POV’S Golden Freddy

Ruby era uma garota legal (não contem isso a ela; aquele ego ia inflar!).

Apesar de ser uma brilhante cientista, era bem divertido passar um tempo com ela; Ruby era bem animada e até...bonita e...e o que foi que eu disse?

Saí de meus pensamentos quando recebi uma cotovelada no ombro dada por Ruby. Fiz uma careta de dor.

–Hey, Dra. del Fire, não ouse me danificar!-reclamei.

Ela riu.

–Desculpe, Goldie- desculpou-se ela- e pare de me chamar de “Dra. del Fire”- ela fez aspas com os dedos.

Eu ri.

–Desculpe, Dra. del Fire–provoquei.

Ela deu um tapa no meu ombro.

–Você não existe!-exclamou ela- e onde é que está a sala que você me prometeu, hein?

–Estamos quase chegando-falei.

Continuamos seguindo por uma série de corredores, até darmos de cara com duas portas de madeira.

–Chegamos-anunciei- faça as honras, Dra. del Fire...

Ele soltou um resmungo por eu tê-la chamado assim de novo e abriu as portas. Sua boca se escancarou.

–Goldie...isso é...o...paraíso!-exclamou ela, contente.

A sala era enorme, inteiramente branca, com uma janela com uma cortina vermelha à esquerda. Tinha um ventilador no canto direito e um pequeno palco de madeira com cortinas vermelha, com uma televisão moderna. Na parede direita, uma gigante estante repleta de livros até dizer chega; no topo da estante, frascos com líquidos estranhos, alguns de cores vibrantes, outros borbulhantes, outros com avisos. Do lado esquerdo da janela, há um ilustração da tabela periódica e, logo abaixo, um atlas do planeta Terra. Encostada na parede esquerda, a uma pequena mesa com uma maquete do Sistema Solar. No chão, havia vários tapetes vermelhos e pufes.

Ruby soltava gritinhos de empolgação por onde quer que passava. Passou a mão pelas lombadas dos livros, maravilhada, enquanto eu ira atrás, ostentando um discreto sorriso.

Ruby olhou para mim com seus lindos olhos cor de ouro brilhando. Senti uma sensação forte e estranha no peito, uma sensação boa.

–Goldie, esse lugar é mágico!-exclamou ela, abrindo os braços para mostrar o local.

–É a sua cara, não é?-comentei.

–Com certeza!-exclamou ela, animada.

A coruja- das- neves foi correndo para o palco. Ela soltou um gritinho e fez um gesto com a mão, pedindo que eu fosse até ela.

–Goldie, Goldie, venha aqui!-pediu ela- rápido, rápido, Goldie!

Fui a passos rápido até ela. Quando me aproximei, ela apontou para uma máquina estranha, metálica e com um tubo preto. Franzi a testa.

–O que é isso?-perguntei.

–Uma máquina de fumaça!-exclamou ela, empolgada-não é demais?

Eu apenas esbocei um sorriso. Ruby pegou minha mão e me arrastou até uma porta que eu não tinha visto antes. Empurramos a porta e entramos.

A sala não era tão grande,; era branca, com uma mesa enorme e uma cadeira. Havia um painel de controle na direita e, na mesa, vários instrumentos científicos (telescópios ou microscópios) e elementos químicos de mentira ( afinal, nenhum pai gostaria de voltar para casa com o filho verde igual ao Hulk, certo?)

Ruby estava amando tudo aquilo. Ela olhou para mim, sorriu e se jogou em cima de mim, me abraçando. Pisquei, não esperando por isso.

–Ah, Goldie, você é demais!-exclamou ela- obrigada por me trazer aqui!

Senti o rosto esquentar, mas, mesmo assim, abracei-a. Depois, nos soltamos. Ruby pegou minha mão novamente e me levou de volta para a sala principal.

–Hora de testar essas belezinhas!-disse ela- pela ciência!

Sorri e a acompanhei.

Definitivamente, Ruby era demais.

POV’S Ana

Blake cantava incrivelmente bem; ele era...incrível. Depois de um tempo, ele cansou e decidiu fazer um pausa.

Nós nos sentamos em pufes, lado a lado. Eu sorri para ele e ele sorriu de volta.

–E então?-perguntei- o que faremos agora, Blake?

Ele deu de ombros.

–Eu não sei...-admitiu- mas está tudo bem...estamos juntos, não é? Isso já basta pra mim...

Ele olhou para mim e esboçou um pequeno sorriso. Senti meu rosto esquentar. Fiquei encarando aqueles lindos e escuros olhos azuis, tão profundos!

Argh, Ana, se controle, mulher! O que Mike diria se te pegasse babando por um animatronic? Ele iria me trancar no quarto pelo resto da minha vida!

Ficamos em silêncio, eu e Blake, nos encarando com sorrisos bobos na cara. Blake estava lindo, como sempre e...

E Hunter abriu as portas com violência e entrou. Eu e Blake nos afastamos. Hunter ficou vermelho de vergonha.

–Desculpe interromper o clima e tal...-murmurou Hunter- não foi a minha intenção e...

–Não tinha clima nenhum!-exclamei, nervosa.

–Não mesmo!-concordou- você não interrompeu nada! Nada!

–Absolutamente nada!-berrei.

Hunter riu, achando graça em nosso embaraço. Então, eu olhei para o relógio na parede e engasguei. 5:57.

–Ah, meu deus!- exclamei- a pizzaria abre em três minutos!

Hunter e Blake ficaram de olhos arregalados.

–Blake, para nossas posições, rápido!-exclamou Hunter, correndo para o palco.

Eu estava indo embora quando Blake segurou meu braço. Me virei para ele e o encarei.

–Você volta...né?-perguntou ele.

Assenti e sorri. Ele me soltou, sorriu de novo e subiu no palco com o irmão.

Saí correndo da sala na velocidade da luz. Encontrei Mike perto do palco do Freddy, Chica e Bonnie, ajudando os novatos a entrarem em suas caixas.

Quando o pequeno Frankie entrou em sua caixa, Charlie chegou na pizzaria radiante. Ele sorriu para mim e Mike.

–Bom dia, irmãos Schmidt!-cumprimentou ele- Mike, ajeita essa gravata, está torta! Ana, perfeita como sempre!

Forcei um sorriso. Mike ajeitou a gravata.

–Obrigada...Sr. Fazzbear...-consegui dizer sem vomitar.

Charlie olhou ao redor.

–Então, onde estão os amigos de vocês?-perguntou ele, se referindo aos outros seguranças.

–Eles não vieram-explicou Mike- Jeremy pegou um resfriado, Fritz teve que ir pro hospital depois de uma infecção estomacal depois de ter comido um burrito estragado e Kevin teve que ir assistir ao espetáculo de balé da prima de cinco anos...

Charlie não parecia estar interessado.

–Bem, até a noite, então!-disse ele.

Assentimos e fomos saindo da pizzaria. Quando estávamos atravessando a rua, Charles gritou da porta:

–Ah, se preparem, teremos novas atrações chegando hoje a noite!

Mike praguejou e xingou.

–Mike!- repreendi-o; eu odeio palavrões.

–Desculpe, Ana...-disse ele- venha, vamos pra casa...

Então, eu e Mike tomamos o caminho para o nosso lar.