New Security Life- INTERATIVA escrita por Escritora do Hades


Capítulo 13
Capítulo 13- Bolo de brigadeiro, pastel ou pão de queijo, então? Ser ou não ser, eis a questão!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Ghost, estou rezando pra ter te caracterizado direito!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657804/chapter/13

POV’S Blake

Eu admito que gritei. E muito. Mas logo eu percebi que eu não deveria gritar de medo. Eu deveria gritar de raiva. Sabe quando eu notei isso? Quando as luzes se acenderam e eu vi quem havia nos assustado.

–Ghost?!-berrei, incrédulo- Ghost! Seu idiota! Quer nos matar do coração?!

A criatura que nos assustou riu. Era Ghost Whirl. Ele tem a irritante mania de assustar os outros. Quando ele fazia isso, gostava de parecer assustador, então, arrancava seu rosto (ele tinha um mecanismo especial que permitia a retirada de seu rosto; funcionava sob a pressão do tato e das digitais dele, então, apenas Ghost podia remover seu rosto e recolocá-lo), retirava membros do próprio corpo e assim por diante. Ele costuma fazer isso apenas a noite, como agora, nunca de dia.

Enquanto eu e Hunter encarávamos Ghost de forma ameaçadora, os outros pareciam confusos e assustados. Ghost ainda ria loucamente. Hunter deu um soco no ombro dele; este fez uma careta e massageou o local atingido.

–Não precisava agredir!-reclamou com sua voz de lâmina que utilizava para assustar os outros- doí, sabia?

Hunter começou a enchê-lo de tapas no braço.

–É pra doer mesmo, seu infeliz!-reclamou meu irmão. Ghost apenas ria. Colocou as mãos na frente do corpo para se defender- você simplesmente some e agora aparece do nada e quase nos faz enfartar!- meu irmão dava um tapa nele à medida que dizia uma palavra- onde é que você estava com a cabeça, seu maluco?! Alguém poderia ter tido um ataque cardíaco e ter ido parar numa oficina!

Ghost bufou e soprou a franja que caia pelo seu olho esquerdo, que nesse momento era como uma lanterna esquisita. Ele era um pouco parecido comigo e Hunter, mas tinha suas próprias...peculiaridades.

Primeiro, ele tem cabelos brancos e rebeldes. Seus olhos são estranhos, parecem caleidoscópios; o direito é uma mistura de vermelho fogo, verde mar e cinza tempestade; o esquerdo, é azul gelo, marrom terra e azul elétrico. Ele tem pele clara e orelhas e cauda de lobo negras, tendo a ponta de seu rabo vermelho. Usa uma blusa na cor azul gelo, com desenhos da terra, do mar e de um céu tempestuoso, com uma jaqueta moletom preta por cima, calças pretas e tênis azuis com detalhes em vermelho. Tem um comportamento semelhante ao nosso, sendo que gosta de assustar, ler, escrever e mais. Ele é um ano mais novo que eu, tendo 16 anos.

Ghost abriu um sorriso sapeca, exibindo suas presas de lobo, que lhe conferiam um aspecto mais assustador, já que ele ainda estava no seu “modo de assustar”. Os outros ficaram mais assustados ainda. Você ficaria se visse um treco sem partes do corpo e sem rosto, com um sorriso que dizia mais “Vou arrancar suas tripas e devorá-las com sal” do que “Eu não vim fazer mal, sou um bom menino que estava brincando!”.

–Ghost!-reclamei-você está assustando os nossos amigos!

Ele parou de sorrir.

–Estou?-perguntou ele, se fingindo de inocente- eu só queria brincar um pouco!

–Ah, nós vamos brincar sim-disse Hunter diabolicamente, com um sorriso malévolo-você vai ver do que a gente vai brincar, sua peste!

Puxei a orelha dos dois. Eles gemeram de dor.

–Os dois, se comportem, agora–ordenei, sério, largando os dois.

Ambos esfregaram as orelhas doloridas.

–Ghost, se remonta, por favor-pedi-está assustando os outros...

Ele suspirou.

–Tá legal, seu chato...-reclamou ele, indo para o banheiro masculino, enquanto resmungava baixinho.

Cinco minutos depois, ele voltou, agora remontado e adorável como sempre. Os outros ainda estavam pálidos e em estado de choque.

–Q-quem é ele?-perguntou Bolt, trêmulo.

Pigarreei.

–Hã, pessoal, esse é Ghost Whirl- apresentei-o.

Ghost acenou.

–Hello!-cumprimentou Ghost.

Freddy franziu a testa.

–Ele é irmão de vocês também?-perguntou o urso castanho.

Nós, Whirls, nos entreolhamos.

–Hum, quase isso-falou Hunter-olha, é meio difícil de explicar, então, deixa quieto, ou vamos acabar pifando a mente de vocês...

Me virei para Ghost e cruzei os braços.

–Onde você esteve?-perguntei.

–E como raios você veio parar aqui?-acrescentou Hunter.

Ghost abriu um sorrisinho. Puxou uma cadeira das mesas de bar e colocou-a perto de todos.

–Ah, sentem-se-pediu o garoto de cabelos brancos- eu vou contar como tudo aconteceu...

Ghost gosta de escrever e contar histórias. Isso nunca é bom.

–Comece logo-pedi, impaciente.

Ele sorriu e começou a narrar.

Flashback on (Visão de Ghost Whirl)

Acordei em um lugar estranho. Tinha paredes de madeira e era muito, muito, muito apertado. Tentei me sentar, mas aí, bati a cabeça em algo. Era uma tampa. Olhei para baixo e vi um material estranho; apalpei-o; cubinhos de isopor.

A ficha caiu. Eu estava numa caixa. Um lugar pequeno.

Por eu ter uma certa fobia de não gostar de ficar em lugares pequenos (eu não diria exatamente claustrofobia, mas chame como quiser), a primeira coisa que me veio à cabeça foi gritar. Gritei por socorro, esperneei, xinguei todos os nomes que me vieram a mente, chutei, esmurrei, me desesperei e nada. Ninguém veio me socorrer. Eu estava sentindo que ia sufocar e bater as botas.

Bem, e foi assim que eu morri.

Brincadeira, eu não morri, só fiquei desesperado por estar preso. Consegui me agachar e então, tentei empurrar a tampa da caixa. Estava lacrada. Eu precisava de um plano pra sair dali o mais rápido possível.

Acabei optando por roer a fita com meus dentes lupinos. Comecei a trabalhar e, depois de alguns momentos irritantes tendo que roer o lacre, ouvi o satisfatório som de algo se rompendo.

Empurrei a caixa com mais força e não foi bem a luz do sol que me recebeu. Foram paredes metálicas. Sai da caixa e dei uma olhada ao redor. Havia mais caixas e o local se movia. Eu estava num caminhão de entregas ou algo do gênero.

Me aproximei de outras caixas e vi alguns nomes gravados. Em uma, vi “Peace Robot 2.0 Âmber”. Em outra, fiquei surpresa ao ver “Blake Whirl”, o que significava que, se tinha Blake, tinha Hunter. Achei outra caixa, com o nome “Hunter Whirl” e sorri.

Eu estava quase rompendo o lacre das caixas deles quando o caminhão parou de se mover. Rapidamente, pulei em minha caixa. Fechei o caixote no momento em que a traseira do caminhão foi aberta. Ouvi vozes abafadas e logo, minha caixa foi erguida.

Fui carregado a não sei onde. Ouvi o som das outras caixas sendo depositadas no chão. Depois, ouvi vozes. Quando não ouvi mais vozes, sai da caixa novamente. Olhei ao redor; eu estava em algum lugar estranho, um tipo de restaurante.

Olhei para as outras caixas e pensei em abri-las. Então, pensei “eu posso fazer uma surpresa para Blake e Hunter”

Sorri diabolicamente. Empurrei minha caixa para detrás de um palco, subi em cima dela e entrei no duto de ventilação no mesmo momento em que ouvi mais vozes.

Flashback of

Ghost sorriu, satisfeito com sua história.

–E foi aí onde eu estive o tempo todo!-falou ele.

–Foi por isso que só vimos três caixas!-disse Lively- você escondeu a sua!

–E por isso vi luzes nos dutos!-exclamou Wolff-era você!

Ghost riu e assentiu.

–Bem, desculpem o susto- desculpou-se Ghost, coçando a cabeça, com um sorriso sem-graça no rosto- mas assustar é algo que eu gosto de fazer bastante!

–Ah, você tem futuro com isso-disse Tiger- você é incrivelmente bom demais em assustar!

–Até demais!-reclamou Wolff- eu achei que faria xixi nas calças!

Ghost riu.

–Eu também sinto muito por estragar a noite do pijama de vocês...-disse Ghost.

Toy Bonnie sorriu.

–Tá brincando? Você tornou a noite mais emocionante!-disse o coelho azul.

Todos sorriram e concordaram. Mesmo Golden deu um pequeno sorriso.

–Certo, já que é tão bom em assustar-comentou Freddy-que tal você contar a primeira história de terror?-sugeriu o urso- tem problema, Foxy?

–Não, tudo bem-disse Foxy.

Ghost coçou o queixo.

–Eu conto a história se vocês me derem algo pra comer-disse o menino de cabelos brancos-estou faminto depois de rastejar pelas tubulações!

–E o que você quer comer?-perguntou Wolff.

Ghost pensou um pouco.

Gâteau Brigadier...-disse ele- non, attendez! Pastel! Non, je sais, pain au fromage!

Todos franzimos a testa.

–Hã, alguém aqui fala frânces?-perguntei.

Bolt levantou a mão.

–Eu falo!-disse o menino de cabelos multicoloridos.

–E o que ele disse?-perguntou Hunter.

–Basicamente, ele disse que queria bolo de brigadeiro, depois ele disse pastel, aí, pão de queijo-traduziu Bolt-ele está indeciso quanto ao que comer...

Wolff franziu a testa.

–Tá legal, vou servir um pouco de cada-disse o lobo cinzento.

Ele voltou com travessas de pães de queijo, pastéis e fatias de bolo de brigadeiro, além de refrigerantes. Todos agora estavam com pratinhos na mão, olhando fixamente para Ghost, ansiosos para a história.

Ghost comeu um pedaço de pastel, então, começou:

–Eu vou contar uma história que eu ouvi sobre esse lugar...-disse Ghost, misterioso.

Então, a noite de revelações começou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E essas revelações? Vocês só saberão amanhã, por quê hoje eu vou ter um discurso a ditar e um prêmio a receber! Torçam para que eu me expresse tão bem em público quanto me expresso com vocês ( se é que eu me expresso bem com vocês...)!!!

ESPERO QUE CURTAM, BEIJOS!!!!!!!