I'm Here Again escrita por TahRodriguess


Capítulo 16
6. The California Sun - Parte 1.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura (;



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657945/chapter/16

Pov's Houston

Quando eu disse que não mudaria nada, eu estava errada e como estava.

– Lua! Lua! Lua! Lua! Lua!

– Eu estou aqui, Christian!

– Aqui onde, oras!?

– Na sala, besta.

– Ah! Te achei – me ajoelhei no sofá olhando para trás e ele apareceu na porta da sala.

– Vocês pediram para eu esperar aqui, para onde eu iria?

– Sei lá, né!? – ele deu de ombros.

– O que foi? – perguntei enquanto saia do sofá e andava em sua direção.

– O Jus...

– Esquece, já estou descendo – Justin o interrompeu ainda descendo as escadas.

– Digam logo! – eu já estava entediada.

– Ta, apressadinha – Justin começou. – Seu voo sai ás 12 p.m, Chris, Caitlin e eu vamos no antes desse.

– Por quê? – Chris questionou.

– Por que assim ela pode se passar como uma passageira normal, e não dar indícios que está com a gente, comigo sendo mais exato.

– Ah claro, mas eu...

– Chris, fica quieto – pedi. – Continua.

– Como eu estava dizendo, nós vamos antes, então no aeroporto vai ter uma pessoa te esperando, que não sei quem vai ser, e que vai te levar para o hotel. Quarto 225, 12º andar.

– Certo, só isso?

– Só.

– Então ta, até depois – passei pelos dois e fui em direção a porta.

– Espera! É só isso? Nem um “Ah! Eu vou para a Califórnia?” – Chris perguntou com um gritinho antes de tentar imitar a minha voz.

– Ué!? – dei de ombros, depois me virei e abri a porta. – Ah! Boa viagem – saí.

Para falar a verdade eu estava me controlando ao máximo para não demonstrar o quanto estava empolgada com isso. Queria gritar de felicidade e contar para o mundo que iria para Los Angeles e o melhor de tudo: com o Justin. Ok, Caitlin vai atrás, mas, ela não é mais um problema para mim.

Liguei meu note e pus músicas no máximo que dava, coisas bem diversificadas – quando eu falo “bem” é coisa que vá do rock ao pop, e completamente distintas ainda – enquanto terminava as malas, roupas frescas, shorts, camisetas e biquínis! Lógico! Não poderia faltar. Estava quase tudo pronto, os biquínis que eu comprara em Nova York para “festinhas” na piscina na casa da Harper – e em outras – por cima da mala, e na minha bagagem de mão um short para o caso de que eu queira trocar já que L.A é quente e eu sempre andava de calça há muitas semanas por causa do inverno. Me arrumei e pretendia ficar na cama até dar a hora de ir para o aeroporto, mas meu computador começou a sair um som muito alto que se misturava com a música. De inicio me assustei, mas depois corri para ver quem estava falando comigo.

Lua:

Sua infeliz! Me mata do coração mesmo!

Har:

Ué? O que eu fiz?

Lua:

O note está na maior altura, estava ouvindo música enquanto me arrumava.

Har:

Vai sair?

Lua:

Vou.

Har:

Que tipo de festinha?

Lua:

Haha. Você só pensa nisso, né?

Har:

Sempre, sempre. Mas aonde você vai?

Lua:

Ih! Curiosa.

Har:

Fala!

Lua:

Ta bom, ta bom.

Como eu iria contar? Não ia simplesmente dizer: “Vou para a Califórnia com o seu artista favorito” ela sequer sabia que eu conhecia o Justin. E agora?

Har:

Quer saber? Esquece! Eu tenho uma coisa para te contar.

Lua:

Fala.

Har:

Eu vi o Joe.

Lua:

Harper, você vê o Joe todos os dias.

Har:

Não, não! É que você não deixou eu terminar de falar, ou melhor, digitar. Eu vi ele na festa da Krist ontem. Sabe que ele não saia assim desde que...

Lua:

É, é. Agora e aí? Aposto que encheu a cara também.

Har:

E por que ele não faria isso?

Lua:

Eu o avisei tanto...

Har:

Ah, mas você não pode falar muito, Lua.

Lua:

Nem você, gracinha. E de qualquer jeito foi sempre na onda dele...

Har:

Mas...

Apareceu um aviso em baixo que ele estava digitando, se bem a conheço, escolhendo as palavras certas já que ficou sem o que dizer, mas meu celular tocou, eu precisava ir ao aeroporto cerca de meia hora antes do voo para fazer o check-in. Não esperei que terminasse.

Lua:

Desculpa Collins, mas preciso ir. Pode não parecer, mas sinto saudades.

Fechei tudo e pus meu note para desligar de uma vez, nem esperei resposta, o que me renderia muitas em off dela para ler. Depois eu vejo isso, não agora, sem problemas por enquanto.

Consegui chegar ao aeroporto a tempo de fazer o check-in apesar do transito. Meu pai me levou até lá e a minha mãe nem quis ir junto, o que eu sinceramente preferi, se não ia perder o voo de tantos “cuidados” e “boa viagem”. Antigamente minha mãe não era muito de se preocupar comigo, principalmente depois que entrei na adolescência e essa baboseira toda, mas às vezes ela conseguia enganar bem, e em quase todas as vezes, eu preferia sinceramente que ela não ficasse com tantos paparicos.

Avião ainda me dava um nervoso, meu corpo tremia e o desespero batia sempre que levantávamos voo ou pousávamos, e enquanto estávamos no ar eu preferia era dormir e esquecer que estávamos a metros o suficiente para morrer antes mesmo de chegar ao chão.

Cheguei a Los Angeles e tive a pequena impressão que já ia escurecer. Fiquei como barata tonta e com medo de que ninguém estivesse lá me esperando – eu, numa cidade gigante, com a segunda maior população dos Estados Unidos, em pleno aeroporto lotado sem conhecer ninguém, era ou não motivo para ter medo? Mas logo eu vi um cara com uma plaquinha escrita “Lua Houston” como se vê nos filmes. Fui até lá o observando de cima em baixo, sentindo dó por estar todo de preto nesse calor infernal que eu já sentia que fazia.

– Você é Lua Houston, mocinha?

– Sim. E acho que estou velha demais para ser chamada de “mocinha” não acha? – ele riu.

– Tem razão. Vamos, temos que chegar ao hotel logo!

– Por que tanta pressa?

– Ele não te contou?

– Se o seu “ele” estiver se referindo ao Justin, não, me contou não.

– Então não posso falar nada.

– Que merda! Odeio quando ele faz isso – o carinha riu.

– Bom Srta. Houston, melhor irmos. Deixe que eu carregue as suas malas – o entreguei apesar de ser uma de chão e outra de mão, mas o entreguei mesmo assim.

– Afinal, qual é o seu nome?

– James, prazer – nos cumprimentamos. – Vamos nos ver bastante enquanto a senhorita e seus amigos estiverem aqui.

– Senhorita não, você, detesto formalidades. – ele riu.

– Ok, agora vamos!?

– Vamos!

O segui até fora do aeroporto e James levou as minhas malas para um Citroën C5 preto. Depois de ter colocado a grande no porta-malas, abriu a porta do carro para que eu entrasse e me entregou a pequena.

– Então, você que é a tal Lua que o Justin vive falando? – levei um susto ao ver um cara vestido de um jeito despojado, com calça jeans escura, uma camiseta azul fresca e um sapatênis bege com marrom, no banco da frente me olhando.

– Depende, é meio difícil acreditar que o Justin vive falando de mim – respondi quando o susto passou. – Será que estamos falando da mesma pessoa? – ele riu.

– Houston?

– Bieber?

– Sim.

– Então, sim, sou eu. Lua Houston.

– Prazer, meu nome é Ryan Good – ele estendeu a mão sem jeito para que eu o cumprimentasse, e assim fiz.

– Tipo, Good?

– É Good.

– Good... good?

– É, Margareth.

– Eu não acredito que ele falou disso! – bati a mão no rosto o tampando e me joguei para trás batendo no encosto ficando completamente desengonçada e morrendo de vergonha enquanto os dois nos bancos da frente riam de mim. – Ah, Bieber! Você me paga – desencostei e fiquei sentada na ponta do banco de novo.

Do aeroporto até o hotel não era um caminho tão longo assim, mas pegamos um pouco de transito o que deveria me deixar um pouco desconfortável se o James e o Ryan não fossem tão legais. Conversamos e rimos todo o caminho, mas tive que sair do carro sozinha – seria estranho se me vissem com um cara da equipe do Justin – para pegar a chave do meu quarto – e claro, James pegou as minhas malas.

– A gente se vê depois – Ryan se despediu antes que eu saísse do carro.

– Tchau – o respondi. – Tchau, James! – ele acenou, depois entrou no carro e partiu.

Peguei as minhas malas e fui até a moça de uniforme azul marinho, com os cabelos ruivos e longos jogados por cima do ombro e uma maquiagem pesada.

– Olá, em que posso ajudá-la?

– Ahm... quarto 225.

– Reservado?

– Sim – provavelmente. Ela mexeu em alguma coisa no computador a sua frente.

– Ah sim. Bem vinda Srta. Lua Houston – ela me entregou um cartão – 12º andar.

– Obrigada – ela assentiu e eu fui direto para o elevador. Por incrível que pareça e apesar do saguão consideravelmente cheio, peguei o elevador sozinha.

Eu estava completamente distraída com aquela musiquinha do elevador, quando meu celular começa a berrar alto uma música pesada, dei sorte por estar sozinha, porque provavelmente iriam levar um susto como eu tomei o que me deixaria envergonhada.

Abri o celular e li à mensagem:

“Ryan me disse que você já chegou ao hotel. Encontre o Chris no saguão principal em meia hora, por favor. Er... eu costumava terminar as mensagens com “eu te amo” agora nem sei mais.”

Fiquei ansiosa para saber para que era esse mistério todo, confesso. Minha curiosidade era tanta, que joguei as minhas malas no quarto de qualquer jeito e passei o cartão na porta a trancando, depois andei apressada até o elevador que por azar – ou sorte – não peguei vazio.

Quando cheguei ao saguão, pensei que seria complicado encontrar aquela criatura pequena, se ele não estivesse acenando freneticamente em minha direção na distancia exata entre a recepcionista e a porta.

Fui até lá.

– Como foi de viagem? – pus as mãos nos bolsos de trás e me balancei para frente e para trás tentando parecer tranquila ao lembrar do meu nervosismo no ar.

– Legal – o olhei. – Mas então, a onde vamos?

– Justin me pediu segredo.

– E desde quando você guarda algum segredo, Chris?

– Eu sei ser bem discreto, ok?

– Chris, te conheço o suficiente para saber que você não sabe guardar segredo muito bem – ele pareceu ficar sentido com o meu comentário, então era nessa hora que tagarelava tudo que deveria ser segredo, mas antes de começar a falar ele olhou para o lado de fora pela porta de vidro e se acalmou.

– Ufa. Nosso transporte chegou – ia impedir de que ele saísse andando sem me dar uma resposta, mas não deu tempo, quando me situei ele já andava em direção à saída, o que fiz foi segui-lo.

Na frente do hotel tinha vários carros, de vários tipos e cores e justamente o menos provável para a minha mente desacostumada com a nova vida do Justin, o “nosso” carro, era uma limusine cinza escuro fosco. Quase fiquei parada como uma idiota olhando o carro, mas entrei na incerteza que era aquele mesmo, talvez o Chris estava querendo me pregar uma peça por eu quase ter o feito contar o segredo. Mas não era pegadinha. Quando entrei no carro lá estava Justin e Caitlin de um lado, então me sentei com Chris no outro olhando o famoso presente, um pouco abismada.

– Surpresa? – ele perguntou.

– Você quer mesmo que eu responda? – arqueei a sobrancelha.

– James! Podemos ir. – James? Olhei para trás de mim, por uma janelinha que dava visão para os bancos da frente.

– E aí, garota!?

– E aí, James! Achei que não te veria tão cedo!

– Eu disse que nos veríamos direto enquanto você estiver com o Sr. Bieber.

– Sr. Bieber? Ficou besta, Justin? – ele deu de ombros com um sorrisinho de lado.

– Oh motorista, vamos logo, por favor!? – Caitlin apressou de um jeito arrogante, como se fosse uma madame em Beverly Hills, mas ninguém deu muita atenção.

– Vamos, James. Estou curiosa desde quando cheguei e você soltou aquela. Vai, vai! – ele riu e acelerou o carro.

Chris e eu costumávamos ficar muito retardados juntos, isso é um fato. Já tentei ficar “normal”, mas nunca deu, sempre gritávamos no meio da rua ou falávamos coisas “indevidas” e xingávamos um ao outro, como forma de demonstrar a nossa amizade. Nesse caso não foi diferente, éramos dois idiotas dentro de uma limusine em Los Angeles.

O calor era muito intenso e o silêncio ali dentro me sufocava, mas eu estava completamente animada com todos aqueles botõezinhos, acabei apertando um e o teto do carro se abriu, não pensei duas vezes: fiquei em pé no banco e pus meu corpo para fora do carro pelo teto.

– Você é louca? – Justin perguntou lá de baixo.

– Aqui é muito legal! – entrei, respondi e depois saí com a cabeça de novo, deixando meus cabelos voarem com o vento, e olhei o mar cintilando no horizonte.

Era tudo muito lindo, não só o lugar, mas as pessoas também, tinha cada menina que conseguia me fazer um lixo se fosse a algum tempo atrás, mas elas não importam. Os garotos eram todos bronzeados, vários com pranchas de surf nas mãos e com tanquinhos generosos.

– E cara, que vista linda.

– Chega para o lado – me exprimi no canto para que Chris subisse.

– Agora entendi do que você está falando – ele virou completamente o rosto vendo uma menina passar quando estávamos no sinal.

Quando o carro voltou a andar quase que escorreguei e tive um acidente sério, mas nada me impediria de ficar lá.

A não ser a vergonha talvez.

L.A., L.A. baby, she's a. L.A., L.A. baby, you're my. L.A., L.A. baby, she's a. L.A., L.A. baby – nós cantávamos, ou melhor, gritávamos para quem bem estivesse, ou não, a fim de ouvir.

Entramos no carro de novo nos jogando sentados no banco e em lugares opostos – eu onde ele estava sentando, e ele onde eu estava – rindo e tentando terminar a música, coisa que não conseguimos.

– Conheço outra e tenho certeza que você não conhece.

– Qual?

The time we spent here is already in the past. L.A. L.A. L.A. L.A. Go today. L.A. L.A. L.A. L.A. It's a date. L.A. L.A. L.A. L.A. Say hooray.

– É não, conheço.

– Eu sei... – ficamos nos encarando e depois tentamos cantar Jonas Brothers de novo, mas nos encolhemos no banco de tanto rir.

Justin também ria do nosso comportamento, até James ria, a única que não gostava muito daquilo era a Caitlin, obvio. Desde que cheguei, ela fica de cara fechada toda mal humorada.

– Ok, Ok. Agora parem de palhaçadas vocês dois que já chegamos – Justin olhou pela janela depois nos encarou.

– Até que enfim! – resmunguei.

– Quer que eu abra a porta, Sr. Bieber?

– Não James, valeu.

Caitlin foi a primeira a sair, depois Justin e eu praticamente me joguei para fora do carro quando Chris saiu. Curiosa? Nem um pouco.

Fiquei pasma ao ver do que se tratava, era difícil acreditar.

– Eu não sabia que existia lugares como esses.

– Nem eu, mas agora vamos entrar, não posso ficar muito tempo aqui. Parece que atraio câmeras – Justin deu um sorrisinho convencido.

– Então vamos Sr. Eu sou o astro teen mais convencido do mundo – ele riu e foi em direção à porta do estabelecimento, com a Caitlin do lado e Chris e eu seguindo atrás.

O lugar era... ahm... grande e eu estava completamente encantada com aquilo. Tinha uma pista enorme um pouco mais larga do que a de Kart, toda protegida por pneus empilhados. Estava completamente vazio, com exceção de nós e dois caras numa parte fechada que parecia uma espécie de bilheteria, mas ampla. Os dois caras vieram até nós, um era mais velho do que o outro, mas não era acabado, talvez uns trinta ou um quarentão com muita saúde, quero dizer, ele parecia ser mais velho e não um velho.

– Eu... Eu... – estava simplesmente pasma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Lá vem capitulo gigantão vindo por aí, minha gente. E ainda sem regularidade e.e



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I'm Here Again" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.