Capítulo 1

Lucy Heartflia

O que seria a vida sem amores? Essa é uma das perguntas que pairavam sobre mim. O amor é perfeito; todas as pessoas desejam ser amadas, com certeza. Mas nem todos o recebe de portas abertas; há uns que ignoram; outros ama, só que não é amada. Mas também há aquelas que amam em conjuntos. Àquelas pessoas que amam verdadeiramente, que doariam até a alma pela pessoa amada. E, digo novamente: o amor é perfeito!

Mas, se é tão perfeito, por que Lucy não o tem? Toda vez que passa perto de um casal apaixonado, ela suspira profundamente. Lucy só teve decepções com o amor, já até desistiu com a tentativa de achar sua alma gêmea. Até um certo dia, claro, em que conheceu um garoto... O garoto é, certamente, estranho. Ela não sabia nem mesmo seu nome. Desde de criança sonhava com o dia em que estaria caminhando pelos corredores do colégio quando esbarraria no seu amor de sua vida; mas isso nunca aconteceu. Seu ex-namorado é um cafajeste. Ou seja, só sofreu desilusões durante sua vida toda. Mas, vamos voltar ao assunto do garoto misteriosamente estranho que conheceu.

(...)

Era um dia de inverno. Tudo estava branco, tudo estava estranhamente calmo. Lucy caminhava com passos largos - vestida com uma blusa reforçada para tal frio que estava fazendo -, cheia de livros nos braços. Quem a via caminhando com tanta presa, poderia concluir imediatamente que ela estaria muito atrasada. Mas não, ela só está com fome.

No primeiro restaurante que apareceu, ela entrou. Pediu uma grande porção de carne e muito chocolate quente. Só não percebeu ao seu redor. Sentado, do outro lado do restaurante, olhando fixamente para ela, estava um desconhecido de cabelos rosas. Lucy reprimiu um riso ao vê-lo. Nunca viu um garoto de cabelo rosa. Ela então, constrangida de tanto que ele a olhava, acenou. Ele continuou á observar, sem nem mesmo piscar. A expressão em seu rosto não dava para distinguir.

Que diabos esse cara tanto olha para mim?, exclamou Lucy em seu pensamento, irritada.

Então ela acenou novamente, e, ele lhe mostrou o dedo do meio.

Que idiota! Não acredito que estou deixando meu chocolate esfriar para ver esse imbecil!, mas ele continuou á observa-la. Furiosa, Lucy se levantou, pagou a conta e saiu. Murmurava algo como "infantilidade! Garoto idiota! Imbecil! Quem é ele para ser tão mal educado...?", só então Lucy se deu conta que não sabia nem mesmo o nome dele. Ela também não sabia por que estava tão aborrecida. Lucy, então, começou á rir de tudo. Começou á rir de como foi boba! O garoto lhe mostrou o dedo do meio, sem ter motivo, ela deveria voltar áquele restaurante e perguntar qual é a dele. Mas isso não foi necessário. O garoto estava atrás dela.

Lucy se virou brutalmente - e ficou corada. O carinha estava muito, muito, muito perto dela. Centímetros de distancia. Ele a olhava estranhamente. Não disse nada. Ele apenas fez.

O desconhecido a beijou.

Estava constrangida; nervosa; surpresa. Mas correspondeu o beijo. E foi se aprofundando... aprofundando. Até que o ar faltou para ambos. E, ele acariciou seus cabelos.

- Natsu. - Disse ele, somente.

- Hm...? - Lucy tinha tanta coisa para esclarecer mais só conseguiu dizer isso.

- Meu nome é Natsu.

- O meu é Lucy.

- Seria muito estranho se pedisse para namorar comigo?