou sorrindo pelo corredor e eu fiquei olhando, também sorrindo, até que sumisse de vista.

 Minha sorte que o corredor já estava completamente vazio.

— Você vai me contar porque atrasaram ou acha que eu engolir a história da água? – dei um pulo de susto fazendo meu sorriso evaporar até notar que meu professor de música estava falando comigo e de que, diferente de muitos dos nossos professores, sabia meu passado com Justin.

— Quero que engula a história da água – ele riu. – Tenho que ir à biblioteca agora, então fique com a história da água que é melhor.

— A biblioteca está fechada hoje, a menina de lá está de folga.

— Ah que maravilha! – resmunguei e ele riu de novo.

— Acho que agora vai ter que me contar.

— Certo, você venceu!

— Tenho que ir para sala dos professores agora, me acompanhe e quero saber dos detalhes.

 Contei tudo, nos melhores e menores detalhes que eu me lembrava, tentando ser rápida e direta e, devido a algum milagre – ou a sala dos professores que ficou longe demais – consegui, depois emendamos outros assuntos completamente diferentes.

— E como era as aulas em Nova York?

— Eram boas, realmente, eu tinha uma professora excelente! Mas nada substitui as suas aulas – ele riu.

— Por que resolveu voltar? Não gostou da vida agitada de uma cidade global?

— As coisas lá são meio... “agressivas”, um lugar cheio de luxo, mas para quem não vive é apenas um sonho para idiotas. Nova Yorkinos são pessoas fortes, porque lá se não tiver nervos de aço, ninguém sobrevive.

— Então... resolveu voltar, por que você não combina com a luxúria nova yorkina, ou por certo famoso que também estaria de volta?

— Não! Não, Justin não tem nada a ver com isso! Por incrível que pareça, principalmente para mim, nem pensei nele na hora que decidi voltar. Assim que meu pai disse que voltaríamos, eu disse que sim pensando no Chris, eu sabia que ele estava morando aqui agora. Pensei no Bieber tempos depois, mas nem me importei muito, ele estava morando em Atlanta por causa da carreira, não sabia que iria voltar, nem imaginei isso, só fui descobrir quando fui contar para Chris e ele me contou que Justin voltaria também, mas que por enquanto era segredo – ele me olhou de canto. – Eu juro que é verdade – depois riu.

— Acredito em você – ele não olhava para mim, na maior parte do tempo encarava o corredor à frente, Marc sempre foi assim, sempre teve o olhar distraído, mas sempre está prestando atenção em tudo. – Lana! – ele gritou – Vem aqui Lua – depois disse mais baixo para mim e atravessou o corredor na direção de uma mulher magra, de cabelos lisos e curtos.

— Oi Marc – ela sorriu quando nos aproximamos.

— Lua, essa é Lana Anderson, a nova psicóloga da escola.

— Prazer em te conhecer – disse.

— O prazer é todo meu em enfim conhecer uma menina tão falada! – ela sorriu para mim. – Você não faz ideia de quantas meninas foram parar na minha sala reclamando por você ser tão próxima daquele Justin Bieber – ela sussurrou e eu ri.

— Mas o que aconteceu com a Sra. Dempsey? – perguntei.

— Já estava na hora de aposentar né Lua? Ao invés de ajudar os alunos ela piorava a situação – rimos.

Marc era um dos professores mais novos e não me refiro só em questão de idade, ele era um cara bem cabeça e esse é o principal motivo da maioria dos alunos gostarem dele.

— Tem razão – concordei.

  Srta. Anderson olhou no relógio.

— Desculpa, mas devemos ir Marc.

— Tem razão – ele concordou.

— Foi realmente um prazer te conhecer Lua, apareça um dia na minha sala para conversarmos um pouco, talvez assim eu saiba o que falar para as alunas – ela sorriu mais uma vez.

— Um pouco? Ih Srta. Anderson, o buraco é bem mais embaixo do que você pensa – e mais uma vez escapou o que não devia.

— Como assim?

— Melhor deixar essa conversa para outro dia, vocês estão atrasados não é? – Marc riu.

— Não pense que vai escapar de mim assim Lua... quero sim te ver na minha sala e saber dessa história linha por linha ok? – assenti. – Ah! Me chame de Lana.

— Ok – continuei sorrindo.

— Então vamos né – Marc apressou – e anda logo Lua, daqui a pouco fecham a escola e você vai ficar presa aqui.

— Credo! Tchau então! – eles riram.

Me afastei acenando e quando me virei, para não perder a fama de desastrada e distraída, trombei com alguém.

— Ai! – me virei. – Menino! Não consegue sair um dia cedo da escola? – ele riu.

— A professora de geografia me prendeu aqui, me obrigou a refazer a redação sobre os Tigres Asiáticos – ele revirou aquelas orbes azuis. – Mas e você? O que faz aqui ainda?

— Eu pretendia ir à biblioteca, mas ela ta fechada e fiquei conversando com o professor de música.

— Quer uma carona então?

— Mas meu caminho nem é o seu!

— Não faz mal, eu te levo sem problema!

— Então vou aceitar Kyle, valeu, minha preguiça dominou agora com a sua oferta – ele riu.

 Fomos conversando até a porta, comentando sobre tudo como se nos conhecêssemos há anos! Desde o dia que ele descobriu meu “lance” com Justin, era tudo ou nada, não tinha mais como esconder muita coisa dele, o pior ele já sabia mesmo.

— Me espera na porta, vou buscar a moto.

— Ok! – ao descermos as escadas ele virou rumo ao estacionamento do colégio e eu segui reto no pátio.

 A entrada principal da escola era marcada por um portão enorme com grades pretas, que ficava aberto quase o tempo todo. Pelo tempo que eu fiquei lá dentro, era para não tem ninguém, nem mesmo as equipes de esportes – apesar de que voltariam mais tarde –, mas perto do portão tinha alguém, que mesmo de costas, só pela postura eu sabia exatamente quem era.

 Mas que diabos Justin estava fazendo ali?

— Justin? – ele se virou. – O que ainda está fazendo aqui? Achei que tinha ido para casa com o Chris – parei na frente dele, ainda com o cenho franzido.

— Por que me chamou de infantil?

— O que? – ah, pronto.

— Por que me chamou de infantil? Ou vai dizer agora que não se lembra? – eu... o... ah!

— Não, eu lembro, mas não entendi ainda o porquê dessa sua cara de poucos amigos e muito menos porque ficou aqui esse tempo todo.

— Agora que se lembra, pode me explicar por que disse isso para os outros ainda?

— Porque você é oras.

— E você tem a cara de pau de dizer na minha cara assim?

— Ué, achei que tivesse reclamando do fato deu ter dito pelas suas costas!

— Também! – ele praticamente gritou irritado.

— Como ficou sabendo disso Bieber?

— Por quê? Era para ser segredo?

— Não foi uma pergunta retórica, como ficou sabendo disso Bieber? – ele ficou calado, quase atingindo um tom vermelho de raiva, dali não saía mais nada até que se acalmasse, então continuei. – Por que seja lá o que ouviu, ou o que te contaram, chegou pela metade.

 Ele deixou de vagar os olhos e me olhou, visivelmente confuso.

— Eu te chamei de infantil sim, quando Halle veio reclamar do Luka e eu usei o nosso exemplo para ajudar! Eu te chamei de infantil quando fui dizer a ela que apesar de ser um defeito seu que me irrita demais, todas as suas qualidades superam e no final das contas eu ainda gosto de você – eu olhava tão intensamente para aquelas íris avelã que nenhum sentimento dele eu deixava passar, pelo que eu havia entendido a raiva amenizou, mas agora quem não queria conversa era eu. – E parabéns, você acaba de provar que estou certa.

— Você me chama de infantil e eu que saio como errado no final da história?

— Você veio querendo tirar satisfações de algo que nem sabia direito! Talvez isso não seja bem “infantilidade”, mas certo não foi.

Eu estava tão irritada com essa discussão idiota que nem notei Kyle se aproximando.

— Justin? Lua? Está tudo bem? – acertei minha postura e desviei minha atenção do Justin olhando para trás dele.

— Parecemos bem? – andei até a moto e peguei o capacete que Kyle segurava.

— Você vai de moto com esse cara?

— É o que parece né? E não me vem com essa indignação toda! Sequer era para você estar aqui – pus o capacete e subi na moto. – Passar bem Bieber.

— Lua... – Kyle começou, mas o cortei.

— Vamos Kyle, já chega de escola por hoje.

 Ele deu a partida e não comentou mais nada, apenas pilotou até a minha casa que não era longe da escola – afinal eu ia a pé –, então parou e firmou para que eu descesse. Ele tirou o capacete ainda em cima da moto e eu tirei o meu quando já estava no chão, acertado o cabelo como um costume já adquirido há tempo.

— O que aconteceu entre você e Justin? Eu... eu atrapalhei alguma coisa?

— Não! Não. Nem era para ela estar lá, ele teria compromissos agora. Foi apenas uma discussão boba, muito boba para falar a verdade.

— Então isso quer dizer que vai ficar tudo bem?

— Não sei.

— Mas como não? Você acabou de dizer que foi só uma discussão boba.

— Mas Justin e eu já passamos por muita coisa, e está cada vez mais difícil continuar.

— Casais tem briga o tempo todo ué, brigas bobas que depois se resolvem, é só conversar.

— Eu sei, pode acreditar, eu sei. Mas as coisas entre nós dois são meio... intensas, e faz tempo que é assim, e sabe, essa história dele ser famoso só complica.

— Deve estar sendo difícil para vocês.

— Você não faz ideia como! Acha que nós brigávamos por coisinhas idiotas assim? Quando namorei o Justin a gente brigou acho que três vezes, uma quando éramos amigos, depois uma pequena discussão por ciúmes que resolveu naquela noite mesmo, e a última, bom...

— Resultou na sua ida para Nova York, acertei? – assenti.

— Até hoje não sei se essa foi a melhor coisa que fiz, ou a maior besteira.

 Kyle não falou nada, ele era parecido comigo em relação a: “melhor não falar nada se não tiver o que dizer, melhor consolar estando perto, do que falar e soltar o que não deve”, então, apenas me encarou com aquelas orbes azuis mais do que perfeitas e deu um sorrisinho aconchegante. Ele de fato era um garoto incrível e lindo.

— Lua! – parei de prestar atenção no Kyle e olhei além dele, do outro lado da rua.

— Oi Sra. Pattie!?

— Cadê o Justin? – virei babá de astrozinho agora?

Lua, se controla.

— Ele mora enfrente a sua casa? – Kyle sussurrou para mim.

Assenti.

— Ele estava na escola, acho que foi resolver alguma coisa com algum professor sobre atividades atrasadas ou trabalho – gritei de volta.

— Aquele menino! Ele tem compromissos agora! Vai se atrasar!

— Sinto muito Sra. Pattie. Ele deve estar vindo.

— Tudo bem querida, não é culpa sua – não, claro que não, seu filho que resolveu provar o quanto é infantil e tirar satisfações comigo de coisas que mal sabia.

 Sorri e Pattie entrou em casa.

— Que mentirosa! – Kyle sorria.

— Melhor deixar isso quieto, pelo menos por agora. De qualquer modo, deixa o Justin contar, não seria nada bom se eu gritasse que havíamos brigado né? – ele pareceu pensar.

— É, realmente não – e ainda sorrindo, acabei deixando um escapar de meus lábios, talvez não tão branco e encantador, mas poxa, no momento era meu melhor sorriso. – Er... mudando de assunto, sem querer piorar a situação, mas, temos que ver o trabalho de história!

— Cara! É mesmo! Valeu por lembrar! Eu já tinha me esquecido – ele bagunçou, ainda mais, o cabelo.

— De nada, mas... e o Justin? – foi a minha vez de mexer no cabelo.

— Relaxa, eu dou meu jeito, sempre dei. Não vou deixar ninguém na mão, inclusive porque eu me ferro também né? – sorri.

— Então ok. Preciso ir agora! A gente se vê!? – ele colocou o capacete.

— Claro, até amanhã.

— Até – ligou a moto, deu a partida e eu entrei.

10º capitulo: Nice to meet you. Parte 4.

(...)

 Quente! Eu sentia um calor dos infernos, o que não era normal nessa época do ano e ficar parada dentro do quarto, ou desfilar de um lado para outro não estava ajudando para que eu me sentisse menos sufocada e agoniada, então peguei meu celular e desci disparada a escada da minha casa vazia, fui até o lado de fora e me sentei no último degrau da entrada, já sentindo um alivio absurdo e sobrenatural.

 Abri a pasta de mensagens do celular e escrevi:

“Srta. Harper Collins, esqueceu que tem amigos fora de Nova York? Sei que a vida aí é agitada demais para se lembrar de mim... mas isso magoa ok?”

 Ri da minha incrível capacidade de fazer drama, o pior de tudo é que ela demoraria para responder, um, que já é lerda por si só, dois, que uma mensagem de um país para outro não poderia chegar tão rápido assim.

 Olhei para frente ainda sorrindo e imaginando a histeria que Harper iria me responder, e nem a cara de Scooter Braun como minha primeira visão me fez deixar de sorrir. Eu sentia falta da Harper, posso arriscar dizer que sinto falta de Nova York, é sinto, de coisas, pessoas, lugares, não de todas as coisas, de todas as pessoas, de todos lugares, apenas alguns detalhes que me manteve viva.

 Se eu não deixei de sorrir pelo Sr. Braun, deixei por notar que Sr. Bieber vinha na minha direção. Esqueci tudo, Nova York, Harper, outras certas coisas... absolutamente tudo! Tentei me focar na discussão de hoje cedo e eu não sentia mais nada, raiva, nem nada. Foi apenas uma discussão idiota, como disse para Kyle, mas quando ele chegou perto, decidi que apenas um iria falar.

Ou seja, fiquei calada.

— Olha Lua, eu não vou mais correr atrás – mas o que? – Sabe, da história toda, o tempo todo quem foi atrás para que resolvêssemos os nossos problemas fui eu, uma hora isso cansa sabe? – ele não me parecia irritado ou confuso, nadinha parecido com um pouco mais cedo, parecia arrependido, mas envergonhado, não sei, minha cabeça andava a mil ao mesmo tempo que não conseguia produzir um pensamento descente, eu queria entender o que estava passando com ele, o porque ele veio falar isso comigo, aqui e agora, enquanto Scooter andava nervoso do outro lado. – Você sabe o quanto eu quero que a gente fique bem né? Mas sei lá, sempre sou eu que estou lá para corrigir os nossos erros, juntos e individuais, não vejo você tentar, ou quase isso. Eu não sei se aguento mais tudo isso sozinho, antes era só você e agora... – ele desviou o olhar e mudou o peso da perna, depois voltou para a mesma perna de antes e me olhou.

 Agora notei que eu fazia uma bela cara de paisagem, do tipo sem reação nenhuma, era como se eu olhasse para o rosto dele, mas não tivesse prestando atenção em uma letra que ele disse. Temo que Justin tenha achado isso.

— Então, é isso que eu queria te dizer – ele deu dois tapinhas no corrimão de madeira em que estava apoiado e se virou, completamente sem graça indo em direção ao empresário que já gesticulava nervoso.

 E essa minha cara mansa? De quem não prestou atenção no que ele disse? Que diabos foi isso? Eu nunca fiquei assim com Justin! E como não consegui formar um pensamento descente? Uma opinião? Eu mal consegui pensar direito no que Justin dizia!

 Esses prováveis dois dias fora do Justin não vão me ajudar a ter dias felizes, pelo contrário, já sinto nós começando a se atarem.

10º capitulo: Nice to meet you. Parte final.

 

Justin Bieber

Já era tarde da noite, o sol havia se posto há muito tempo e não tinha uma hora que eu acabara de chegar de mais uma viagem, cansado, com sono e uma dor de cabeça rara.

 Eu tinha jogado a minha bagagem em algum canto no quarto que eu já nem lembrava mais qual era, e depois de um banho – que só me deu mais sono – eu estava sentado na escrivaninha do meu quarto, brincando com alguns papeis e caneta, escrevendo coisas completamente avulsas que em algum momento, talvez, faria sentido, mas ali e agora, pareciam apenas idiotices, enquanto eu esperava a minha mãe vir com algum remédio.

— Justin?

— Entra mãe – terminei de desenhar o último “R” de “Bieber Fever”, larguei a caneta e me virei para porta esperando ver a minha mãe com algum copo de água e o tal remédio, mas não foi bem isso.

 Bom, eu vi a minha mãe e sim, ela tinha um copo de água e um remédio se dissolvendo lá dentro, mas um passo à frente dela, Lua estava parada e não me parecia muito tensa, posso dizer que ela até me parecia preocupada – isso ela não escondeu bem, ou não fez questão de esconder –, mas sua face, o tempo todo, desde que voltou, era tão tranquila que ela parecia ter certeza do que estivesse fazendo o tempo todo, ou como se não se fosse se importar com as consequências, já que, Lua jamais foi tão segura de si assim, a ponto de ser tão confiante em todas as coisas que faz.

— Aqui está – minha mãe se aproximou e eu só tirei os olhos da Lua quando fui pegar o copo. – Qualquer coisa estou lá em baixo – Lua e eu acompanhamos com os olhos a minha mãe sair.

 Segundos silenciosos e minha cabeça começou a latejar mais forte, então virei o copo todo de vez e deixei sobre a escrivaninha.

— Você está bem?

— Estou, é só uma dor de cabeça... quase não me dá, mas é que nessa viagem minha cabeça viveu a mil, tem a questão toda do novo CD...

— Já sabe o que vai fazer sobre?

— Não... ainda estou meio indeciso sobre a data de lançamento. Acho que falta mais alguma coisa.

— Hum... – você nota que há algo de estranho quando ela responde “hum”, porque simplesmente ela nunca responde assim.

— O que quer Lua? – a olhei.

— Falar com você.

— Então diz.

— Você precisa correr atrás.

— O que? – meu tom saiu um pouco indignado, ou talvez muito.

— É Justin, você precisa correr atrás, se não a gente não acontece e você sabe disso! Se realmente quer que fiquemos bem, tem que ir atrás.

— Você percebeu o quanto é idiota o que acabou de dizer?

— Eu sei, pode parecer bem imbecil, até para mim parece, mas é verdade Justin. Eu sou covarde e você se esquece desse detalhe, não venho atrás não é por orgulho, é por vergonha, sempre foi, vergonha de admitir que estava errada, medo de que você não queira, medo de sofrer de novo, quando se trata de mim é sempre medo. Você sabe, sabe bem. Já pensou o que deveria ter acontecido se você não tivesse me convencido do erro que cometi em deixar as coisas entre a gente acabar daquele jeito? Me fazendo voltar antes de viajar.

— Talvez sofreríamos menos se eu não tivesse convencido.

— Ou talvez não, sofreríamos do mesmo jeito, ou quem sabe mais ou menos, estaríamos sendo infelizes, e seria o dobro de complicado caso eu voltasse. Talvez seria pior. Justin... você sempre foi o mais forte de nós dois e talvez eu possa me considerar forte agora por confessar isso se não fosse algo tão evidente. Pode parecer injusto, eu sei. Eu realmente queria poder vir, pedir desculpas e te lembrar o quanto somos felizes juntos, mas não consigo, esse é o seu papel na história. Mas é questão de pedir desculpas? Ok, desculpa. Eu realmente não deveria ter te chamado de infantil, apesar de que você é, mas eu não deveria ter falado com você daquele jeito. Sabe que eu não penso antes de falar, muitas vezes, e esse está sendo um caso, mas enfim, aquele momento foi impulsivo como esse está sendo, mas talvez isso não seja um motivo para você, ok, ok – ela fechou os olhos e respirou fundo. – Parece injusto, pode até ser injusto, mas você precisa ir atrás, eu preciso que você vá, nós precisamos.

 Ela disse... “nós”.


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Notas finais do capítulo

e finalzinho de cap bem ruim e não revisado



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