Efeito Cinderela escrita por Connor Hawke


Capítulo 9
Um dia cinzento


Notas iniciais do capítulo

Olá! Novo capítulo de Efeito Cinderela. E eu gostaria de agradecer a fofa da minha leitora que acompanha e comenta todos os capítulos da minha fic, a Puppy, pelo comentário no capítulo anterior. Eu fiquei pensando no que ela tinha comentado, e resolvi editar esse capítulo, e explicar porque o Kurt prefere ser uma garota do que um garoto. E esse capítulo está realmente especial, pois várias partes da história do Kurt foram baseadas em passagens da minha vida, com pequenas alterações pra ficar mais dramático. Então, eu espero que curtam^^

Boa leitura!



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Apartamento de Kurt Blake

Kurt estava debaixo do edredom apenas de cueca dormindo. Ele virava de um lado para o outro, trocava de posição na cama, até que abriu seus olhos. Os raios de sol que entravam pela janela do quarto dele quase o cegavam de tão claros que eram. O semblante dele estava com uma expressão de cansaço que o deixavam parecendo um zumbi.

Kurt joga o edredom para o lado, se levanta e fica sentado na cama. Ele olha a sua volta.

"Que saco!" — Ele pensou.

Ele então saiu da cama e foi para cozinha preparar o café. Chegando lá, ele abriu a geladeira e viu o que tinha para fazer. Resolveu que iria comer fora naquele dia.

[...]

Starbucks Café

Kurt estava sentado numa mesa da cafeteria tomando um Latte Macchiato que ele havia pedido. Ele vestia uma blusa preta de mangas compridas, de decote V, uma bermuda cargo bege e tênis preto.

Ele bebia um pouco da bebida, olhava para casais de namorados que conversavam entre si, davam risadas, e tudo mais.

"Eu gostaria muito de encontrar alguém especial...Deus! Como eu ODEIO casais de namorados" — Ele pensou.

De repente, um turbilhão de rosas vermelhas surge e dentro dele a figura de Danielle começa a se formar até materializá-la por completo. Ela então surge vestindo um vestido rosa e sandálias rosa.

—Kurt, nós precisamos conversar —Danielle retrucou.

Kurt ignorou Danielle olhando para o teto.

—Kurt, olhe para mim. Não me ignore!

Kurt então voltou o olhar para Danielle.

—Está bem, o que você quer? — Kurt falou irritado.

Danielle se sentou na mesa e ficou de frente para ele.

—Eu quero conversar com você — Danielle enfatizou.

— Sobre o quê? — Kurt ficou curioso.

— Depois que o "Efeito Cinderela" passou, e eu disse para você que o efeito só durava até meia-noite, você ficou revoltado porque o efeito tinha acabado. Você pode me dizer, porque você quer tanto ser uma garota de verdade? Eu achei que você queria por diversão — Danielle comentou.

— Bem, é porque...eu costumava a andar com garotas quando estava no colégio e me divertia muito estando com elas, porque elas não me viam como os outros garotos sendo babacas. Elas gostavam de mim e elas me consideravam um amigo de verdade. Um dia, uns valentões me viram andando com as garotas, e me xingaram de "Gay". Eu os contestei, e disse que eu não era "Gay", eu só não concordava com o modo que os outros garotos agiam com elas — Kurt revelou.

— Interessante. Acho que agora faz sentido o modo como você agiu naquele dia — Danielle concluiu.

— Enfim, os valentões me espancaram por defender as garotas, e elas foram como meus "anjos da guarda" e me defenderam, pois achavam que eu era diferente dos outros garotos, que só as maltratavam — Kurt prosseguiu.

— Continue,querido — Danielle pediu.

—Naquele momento, eu me sentia tão feliz pois, as garotas eram mais sinceras que os falsos amigos que eu tinha — Kurt falou com nostalgia.

— E depois, o que você fez?

— Eu fui para casa, e a tarde quando os meus pais não estavam em casa, eu comecei a me vestir como uma garota, me maquiar como uma, e fui me olhar no espelho. Eu senti um calor muito intenso dentro de mim, com aquelas roupas que eu estava usando. Mas, não era um calor que faz você suar. Era um calor bom. Eu me toquei, e apesar de um pouco nervoso, eu me sentia bem naquelas roupas. Eu ansiava por ser uma garota por completo. Eu até me excitava com aquelas roupas. Depois de viver aquela fantasia, eu tirava as roupas e voltava a me vestir as minhas roupas normais.

—Hmm...mas, eu não vejo nada de errado no que você me contou até agora. Agora, se você tem uma fantasia como essa, eu acho que você deve experimentar, digo, por que não? E se você quiser e estiver disposto, você deve tentar a resignação sexual — Danielle aconselhou.

— Agora você virou psiquiatra como sua prima? Você não disse que você não dá conselhos? — Kurt lembrou.

— Eu sei o que eu disse. Eu não dou conselhos como ela, sabe? eu não trabalho ajudando casais, o meu trabalho é ajudar com os desejos dos corações das pessoas. Se você quer experimentar ser uma garota, eu te ajudo. Eu só não imaginava que você não quisesse só experimentar — Danielle explanou.

— Entendo. Me desculpe por isso. Posso continuar? — Kurt quis saber.

— Claro, querido.

— Então teve esse dia, os meus pais me pegaram vestido com as roupas femininas e ficaram chocados com aquilo. Eles disseram que eu deveria ser um homem e não uma mulher. Meu pai me bateu repetidas vezes. Ele achava que aquilo ia me "consertar". Eu fiquei traumatizado com aquilo e chorei litros em meu quarto — Kurt quase despejou lágrimas, tamanha era a melancolia que sentia, mas se conteve.

— Desculpa — Kurt fez um sinal de pare com a mão— Meu pai...ele sempre me dizia para parar de chorar, que homem não chora...e isso me machuca, toda vez que essa lembrança me vem a tona.

— Está tudo bem, Kurt. Se quiser chorar, pode chorar...— Danielle o reconfortou.

Kurt ficou refletindo sobre aquelas lembranças e de repente, ele começou a chorar ali na mesa do café.

— Desculpa — Kurt falou com uma voz chorosa...

— Está tudo bem, Kurt. Chore o quanto quiser. Faz bem chorar...

 Kurt continuou a chorar. As pessoas que estavam ali no café voltaram sua atenção para ele e ficaram sem entender o que estava acontecendo.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado^^

Até o próximo!



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