Ela lia os livros e não imaginava que o mundo fosse diferente daquilo que estava escrito. Não entedia que o mundo é sujo, que pessoas são cruéis como se não tivessem corações e onde o amor é subterrado embaixo de uma montanha de crueldade. Ela não entedia que o mundo onde o amor era prioridade e onde a morte havia levado para si os sentimentos ruins não existia.

Ela lia os livros e imaginava pessoas de bons pensamentos, de mentalidade culta e de uma educação extrema, tão grande quanto o maior dos montes. Ela não entedia que o mundo onde ela vive as pessoas estão constantemente sujas com suas mentiras, roubos e falsidades, que a mentalidade culta das pessoas e a educação eram tão baixas quanto um anão e tão minúscula quanto uma formiga.

Ela lia em seus livros e imaginava que o medo era um monstro dominado por fortes guerreiros. Ela não entedia que o mundo onde ela vive o medo era um monstro que corria solto pelas calçadas, que habitava o mais profunda da alma de todos, ela não entedia que os fortes guerreiros, que deveriam aprisionar o medo, eram os que o colocavam no mundo.

Ela lia em seus livros e imaginava que era assim que o mundo deveria ser. Ela não entedia que o mundo onde ela vive nunca será assim, porém ela entedia e sonhava que enquanto em seus livros estivessem escritos esses contos e enquanto seus sonhos ainda estivessem vivos ainda havia solução para o monstro chamando medo, para as montanhas de crueldade e para as pessoas sujas de crueldade.