Naruto - After the Moon escrita por Mirytie
Notas iniciais do capítulo
Enjoy ^-^
Naruto olhou para Maiko, enquanto esperavam pela assistente de Kakashi, que tinha ido informá-lo da presença dos gémeos.
— Talvez fosse melhor…tirar a capa, agora. – murmurou Naruto, já que Hinata também parecia preocupada e ele tinha medo que ela colapsasse novamente.
— Está tudo bem. – garantiu Maiko – Não é a mim que o hokage quer ver.
Maiko pousou as mãos nos ombros dos filhos.
— Ele não lhes vai fazer nada. – prometeu Hinata, realmente preocupada – Eu garanto-lhe.
Maiko limitou-se a olhar para Hinata e sorrir um pouco. Sabia que ela estava a pensar usar o seu poder como descendente da família Hyuuga para tentar protege-la. Mas, aquele que podia protege-la nem sequer tinha o conhecimento da sua presença em Konoha.
Ao ouvir a porta do escritório do Hokage a abrir-se, Maiko olhou em frente e viu que a assistente olhava a medo para ela e para os gémeos, apesar de estes já terem voltado ao normal. Isso irritou um pouco Maiko. Eles eram só crianças, e iriam ser “julgados” pelos crimes que eles achavam que o pai tinha cometido.
— O hokage-sama requer a vossa presença. – disse a assistente, calmamente.
— Eu queria entrar com eles. – pediu Hinata, recebendo um olhar reprovador da assistente.
— Hinata-sama, isso é impossível. – disse a assistente, fazendo um gesto para que Maiko e os gémeos a seguissem – De qualquer maneira, não vão demorar muito.
Maiko sorriu de novo em direção a Hinata, antes de seguir a assistente, acompanhada pelos filhos, que pareciam ser os menos nervosos de todo o grupo presente. Aliás, entraram no escritório do hokage com curiosidade e sem ponta de medo.
Já a expressão de Kakashi era irreconhecível, depois de olhar para a capa de Maiko e para os gémeos. Se Naruto estivesse presente, garantiria que nunca tinha visto tal expressão. Era um misturado de surpresa, choque e, se fosse confessar, um pouco de medo. E felicidade. Estava feliz por ele ter encontrado um pouco de felicidade nos seus últimos anos de vida.
— Prazer em conhecer-te. Deves ser a Maiko. – Kakashi olhou de seguida para os gémeos – Sabiam que eu conheci o vosso pai?
As caras das crianças começaram a brilhar e Kakashi percebeu que Maiko claramente falava sobre o pai das crianças frequentemente e da maneira que todos deviam falar.
— Conhece o nosso pai? – perguntou Misaka – Ele foi um herói tão espantoso como a mãe diz que foi?
— Ainda maior. – garantiu Kakashi, contente por ver um sorriso tão grande nas caras das crianças – Como é que vocês se chamam?
— O meu nome é Misaka e o meu irmão chama-se Takero. – respondeu Misaka, uma vez que o irmão ainda estava um pouco hesitante – Foi o nosso pai que escolheu os nossos nomes.
— Misaka! – chamou a mãe, num tom autoritário.
Kakashi sorriu por detrás da máscara. – São nomes muito bonitos. O vosso pai sempre teve bom gosto.
Os sorrisos das crianças abriram-se novamente, mas Maiko cerrou o punho.
— Por favor, não fale do Itachi assim. – pediu Maiko, chamando a atenção de Kakashi – Não o conheceu bem o suficiente para falar dele a estas crianças.
— Então é verdade que elas são Uchiha. – disse Kakashi, mas Maiko permaneceu em silêncio – Sabes que o clã Uchiha pertence a Konoha…
Maiko continuou em silêncio, mas os gémeos começaram a ficar preocupados, apesar de parecerem não compreender muito bem a situação.
— E eu sou da Vila Oculta na Neve. – disse Maiko – Nenhum de nós tenciona voltar para onde “pertence”.
— O clã Uchiha…
— Está quase extinto. – completou Maiko – E os gémeos herdaram os poderes do clã. É por isso que os quer aqui.
Bem, Kakashi não podia negar aquilo. O facto de querer reviver o clã era uma das principais razões para querer que os gémeos fossem viver para a aldeia. No entanto, o facto de duas crianças estarem a viver desprotegidas no meio do nada também tinha pesado naquela situação. Mesmo quando a sua assistente lhe tinha dito que seria uma má ideia trazer os filhos de um traidor para Konoha.
“O pai não tem nada a ver com os filhos.” Era o que tinha respondido. No entanto, se Sasuke fosse mais social na vila, Kakashi nem teria de defender o nome Uchiha, já que saberiam a verdadeira história.
Muitas vezes Kakashi perguntava-se se Sasuke iria deixar que a história do seu irmão fosse enterrada como mais uma feia mentira. Ou se algum dia poderia contar a todos a verdade sobre Itachi.
— Eu não vou obrigar os gémeos a ficarem. – disse Kakashi, vendo Maiko pôr as mãos nos ombros dos gémeos – Só quero que fiquem durante uns dias.
Maiko abanou a cabeça.
— Já quebrei a promessa que fiz ao Itachi, ao sair da casa que ele construiu. – disse Maiko – Eu e os gémeos estamos perfeitamente bem…
Ao ouvir um barulho do outro lado da parede, do que parecia ser uma discussão, Maiko parou de falar e olhou para a porta quando esta se abriu de rompante e Sasuke entrou, seguido pela assistente. Hinata seguindo-se, entrando de socapa, aproveitando a confusão que Sasuke tinha criado.
Kakashi olhou para os gémeos, confuso, quando estes se esconderam atrás da mãe, depois de verem Sasuke. Maiko limitou-se a suspirar. Alguém devia ter-lhe dito que tinha visto uma mulher com a capa da Akatsuki dentro da vila.
— Sasuke-kun. – foi a única coisa que Maiko disse.
Sasuke olhou para Maiko, depois para os gémeos e finalmente para Kakashi.
— O que é que está a fazer? – perguntou Sasuke, dirigindo-se a Kakashi – Eu disse que tratava deste assunto – Eu disse que tratava deste assunto.
— Claramente estás a fazer um trabalho horrível. – disse Kakashi – Ou eu não os teria chamado aqui.
— Estava tudo controlado. – garantiu Sasuke.
— O clã Hyuuga foi envolvido. – Kakashi apontou para Hinata, que estremeceu – Isso não me parece “controlado”.
Sasuke olhou de lado para Hinata, que deu um passo atrás.
— Sasuke! – exclamou Kakashi – Nós precisamos dos gémeos AQUI!
Maiko franziu as sobrancelhas. – Eles não são objetos nem a propriedade de ninguém!
Kakashi olhou para Maiko, arrependido por falar daquela maneira…pelo menos com eles presentes.
Kakashi ia-se desculpar mas, quando abriu a boca, foi interrompido por Hinata.
— Por favor, fiquem aqui. – pediu Hinata – Pelo menos esta noite. Venham jantar a minha casa, para que eu lhe possa agradecer devidamente.
Maiko olhou para Hinata e depois para os gémeos. Finalmente, suspirou. – Tens uma cama para toda a gente?
…
Hinata não tinha uma cama para toda a gente, mas tinha ficado combinado que os gémeos e Maiko ficariam no seu quarto, só naquela noite. Por isso, Hinata preparava o jantar com um sorriso na cara, enquanto a irmã preparava a cama.
Iria garantir que fosse uma boa noite.
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