I'm Here Again escrita por TahRodriguess


Capítulo 12
4. Merry Christmas and Happy New Year - Parte Final


Notas iniciais do capítulo

Finalmente a ultima parte desse cap! Boa leitura (;



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(...)

– Lua! Anda! Estamos atrasados!

– Nem estamos! Faltam duas horas para meia noite ainda. Vamos chegar esse ano, relaxa.

– O que tanto faz aí em cima?

– Tentando encaixar o tênis!

– Não acredito que vai de tênis!

– Não acredito que ainda me diz isso.

– Ok, Ok...

– Encaixa! – praticamente gritei com o tênis, como se ele fosse ouvir.

– Por que você não amarra? – minha mãe passou reto pelo corredor.

– Eu? Amarrar um all star? Nunca! Amém! Encaixou! – levantei, dei alguns passos para lá e para cá para vê se estava frouxo, depois saí do quarto correndo pelo corredor até o quarto dos meus pais. – Pronta.

– Agora espera – minha estava sentada em frente ao espelho da penteadeira retocando a maquiagem feita a nem 20 minutos atrás.

– Estamos atrasados! – fui irônica ao dizer.

– Nem estamos! Faltam duas horas para meia noite ainda – e minha mãe também ao responder.

– Espero vocês lá em baixo – gritei já correndo até a escada.

– Ok – e minha mãe gritou de volta.

Fui até o quarto só para pegar o celular, então mal entrei, depois desci as escadas e me joguei no sofá. Fique brincando com o celular, entrei na internet e fiquei jogando palavras fora no twitter. Dizia qualquer coisa, cantava o que vinha à minha cabeça, enfim, fique fazendo nada.

– Com que casaco você vai? – minha mãe parou no pé da escada e ficou me encarando, mas eu não tirava os olhos do celular.

– Com o marrom.

– Mas você foi com ele no natal.

– E vou de novo.

– Por que vai repetir?

– Qual o problema de repetir?

– Tem que ter roupas novas – agora a olhei.

– Mãe, é festa de Ano Novo e não de Roupa Nova – depois voltei para o celular –, além do mais não tenho qual outro usar.

– Claro que têm, aquele meio bege que eu comprei para você no inverno passado, você nunca usou, é uma boa.

– Mãe! Aquilo não tem nada a ver comigo – agora ela tem a minha total atenção.

– Claro que tem, super combina com você.

– Ah! Combina muito, aquele troço todo chique e eu com all star, calça jeans e camiseta.

– Troca – ela sorriu. Essa ideia realmente passou pela cabeça dela?

– Fico sem combinar, mas não troco meu all star – levantei do sofá com os olhos semicerrados para ela. – Você venceu – dita essas palavras, ela me deu espaço na frente da escada para eu passar. Subi correndo e quase entrando no meu quarto vi meu pai vindo em direção contraria.

– Já está pronta, Lua?

– Estava, agora sua mulher me mandou pegar outro casaco. Sorte é que eu puxei a você e não a ela.

– Por quê?

– Porque dona Anna trocaria cada peça de roupa só por um casaco, como a mesma sugeriu – ele riu.

– Que sorte que você não é a sua mãe – ele continuou andando.

– Sorte mesmo. Desço assim que achar o casaco. Dois minutos pretendo.

– Ok – e ele sumiu descendo as escadas.

Se eu não achasse o casaco em dois minutos, desistiria de procurar, mas a minha mãe é mais esperta do que eu imaginava. Assim que abri o guarda roupa lá estava ele prontinho para ser usado, bastava apenas vestir.

Revirei os olhos com a cena e vesti aquilo para terminar de montar o look.

– Sabe que all star não combina com isso, né? – a minha mãe perguntou logo que desci as escadas.

– Sabe que foi você que me “obrigou” a usar isso, né? – fiz as aspas.

– Não acredito que você vai assim.

– Não acredito que você ainda me faz essa pergunta.

– É ano novo, sem brigas, por favor – meu pai entrou no meio. – Vamos, antes que o ano acabe ou que vocês se matem – ele passou na nossa frente acabando com a batalha visual entre minha mãe e eu.

Querido Deus, por que minha mãe tinha que ser assim? Pior, por que ela ainda insiste em ser assim? Já não passou um pouquinho da hora dela querer mandar no meu modo de agir e de vestir? Ok, ela é a minha mãe, mas essa briga dura há anos! Uma coisa era quando eu tinha 10, 12 anos, agora já irei para os 18 e ela ainda quer escolher o que eu vou vestir. Se ela reclama do que eu uso, vou sair de vestido colado e mini saia para ver o que ela vai falar, que droga!

Não, por mais que eu não goste disso, eu nunca faria uma besteira dessa comigo mesma.

Quando chegamos à casa do Justin minha preguiça não me deixou tirar o casaco, nem precisou também.

– Aí uma coisa que eu não imaginaria você usando.

– Se refere ao casaco? – ele assentiu. – Nem eu.

– Então... – ele franziu o cenho confuso.

– Presente da minha querida mãe.

– Então é por isso que não tem nada a ver com você.

– Pois é. Nem iria usar. Sabe, já pus uma camisa branca mesmo, porque se não fosse ela não me deixaria sair de casa.

– Você acredita nessas coisas?

– Não! Mas ela sim – ele riu, talvez da minha careta ou do meu modo de falar, não importa.

– Ela não muda nunca, né?

– Não mesmo! – acabei sorrindo, assim como ele que me encarava nos olhos e sabe qual o mais legal? Eu não conseguia desviar os meus dos dele.

– E cadê o... – olhei para os lados com certo sacrifício.

– Chris? Ele vai chegar daqui a pouco. A Sra. Beadles e a Caitlin demoram um pouco para se arrumar, do tipo que faz dez minutos virar meia hora, sabe?

– Tipo, uma Anna Houston?

– Por aí! – e ele riu de novo. – Se não fosse pelo Chris, eu preferia que eles nem viessem, ou sei lá, que simplesmente a Caitlin já tivesse arranjado amigas o suficiente para não vir.

– Cara! Que amor pela namoradinha.

– Amor? Eu to é de saco cheio! Ela não larga do meu pé! Desde que você chegou então! Nem comento.

– Ah cara, viu!? Fica de joguinho de marketing para cima da mídia, se livra dessa, Bieber.

– Eu achei que depois de tudo ela ia ser legal, mas nem uma semana depois que começamos a namorar vi que não tinha mais jeito. Pode parecer maldade da minha parte, mas não a suporto.

– E por que não terminam?

– Você acha que eu já não tentei? Mas mesmo assim ela fica no meu pé. Ultimamente, então!

– Por que ultimamente?

– Você ainda pergunta?

– Não foi o que eu acabei de fazer?

– Realmente não sabe a resposta?

– Se você não me contar, não vou saber mesmo.

– Ela ficou pior por causa de...

– “De...” o que criatura?

– Você.

Gelei, sem mais. Procurei em cada centímetro do meu cérebro uma resposta rápida e eficiente, mas não dava. Talvez o fato dos meus olhos estarem fixados nos seus fazia com que, simplesmente qualquer parte de mim, que exigia algum esforço a mais, ou seja, que não tão básico quanto respirar não funcionasse muito bem - ou talvez até mesmo as funções básicas ficassem difíceis.

– Sabe que já passou tempo demais para me dar uma resposta convincente, né?

– Sei, pior que sei muito bem – ele deu um sorrisinho satisfeito. – Mas não entendo esse seu sorrisinho satisfeito, isso só quer dizer que ela sente um ciúmes idiota de mim.

– E você não acha isso motivo suficiente?

– Não, é tudo coisa dela.

– Para ter ciúmes, tem que ter alguma coisa a ver, não acha?

– Sei lá, isso é como esse seu ciúme sem sentido com relação ao Chris.

– Mas isso eu já expliquei.

– Mas ainda não entra na minha cabeça! É tão sem sentido.

– Já disse, é que vocês ficaram próximos demais, em tão pouco tempo.

– Ok, mas sempre foi assim com o Luka. Notou que a gente só inverteu? Tipo, eu conhecia o Luka, aí te apresentei e vocês ficaram amigos. Você conhecia o Chris, me apresentou, e ficamos amigos.

– Amigos demais para o meu gosto – ele fechou a cara, como se não gostasse da ideia, o que, pelo que me parecia, realmente não gostava.

– Ah qual é? Sou uma pessoa carente, ta? Tenho vários amigos, mas parece que todos me abandonaram! Nem os mais chegados, nem os mais distantes estão por perto – fiz um bico aborrecida. – Chris é o mais perto de mim porque é o único que sempre está aqui, e não adianta dizer que não é verdade porque é sim! Você vive viajando, o trio Luka, Hayely e Karol parecem que nem me conhecem mais! Entendo os problemas entre Halle e Luka, mas sei lá, acho tão estranho. Nos conhecemos toda a vida e agora é como se acabássemos de nos tornar amigos.

– Tenta entender esses dois, não é de hoje que estão com problemas. Espera aí! Você mudou de assunto! – sorri, apesar de que foi sem querer, sorri de um modo que dava para entender que fiz de propósito.

Ele parou de me olhar com aquela expressão brincalhona com os olhos semicerrados e eu pude notar seus olhos passearem pelo meu rosto fazendo com que meu sorriso se desfizesse de imediato, transmitindo certa tensão pelos meus olhos.

– A Caitlin tem motivos de sobra para ter ciúmes de você, e você sabe disso.

– Mas nós terminamos há muito tempo e não temos nada demais.

– Você fala isso como se não lembrasse do beijo.

– Eu já pedi para esquecer aquilo, já até te dei um motivo.

– Mas você acha realmente que eu acreditei? – assenti. – Fala sério, Lua! Aquilo de que você se sentiu mal por não ter me dado nada no natal, não colou.

– Mas ela não sabe! Ou sabe?

– Não, não.

– Então eu não entendo, não dou razão para ela sentir isso.

– Mas talvez eu dê.

Eu estava tão atordoada com aquilo que nem sequer notei a proximidade de nossos rostos. Eu sentia seu hálito quente bater um pouco forte devido a pouca distância. Meus olhos até já começavam a se fechar e a minha boca a abrir.

– Just! – tinha um detalhe, quem chegasse poderia nos ver perfeitamente e logo quem eu menos queria sequer ver mais uma vez na minha vida, chegou.

Nos afastamos, ou melhor, Justin se afastou de mim, eu apenas virei o rosto desejando que ela morresse, por causa da raiva. Mas logo voltei, tentando uma expressão mais relaxada, aí a vi perdurada no pescoço dele com um braço sendo que ele estava esticando o mesmo para o lado tentando se afastar dela e olhando para cima, depois me olhou ainda esticando o pescoço.

– Meu irmão está para lá – ela apontou para um lugar qualquer –, pode ir, deixa que eu cuido do Justin – fique a encarando meio “fala sério”. – Vai, vai.. está esperando o que?

– Caitlin, você fez algum curso para ser chata ou é assim mesmo? – esperei só o tempo de perceber que ela se irritou e saí dali.

Calma Lua, é ano novo, não precisar se irritar com alguém tão inútil como Caitlin Beadles.

– Posso matar a sua irmã? – perguntei ao Chris, depois bufei e me joguei no sofá da sala.

– Ela te atrapalhou com o Justin? – assenti. – Isso era de se imaginar, por que está tão aborrecida?

– Por que era para eu não estar? – me sentei. – Não dá mais e eu lembro disso todos os segundos da minha vida, mas quando estou com ele daquele jeito, parece que esqueço até que o mundo existe.

– Por que “não dá mais”?

– Eu não quero mais ficar com o Justin!

– Não quer? Não foi o que me pareceu quando cheguei.

– Eu não posso – praticamente sussurrei.

– Po...

– Chris! Esquece isso, ok? Já to legal, é que às vezes eu esqueço como a sua irmã pode ser estúpida.

– Tem certeza?

– Claro! Já se passaram dois minutos desde o que aconteceu – fechei meus olhos firmes e fiz um biquinho para o Chris, depois abri os olhos e sorri. Ele riu.

– Você é louca.

– Me conte uma novidade! – ri também.

– Vamos! Vamos todos! Vai dar meia noite! – Pattie gritou de sei lá onde.

– Vem! – Chris se levantou do braço do sofá e eu me levantei logo em seguida, mas ele correu até o jardim interno e eu fiquei um para trás, mas depois driblei as pessoas e fiquei ao lado dele.

– Faça um pedido – Chris disse sorrindo para mim.

5... 4... 3... 2... 1... FELIZ ANO NOVO!

Fechei meus olhos e fiz um pedido, rápido, simples, e quando abri, era aquela maratona de fogos de artifícios no céu e abraços na terra, sem contar os desejos de “feliz ano novo”. Fiquei um pouco perdida no meio daqueles abraços, era um de um lado, outros do outro até que eu nem sabia quem já tinha me abraçado – como se tivesse muita gente.

– Feliz ano novo, Lua – ele me abraçou.

– Feliz ano novo, tigrinho.

– Essa você não se esquece, né? – nos afastamos.

– Nunca – Chris passou a olhar um ponto atrás de mim. Franzi o cenho ainda sorrindo e ele deu um aceno discreto com a cabeça ainda olhando para trás de mim. Me virei e senti alguém me abraçar.

– Não poderia deixar de te desejar feliz ano novo.

– Para você também, Justin – ele se afastou. – Fez seu pedido?

– Fiz sim e você?

– Fiz.

– E qual é?

– Se eu contar não vai acontecer.

– Tem a ver comigo? – ri.

– Se eu disser não vai ter graça.

– Por quê?

– Porque não oras! E sua namoradinha?

– Por que você liga tanto para, Caitlin!?

– Eu não me importo com ela, sério, mas se ela aparecer e fazer o mesmo showzinho do que agora pouco, vai levar outro soco de mim – ele riu.

– Relaxa, fugi dela por alguns segundos.

– Resta saber quantos.

– Queria que fosse pelo resto da vida.

– Pelo resto da vida é muito tempo.

– Longe da Caitlin? Para mim ainda é pouco.

– Quanto ódio.

– Não é ódio, estou apenas no meu limite.

– Justin! – por que ela não vai embora? Não desaparece? Não vai para marte ou plutão que nem planeta é mais? Por quê?

– Vai lá Justin, é melhor que ela não venha aqui – ele revirou os olhos.

– Fazer o que?

Virei para o Chris assim que ele se foi, respirei fundo de olhos fechados e depois os abri.

– Assim não dá – disse.


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Notas finais do capítulo

Não sei se perceberam, mas as postagem estão sendo diárias com um dia de espaço a cada capitulo. Porém não sei se vou conseguir continuar com isso por essas próximas semanas. Vou tentar programar os posts, mas se eu não conseguir assim que as coisas acalmarem um pouco volto a fazer desse jeito, ok? Até mais!



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